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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

cotidianas #177 - Difícil de Explicar


As mulheres resolveram se reunir para comemorar o aniversário de formatura.
Conheciam-se havia, sei lá, 15, 16 anos e nunca tinham marcado nada juntas sem os maridos.
Marcaram uma reuniãozinha na casa de uma delas só pra fofocar, botar a conversa em dia e tomar umas que outras. Os maridos podiam, por que elas não, ora?
Poder, podiam. O problema é que passaram um pouquinho da conta e ficaram um pouco 'altas demais'.
Lá pelas tantas da madrugada, uma delas, completamente bêbada, mal se aguentando em pé, resolveu que era hora de ir embora. Pegou o carro e pôs-se a dirigir a caminho de sua casa, Deus sabe lá como. Só que no meio do caminho, coisas de bêbado, deu aquela irresistível vontade de mijar. Não tinha como segurar. Um muro? Um pátio? Uma moita? Avistou então um cemitério. Ah, ia ser ali mesmo! Parou o carro próximo ao portão e ignorando até mesmo o sinistro do lugar, sem opção melhor e completamente sem noção pela bebedeira, decidiu fazer ali mesmo, dentro do cemitério. 
Desceu do carro, foi-se cambalenado, tropeçando, caindo, esfolando os joelhos, até que não aguentando dar mais um passo subiu na tampa de uma sepultura qualquer, tirou a calcinha e se aliviou ali mesmo.
Ahhhh!!!
Acabando, e não encontrando nada com o que se limpar, pegou a primeira coisa que lhe estava ao alcance, uma fita de uma coroa de flores que estava em cima de um túmulo e a usou como papel higiênico. Levantou, esquecendo-se até mesmo da calcinha, e saiu meio cambaleante andando entre os túmulos até chegar ao carro. Depois disso nem sequer lembrava de como chegara em casa.  
No dia seguinte acordou com uma tremenda ressaca. Não lembrava de praticamente nada da noite anterior. Só recordava de ter saído da casa da amiga e depois, puff! Tudo sumia da sua memória.
Encontrou o marido na cozinha, tomando café e ao lhe dar bom dia, o viu transtornado com os olhos cheios d'água:
- Está tudo acabado entre nós. Tudo - disse o marido.
- Como assim? Mas... por que? Só por que eu saí com as minhas amigas uma única vez? Uma vezinha só! Você sai com seus amigos toda as semanas... - tentou argumentar a esposa.
- Amigas, é??? - retorquiu indignado - Amigas? Então como é que você me explica ter chagado em casa bêbada, de madrugada, com os joelhos todos lascados, sem calcinha e com uma fita presa na bunda com a inscrição: "Jamais te esqueceremos: Vagner, Moisés, Elias e toda a turma da faculdade." ?
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É... Dífícil de explicar.

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