Curta no Facebook

Mostrando postagens com marcador Esporte. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Esporte. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

STU Open Rio - Praça São Perpétuo (Praça do Ó) - Rio de Janeiro (28/10/2023)







Estive no último sábado, com minha filha, uma jovem skatista, no evento STU Open, uma das grandes competições de skate do país, que reúne, além de grandes nomes do skate nacional, atletas relevantes e revelações da cena internacional, desta vez na etapa do Rio de Janeiro.

Desavisados quanto aos adiamentos do dia anterior, por conta da chuva, acabamos chegando cedo demais no sábado, uma vez que provas do dia anterior ainda tinham que ser realizadas e a agenda colocada em dia. Assim, a provas às quais fomos assistir, as semifinais do street, feminino e masculino, que iniciariam por volta de 10 da manhã, só vieram a começar mais de duas da tarde. 

Ruim? 

Que nada!

Aproveitamos para rodar pelo complexo, tirar fotos nos tótens, assistir aos ensaios dos dançarinos de break e street-dance, ver os habilidosíssimos praticantes do skate freestyle com todos seus impressionantes malabarismos e também, por que não, para tietar as estrelas do evento que aos poucos iam chegando para suas provas. 

Na pista, pra variar a dupla Rayssa Leal e Pamela Rosa deu show e ambas garantiram vagas para final que aconteceria no dia seguinte. A Fadinha, sempre muito celebrada, especialmente pelas crianças, desfilou seu arsenal de manobras complicadas, complexas, difíceis, com aquela a habitual naturalidade de quem faz parecer tudo muito fácil e a multicampeã Pamela Rosa, também não decepcionou e arrancou aplausos da galera com sua velocidade na pista e precisão nas manobras.

Passamos praticamente do dia inteiro no complexo do STU. Saímos da praça ali pelas 6 da tarde, cansados, esgotados, mas  valeu a pena. Um dia cheio de atrações, surpresas e muita coisa legal. E o melhor de tudo: ver a alegria no rosto da filhota que pode acompanhar de perto o esporte de que tanto gosta e estar, ali, pertinho de suas ídolas.


Confira abaixo algumas imagens do nosso dia por lá:


O ensaio do pessoal do street-dance, ainda durante a manhã

Ao longo do complexo do STU, várias outras atrações e modalidades de skate

O pessoal 'da antiga' exibindo seu freestyle

Aqui um pouco da habilidade da turma do freestyle


Pamela Rosa, ainda no aquecimento.

Isso é aquecimento da Rayssa. Só o aquecimento!!!

Rayssa Leal, ainda no pré-prova


Tietar pode? Pode, né?
Minha filha com Rayssa e Pamela

Volta completa de Pamela Rosa, na semifinal

A arena, durante a prova masculina.
Giovani Vianna na pista.



Manobra de Rayssa Leal, durante a semifinal

ClyBlog marcando presença no STU

E este seu blogueiro, no trono da realeza do skate.



Cly Reis





quarta-feira, 2 de agosto de 2023

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Mini Ramp Pro Attack 2021 - Praça Mauá- Rio de Janeiro/ RJ (28/11/2021)




Descobri por acaso, passando de bicicleta pelo Boulevard Olímpico, no centro do Rio, a competição Mini Ramp, que estava acontecendo ali, na tarde de ontem. Interrompi um pouco minha atividade física e dei uma conferida no evento que, assim, de passagem, pareceu de muito bom nível, contando inclusive com o medalhista olímpico Pedro Barros. 
Não fiquei muito por lá porque queria mesmo dedicar a tarde às pedaladas pelas ruas do Rio, mas fiz alguns registros e aí estão eles para dar uma pequena ideia de como foi o evento.



**************














Cly Reis



sábado, 11 de setembro de 2021

"Space Jam: O Jogo do Século", de Joe Pytka (1996) vs. "Space Jam: Um Novo Legado", de Malcolm D. Lee (2021)



Em "Space Jam, O Jogo do Século", de 1996, um dono de um planeta, resolve capturar Pernalonga e seus amigos para servirem de atrações em seu parque de diversões. Para evitar seu próprio sequestro, o coelho esperto propõe uma partida de basquete para decidir seu destino: se os Looney Tunes vencerem, toda a turma é liberada, caso contrário, os desenhos do Pernalonga deixarão de existir... Pra vencer o desafio, o orelhudo recorre a ninguém menos que Michael Jordan para ajudá-los a vencer.

Já em "Space Jam: Um Novo Legado", de 2021, que está mais para um remake disfarçado de sequência, quem se junta à gangue Looney Tunes é o astro LeBron James, dessa vez com o objetivo de derrotar o Goon Squad, versões digitais das maiores estrelas da história da NBA e da WNBA.

Qual o melhor? Aqui, também, tudo se decidirá numa partida de basquete.

E então, preparados?

Conheça os times que a bola já vai subir...

"Space Jam, O Jogo do Século" - trailer



"Space Jam: Um Novo Legado" - trailer


O juiz coloca a bola para o alto e o primeiro tapa e vencido pelo time de 1996. Que já sai trabalhando a bola com calma, procura jogadas seguras tentando decidir no garrafão, o que dá muito certo. O time de 2021 tenta apenas espelhar o adversário, apostando nos rebotes ofensivos para marcar. Ambos os filmes começam muito parecidos focando na estrela de basquete, mas o de 1996, por ser algo “original”, por ter um vilão de verdade e não algo virtual, por apresentar personagens humanos mais carismáticos, vence nesta primeira parte do confronto. Primeiro quarto termina, "Space Jam, o Jogo do Século" (16) x "Space Jam: Um Novo Legado" (10).

O segundo quarto começa um pouco mais parelho mas não de forma positiva. As duas equipes estão vindo para decidir na bola de 3 pontos mas nenhum dos dois consegue se sair bem. Na segunda parte dos dois filmes, os personagens dos Looney Tunes aparecem, o que torna, inegavelmente, os longas mais divertidos, contudo, os roteiros se enfraquecem apostando no vínculo com os personagens, o que em ambos é insuficiente. O longa de 2021 aposta na as nostalgia com os personagens e se, por um lado a história fica mais fraca a abordagem do fato dos personagens dos Lonney Tunes já não conseguirem atingir um público tão grande, faz a nova versão longa ter uma vantagem na questão roteiro. Fim do segundo quarto com o placar de Space Jam 1996 (30) x (29) Space Jam 2021. 

Início do terceiro quarto e é hora dos craques de cada time mostrarem seu valor. É hora de Michael Jordan x LeBron James. Ambos não se escondem do jogo, aparecem, vão para cima, no “X1”, marcam pontos importantes para seus times, mas parecem bem deslocados da partida em um modo geral. Nenhum dos dois é ator nem tiveram grande tempo de preparo por isso. Merecem muito um desconto e nem vou avaliar muito as atuações de ambos. Final do terceiro quarto: 1996 (50) x (49) 2021.

Último quarto se inicia com dois times muito iguais. O time de 2021 está jogando bonito, apela nas jogadas mais plásticas, enterradas, pontes-aéreas, vem dando show. Já a equipe de '96, vem mais trabalhando a bola, sabe usar o melhor do elenco, não é um basquete tão bonito, porém é muito eficiente. Na sequência final, em ambos os filmes, é onde a partida de basquete se torna a parte central, e, visualmente, o longa de 2021 é mais bonito, utiliza bem o efeito 3D nos Looney Tunes, tem jogadas mais exageradas, mas o carisma e a alegria, a tecnologia não consegue superar. O filme de '96, não tem super efeitos, que por sinal, não eram tão bons assim nem para a época, mas é muito mais o clima Looney Tunes que o atual. Claro que entendo que nesse ponto a proposta do novo filme, não é a mesma, mas era necessário ter um pouco mais dessa vibe dos desenhos da Looney. Resumindo o fato de ter personagens mais carismáticos e um ar de originalidade fazem o longa de '96, mesmo fraco em argumentos e roteiro, vencer essa partida.


Cenas dos dois "Space Jam"
(sempre o original, de 1996, à esquerda):
no alto, Jordan e LeBron motivando seus jogadores;
seguindo, o cenários dos dois jogos;
depois, o superastro do basquete, em cada versão, com o principal Looney Tunes;
e, por último, a enterrada, com braço de desenho animado, de Jordan, no primeiro filme, 
e a de LeBron, cheia efeitos.


No verdadeiro jogo do século, o confronto entre Michael Jordan e LeBron James,
com menos recursos mas com as manhas dos desenhos da antiga
e com ajuda daquela "aguinha motivacional" para os jogadores,
o original mostra quem é o verdadeiro clássico.
Aqui não, queridinha!





por Vagner Rodrigues

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

"O Medo do Goleiro Diante do Pênalti", de Wim Wenders (1972)



O que eu estou fazendo aqui? Qual o sentido disso tudo? Qual a minha importância dentro de tudo isso? Quem nunca se perguntou essas coisas em algum momento da vida? Bom, o certo é que o recomendável não é começar a pensar sobre essas coisas durante um jogo de futebol e, ainda mais quando se é goleiro. Em "O medo do goleiro diante do pênalti", o arqueiro Joseph Block, já um tanto desligado da partida que está disputando, leva um gol, vai reclamar do juiz, é expulso, pega suas coisas, dá o fora do pequeno estádio onde o jogo se realiza e, a partir de então, começa a vagar sem rumo, sem saber bem o próximo passo. Nisso, acaba se envolvendo com a bilheteira do cinema que frequenta, acaba a assassinando sem nenhum motivo, vai parar numa cidade interiorana e, de certa forma, passa a se esgueirar da polícia, mas, no fundo, talvez, querendo ser apanhado, descoberto, como que dizendo, "Olhem para mim!". Uma espécie de ânsia contida, domada, em mostrar a todo mundo que o goleiro não é importante apenas quando a bola vai nele. Ele faz parte do jogo mesmo quando a bola está em outras partes do campo.
O filme, a estreia do alemão Wim Wenders em longa-metragens, pode parecer um tanto lento e parado para muitos espectadores, mas é o ritmo adequado imposto pelo diretor de modo a criar essa comparação com a função solitária do futebol, fazendo de seu protagonista, na maior parte do tempo, um observador, e com esse tipo de condução, fazer notar, de forma muito sutil, as mudanças que nele ocorrem.
No fim das contas, especialmente pela cena final, o filme de Wenders nos leva à reflexão de que, no fundo, a vida não passa de um pênalti e cabe a nós, como goleiros, conhecer o batedor, fazer a leitura da linguagem corporal dele para adivinhar ou lado da batida ou, simplesmente, ter a sorte de cair pro canto certo. E aí, será que você pega o seu?

Aquele posto solitário no campo, aquela bola entrando...
Qual o sentido de tudo isso? Qual o sentido de... TUDO?




por Cly Reis

terça-feira, 3 de agosto de 2021

"Cowabunga! - The Surf Box" - Vários Artistas (1996)









"Cowabunga!"
Expressão de alegria, espanto, exaltação, 
que costumava ser usada entre surfistas




É culpa do Tarantino! Ele que foi o responsável por apresentar a grande parte do público, que não conhecia - e aí me incluo - algumas pérolas da surf music. A trilha sonora de seu clássico "Pulp Fiction", traz algumas dessas maravilhas, a começar pela eletrizante "Misirlou" que ficou, de certa forma, imortalizada pela inesquecível cena de abertura de seu cultuado filme. Quem viu aquela cena, quis saber imediatamente, o que era aquele som.
Despertado o interesse, pedi a um colega de faculdade, que me dissera ter uma coletânea bem vasta e ampla da surf music, que me emprestasse o material para que eu, ainda na época do K7, gravasse a minha fitinha. O que ele me levou foi uma caixa com 4 CD's e, logicamente, não deu pra gravar tudo em uma fita só, mesmo numa de 90 minutos. "Cowabunga! - The Surf Box" é a coletânea definitiva do som surf, passando a limpo a história, as características e os grandes nomes do estilo especialmente da época áurea, nos anos '60, mas também destacando releituras, revivals e novos nomes, das décadas seguintes, até a metade dos anos '90.
As que eu conhecera no filme de Tarantino estão lá, mas "Cowabunga!" passa longe de ser apenas o disco que tem as músicas do "Pulp Fiction". A coletânea reúne o que há de melhor e mais significativo produzido pela turma das ondas, numa época em que o esporte era associado ao rock'n roll e guitarras e não ao reggae, pela leseira do clima de praia, e a babas pop insossas de artistas como Jack Johnson.
Composta predominantemente por temas instrumentais, "Cowabunga!" traz em grande parte de suas faixas aquelas características guitarras nervosas, com aquele som tremulado cheio de reverberação, além de saxofones vibrantes e envenenados, nçao raro envolvidos por atmosferas latinas, árabes, indianas ou de qualquer outra sonoridade exótica. 
Tem muita coisa boa em mais de oitenta faixas, mas vão aí algumas das minhas preferidas: "Pintor", do The Pharos, num clima bem à espanhola; "Church Key", do The Revels, com aquelas graciosas risadinhas femininas; a alucinante "Bombora", dos Surfaris, de guitarra ecoante e bateria selvagem;  "Fiberglass Jungle", intensa com sua bateria tribal e sax hipnótico; "Disintegration", do The Ready Men, que brinca de se desintegrar e voltar o tempo todo, num crescente e decrescente de ritmo absolutamente envolvente; e ainda uma versão ao vivo de "Misirlou", de Dick Dale, com a Bob Fuller Four, com quase seis minutos de variações de guitarras enlouquecidas. Entre as que tem vocal, destaque para a versão original de "Surfin' Bird", do Trashmen, conhecida depois pela cover dos Ramones; a divertida "Beach Party", com a voz adorável de Anette Funiccelo; e, é claro, o clássico "Surfin' U.S.A.", dos Beach Boys, praticamente um hino da surf music.
O CD 4 é dedicado ao surf contemporâneo, por assim dizer, com o que melhor foi feito no gênero depois da década de ouro, nos anos '60. Pra falar a verdade, dessa seleção tem muita coisa dispensável, mas merecem uma conferida a pedrada "Storm Dancer", uma verdadeira tempestade sonora, quebrando tudo na bateria; a ótima "Save The Waves"; e a a alucinante, já com características bem do pós-punk, "Pier Pressure", do habilidoso guitarrista Teisco Del Rey.
Devo essa ao Tarantino que, além de nos presentear sempre com grandes filmes, volta e meia nos revela algumas preciosidades musicais e nos faz ir atrás, conhecer mais e querer ter na coleção. Valeu por mais essa, Tarantino.
************************

FAIXAS:

  • Disco 1 - "Ground Swells" (1960-1963)
1. Bulldogg - The Fireballs (02:11)
2. Moon Dawg! - The Gamblers (02:14)
3. Church Key - Barbara Adkins / The Revels (02:03)
4. Underwater - The Frogmen (02:07)
5. Mr. Moto - The Bel-Airs (02:09)
6. Let's Go Trippin' - Dick Dale & His Del-Tones (02:09)
7. Surfer's Stomp - Mar-Kets (01:56)
8. Surfin' - The Beach Boys (02:17)
9. Paradise Cove - Surfmen (03:03)
10. Latin'ia - The Sentinals (02:28)
11. Bustin' Surfboards - The Tornadoes (02:29)
12. Misirlou - Dick Dale & His Del-Tones (02:13)
13. Surf Beat - Dick Dale & His Del-Tones (02:59)
14. Cheater Stomp - Fabulous Playboys (02:10)
15. Pipeline - The Chantays (02:18)
16. Surfer Joe - The Surfaris (03:38)
17. Wipe Out - The Surfaris (02:38)
18. The Rising Surf- Richard Allen (02:42)
19. Surf Rider - The Lively Ones (03:18)
20. Shoot That Curl - Chris & Kathy (04:21)

  •  Disco 2 - "Big Waves" (1963)
1. KFWB Jungle - The Beach Boys (00:28)

2. Surfin' U.S.A. - The Beach Boys (02:28)
3. Jezabel - The Illusions (02:20)
4. Body Surf - Aki Aleong & The Nobles (02:01)
5. Surf Bunny - Gene Gray & The Stingerays (02:30)
6. Soul Surfer - John Fortune (02:36)
7. Shoot the Curl - The Honeys (02:19) 
8. Baja - The Astronauts (02:29)
9. Pintor - Pharos (02:17)
10. Cat on a Hot Foam Board - New Dimensions (01:41)
11. Surf City - Jan & Dean (02:27)
12. Breakfast at Tressels - Rhythm Rockers (02:46)
13. King of the Surf Guitar - Dick Dale & His Del-Tones (02:06)
14. Surfin' at Mazatland - The Centurions (03:14)
15. Surfin' Hootenanny - Al Casey / K-C-Ettes (02:08)
16. The Lonely Surfer - Jack Nitzsche (02:34)
17. Surfer Girl - The Beach Boys (02:26)
18. Beaver Patrol - The Blazers (02:47)
19. Fiberglass Jungle - Crossfires (02:13)
20. Mr. Rebel - Eddie & the Showmen (04:57) 

  • Disco 3 - "The Ebb Tide" (1963-1967)
1. Penetration - Pyramids (02:00)

2. Bombora - The Surfaris (02:05)
3. Heavies - The Rotations (01:45)
4. Moment of Truth - Dave Myers & the Surftones (02:45) 
5. My Little Surfin' Woodie - The Sunsets (02:00)
6. Let There Be Surf - The Chevell's (02:10)
7. Surfin' Bird - The Trashmen (02:22)
8. Ski Storm - The Snowmen (02:01)
9. Disintegration - The Ready Men (02:26)
10. Beach Party - Annette (01:49)
11. Theme from Endless Summer - The Sandals (03:24)
12. New York's a Lonely Town - The Tradewinds (02:16)
13. K-3 - The Challengers (02:10)
14. Tell 'Em I'm Surfin' - The Fantastic Baggys (02:03)
15. On the Run - The Rondels (02:15)
16. Walk-Don't Run '64 - The Ventures (02:23)
17. I Live for the Sun - The Sunrays (02:27)
18. Malibu Run - Fender IV (02:26)
19. Miserlou - The Bobby Fuller Four (05:47)
20. Hit the Surf - Sea Shells (03:34) 

  • Disco 4 - "New Waves" (1977- 1995)
1. Storm Dancer - Jon & the Nightriders (02:50)

2. Goin' to Malibu - Malibooz (03:13)
3. Wave Walk'n - Surf Raiders (02:17)
4. Night of the Living Wedge - Wedge (02:35)
5. My Beach - Surf Punks (01:49)
6. The Tan Punks on Boards - Corky Carroll & The Cool Water Casuals (02:54)
7. The Rebel - The Cruncher (01:54)
8. Polairs - Insect Surfers (03:57)
9. Chumming - The Halibuts (01:59)
10. Save the Waves - The Surfdusters (03:05)
11. Desert Bound - Looney Tunes (02:12)
12. Pier Pressure - Teisco del Rey (02:24)
13. A Night in Tunisia - Laika & the Cosmonauts (02:12)
14. Reverb 1000 - Man or Astro-man? (02:04)
15. Banzai Run - The Phantom Surfers (02:29)
16. Spanish Blue - Aqua Velvets (03:29)
17. Xke! - Boss Martians (02:23)
18. Killer Dana - The Chantays (02:14)
19. Honeybomb - Mermen (06:09)
20. Punta Baja - The Eliminators (03:35)
21. Wingnut's Theme - The Sandals (04:35)
22. Esperanza - Dick Dale (05:50)

**************************
Ouça:
Cowabunga! - The Surf Box:




Cly Reis

quinta-feira, 29 de julho de 2021

"Homens Brancos Não Sabem Enterrar", de Benny Wallace (1992)






Um dos nomes mais infelizes, em português, que um filme já recebeu para a entrada nos cinemas brasileiros, podendo ser interpretado como uma comédia de terror ou, principalmente, um pornô racista, "Homens Brancos Não Sabem Enterrar", é uma produção bem legal que diverte e mantém o espectador envolvido, interessado e torcendo pela sua dupla de protagonistas. Billy (Woody Harrelson) e Sidney (Wesley Snypes) são dois fãs de basquete, dois jogadores de rua, que se conhecem e se unem para ganhar dinheiro em desafios contra outras duplas nas quadras espalhadas pela cidade. Normalmente em territórios de negros, Sidney que é da área, chega sozinho, encena que precisa de alguém para completar a dupla e "por acaso" só encontra um cara branco rondando por ali (completamente "por acaso"). Ninguém dá nada pelo branquelo e é aí que nossos heróis aproveitam para aumentar a aposta e limpar os otários. É que, na verdade, Billy joga muito e com Sidney compõe uma dupla praticamente perfeita e imbatível. Ele só tem um probleminha: Billy não sabe subir no garrafão, tomar aquele impulso e dar aquela cravada humilhante e intimidadora. Ora, isso, verdadeiramente, não representaria nenhum problema, eles não deixariam de aplicar seus golpes, vencer seus desafios, faturar uma grana, se não fosse o orgulho ferido de Billy que faz com que ele perca dinheiro e coloque tudo a perder por causa desse pequeno detalhe. E assim, jogando dinheiro fora, se endividando, sendo ameaçado por bookmakers, ele só decepciona e decepciona, constantemente, sua namorada, (Rosie Perez) viciada em quiz-shows de TV, que praticamente implora para que ele pare de apostar e ameaça deixá-lo caso não o faça.
A dupla é carismática, o personagem de Woody Harrelson é cativante, ao mesmo tempo malandro e tão ingênuo; o de Snypes é safo, irreverente, divertido, as cenas de jogo são bem filmadas garantindo a tensão do jogo com slow-motions precisos em momentos oportunos interessantes. Enfim, "Homens Brancos Não Sabem Enterrar", sem maiores pretensões cinematográficas, apesar do título, é um bom entretenimento e dá pra assistir na boa, curtir sem nenhum constrangimento ou arrependimento.
Esse tipo de jogo de rua, bem raiz, muitas vezes em quadras precárias, com o número de jogadores que dá pra conseguir, dois ou três para cada lado, apenas em um dos lados da quadra, somente em uma das cestas, saiu das ruas e ganhou o mundo, inspirando o basquete 3x3, modalidade que estreia, esse ano, nos Jogos Olímpicos de Tóquio. A coisa vai ser mais profissional, mais séria, com mais estrutura, mas, independentemente de tudo isso, podem estar certos de que não vai faltar o espírito moleque e irreverente das ruas, das quadras mais modestas, dos cantos mais remotos que, afinal de contas, é algo intimamente ligado à prática de um esporte tão espontâneo como é o caso do basquete de rua.


"Homens Brancos Não Sabem enterrar" - trailer







por Cly Reis