Cabeça de Vento é o segundo espetáculo infantil da Cia. Pandorga que apresenta montagens infanto-juvenis teatrais com “ar” de gente grande. É a constatação de que a verdadeira conversa entre adultos e crianças pode e deve ser inteligente, desafiadora e criativa. Numa demonstração prática de respeito à criança - indivíduo repleto de potencial e que nessa fase de formação precisa ser bem nutrida, contatando uma Arte sensibilizadora – o espetáculo cumpre com o seu objetivo – refletir de uma maneira sensível e ao mesmo tempo lúdica sobre os processos de morte.
O protagonista Léo e seu pai.
Entendendo a vida e a morte.
(foto: Cristina Froment)
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encontrando personagens como o cientista e inventor Benjamin Franklin, a guerreira e rainha chinesa Fu Hao e Ricardo Coração de Leão, rei da Inglaterra. Essa é a história central do espetáculo que mostra também paralelamente a origem e a história da pipa, através do olhar infantil.
Sua grande paixão: as pipas
(foto: Cristina Froment)
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O espetáculo traz imagens maravilhosas, como a de dormir entre os bambus, uma simbologia do sono aconchegante no colo do pai. A referência aos apelidos de uma forma afetiva e não preconceituosa, constrói as relações entre pai e filho que transformam Léo, afetivamente em Leléo. Lidar com tantos personagens que possibilitam reflexão sobre inimigos internos, vindos da lucidez da filosófica oriental, e de insights como “a memória viverá para sempre”, ensina que essa vivência pode ser transformadora e de fato é em qualquer idade.
Nas 'viagens' de Léo, ele encontra
a rainha chinesa Fu Hao
(foto: Cristina Froment)
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Pronto agora mantenha seus pés no chão, reserve linha, papel, cola e bambu. Deixe sua cabeça ao flutuar pelo ar, monte sua pipa e embarque nessa aventura de descoberta e libertação. Bom espetáculo!
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Próximas apresentações 2012:
- No dia 14 de outubro “Cabeça de Vento” estará no Teatro SESC São João de Meriti/Rio de Janeiro.
- A próxima temporada “Cabeça de Vento” no Rio de Janeiro será de 03 a 11 de novembro, sempre aos sábados e domingos, às 17h, no Teatro SESC Tijuca.
- No dia 13de novembro “Cabeça de Vento” estará no 40º Festival Nacional de Teatro de Ponta Grossa/Paraná.
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Premiações 2012:
Em agosto no XIII FESTIVAL NACIONAL DE TEATRO DE GUAÇUÍ/ES em agosto de 2012 de Melhor Ator – Jan Macedo/ Melhor Atriz – Luciana Zule/ Melhor Figurino – Daniele Geammal/ Melhor Trilha Sonora – Gustavo Finkler/ Melhor Maquiagem – Rodrigo Reinoso e Francisco Leite e teve indicações nas categorias: espetáculo, direção, texto, iluminação, ator coadjuvante e cenário.
Em setembro no IX FESTIVAL NACIONAL DE TEATRO DE DUQUE DE CAXIAS recebeu os prêmios: Melhor Espetáculo/ Melhor Texto Original/ Melhor Ator - Jan Macedo/ Melhor Ator Coadjuvante - Eduardo Almeida/ Melhor Iluminação - Tiago Mantovani e teve indicações nas categorias: direção e cenário.
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Breve histórico da Cia Pandorga:
A Cia Pandorga criada em 2005 por Cleiton Echeveste e Eduardo Almeida pesquisa temas que possibilitem montagens diferenciadas, buscando textos autorais de qualidade. Cleiton que dirige a Cia, diz: “A proposta da Companhia é o desenvolvimento de um trabalho de qualidade e de pesquisa em teatro, independente da faixa etária a que seus espetáculos se destinam. O grupo se propõe também à busca de uma linguagem cênica contemporânea, que dialogue com a dramaturgia clássica, mas que também vá ao encontro de outros gêneros da literatura, como o conto e a poesia.”
Em 2007 a Cia chega aos palcos com a montagem “O Menino que Brincava de Ser” inspirado no livro homônimo de Georina Martins, lançado nove anos antes com ilustrações de Pinky Wainer. O livro se empenha em desmontar o preconceito contra a aparente homossexualidade de um menino – o Dudu quer virar menina- através de uma fábula cheia de lirismo e de símbolos. O crítico teatral Carlos Augusto Nazareth comenta: “O Menino que Brincava de Ser – através do jogo do teatro, da brincadeira infantil do “faz de conta”, do humor – discute questões cotidianas de uma família, a relação familiar, o autoritarismo, o machismo, as dúvidas que por vezes a criança tem em relação à sua sexualidade e a reação diversa da família com o lidar com esta questão. Os temas são difíceis de serem conduzidos, mas equilibrando seriedade e humor, Cleiton Echeveste consegue resolver em seu texto teatral as questões colocadas por Georgina Martins, ampliando mesmo, ou pelo menos sublinhando, com maior ênfase, as diversas questões levantadas.” O espetáculo foi adaptação e dirigido por Cleiton Echeveste e apontado em 2009 como um dos cinco melhores espetáculos infantis pela Revista Veja do Rio de Janeiro.
Show, Leo. Que bom ver o trabalho dos "guris" tão bem exposto e analisado. Bjbj
ResponderExcluirValeu, Daniel! O trabalho da Pandorga é assim mesmo, encantador. Por isso os comentários fluem tão lindamente.
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