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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Led Zeppelin - "Led Zeppelin" ou "Led Zeppelin IV" ou "Four Symbols", ou "ZoSo" ou "o disco do velho" (1971)


“Ninguém nunca mais nos comparou ao Black Sabbath depois deste álbum.”
John Paul Jones


Sempre tive a ideia de botar algum Led Zeppelin no ÁLBUNS FUNDAMENTAIS mas hesitava um pouco pensando em qual deles pra não cometer injustiça. O primeiro? Ou o incrível Led Zeppelin II? Ou por que não o III ? Ou o fantástico "Physical Graffiti"? Podia ser qualquer um destes sem problema algum, mas na minha opinião o quarto álbum do Led Zeppelin, de 1971, conhecido como "IV", ou "Four Symbols" ou "ZoSo" ou ainda, somente, como "o disco do velhinho na capa" é o que melhor representa toda a pagada, a força, a sonoridade e a qualidade da banda.
Com influências que iam de blues, ao country, a Elvis e a bruxaria, o Led consolidava em "IV" uma sonoridade que iria se tornar pedra fundamental do estilo metal e similares, com muito peso nas guitarras, ritmos acelerados e vocais  gritados. "Black Dog", canção que abre o disco é prova e símbolo disso, com aquela guitarra extremamente pesada e mágica de Jimmy Page, alternado tempos com o vocal poderoso e estridente de Robert Plant. Certamente é, ainda hoje, um dos riffs mais conhecidos e lembrados de todos os tempos. Um clássico imortal do rock!
E a propósito de clássico e de rock, o que dizer de um álbum que tem uma música chamada "Rock'n Roll"? Bom, muitos podem ter uma música com este nome, mas provavelmente só o Led  conseguiu fazer com que ela remetesse ao estilo com tanta clareza, ficasse marcada pelo nome e virasse um clássico absoluto. Eu mesmo, sempre que ouço o termo rock' roll me vem à cabeça aquele início marcado na bateria de John Bonham, que aliás, "quebra tudo" nesta música. Mas não só ele. Nesta, a guitarra menos distorcida que de costume, conduz uma espécie de blues acelerado, um rockabilly pesado alucinante, num show à parte que se constitui em outro dos riffs mais conhecidos da história da história da música.
Para os mais "populares", este álbum traz ainda o clássico "Stairway to Heaven" que serviu até mesmo de faixa de trilha sonora de novela nos anos 80, fazendo-a alcançar uma grande popularidade até entre os não-fãs e público em geral, mesmo com sua estrutura rica, complexa e sua extensa duração para padrões comerciais.
Todas as 8 faixas são excepcionais mas o disco acaba com outra de minhas favoritas, a poderosa "When the Levee Brakes", sonoramente impactante com sua bateria estrondosa  com uma marcação ao que ao mesmo tempo é tem um tom marcial mas é também emocionante e sedutora. Mas Bonham não cria esse fascínio sozinho: a guitarra de Page aqui é mística, mágica e hipnótica; John Paul Jones conduz a linha de maneira segura e forte; e Plant é preciso nos vocais em cada verso, em cada entonação, em cada nota, além da harmônica que toca conferindo um ar ainda mais místico à canção. Um final monumental para um disco fantástico!
Pela seleção privilegiada de faixas do álbum, pelos clássicos que traz, pelo significado no cenário musical, pela consolidação de um estilo, pela importância da obra, pela popularidade, pela sonoridade, por todas estas razões e muitas mais é que "Led Zeppelin IV" é para mim não só o melhor álbum da banda como um dos melhores de todos os tempos. Acho que não cometo nenhuma injustiça em mencioná-lo aqui. Agora, o que também não invalida de daqui a pouco termos aqui na seção um "Led Zeppelin II", por exemplo... Ou o " Led III", ou o "Physical" ou o "Houses"...
Não precisamos ter apenas um, precisamos?
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FAIXAS:
  1. "Black Dog" (Page/Plant/Jones) – 4:57
  2. "Rock and Roll" (Page/Plant/Jones/Bonham) – 3:40
  3. "The Battle Of Evermore" (Page/Plant) – 5:52
  4. "Stairway to Heaven" (Page/Plant) – 8:03
  5. "Misty Mountain Hop" (Page/Plant/Jones) – 4:38
  6. "Four Sticks" (Page/Plant) – 4:45
  7. "Going To California" (Page/Plant) – 3:31
  8. "When The Levee Breaks" (Page/Plant/Jones/Bonham/Minnie) – 7:08
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Ouça:
Led Zepppelin IV 1971


Cly Reis

Um comentário:

  1. Meu preferido também. Até gostava mais do Phisical, mas este me conquistou, e é insuperável mesmo.

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