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quinta-feira, 11 de junho de 2015

Quadrinhos no Cinema #3 - "Estrada Para a Perdição", de Sam Mendes (2002)



O quadrinho americano além dos Supers
por Vagner Rodrigues




Uma fotografia linda e figurinos perfeitos ajudam muito a nos colocar dentro dos Estados Unidos dos anos 30, na era de ouro da máfia. “Estrada para perdição”, não vai ser tornar um clássico, já temos outros filmes melhores que abordam este tema, mas com certeza ele merece um destaque. O diretor Sam Mendes faz uma adaptação livre da HQ americana de mesmo nome, escrita por Max Allan Collins e ilustrada por Richard Piers Rayner, muda alguns elementos da trama, mas consegue captar de uma maneira muito competente espírito da HQ.
Michael Sullivan (Tom Hanks) é um assassino que trabalha para John Rooney (Paul Newman), o grande chefão da cidade. Tudo ia bem para Michael Sullivan, até que seu filho mais velho Michael Sullivan, Jr (Tyler Hoechlin), um menino de 14 anos que é tomado pela curiosidade de descobrir qual é o trabalho misterioso do pai, acabar virando testemunha de um assassinato. Connor Rooney (Daniel Craig), o  filho de  John Rooney, era o homem que estava junto com o pai do garoto no dia do assassinato, e com medo que o garoto conte para alguém, vai atrás do menino para matá-lo e não consegue, mas acaba matando a esposa de Michael Sullivan, e seu filho mais novo. A partir daí vemos Michael em sua difícil caçada atrás de vingança, ao mesmo tempo em que tenta manter seu filho longe da vida do crime.
Um raro momento onde pai e filho conseguem
conversar calmamente. (Não por muito tempo...)
Este filme, assim como vários outros filmes de máfia, tem o foco na relação familiar, para ser bem específico, aqui na relação pai e filho. Mesmo John Rooney não sendo o pai verdadeiro de Michael Sullivan, o mesmo lhe trata desta forma, é a figura paterna com a qual Michael foi e criado. Tanto que há um sofrimento, uma dor muito grande por ambas as partes, quando os dois acabam tendo que se confrontar, uma vez que Michael vai atrás de Connor, o filho de John. John Rooney é Connor Rooney, apesar de saber de tudo que seu filho faz de errado, não consegue ir contra ele por ser sangue do seu sangue, seu filho legítimo, mesmo não tendo a retribuição do afeto por parte deste filho (algo que ele consegue com Michael e podemos notar isso e forma bem evidente em uma cena onde Michael e John tocam piano juntos), ele não  o abandona. E por último, e a relação mais importante, Michael Sullivan e Michael Sullivan, Jr, é através do olhar de Michael Sullivan, Jr, que vemos o filme. Vemos que Sullivan é um pai protetor, no começo parece ausente ( acho até que era ausente), mas muito disso para manter seus filhos longe do crime, por isso de nunca ter contado aos seus filhos sobre o seu trabalho, atiçando a curiosidade dos meninos. Todo esse afastamento era o jeito dele proteger sua família. Mesmo depois, quando Sullivan, vai em busca de vingança, e tem que levar Sullivan, Jr  junto, ele continua tentando deixar seu filho longe do crime e o máximo que faz é ensinar seu filho a dirigir para ajudar em suas fugas quando sai para roubar o dinheiro da máfia.
As atuações estão ótimas! Tom Hanks sem comentários, como sempre, e Paul Newman consegue mostrar muito bem a deterioração de seu personagem ao longo filme. Vou dar um destaque para dois atores com partições pontuais, Daniel Craig, como vilão da história está incrível, com um ar debochado, em sua primeira aparição, no seu primeiro sorriso, você já fica com a impressão que Connor Rooney não é uma boa pessoa. Suas atitudes imprudentes fazem com que ele sempre piore as coisas. E Jude Law, que nossa, tem pouco tempo na tela, mas faz você não conseguir desgrudar o olho dele. Seu papel é do assassino Harlen Maguire, que é contratado para matar Sullivan e seu filho. Uma particularidade de Harlen Maguiree, é que ele fotografo criminalístico, ganha dinheiro tirando fotos das pessoas que ele mata e por isso além de sua arma ele carrega uma máquina fotográfica.
Paul Newmman em atuação que lhe valeu
indicação ao Oscar de Ator Coadjuvante
O filme talvez seja corrido demais, todos os acontecimentos são muito rápidos, esse pode ser o único grande defeito da obra, uma vez que toda essa velocidade faz com que o final fique previsível, mesmo com uma tentativa de surpreender nas últimas cenas (que eu acabei não me surpreendendo), os problemas vão sendo solucionados muito rapidamente.
"Estrada Para a Perdição" é o segundo filme do diretor Sam Mendes, ele vinha do fantástico “Beleza Americana”, e tinha toda a pressão de ter que se provar, e conseguiu. Embora a temática deste filme seja muito diferente do seu filme anterior, as críticas sociais novamente estão presentes. Se você assistir o filme com bastante atenção vai reparar que não tem muitas personagens femininas, apenas duas mulheres e com poucas falas, a esposa de Michael Sullivan, e a senhora que mora em uma pequena fazenda com seu marido, que dá abrigo para pai e filho quando os dois estão necessitados. O porquê de não haver mulheres parece claro, a sociedade americana na época era extremamente machista e a mulher praticamente não era ouvida e vista. O mesmo acontece com os policiais, na época as cidades eram controladas pelos mafiosos, e Sam Mendes retrata isso, dando pouco espaço para aparições policiais. Outro aspecto interessante do filme é a espetacularização da morte que vemos através do Harlen Maguire o fotografo assassino, era um começo para o que vemos hoje nos nossos telejornais, onde cada vez mais tem “ibagens” assim, onde a morte e a tragédia são os assuntos principais.
Vale muito a pena assistir. O filme conta uma grande história, através de cenas memoráveis, como a famosa cena do assassinato na chuva (que fotografia linda), temos também cena onde Sullivan, observa o mar que é lindíssima. Uma direção de arte realmente impecável.
É um filme belo em todos os aspectos, quem for assistir vai gostar, se não gostar da trama, tem a ambientação muito bem feita, figurinos caprichados. Com certeza algo vai te agradar. Assista ao filme e vá acertar as suas contas com a máfia, de preferência em um dia de chuva que é propício para isso.

A belíssima fotografia da cena da execução na chuva.
Não precisa falar nada.
Assista ao filme.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Quadrinhos no Cinema #2 - "Superman - O Filme", de Richard Donner (1978)


O primeiro grande herói
por Vagner Rodrigues



Um personagem clássico, um elenco clássico, uma trilha sonora clássica, efeitos clássicos, um verdadeiro clássico do cinema, uma obra única, que abriu caminho para os super-heróis nos grandes estúdios.
O planeta Krypton está a beira de explodir e para salvar seu filho, Jor-El (Marlon Brando) o envia a um outro planeta onde ele possa sobreviver e crescer forte e feliz. Esse planeta é a Terra e esse garoto é Kal-El. Agora adulto usa o nome que seus pais adotivos lhe deram, Clark Kent (Christopher Reeve), e após passar um longo período na “Fortaleza da Solidão”, para conhecer mais sobre o seu passado, (o motivo deste autoexílio foi a morte de seu pai adotivo) após anos de estudo, ele decide retornar a sociedade, agora com uma missão, para ele um dever. Ao mesmo tempo que Clark é um desajeitado jornalista, torna-se o Superman, utilizando seus poderes sobre-humanos para ajudar o povo de Metrópolis, Com o decorrer do filme surge seu principal inimigo, Lex Luthor (Gene Hackman), um homem ambicioso, que não vai medir esforços para crescer no ramo imobiliário (é isso mesmo, esse é o seu objetivo).
Superman e Clark
Christopher Reeve fez o papel de sua vida, consegue fazer dois personagens no mesmo filme, Clark e Superman, que são completamente diferentes. Claro teve a maquiagem ajudou, mas diria que 99% dessa diferença vêm de sua atuação. Clark é tímido e cômico, um personagem que sentimos pena e simpatia. Esconde-se atrás de seus óculos e seu andar curvado, e parece que realmente não querer ser notado, já Superman é um escoteiro nato, o bom rapaz, parece estar sempre no lugar certo na hora certa para ajudar, e sem cobrar nada, faz porque acha justo. Sem falar no seu porte atlético e belo rosto, tudo isso somado aos seus poderes, o tornam um símbolo da cidade. E ele sabe lidar muito bem com tudo isso.
Os outros personagens foram bem representados, mas não também como Superman. Lois Lane (Margot Kidder), a repórter do Daily Planet, é o par romântico do nosso herói.  Lois é “uma mulher prafrentex”, independente, que tenta resolver os problemas sozinha, como boa repórter, sempre procura uma boa matéria, o que acaba a colocando em algumas situações de perigo. O que ficou exagerado em Lois é a questão da sexualidade. No filme ela é uma tarada, como diria Dona Bela (escolinha do Professor Raimundo)“Ela só pensa naquilo”. A principal cena que mostra que Lois não consegue se controlar, é quando ela recebe a visita do Superman em sua casa e pede para ele mostrar seus poderes. Ela poderia pedir qualquer coisa, tipo “me leve para dar uma volta voando” (eles até fazem isso, mas a ideia foi dele),  mas o pedido da moça é “você pode dizer qual a cor da minha roupa intima?”, perguntando sobre sua visão de Raio X.  Podemos dizer que o maior desafio de Superman foi resistir às investidas de Lois Lane ao longo do filme, mas no final ele acaba cedendo, provando que nem o “Homem de Aço” é feito de aço (boa piada!).
Nossos vilões planejando mais algum plano maligno.
Tenho que falar também de Lex Luthor (Gene Hackman), o grande vilão do filme e o maior inimigo das HQ’s do Superman. O personagem, embora esteja bem no filme, seu plano, assim como nas as HQ’s não era sair na porrada com o Homem de Aço, mas sim algo mais pensado e bem trabalhado (Tá, não tão bem pensado assim). Infelizmente assim como Lois, Lex Luthor também acaba caindo nos exageros, no seu caso, ele quase passa de vilão para o alívio cômico do filme. Junto com Otis (Ned Beatty), seu braço direto e Eve Teschmacher (Valerie Perrine) compõe uma trio de trapalhões. É engraçado? Sim, mas com o passar do filme vai ficando exagerado e às vezes o número de cenas cômicas os envolvendo torna-se desnecessário.
"Superman" é um filme incrível (não é um excelente filme, pois seu final tem uma solução, que só vendo para crer), obviamente tem os seus defeitos, mas suas qualidades e sua importância são muito maiores. Sua importância para os filmes de quadrinhos é enorme, por um motivo simples: o respeito da adaptação pelo espirito dos quadrinhos. O roteiro é simples, a trama quase não tem ação, as pessoas acostumadas com os filmes de Super-Heróis de hoje, podem ficar desapontadas, mas é o que o filme que precisava ser, foi feito na época certa, e foi a obra definidora do Super-Homen nos cinemas.
Você que já leu alguma HQ do Homem de Aço daquela época, sabe que o que os quadrinhos não apresentavam a violência que vemos hoje no cinema hoje. O romance de Lois e Clark (Superman) ficou ótimo, o toque de comédia também é muito bom, os efeitos especiais, embora datados, se sustentam até hoje, por que você tem que analisar como um filme de 1978, e aí os efeitos são grandiosos, você acredita mesmo que um homem pode voar, como dizia o slogan do filme. E o ponto alto é a trilha sonora do incrível, John Williams, o tema que ele criou não é só o tema do filme, mas sim o tema do SUPERMAN.
Para concluir, ficam meus parabéns pela direção de arte, para a direção, pois Richard Donner estava muito bem, e o elenco que abraçou bem os personagens, principalmente o saudoso Christopher Reeve que foi fantástico, eterno Superman...  Agora sobe O TEMA DO SUPERMAN!!!
A bela cena do voo noturno (depois disso o Superman levaria Lois às nuvens mais algumas vezes)

sábado, 9 de maio de 2015

Quadrinhos no Cinema #1 - "Barbarella", de Roger Vadim (1968)


Barbarella, A primeira superprodução e primeiro grande filme das HQ's
por Vagner Rodrigues




Inocência, beleza e sensualidade.
Tudo isso na maravilhosa Jane Fonda
A primeira grande produção de quadrinhos para o cinema, "Barbarella", foi muito mal recebida na época do seu lançamento, mas hoje é um clássico cult, graças a um velho fenômeno que faz um filme ser tão ruim, mas tão ruim, que dá uma volta e fica bom.
Barbarella (Jane Fonda) é uma agente espacial que viaja pelo universo fazendo missões especiais a pedido do presidente da Terra. A história se passa durante uma das missões de Barbarella, onde ela vai atrás do perigoso Dr. Durand Durand (sim, foi daqui que a famosa banda tirou seu nome). Ao longo de sua jornada ela vai se deparando com diferentes raças e planetas, no meio deste intercâmbio cultural, ela descobre os prazeres do sexo, daí a ficção científica vai para o espaço (entenderam a piada?) e o filme e só Barbarella conhecendo diferentes homens e fazendo sexo com eles. Não tem nada explícito, o filme é sensual, desde seu início, a cena de abertura é um strip-tease de Jane Fonda, de dar inveja a Sandra Bullock em 'Gravidade".
Fonda é pura sensualidade nesta obra. O seu ar inocente (beirando ao estereótipo de loira burra), combinado com suas roupas provocantes, levam os homens a loucura, só por isso o filme já merece ser assistido.
O roteiro é uma bagunça, as falas são horríveis, muitos diálogos sem sentido, e os efeitos até mesmo para época são muito ruins. Não é um bom filme tecnicamente falando, o som é ruim, atuações quase amadoras, mas você consegue tirar algo de positivo do filme.
Os muitos uniformes de Barbarella.
Muito práticos para viagens espaciais.
Não se engane com o que você leu até aqui, pode parecer uma obra machista, mas não é. Roger Vadim acerta em cheio em sua adaptação, ao deixar sua obra exalando sexualidade, pois este é o espírito da HQ, o filme e a HQ são da época de força da luta do feminismo, do direito de igualdade e liberdade da mulher, no filme é retratado a liberdade sexual da mulher. Barbarella não é um objeto, ela quer prazer, por isso procura os homens, e não o contrário. Ela seduz (mesmo sem querer), mas não é seduzida, ela é inocente em alguns momentos, mas nunca inferiorizada. Claro, é um filme de um diretor homem, baseado em uma HQ de escritores homens, para o público em sua maioria de homens, por isso há um exagero ao mostrar a sensualidade de Barbarella, você pode assistir o filme com essa visão, de um filme soft erótico, está no seu direito, mas aconselho a superar essa camada, que irá aproveitar muito mais.
Foi isso, essas camadas do filme que me fascinaram. Você pode velo como um “filme machista”, que utiliza da sensualidade de Jane Fonda ao extremo (e usa maravilhosamente bem), pode também olhar um filme com a coragem de colocar uma heroína como personagem principal, o que ainda é difícil nos dias de hoje, ou simplesmente um filme tosco, sem sentido, o importante é: Assista ao filme e faça sua escolha, pretty! pretty!.
O striptease da abertura. E que abertura!




segunda-feira, 4 de maio de 2015

Quadrinhos no Cinema


"Watchmen', filme que divide opiniões
Devido ao enorme sucesso das adaptações do Estúdio Marvel para o cinema (sucesso de publico e crítica) e a corrida da DC para não ficar para trás, e também por eu ser um enorme fã de quadrinhos e cinema, resolvi me aventurar nesta maratona de filmes baseados em quadrinhos, e fui um pouco além dos filmes de super-heróis. Vou falar na influencia dos quadrinhos no cinema, não contar a historia dos quadrinhos, nem entrar muito no mundo das HQ's, mas sim nos filmes, por isso não falarei (já falando) do fabuloso Will Eisner, que tem muito da narrativa do cinema nos seus trabalhos.
A atual "era de ouro" dos Quadrinhos
A quantidade de filmes baseados em quadrinhos tem crescido muito nos últimos anos, em sua maioria há uma grande preocupação de manter o espirito dos quadrinhos na grande tela, infelizmente nem sempre e assim já que temos produções quase que diárias do “gênero” nos cinemas. Mas sempre tivemos boas adaptações desde os tempo dos seriados cinematográficos como Flash Gordon’s Trip To Mars (1938).
Akira não poderia faltar
Cinema e quadrinhos sempre foram muito próximos, por um motivo, os dois dão primazia à imagem, por isso essa relação de influencias tão fácil, esse é o motivo pelo qual as duas mídias dialogam tão bem. Esta proximidade fica clara ao analisarmos o uso do recurso das storybords, que é o planejamento da cena quadro a quadro, antes de se filmar. O storybord é quase uma HQ, muitos diretores utilizam esta ferramenta desde o saudoso Hitchcock , que foi um dos maiores adeptos da técnica, até James Cameron.
Nem só de "supers" vivem os quadrinhos
Está não é uma lista definitiva das melhores adaptações de todos os tempos, até porque eu não assisti todas as adaptações (são muitas, não tinha como) e sim as minhas melhores. A escolha foi feita de como eu vi o respeito do filme pela HQ, desde a escolha do diretor, se seu estilo combina, pois diretores muito autorais procuram mudar um pouco a história, e isso às vezes pode ser muito bom ou um enorme fracasso, passando pelos atores e como eles interpretam o personagem, a minha identificação com os mesmos, as mudanças de roteiro, tudo foi analisado. 
Assim, escolhi aquelas que mesmo com mudanças grandes no roteiro (nem todas), mantiveram o espirito da revista, podem não ter sido fieis às HQ's, mas o impacto da história em mim foi o mesmo, pois na minha visão, isso é o mais importante não precisa ser exatamente aquilo que eu vi na revista, mas o espírito da obra original tem que ser mantido. Haverá alguma comparação com HQ's, mas, dentro do possível, tentarei analisar apenas filme. Mas repito, é uma lista PESSOAL, pois adaptações sempre geram polêmicas, devido à paixão dos fãs por suas HQ's. Sinta-se a vontade para discordar, OK?
Então aguarde porque depois de invadirem a tela do cinema, os quadrinhos invadirão a tela do seu computador.
Prepare-se. Eles estão chegando.
Christopher Reeve, o Superman definitivo.



quinta-feira, 30 de abril de 2015

"Claun - A Saga do Bate-Bolas", graphic novel com argumento de Felipe Bragança e arte de Gustavo M. Bragança, Daniel Sake e Diego Sanchez - Ed. Boitempo/ Selo Barricada (2014)




"Mais do que uma fantasia, essas figuras, de rostos cobertos, misteriosos, usando roupas de tecido colorido, aos poucos foram sendo absorvidas pelo carnaval de rua popular, fundindo e emulando diferentes tipos de máscaras e rituais de encenação do caos e da desobediência – e sendo perseguidas como baderneiras, assim como os capoeiras e os sambistas de então."
Felipe Bragança

"...seus mascarados escondem o rosto para não serem mais invisíveis!"
Felipe Bragança


Como acho interessante a figura do Bate-Bolas, ou Clóvis como também é conhecido o mascarado que carrega uma bexiga que é por ele golpeada insistentemente contra o chão, figura tradicional do carnaval carioca mas que só vim a conhecer há pouco tempo, assim que cheguei ao Rio de Janeiro, pois sua tradição não é comum no Sul de onde venho, comprei a HQ “Claun – A Saga do Bate-Bolas”, a publicação que faz parte de um projeto multimídia que inclui uma websérie e futuramente um game, encabeçada pelo cineasta Felipe Bragança, admirador de turmas de "bate-bolas" no subúrbio carioca, com arte dos ilustradores Gustavo Bragança, Daniel Sake e Diego Sanchez, igualmente cultuadores destes grupos carnavalescos.
Trazendo à tona a perseguição que estes grupos de palhaços, assim como o samba, a capoeira e as religiões africanas, eram vítimas no início do século passado, e o consequente afastamento do carnaval “oficial”, e a discriminação que ainda sofrem hoje, o autor molda contos urbanos entrelaçados onde o personagem Bate-Bolas surge como uma espécie de justiceiro, conferindo aos clawns propriedades místicas, sobrenaturais e fantásticas.
A publicação vale muito pelo resgate dessa mitologia urbana, por essa inserção do elemento social e pelo estudo antropológico a que se propõe, mas deixa um pouco a desejar no trabalho gráfico dos artistas que, de um modo geral achei fraco, ainda que deva-se fazer justiça para a qualidade da publicação, extremamente caprichada e bem acabada.
Por conta de toda aquela aura um tanto sinistra que cerca a figura do palhaço de um modo geral e pelo aspecto um tanto assustador do próprio Clóvis, particularmente, quando comprei, no entusiasmo e sem informação, achei que fosse algo mais voltado para o terror e neste sentido frustrou um pouco minhas expectativas, mas, salvo alguma deficiência nos desenhos como já mencionei, é extremamente competente no que se propõe com um resultado bastante interessante como um todo. Para quem não for, como eu, com a expectativa de uma publicação sanguinária, assustadora, sobrenatural, a conferida vale, principlamente porque a proposta é muito boa e os contos de Felipe Bragança tem muita qualidade e rara sensibilidade.


Cly Reis


sábado, 10 de maio de 2014

" 'Morte na Mesopotâmia' seguido de 'O Caso dos Dez Negrinhos' " - adaptação para HQ de François Rivère, Chandre e Frank Leclerq - L&PM (2010)


Tinha comprado há algum tempo mas só agora li a adaptação para HQ de dois clássicos da rainha do mistério, Agatha Christie, "Morte na Mesopotâmia" e "O Caso dos Dez Negrinhos", ambos roteirizados por François Rivère e desenhadas, respectivamente, pelos artistas Chandre e Frank Leclerq. Quadrinhos são sempre legais, a proposta é interessante e essas adaptações literárias sempre muito válidas, mas pela natureza da obra, um mistério, portanto muito dependente dos detalhes, ou a publicação teria que ser extremamente longa, talvez até mais que o livro original, para apanhar todas as minúcias necessárias para que o leitor tenha todas as possibilidades acerca do crime, ou teria que ser extremamente bem desenhado, com cada expressão de rosto, detalhes de objetos, sugestão de movimentos, etc. Em "O Caso dos Dez Negrinhos", um dos meus preferidos da autora, onde 10 pessoas são convidadas por um anfitrião anônimo a passarem uma temporada numa ilha de lazer e uma a uma vão sendo assassinadas, pela própria dinâmica da história  e pelo fato dos desenhos de Frank Leclerq serem claros e nítidos o bastante, não se sente tanta falta desse grau de detalhamento e a linguagem HQ funciona. Mas em "Morte na Mesopotâmia", com uma trama mais intrincada, mais suspeitos e mais elementos a serem considerados, o modelo fica bem prejudicado. Nesta trama o lendário personagem de Agatha Chirstie, o detetive belga Hercule Poirot, num campo de escavações no Iraque, tenta desvendar o assassinato da esposa de um arqueólogo que recebia cartas anônimas ameaçadoras e dizia se sentir perseguida, dentro de seu próprio quarto, sem a possibilidade de que alguém tivesse entrado. O problema é que o desenho do ilustrador Chandre, de traço um tanto pesado para o fim que se propõe, não consegue passar as expressões dos personagens, a não ser aquelas clássicas, de espanto com olhos arregalados, de satisfação com um sorriso, mas não capta o detalhe de um olhar cínico, uma raiva contida, etc. Posso estar exigindo muito do desenhista mas acho que quando se propõe a fazer uma HQ de mistério, coisas como essas devem ser levadas em consideração e sobretudo, inevitavelmente exploradas. Isso sem falar em algumas omissões, como um copo sujo de cêra encontrado pela vítima que é crucial para parte da solução do mistério, mas que não é visto na história sendo apenas mencionado pelo detetive quando da releitura dos fatos.
Quando comprei a publicação, eu, fã de Agatha Christie e leitor de diversas obras da autora,devo admitir que temia isso, mas insisti. Apenas confirmei. Mas, como disse, acho válido. Continuo achando essas adaptações para quadrinhos extremamente interessantes para os fãs do gênero e admiradores das obras literárias, e importante para, através de uma linguagem mais simples e visual, estimular o interesse pela leitura em quem não tem o hábito, principalmente os jovens em formação escolar.



Cly Reis

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

"Tragédia da Rua da Praia", Ed. Libretos (2011)





Ganhei do meu irmão, Daniel Rodrigues, há mais de uma ano, mas pela quantidade de coisas que estavam na fila, só fui ler agora a HQ "Tragédia da Rua da Praia", publicação com ilustrações de Edgar Vasques e roteiro de Rafael Guimaraens. Melhor do que esperava! Muito ágil, dinâmico, intenso, o roteiro prende o leitor e mantém a tensão da perseguição policial pelo roubo de uma Casa de Câmbio em Porto Alegre, tudo emoldurado pelo contexto político conturbado do início do século XX. Tudo isso, sem falar que gosto muito do trabalho e do traço de Edgar Vasques, um dos grandes cartunistas e ilustradores do Rio Grande do Sul e do Brasil.
Havia agradecido muito quando ganhei pois queria muito este livro e meu irmão parece que havia adivininhado e agora agradeço novamente uma vez que a HQ superou a expectativa que tinha dela.
Muito bom. Aos amantes de quadrinhos que não tenham lido ainda, recomendo.



Cly Reis

sábado, 3 de novembro de 2012

"Avenida Paulista", de Luiz Gê - Companhia das Letras (2012)


Terminei há poucos dias a leitura da HQ “Avenida Paulista” , do arquiteto,artista, quadrinista e roteirista Luis Gê, que é uma espécie de cult dos quadrinhos nacionais. Originalmente idealizado apenas para uma publicação anual especial de uma empresa privada, por conta de sua qualidade propagada boca-a-boca e na imprensa, acabou virando objeto de desejo de fãs dos quadrinhos e colecionadores. E eis que finalmente agora, 12 anos depois de seu lançamento original, atendendo aos apelos destes curiosos, ela é publicada para o publico em geral com as devidas revisões e adaptações do autor para esta condição, agora comercial e de grande tiragem.
Luis Gê nos leva a uma admirável e inusitada viagem no tempo mostrando a formação e crescimento da cidade de São Paulo como um todo, focando mais especificamente, é claro na avenida que é uma espécie de centro nervoso da cidade, passeando por ela desde que era um caminho de tropeiros, depois uma área de chácaras de lazer de nobres paulistanos, logo uma concentração de casarões refinados e luxuosos, acompanhando a destruição de patrimônios afetivos e históricos da cidade, chegando até o crescimento descriterioso e devastador com os grandes edifícios bancários e multinacionais; e visitando possíveis futuros imagináveis e impressionantes segundo a mente do autor. Tudo isso narrado de maneira singular, surreal. poética e criativa com um roteiro notável muitíssimo bem elaborado.
A HQ peca um pouco pela quantidade excessiva de caixas de texto, alguns explicativos ou informativos, que se, por um lado, situam bem a história do lugar, contextualizam bem os momentos históricos e apresentam personagens, por outro lado quebram um pouco o ritmo do livro. Mas nada que desdoure a qualidade obra como um todo. Quadrinhos de alta qualidade, “Avenida Paulista” é História mas contada de uma maneira diferente, de uma maneira muito particular, dotada de todo o envolvimento de quem viveu aquele lugar durante toda a vida, permitindo-se, contudo, devaneios que todo o artista tem direito de deixar fluir, de deixar a mente viajar.
Deixe-se levar nessa viagem também.


Cly Reis

Liniers: Hermano Macanudo




As cores de Liniers


Estive em agosto alguns dias na cidade maravilhosa e acreditem que pude ser espectadora de inúmeras mostras e exibições culturais que nos levam a universos distintos e distantes. 
O universo de Liniers (1973-) não é assim tão belo. Ele pinça do cotidiano através do seu traço imagens que retratam um pouco do que vivemos como seres humanos, e digo, humanos no sentido crítico de que construimos maravilhas e horrores todos os dias.
Liniers consegue realizar o que o artista mais genuíno tem como missão: ele amplia esse universo e coloca um zoom onde interessa convergir o olhar com mais calma, com mais cuidado. 
Maitena (1962-) escritora, cartunista, taurina nascida em Buenos Aires, comenta: "Liniers desenha um mundo duro com absoluta delicadeza. Uma alegria melancólica que contrasta com a felicidade boba. Seu trabalho é belo e divertido. Ele é um rapaz macanudo". Para quem não entende o significa do macanudo explico, quer dizer em espanhol extraordinário, excelente, estupendo, magnífico, bacana ou supimpa. Enfim, sua expressão é tudo isso, e um pouco disso pode-se ver na mostra Macanudismo, realizada na Caixa Cultural do Rio de 10 de julho a 09 de setembro deste ano. Personagens como os pinguins, a menina Enriquetta, seu urso Madariaga, os duendes, o gato Fellini entre outros misturam-se as influências musicais de Liniers seja no palco, tocando com o músico Kevin Johansen y The Nada ou nas capas dos LPs para André Calamaro e Cheba Massolo. Calamaro diz que: "Liniers é um flautista de Hamelin e atrás dele marcham seus personagens, seus leitores (nós) e ele mesmo! " A música aparece também nas tirinhas referindo-se aos dois músicos prediletos Tom Waits e Bob Dylan. De tudo o que vi gostei muito de dois pontos da mostra. Primeiro das crônicas em quadrinhos que ele publica semanalmente "Cosas que si pasan se estás vivo" e que também dá nome ao blog do cartunista, concentrando preciosidades do cotidiano, dessas que somente um Mestre observador pode capturar e disponibilizar a todos nós. E da relação que ele, Liniers tem com os cadernos e que me deixa sensibilizada, porque sempre tive essa mesma percepção do objeto, tão comum a todos nós, humanos iniciados nas letras: "Desde criança gosto de cadernos em branco, gosto de imaginar no que eles podem se transformar. Os cadernos servem pra tudo. Servem pra brincar, pra desenhar sem pensar, só pelo prazer de fazê-lo - para me desestruturar. Nos cadernos vale tudo". ;)


Dialética Liniersiana


Luz de Liniers

Compilação de "Cosas que te Pasan si Estás Vivo" ao fundo

Música no HQ

Tiras originais publicadas no jornal argentino La Nación
e nas compilações Macanudo de 2011 e 2012


 texto e fotos: Leocádia Costa



quarta-feira, 12 de setembro de 2012

"Fahrenheit 451", HQ de Tim Hamilton, baseada na obra de Ray Bradbury - Globo Graphics (2012)



Acabei de ler há pouco a HQ "Fahrenheit 451", baseada no livro homônimo de Ray Bradbury e fiquei bastante bem impressionado. A adaptação do norte-americano Tim Hamilton é sombria, é forte, é inquietante, em grande parte, sim, pelo conteúdo original, de um futuro onde os livros são proibidos e queimados pelas autoridades, mas muito pela maneira como vê, como interpreta cada frase, cada cena descrita pelo escritor original. A obra em graphic novel é muito mais fiel que a adaptação cinematográfica de François Truffaut, muito mais poética e com mais ênfase direta nos livros especificamente, culminando naquele belíssimo final de biblioteca viva. A versão do desenhista, avalizada e prefaciada com láureas pelo próprio Ray Bradbury recém falecido no último mês de junho, centra-se mais no cerceamento da liberdade, nos aspectos sociológicos e no empobrecimento cultural humano, trazendo-nos um Montag perturbado e confuso, e principalmente por conta de seus quadrinhos escuros, indefinidos e diáfanos, compondo um quadro geral final que soa um tanto mais pessimista.
Vale conferir!
Mais uma grande obra da literatura adaptada com brilho e competência para os quadrinhos. Que continue assim!





Cly Reis

terça-feira, 11 de setembro de 2012

"Macanudismo - Quadrinhos, Desenhos e Pinturas" por Liniers - Caixa Cultural - Rio de Janeiro



Esse é, na verdade, mais um Fui e Vi do que um "Val e Veja" uma vez que a exposição em questão encerrou-se anteontem, 09 de setembro, mas fica apenas o registro da visita ao evento que incluía debates, oficinas, mostras e o lançamento no Brasil do livro "Macanudo #5" do cartunista argentino Liniers, particularmente um dos meus preferidos da nova geração (se formos considerar Angeli, Laerte, Vasquez, Quino, como uma 'velha-guarda'), no Centro Caixa Cultural, aqui no Rio de Janeiro.
Não participei das outras possibilidades da programação, como as mesas-redondas, ateliês e tal. Apenas passei meio na pressa, meio de passagem mas com tempo o suficiente para dar um boa conferida e uma apreciada na obra deste excelente artista.
Essa não adianta nem correr mais pra ir porque já foi.
Abaixo algumas imagens da exposição:





por Cly Reis

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

"Maus - A História de um Sobrevivente", de Art Spiegelman - Cia. das Letras (2005)


Acabei de ler ontem a consagrada HQ agraciada ineditamente com um Prêmio Pulitzer, a excelente “Maus”, do jornalista e ilustrador Art Spiegelman, e comprovo que realmente ele justifica a condição de um dos maiores e mais importantes trabalhos em quadrinhos já publicados.
Spiegelman, filho de um judeu sobrevivente da segunda guerra, conta a saga do pai em esconderijos sub-humanos, vivendo de migalhas de comida, sob mira de metralhadoras e entre campos de concentração, misturando isso ao próprio processo de criação, à sua condição psicológica em relação à mãe, ao irmão que não conheceu, à própria obra e ao estado do pai, velho, ferido, esclerosado e cheio de reminiscências do Holocausto, que lhe relata toda essa dolorida história entre ranzinices e mesquinharias.
Poderia até passar por mais uma obra em quadrinhos qualquer não fossem alguns detalhes importantíssimos: a amarração perfeita, coerente e precisa da narrativa, o caráter documental de uma história verídica contada com implacável detalhamento e colocada de maneira absolutamente crua e chocante; a qualidade gráfica de Spiegelman e o retrato traçado por ele, desenhando os judeus como ratos, os alemães como gatos, americanos como cães, franceses como sapos, poloneses como porcos, assumindo assim já na concepção da obra um caráter crítico e pessoal, até bem discutível enquanto comparação étnica, mas inegavelmente dotado de admirável originalidade artística.
Publicado originalmente em duas partes, em 1986 e 1991, e lançado em versão integral no Brasil em 2005, "Maus" é a prova definitiva que as HQ's, assim como filmes, livros, entrevistas, etc. podem ser, sim, documentos históricos sérios e altamente qualificados e confiáveis. Certamente já se viu grandes filmes sobre Segunda Guerra Mundial, já se viu fotos marcantes, já se leu admiráveis ensaios e ralatos, mas nunca (ou poucas vezes) até então alguém havia feito uma obra em quadrinhos sobre o assunto com tamanha força, contundência, credibilidade e varacidade.
Obra de Art.



Cly Reis

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Rio Comicon - Estação Leopoldina - Rio de Janeiro (23/10/11)









Fã de quadrinhos, desenhista, cartunista amador que sou, neste último domingo pela manhã dei uma fugida de casa, deixei minha bebê dormindo e fui dar aquela olhada na segunda edição do Rio Comicon. Nada de novo no que diz respeito ao formato, espaço físico ou distribuição em relação ao ano anterior, mas curiosamente, não sei porquê, este ano gostei mais, mesmo tendo menos tempo para apreciar. Não sei, talvez porque tenha me fixado mais na área de peineis mas, no geral, me pareceu ter destaques mais interessantes este ano do que no anterior. Mas o que se pode concluir facilmente desta pequena tour entre quadrinhos é que tem muita gente talentosíssima por aí e com os mais variados estilos.
painel dos irmãos Bá e Moon

no saguão principal
 Meus destaques para a dupla competentíssima de irmãos brasileiros Gabriel Bá e Fábio Moon, para o gringo Bob Schreck ex-editor da DC, para a paulista Erica Awano que fez uma adaptação mangá para Alice no País das Maravilhas e para o espaço da sensual personagem Valentina, do desenhista Guido Crepax.
O homenageado desta edição foi o norte-americano Will Eisner, criador do personagem Spirit, do qual não sou lá muito admirador. Nesta parte, devo admitir que gostei muito mais da homenagem da última edição ao italiano Milo Manara, ex-colaborador de Federico Fellini.
Também homenageadas a CLAMP, estúdio japonês de mangás, e a DC Comics, vovózinha com 75 anos de super-herois e aventuras, tiveram grandes murais ao longo da via férrea, mas particularmente, acho que ao menos esta segunda mereceria espaço melhor.
Este seu ilustre blogueiro entre quadrinhos
De quebra fiz algumas pequenas comprinhas: o sétimo número da irreverente e provocativa publicação Tarja Preta que conta com nomes como Alan Sieber e Matias Maxx; a Tune 8 de Rafael Albuquerque; e um independente bem legal que dá um ar todo macabro a algumas lendas brasileiras, chamado Salomão Ventura, o Caçador de Lendas, com roteiro e ilustrações do bom Giorgio Galli.
A ideia era dar uma passada rápida mas com tantas coisas pra ver, pra comprar, foi impossível ser breve. Só não pude participar de oficinas, debates e etc. (mas acho que não ia querer mesmo), mas de resto foi um ótimo programa para uma manhã de domingo.



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EXPOSIÇÃO, PAINEIS E DESTAQUES


O público viu, curtiu e comprou
Um artista mostra seu talento
A Comic Cow. Tem uma HQ nela, de verdade.
As mais diversas técnicas, temas e expressões

Bob Schreck, um dos mais legais
Trabalho do ilustrador Rafael Albuquerque

Painel do artista Rafael Coutinho

Ilustração do artista Dan Goldman
Chris Claremont, um dos destaques do evento...

... e seu trabalho com os X-Men


CLAP
A CLAP teve seus paineis expostos
ao longo da via férrea

A CLAP é um estúdo japonês conceituado
no que diz respeito a mangás

(gênero que não curto muito)


DC Comics


Assim como a CLAP, a DC Comics teve seus paineis
colocados ao longo dos antigos trilhos...
... e a meu juízo, merecia instalações melhores
Algumas das 'fardas' clássicas da DC:
Batman, Flash, Superman
Dois momentos marcantes do Homem-Morcego:
A clássica "Piada Mortal"...

... e o imortal HQ "Cavaleiro das Trevas".
O ensandecido Coringa de "Asilo Arkhan"


Valentina
O espaço dedicado à personagem
E ela, toda sensual


O Espírito Vivo de Will Eisner


A fachada do espaço dedicado a Eisner com seu
personagem marcante, The Spirit

Os diversos trabalhos de Eisner expostos

A loura fatal do The Spirit: Ellen Dolan

Projeções com imagens do material de Will Eisner
já na saída da exposição




Cly Reis