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domingo, 20 de fevereiro de 2011

"Cisne Negro", de Darren Aronofsky (2010)



Tinha lido nO Globo uma crônica do Arthur Xexéo em que ele criticava bastante o badalado filme "Cisne Negro". Como tinha boas recomendações sobre o mesmo, bons indícios, achei num primeiro instante que seria aquilo meramente uma implicância do cronista com algum elemento que lhe desagradara em particular, um preconceito com o diretor, algum preciosismo em relação ao balé e por isso uma cobrança excessiva sobre uma produção que tenta o reproduzir, etc. Mas assistindo-o ontem, infelizmente cheguei a quase todas as mesmas conclusões que ele. (E reparem que de tinha eu grandes expectativas).
O filme é lamentável!
Fraco, fraco, fraco.
Absolutamente previsível da primeira à última cena. Um roteiro extremamente mal desenvolvido com diálogos medíocres e rasos. Um suspense-terror com pouquíssimo impacto talvez adequado para filmes de adolescentes. Pouquíssimos méritos, efetivos, de direção; tipo aquilo que se possa dizer que só foi assim ou assado porque uma 'batuta' de mestre levou àquele resultado. Não! Pelo contrário: o glorioso Darren Aronofsky não faz muito mais do que tirar da lona e levar para o palco seu último filme "O Lutador", igualmente fraco e rasteiro. Só que lá era um lutador tentando tirar um paizão de dentro de si e neste é uma bailarina tentando extrair de si um lado negro; e tudo isso para AMBOS mergulharem (literalmente) em câmera lenta sobre o espectador a caminho de seus respectivos 'cantos do cisne'. É lógico que é um exagero mas os filmes tem, sim, muita semelhança, especialmente no que diz respeito a seus deficientes desenvolvimentos. Tem algum ponto a favor no jogo de espelhos e tal, mas não passa muito disso.
Como disse, concordei, enfim em quase tudo como colunista dO Globo. Ele ainda salientou a deficiência técnica da atriz no que diz respeito à dança, mas aí não vou querer dar palpite porque não entendo especificamente do assunto ainda que todo leigo tenha sua opinião sobre qualquer assunto e, me pareça, que até nisso ele tem razão. O que acho mesmo é que está sendo superestimada é a atuação da atriz, Natalie Portmann, vancedora do Globo de Ouro e favorita para o Oscar, em uma interpretação para mim, no mínimo, muito comunzinha, e arriscando-me a dizer até, excessivamente afetada e inexpressiva.
O duro de tudo isso é o cara sair do cinema e comentar com a esposa que achou o filme uma droga e ela achar que o cara não gostou porque não gosta de balé.
Meu Deus!!!! Muitas pessoas parecem não entender que não tem nada a ver com assistir a um filme de guerra, de boxe, de futebol, de romance, etc. O importante é ver um FILME.
Não tem nada a ver com não gostar de balé. Não gostei do filme porque eu gosto de cinema. Só isso.



por Cly Reis