Não apostei muito na exposição "Construções Sensíveis" logo que soube da sua abertura no CCBB, aqui do Rio de Janeiro, mas minha visita, por mera curiosidade e uma circunstância favorável de agenda, me provou o quento eu estava equivocado em subestimá-la. A mostra que faz um apanhado da obra geométrica produzida na América Latina a partir dos anos '30 contempla trabalhos desde os mais conhecidos e consagrados como Lygia Clark e Alfredo Volpi como contemporâneos cheios de talento e ideias, apontando para novas tendências.
Dá só uma olhada, abaixo, no que eu estava perdendo:
"Número Uno", de Hector Ragni,
de 1936
Geometria em três dimensões no
"Red, Blue and Black", de Cesar Paternosto,
de clara influência da De Sti
A escultura articulada da uruguaia Maria Freire
"El Gran Ritmo" de Martín Blaszko
lembra as guitarras de Pablo Picasso
Esculturas em metal e acrílico
A geometria salta da tela
"Otra versión de la noche",
da venezuelana Mercedes Pardo
Composição em preto e branco do brasileiro Alfredo Volpi (1950)
O jogo de preto e branco, cheios e vazios da cubana Dolores Soldevilla
As lentes de acrílico do argentino
Rogelio Polesello
Colagem do cubano Sandu Duarte, de 1950
Conjunto da brasileira Lygia Clark
Pendente em metal
A ilusão óptica na obra de Luís Sacilotto
A fotografia também tem seu espaço na exposição
A geometria na arquitetura
"Symphonie Chromatique", de Gregório Vardanega (1970)
Painéis estreitos com cores e luz
na obra do venezualano Alejandro Otero
"Vibration", de Jesús Rafael Soto (VEN - 1961)
"Graphisme Kaleidoscopique", de Martha Boto
"Multiplication Eletronique", de Gregório Vardanega
"Element Mouvement Surprise", de Julio Le Parc
A teia da brasileira Lygia Pape
E o blogueiro em meio à toda essa trama artística
Cly Reis
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Exposição "Construções Sensíveis:
A experiência geométrica latino-americana na coleção Ella Fontanals-Cisneros" local:Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro
endereço:Rua Primeiro de Março, 66 - Centro
visitação:de quarta a segunda, das 9h às 21 horas. período: até 17/09