"É difícil para mim falar de Chuck Berry
porque eu copiei todos os acordes
que ele já tocou."
Keith Richards
Negros faziam blues, mas aquilo não era blues.
Tinha pitadas, doses de música country, mas não era country, e, afinal de contas country era música pra caipiras brancos.
Tinha um balanço diferente, tinha um embalo impressionante.
Senhores, aquele homem tinha acabado de inventar uma coisa chamada rock'n roll!
Aquela mistura, aquele jeito de tocar, aquela guitarra singular, aqueles riffs, aquele novo ritmo de certa forma desagradava um pouco aos negros porque subvertia o blues; desagradava também aos brancos por ousar mexer com um ritmo característico deles; mas o mais importante é que muito mais gente aprovou, e adorou, e aderiu e, enfim, é por isso que estamos aqui, não é mesmo Chuck?
Embora seu primeiro disco, After School Session" de 1957, seja considerado uma espécie de marco-zero do rock, destaco aqui seu terceiro álbum, "Chuck Berry is on Top" de 1959, por trazer uma maior quantidade de seus grandes hits por metro quadrado entre os primeiros trabalhos de sua carreira: tem a alucinante "Maybelline"; a elétrica "Sweet Little Rock and Roller"; o riff matador de "Johnny B. Goode"; e a empolgante "Roll Over Beethoven"; sem falar em outras como "Around and Around", "Carol" ou "Jo Jo Gunne" por exemplo, igualmente excelentes mas não tão famosas quanto as clássicas.
Não, não é a toa Chuck Berry é considerado por muitos o Pai do Rock, e "Chuck Berry is on Top" está aqui para confirmar isso.
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FAIXAS:
- "Almost Grown" – 2:18
- "Carol" – 2:44
- "Maybellene" – 2:18
- "Sweet Little Rock & Roller" – 2:18
- "Anthony Boy" – 1:50
- "Johnny B. Goode" – 2:38
- "Little Queenie" – 2:40
- "Jo Jo Gunne" – 2:44
- "Roll Over Beethoven" – 2:20
- "Around and Around" – 2:20
- "Hey Pedro" – 1:54
- "Blues for Hawaiians" – 3:22
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Ouça:
Chuck Berry Is On Top
Cly Reis
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