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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

"Chéri", de Stephen Frears (2010)





Sempre gostei de Stephen Frears. Da sua maneira calculada de filmar, do seu estilo limpo, da natureza sórdida de seus personagens. "Chéri", que assisti na semana passada, o personagem que dá nome ao filme, é mais um destes protagonistas de caráter pouco elogiável na filmografia do diretor. Mas sua conduta e atitudes não são culpa exclusiva dele. Muito se devem ao meio no qual vive: a aristocracia francesa do final do século XIX, ou melhor, o segundo escalão desta classe, uma vez que nosso herói, um rapazote bon vivant é filho de uma cortesã "aposentada", digamos assim. A mãe do rapaz (Kathy Bates) bem como sua amiga, a outra protagonista, Léa, vivida por Michelle Pfeiffer, já estão meio "passadinhas" e agora apenas desfrutam do luxo e dinheiro obtidos no tempo de "labuta" entre os lençóis mais nobres da França.

O caso todo é que a mãe do rapaz pede a Léa que lhe sirva de tutora por algum tempo a fim de afastá-lo dos hábitos mundanos  e encaminhá-lo melhor. O problema é que mesmo com toda a experiência e frieza da profissão a ex-cortesã acaba-se deixando envolver pelo garoto e de repente ambos estão apaixonados, só que este envolvimento não significa que mudem suas naturezas vaidosas, egoístas e vis. Acrescente-se a isso ainda a grande diferença de idade entre os dois e a coisa toda fica complicada de verdade.
Frears, de certa forma, revive seu bom "Ligações Perigosas", desta vez porém, com menos crueldade que naquele. Mas as obras guardam semelhanças, sim, muito, até pela retomada do filme de época na filmografia do diretor e do retorno a Paris.
Boa pedida.


Cly Reis