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quarta-feira, 1 de julho de 2009

TUDO PODE


Perguntar-nos-emos: "O Internacional pode ser campeão esta noite?"
Puxa, vantagem de dois gols do adversário, jogar na obrigação, não poder levar gol...
Difícil, hein! Mas pode. Não pode?
O problema de um jogo com este é que tudo pode.
Pode o Internacional fazer um gol logo no início e ter o restante da partida interia para fazer um score corriqueiro entre times grandes, 2x0? Pode.
Pode lá pelas tantas fazer o segundo, levar para os pênaltis e ganhar? Pode.
Mas também pode fazer um gol logo no início, ter o restante da partida inteira pra fazer um score corriqueiro entre times grandes, o 2x0, levar para os pênaltis e perder, até porque o Corinthians tem um grande goleiro e pegador de penalidades. Não pode? Pode.
Pode também fazer um gol logo no início e ter o restante da partida inteira para fazer um score corriqueiro entre times grandes, um 2x0. Pode dar sorte de fazer o segundo gol logo no início do segundo tempo e ter 45 minutos para fazer o terceiro com sua torcida empurrando, com um adversário agora pressionado, meio abalado e lá pelas tantas na pressão fazer um terceiro gol e nem precisar de pênaltis. Pode? Pode.
Como pode também não fazer um gol logo de início, o tempo ir passando e a pressão aumentar. Nada de gol no primeiro tempo. Passar a ter apenas 45 minutos para fazer um score corriqueiro entre times grandes, um 2x0, mas agora com um tempo cada vez mais exíguo, com a torcida impaciente, o time pressionado e abalado e não conseguir levar nem para os pênaltis. Pode acontecer? Pode. Por que não?
Mas também pode de não fazer gol logo no início, o tempo ir passando e a pressão aumentando. Nada de gol no primeiro tempo. Passam a ser 45 minutos para fazer no mínimo, um placar corriqueiro entre times grandes, um 2x0, mas agora com tempo cada vez mais exíguo, mas com a torcida empurrando, o adversário pressionado, lá pelas tantas, 20 do segundo tempo sai um gol. O time ganha força, mais dez minutinhos 2x0. O adversário fica abalado, a torcida sente que dá e empurra, empurra e "no apagar das luzes", 3x0. Pode? Claro que pode.
Como também é claro que pode fazer um gol logo no início, ter o restante inteiro da partida para fazer um score corriqueiro entre times grandes, 2x0, mas aí o Corinthians não se abalar, não sair pro jogo, o time ir ficando tenso, nervoso, apressado, o tempo ir passando a pressão sobre o Inter aumentar, o time começar a errar por causa da ansiedade e nada de sair outro gol. Passar a ter apenas 45 minutos e nada de sair o segundo, nada, nada, torcida impaciente, acabar o jogo, o Inter vencer mas não levar a taça. Pode acontecer.
Por outro lado pode também fazer um gol logo no início, dar aquela tranqüilizada e desenvolver seu futebol pensando que tem um jogo inteiro para fazer um score completamente corriqueiro entre dois times grandes, um 2x0 no mínimo, com calma talvez 3. Toque de bola, jogadas trabalhadas e ali pelos 25 minutos do primeiro tempo, 2x0. Aí a tensão mudaria de lado. Os paulistas não poderiam só ficar atrás porque seriam amassados, teriam que sair da defesa e o Colorado, por sua vez já teria, cedo, nas mãos um placar que lhe interessaria. O Corinthians se abalaria um pouco, sairia pro jogo meio sem saber se deveria segurar os dois a zero contra ou se deveria tentar alguma coisa. Então sai, dá espaços e toma 3x0 no contra-ataque no finalzinho do primeiro tempo. Tudo o que não podia acontecer para eles: sair do primeiro tempo levando três. Passariam a ser 45 minutos para os paulistas tentarem fazer um gol para ficar com o título ou tomarem mais nos contragolpes e darem adeus de vez ao título.
Aí, tudo pode: pode o Corinthians no segundo tempo fazer unzinho, ficar com os 3x1 e levar a taça; pode o Inter aproveitando um eventual desespero e os espaços do campo e massacrar com 4x0 ou 5x0 ou 5x1 ou 5x2, pode o Colorado só tocar a bola e administrar os 3x0... Tudo pode! E por isso é que a decisão desta noite está em aberto. E por isso todos nós colorados estamos tão tensos, nervosos, ansiosos mas com muita confiança. Confiantes mas cientes de que em um clássico deste porte, o adversário é qualificado, tem uma vantagem constituída mas nós temos nossa torcida, nosso potencial e nossa garra. E aí TUDO PODE.
É torcer e esperar pra ver.

Boa sorte para nós.

2 comentários:

  1. Sonhei. De novo.

    Havia dito que não tinha sonhado ainda com o jogo de hoje à noite, né? Pois é, sonhei. Sabe aquela história da notícia boa e da notícia ruim? Foi assim o meu sonho. Como já tinha te comentado, sonhei com um famigerado 2x0 pro Corinthians do primeiro jogo e, batata. Não deu outra.
    Desta vez o placar sonhado foi diferente, mas, diria, no mínimo angustiante.
    Vamos à notícia boa antes: o Inter venceu por 2x0, com gols do Magrão (1º tempo, ali pelos 25 min) e outro do Nilmar, golaço, no "abafa", aos 30 do 2º mais ou menos (aí também é exigir demais de alguém que estava inconsciente). O gol do Nilmar tem requintes de um grande gol, aqueles de final. O ataque estava todo na área do Corinthians (gol à esquerda das cabines do Beira-Rio), até que a bola espirrou para quase na linha de fundo, na pontinha da pequena área e de frente para as cabines. O Sandro (que pelo visto vai jogar mesmo, outra boa coincidência com a realidade) puxou de costas para o Taison que vinha de trás para chutar. Mas nisso o zagueiro do Corinthians rebate meio mascado para a outra ponta da grande área. Lá, está o Magrão que, tentando ser o herói do jogo (não esqueçamos que ele já havia feito o 1º gol no 1º tempo) chuta forte em direção ao gol. Mas é aquela coisa, né: um monte de colorado na área adversária numa situação dessas quer dizer que, obviamente, terá um monte de marcadores corinthianos também. Por isso, por mais que tivesse mira certa, o chute do Magrão bate na zaga. Mas aí entra o goleador. Na hora certa e no lugar certo. A rebatida amortece o chute forte e a bola sobe uns 4, 5 metros do chão e, antes de cair, o Nilmar, nas imediações da marca do pênalti, pega de primeira, de esquerda, e acerta o canto direito do Felipe, que só olha, tamanha a velocidade da bola e proximidade com o gol. E o legal é que, bem ao estilo do Nilmar, só mesmo alguém com a capacidade de criar formas de resolver as coisas como ele poderia ter feito esse gol. O atacante estava uns 2 metros longe de onde a bola ia cair e precisou fazer uma manobra de corpo para se esticar na horizontal e pegar de prima (pois se tentasse dominar, aí vinha a zaga e tirava o espaço). Golaço
    Aí: grito, Pedro Ernesto enlouquecido, gana pelo terceiro gol ou fator emocional a favor para as penalidades. Mas que penalidades? Aí vem a parte da notícia ruim. A merda do sonho acabou assim.
    Eu queria matar o vizinho que me acordou, mas ele não ia entender por que estava sendo esgoelado comigo berrando: "Não deu tempo de ver os pênalitis! Não deu tempo de ver os pênaltis!" É, achei melhor tomar um café e acordar de vez.
    Este sonho foi no domingo e, com medo do resultado, estou sem cerrar os olhos até agora. Dormir, só depois da partida.
    Sorte e competência pra nós!
    Abraço.

    Dã.

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  2. Eu sonhei com um gol estranho do Taison. Eu estava no estádio, no lado das sociais e era, tipo, último lance do primeiro tempo e, lembro mais ou menos, de um bate e rebate na pequena área e o Taisonfaz um golito parecido com aquele do Nilar contra o Estudiantes, meio que empurrando um puquinho além da linha apenas. Lembro no sonho que o juiz acabava o primeiro tempo mas ninguém sabia se tinha confirmado o gol. Aos poucos fomos entendendo que ele tinha validado o gol e acabado o primeiro tempo. A galera comemorou meio que atrasado já no Intervalo com os times saindo de campo. A má notícia, da minha parte é que não sei como foi o segundo tempo. Aiaiai...

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