quarta-feira, 18 de setembro de 2024
quarta-feira, 4 de setembro de 2024
sexta-feira, 26 de julho de 2024
Que comecem os jogos!
E começam os Jogos Olímpicos de 2024!
E se tem Olimpíadas em Paris, tem publicações especiais aqui no ClyBlog.
Durante o período olímpico estaremos com posts especiais em diversas seções destacando filmes, álbuns, artistas, curiosidades, artes, tirinhas, tudo ligado às modalidades disputadas no evento mundial, ao país sede, ou à sempre inspiradora Cidade Luz.
Se liga, então: a tocha foi acesa e está oficialmente aberta a temporada de especiais olímpicos do ClyBlog.
Como diria Jigsaw, "Que comecem os jogos".
C.R.
quarta-feira, 24 de julho de 2024
Música da Cabeça - Programa #370
Se o Biden acionou o modo Capitão Nascimento e pediu pra sair, a gente pede é pra ficar. E isso em verdadeira erupção musical! Soltamos rajadas de música boa hoje com Neil Young, The Cranberries, Joyce, Yoko Ono e mais. Nesta edição 370, também relembramos a entrevista que fizemos com o músico e produtor carioca Sacha Amback, lá em 2020. Feito lava quente, o programa vai ao ar às 21h na vulcânica Rádio Elétrica. Produção e apresentação (e apoio irrestrito a Kamala): Daniel Rodrigues
terça-feira, 9 de julho de 2024
domingo, 30 de junho de 2024
quarta-feira, 5 de junho de 2024
quinta-feira, 30 de maio de 2024
Exposição “Anjos com Armas”, de Hélio Oiticica, Lygia Clark, Mira Schendel e Sergio Camargo - Pinakotheke Cultural - Rio de Janeiro/RJ
Dos vários espaços culturais do Rio de Janeiro, sempre há um novo a se descobrir. A cada vez que volto à Cidade Maravilhosa um dos roteiros é, justamente, visitar algum desses espaços para conhecer. Foi assim anos atrás com Instituto Moreira Salles, Sesc Cultural e Casa Fundação Roberto Marinho. Desta feita, o local desvendado foi a bela Pinakotheke Cultural, em plena Rua São Clemente, uma das duas principais vias arteriais do querido bairro de Botafogo. Lá, por conhecimento prévio, sabíamos haver a exposição “Anjos com Armas”, que reuniu obras de quatro artistas visuais brasileiros aos quais nutrimos grande admiração: Hélio Oiticica, Lygia Clark, Mira Schendel e Sergio Camargo.
A mostra, que já se encerrou neste mês de maio, reuniu obras destas quatro referências das artes visuais modernas brasileira e suas relações com a lendária galeria Signals, em Londres, nos anos 60, marco para a arte de vanguarda e experimental daquela época. Por curtos mas eternos 2 anos, o crítico e curador britânico Guy Brett e o artista filipino David Medalla, fundadores da Signals, expuseram Camargo, Lygia, Mira e, mais tarde com o fechamento da Signals, na White Chapel, Oiticica, dando uma inédita vitrine internacional à produção artística brasileira ou de fora do tradicional circuito das artes.
A convidativa entrada lateral da Pinakotheke Cultural, em Botafogo (RJ) |
Em termos de exposição, o belo casarão em estilo neoclássico abriga uma espaço de boa proporção de obras, nem muito nem pouco. Grosso modo, uma grande sala para cada um dos quatro artistas além de uma sala de projeção, havendo, principalmente na entrada, pontos de confluência entre cada um. Na sala dedicada a Mira, seu desenho gráfico exato e, principalmente, o trabalho inventivo de logotipia que muito diz à publicidade e ao design. Lygia, das maiores de sua época, a relação visual pura e o corpo da matéria extraordinariamente concisa, como nos seus “Espaço Modulados” nº 4, 8 e 9, de 1958 (tinta automotiva sobre aglomerado). Nas palavras de Brett, a coerência da obra de Lygia “nos torna capazes de registrar uma trajetória que começa com a pintura e termina com a prática de uma espécie de psicoterapia”.
No entanto, obras de Oiticica não só conversam como, em alguns momentos, saudavelmente se confundem com as de Lygia em especial. Caso da escultura suspensa de acrílico sobre madeira, de 1959, que lembra os parangolés, que o artista desenvolveria anos depois, e que muito dialoga com os bichos de alumínio de Lygia (“Bicho-contrário II”, de 1961, “Bicho-caranguejo” e “Bicho”, de 1960). Até mesmo dos Metaesquemas, conhecidos trabalhos e Oiticica da fase pré-tropilcalista, nota-se semelhanças e interinfluência, seja em “Voo alto pra cima, pra dentro e pra fora” (1958) ou “Dual mas nem tanto” (1957).
Entre os quatro, a que tinha menos contato, mas cuja obra merece muita atenção, é a de Camargo, com seus relevos brancos que saltam das telas e mesmo das esculturas, as quais até a tridimensionalidade não é capaz de frear tal sensação. Seja em madeira pintada ou em mármore, as formas cônicas e em enterramentos muito fizeram vir à mente a arte geométrica-construtiva de Sérvulo Esmeraldo, outro brasileiro com experiência de residência em Paris assim como Camargo.
Fique com algumas imagens do que Leocádia e eu presenciamos nesta primeira visita a Pinakotheke Cultural. Imagino que venham muitas ainda.
************O desenho geométrico e perfeito de Mira Schendel |
Outras técnicas: bastão oleoso e tinta a base de água sobre papel e massa, pigmento e areia sobre aglomerado, ambas dos anos 60 |
Mais do olhar minimalista de Mira |
Lygia, oura craque das variações mínimas |
Os "bichos" de Lygia Clark e sua relação estreita com a Signals Catálogos e materiais originais da galeria Signals |
Lygia ou Oiticica? Bichos ou pré-parangolés? |
Metaesquema "“Dual mas nem tanto” de Oiticica |
Outro da fase dos Metaesquemas de Oiticica, final dos anos 50 |
O potente trabalho de Sergio Camargo |
Detalhe de seus relevos em branco |
A obra essencialmente limpa e construtiva de Camargo |
Mármore com as mesmas ideias/resoluções |
quarta-feira, 1 de maio de 2024
domingo, 28 de abril de 2024
quarta-feira, 24 de abril de 2024
Música da Cabeça - reprise do programa #340
Não pensem que estamos igual ao tio Paulo. É só uma parada pra voltar renovado semana que vem. Por isso hoje a gente reprisa o MDC 340, quando tivemos a felicidade de entrevistar o músico, escritor e professor Frank Jorge. Com a cor saudável e natural, o programa entra na fila hoje às 21h na saudável Rádio Elétrica. Produção, apresentação e sinais vitais: Daniel Rodrigues.
segunda-feira, 22 de abril de 2024
quarta-feira, 17 de abril de 2024
quinta-feira, 4 de abril de 2024
Sarau de leitura “Chapa Quente” – Macunaína Gastro Bar – Porto Alegere/RS (08/03/2024)
Faz já alguns dias, mas segue valendo a pena o registro do sarau literário com os autores gaúchos da editora Caravana, grupo do qual faço parte agora por conta do meu “Chapa Quente”. Foi no agradável Macunaíma Gastro Bar, na Cidade Baixa, que reuniu cerca de 15 escritores do “cast” gaúcho da editora. Teve poesia, ensaio, crônica e, claro, conto, garantida por outros e de minha parte com um trecho lido do meu “Abrindo-se”, história que abre o livro.
A coincidência do sarau com o Dia Internacional da Mulher fez com que, além de várias menções e homenagens, eu tivesse clareza de que trecho ler da minha obra, uma vez que cada um tinha em torno de 3 min com o microfone. O pedaço do conto que li falava exatamente da personagem Nina, uma sofrida jovem de classe alta que, em desavença com os pais, morava sozinha em um apartamento simples para seus padrões financeiros e sob o jugo dos homens da sua vida: o agressivo namorado e, principalmente, o pai opressor. Contudo, como ressaltei no preâmbulo que fiz em minha fala ao público presente, a história só se move por conta da ação interna transformadora a qual a personagem se dispõe.
Eis o trecho:
"Acontece que Nina, ao contrário do que alguns tentavam imputá-la, tinha muita capacidade e inteligência. A ponto de buscar no fundo de seu íntimo forças para sair daquele poço emocional. Tudo que não queria era transformar-se no que sua mãe se transformou. Porém, por outros caminhos, via que era justamente isso que estava acontecendo. E afinal, não era exatamente isso que seu pai queria, que as mulheres se anulassem diante dele? Reflexões que a música de Felipe lhe dava condições de fazer nas horas a fio de ensaio dele e de ostracismo dela. “Como esta melodia consegue ser tão delicada e intensa ao mesmo tempo?”, questionava. Impressionava-a que, ali, as repetições eram salutares, diferentemente do que costumavam lhe dizer ao demonizarem a repetição. Através daqueles acordes encadeados, quase hipnóticos, ficava-lhe claro ser possível evoluir e conjugar leveza e força, tudo em que sempre fizeram Nina desacreditar.
Tanto que buscou ajuda: adotou um cachorro, parou com as drogas, desfez-se das garrafas de álcool, passou a escancarar todas as manhãs as janelas por muito tempo cerradas e começou a fazer terapia online. Quase sempre as sessões eram embaladas pelo toque daquele mesmo tema tocado repetidamente por Felipe, como uma trilha sonora martelada de um filme cujo roteiro chegava na parte em que a mocinha superava a crise em direção a um desfecho feliz. Nina buscou harmonizar-se com a mãe e, dentro do possível, entender a postura do pai. Ainda não o havia perdoado e nem sabia se um dia conseguiria, mas tentava viver um dia depois do outro. Só não via mais conserto no relacionamento com o namorado, que, desinteressado, pois muito provavelmente já em outra, cada vez menos aparecia, até que sumiu de vez."
Bom conhecer o pessoal da editora, que em parte veio de Belo Horizonte diretamente para o evento, bem como alguns dos colegas escritores. Casa cheia é sempre legal. Esta foi, embora tímida, a primeira aparição pública de “Chapa Quente”, cujo lançamento foi final de dezembro do ano passado. Prenúncio para, aí sim, um lançamento oficial, que pretende-se arranjar em breve. Por ora, no entanto, alguns registros, feitos pela lente atenta de Leocádia Costa, desse momento de letras e encontros.
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A literária Macunaína Gastro Pub
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Com o editor Leonardo Costaneto (em pé), Leocádia e outros autores |
Lendo trecho de "Chapa Quente" no sarau da Caravana |
Com os outros autores gaúchos e o pessoal da editora |