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quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

“Rebordosa”, de Erick Leal - Museu de Arte Moderna de Santa Maria (MASM) - Santa Maria/RS.

 

Além de passear um pouco e transitar a pé por Santa Maria nos dias em que estive na cidade por conta do festival Santa Maria Cinema e Vídeo, no final de outubro, num começo de tarde dei uma escapada para conhecer o Museu de Arte Moderna de Santa Maria, o MASM. Um bonito espaço, mas um tanto sucateado. Do que estava exposto, interessante a do artista visual rosariense Erick Leal, “Rebordosa”.

Com uma estética instigante, que absorve a luz avermelhada e a textura do neon, “Rebordosa”, com curadoria de Leonardo Penna, põe sob crítica a cultura gaúcha, cuja narrativa de “pertencimento” e “tradição” é, na verdade, uma falácia repleta de “excessos, sombras, resíduos”. Habitando o que Leal chama de “tapera neon”, este espaço entre tradição e desejo se localizada em torno dessa história. O queer, o marginal, o kitsch, o punk se entrelaçam, a exemplo da estética relacional de Joseph Beuys, a bombacha, a espora, as comidas, o homem (?) campeiro.

Em época de revisão dos valores tradicionais (quanto mais um inexplicável “orgulho” como termo definidor de um povo, como é para o gaúcho), mesmo que uma visita rápida, esta mostra provocativa e debochada do MASM foi suficiente para sair de lá refletindo. Assim que deve ser.

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Série "Entreveiro". Sexualidade e macheza 


Lambe-lambe de 2025


Parede com as gravuras da série Entreveiro"


Erick se vale da técnica do lambe-lambe, tradicional da cultura urbaba


Símbolos gauchescos revisitados e questionados


Mais gravuras de Erick


Instalação "Laço Frouxo". Estética relacional muito bem empregada


Outra instalação bastante instigante e crítica


"Bate", objeto arte de 2025, pra fechar a exposição


Daniel Rodrigues

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Capas de K7 VII - "Elastica"

 








RODRIGUES, Daniel
"Elastica"
Arte para fita cassete doméstica sobre o disco da banda Elastica, de 1995, pela gravadora Geffen
Recorte, impressão e colagem sobre papel sulfite
9,5 x 10,3 cm
s/d

quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Zumbi - Senhor das Guerras, Senhor das Demandas



Zumbi - Senhor das Guerras, Senhor das Demandas - REIS, Cly
arte estilo HQ inspirada na canção "África Brasil (Zumbi)", de Jorge Ben


Ouça: África Brasil (Zumbi) - Jorge Ben

Zumbi,
Senhor das Guerras,
Senhor das Demandas
arte: Cly Reis

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

sábado, 8 de novembro de 2025

Jardim Esculturas - Museu de Arte Brasileira - Fundação Armando Alvares Penteado (MAB FAAP) - São Paulo/SP

 

Fachada do histórico prédio projetado
pelo francês Augueste Perret para a FAAP
Quem visita o MAB FAAP (Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Alvares Penteado), no agradável bairro de Higienópolis, tem o privilégio de conhecer mais do que somente as exposições que por lá passam, como a majestosa mostra sobre Andy Warhol, que presenciamos em julho e sobre a qual já me estendi aqui no blog em textos e fotos. O próprio prédio da faculdade, um marco arquitetônico de São Paulo, vele o passeio. 

Com projeto arquitetônico do francês Auguste Perret, um dos mais importantes arquitetos da primeira metade do século 20, o belo edifício-sede da FAAP, de 1947, é conhecido por abrigar um painel de vitrais assinado por artistas como Lasar Segall, Cândido Portinari, Tarsila do Amaral e Tomie Ohtake.

Porém, além destes atributos, que normalmente já seriam suficientes para justificar uma visita a FAAP, há também atração a céu aberto no próprio jardim. Ali, tanto na área frontal quanto na interna, é possível encontrar esculturas de grande porte permanentes de ótimos artistas brasileiros, como Bruno Giorgi, Sérgio Camargo e Amílcar de Castro. Aliás, não só de brasileiros, mas também o austríaco Franz Weissman ("Estrutura Vazada", de 1978).

Há obras ainda, entre outros artistas, de Arcangelo Ianelli, com a linda "Forma Rompida" (1999), Maria Guilhermina e do gaúcho Cleber Machado, com duas: "Avesso II" (aço inox, aço carbono e titânio, de 2007) e "Pré-Octopus VIII" (ferro e cristal temperado em poliéster, 1981).

Ou seja: mesmo que não se vá a alguma exposição específica, é muito legal dar uma passeada pelo menos no pátio do campus da FAAP. Já vale por uma vista.

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Já na entrada, um Amílcar de Castro, sempre exuberante

Do austríaco Franz Weissman, "Estrutura Vazada", de 1978

Do paulista Caciporé Torres, obra em aço inox de 1976

O gaúcho Cléber Machado com uma de suas esculturas, "Avesso II"

Uma das maravilhas de Bruno Giorgi, feita em mármore, dos destaques do jardim

Outra preciosidade de Giorgi: "Esfinge, c", em bronze patinado, de 1953 

Detalhe de "Forma Rompida", de Arcangeli Ianelli (mármore Espírito Santo, 1999)

Próxima a de Ianelli, outra escultura em mármore,
esta de Sérgio Camargo: "Chiaro" (1973)

O expressivo "Monumento à Gravura", de Maria Guilermina (pedra esteatita, 1979)

Na parte lateral do prédio, ainda há outro Weissman: "Estrutura em Diagonal", de 1978

E outro Machado, o já mencionado "Pré-Octopus VIII" 

E a "Praça do Sol", assinada por três alunos de Arquitetura e Urbanismo da FAAP:
Andréa dos Reis, Lígia Martins e Sílvia de Freitas (2002)



Daniel Rodrigues

terça-feira, 28 de outubro de 2025

Exposição "Cinco Ensaios sobre o Masp - Renoir", de Pierre-Auguste Renoir - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) - São Paulo/SP

 

Já passou um bom tempo, visto que foi lá em junho, mas não poderia deixar de fazer minimamente um registro desta pequena, mas enorme em beleza, exposição que Leocádia e eu presenciamos (mais uma) no Masp, em São Paulo: a do pintor francês Pierre-Auguste Renoir (1841-1919). Pai de um dos cineastas que mais admiro, Jean Renoir (responsável por obras indissociáveis à história do cinema, como “A Regra do Jogo” e “Boudu Salvo das Águas”), este referencial pintor deu os passos iniciais da geração impressionista de Monet, Cézanne e Manet. Porém, dono de uma técnica de impressão de luz adorável, com pinceladas soltas, tonalidades vibrantes e um olhar sensível para cenas do cotidiano, retratos e paisagens, Renoir é desses colossos da história da arte.

O que vimos no Masp foi, no entanto, uma mostra de sua maestria em 12 pinturas, que ficaram expostas no novo prédio do museu, o edifício Pietro Maria Bardi, ao lado do famoso edifício do mesmo museu, na Av. Paulista, até final de agosto dentro do ciclo Cinco Ensaios sobre o Masp. A seleção, embora diminuta, oferece um panorama abrangente da trajetória do artista. Dentre elas, estão as pinturas de alguns dos seus filhos, Claude e Jean, usando técnica de tinta a óleo opaca. 

Conhecido por seus retratos femininos, os da condessa de Pourtalès, óleo sobre tela de 1877, bem como o de Marthe Bérard, de dois anos adiante, são exemplares em técnica. Lindo também o retrato "Menina com as espigas", em que a vivacidade dos olhos contrasta com a pincelada difusa do entorno do rosto.

 "Retrato da condessa de Pourtalès", uma das 12
belas obras de Renoir expostas no MASP 

Porém, é impossível não vidrar naquele que é talvez o seu quadro mais conhecido: "Rosa e azul – As meninas Cahen d’Anvers" (1881), que retrata as pequenas Elisabeth e Alice, tão maravilhosamente pintado, que dá a impressão de que elas estão vivas. Ele não se opunha ao movimento dos seus modelos durante o ato da pintura, o que dava um caráter naturalista e bastante moderno à sua arte. 

Há também os belos nus “Lise à beira do Sena” (1870) e “Banhista enxugando o braço direito” (1912). Contudo, não era só com o pincel trabalhava Renoir: também tem a imponente escultura em bronze “Vênus Vitoriosa”, de sua última fase, e que muito lembra suas rechonchudas banhistas.

Para finalizar esse breve, mas empolgante passeio pela obra de Renoir, um realista retrato, “O pintor Le Coeur caçando na floresta de Fontainebleau” (1866), em que o destaque maior fica não para o retratado, mas para a cena na natureza e a forma como o artista mistura as cores. Privilégio ver Renoir, assim, presencialmente, mesmo que numa pequena amostragem de sua grande obra. 

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O filho Claude retratado pela palheta do pai

Outro filho pequeno, o posteriormente ilustre Jean,
em "Quatro Cabeças" (1903-04)

Esmero dos retratos femininos (Marthe Bérard)

O impressionante realismo de "Menina com as espigas"

Por falar em impressionante, o que dizer de "Rosa e Azul",
um dos quadros mais famosos do mundo?

Os nus, que remete à Mitologia Grega

A banhista de Renoir

Já no fim da vida, o artista aventurou-se com excelência na escultura

Retrato sob uma perspectiva diferente e inovadora para a época



Daniel Rodrigues

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Rainha dos Raios

 






"Rainha dos Raios" - REIS, Cly
ilustração digital estilo HQ inspirada nas canções "Iansã" e "As Ayabás",
interpretadas por Maria Bethânia - GIMP



"Rainha dos Raios"
Cly Reis

domingo, 5 de outubro de 2025

Trem das Onze







"Trem das Onze" - REIS, Cly
ilustração digital, estilo poster de cinema,
inspirada na canção "Trem das Onze"
de Adoniran Barbosa





'Trem das Onze'
Cly Reis