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sábado, 1 de abril de 2023

"A Noite das Brincadeiras Mortais", de Fred Walton (1986)

 


Primeiro de abril!!!

No dia da mentira, nada melhor do que um filme que se passa na data. Em "A Noite das Brincadeiras Mortais", um grupo de jovens, colegas de faculdade, se reúne para um jantar de confraternização, numa ilha particular dos pais de uma das garotas da turma.

Entre pegadinhas inocentes como cadeira com pernas moles, charuto explosivo, torneira esguichando água  na cara das pessoas, etc., a coisa vai ficando mais séria e alguns "recadinhos" de mau-gosto vão sendo deixados em alguns quartos, mexendo com lembranças de alguns convidados. Só que isso é o de menos: o que parecia o início de um fim de semana divertido entre amigos, se torna um pesadelo à medida que, um a um os convidados vão sendo brutalmente assassinados.

Decapitações, decepação afogamento, enforcamento, esquartejamento, são algumas das técnicas que o misterioso slasher se utiliza. Quem seria o matador? Ou talvez, a matadora... Sim, pois a anfitriã, Muff, que se mostra doce, amável e divertida nas primeiras horas e durante o jantar, muda completamente de temperamento na manhã seguinte, revelando-se esquisita, agressiva e transtornada, parecendo nem mesmo ser... a mesma pessoa. Seria essa a grande enganação do primeiro de abril de "A noite das brincadeiras mortais"?


Qual será a verdadeira Muff, a adorável anfitriã da noite do jantar ou a maluca que se revela no dia seguinte? Ou seria... Buff, uma renegada irmã gêmea?
Ou seriam as duas? Ou seria a mesma pessoa com transtorno de personalidade?



Contar mais que isso seria spoiler e esse é o tipo do filme que, se eu for um pouquinho adiante, se eu passar um pouquinho do limite, perde totalmente a graça para alguém que não tenha visto ainda. Por isso, excepcionalmente, dedicarei uma segunda parte apenas para o spoiler.
Ou seja, se você não assistiu ou não lembra do desfecho, não passe daqui.

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Primeiro de abril!!!

No dia da mentira, o dia dos bobos, tem a mentirinha inocente, tem aquela muito bem sacada que a gente cai direitinho e  até ri junto, mas, volta e meia, tem aquele sem-noção que passa do limite da brincadeira e leva a coisa um pouco adiante do aceitável.

Em "A Noite das Brincadeiras Mortais" é exatamente o que acontece. Muff, uma jovem, filha de uns ricaços, convida os colegas da universidade para um jantar de confraternização, na ilha particular da família, já cheia de segundas intenções.

Tudo começa com pegadinhas inocentes, como almofadas de pum, luzes acendendo sozinhas, charuto explosivo, e outras palhaçadas, mas termina com cadáveres dos convidados aparecendo, decapitados, decepados, afogados, enforcados, etc.

Só que tudo não passa de uma grande pegadinha de primeiro de abril da anfitriã que, previamente combinada com alguns integrantes da peça, à medida que mata" um convidado vai convocando a nova "vítima" para fazer parte da brincadeira, a fim de aterrorizar os restantes.

O espectador se sente enganado, engambelado, um trouxa por ter assistido a tudo aquilo e não ter sacado que era tudo enganação. Mas esse é o grande barato de "A Noite das Brincadeiras Mortais"! Um filme sangrento sem sangue, um clássico slasher sem nenhuma morte, enfim clássico do terror, sendo praticamente um antiterror.


(Mas aí, na última cena, quando Muff volta pro quarto, feliz pelo sucesso da encenação, encontra um embrulho com um presente sobre a cama, senta na cama e, de trás dela surge uma das convidadas, a que parecia mais perturbada por toda a brincadeira, e lhe passa uma faca na garganta, parece que... talvez... Não! Era mais uma brincadeira. E a convidada, para mais uma de nossas surpresas, era mais "íntima" da anfitriã do que podíamos imaginar. Nem isso era o que a gente imaginava).


Primeiro de abril!!!

E aí, na última cena... Será que é verdade?
Você foi enganado, de novo!



Cly Reis