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quinta-feira, 26 de abril de 2018

Copa do Mundo The Smiths - A Grande Final


Definidos os finalistas na Copa do Mundo The Smiths!
A surpreendente Girl Afraid contra There's A Light That Never Goes Out, um dos hinos da banda.
E aí quem leva?
Pra ajudar nessa decisão (ou atrapalhar) vamos ouvir as duas para comparar time por time e sabermos qual é a melhor, aproveitando para relembrar o caminho de cada uma até a finalíssima. Quem essas duas grandes canções tiveram que derrubar para chegar até aqui. Só teve pedreira pelo caminho, hein!


***


  • GIRL AFRAID


primeira fase: Unloveable
segunda fase: What She Said
oitavas-de-final: That Joke Isn't Funny Anymore
quartas-de-final: The Boy With The Thorn In His Side
semifinal: The Queen Is Dead



  • THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT

primeira fase: Oscillate Wildly
segunda fase: How Soon Is Now?
oitavas-de-final: This Charming Man
quartas-de-final: Bigmouth Stirkes Again
semifinal: What Difference Does It Make?


quarta-feira, 25 de abril de 2018

Copa do Mundo The Smiths - Finalistas


Chegou a hora da verdade!
Apenas dois chegarão à grande decisão.
Depois de uma longa caminhada eliminando terríveis oponentes, duas grandes canções de uma das maiores bandas de todos os tempos se enfrentarão na finalíssima a fim de definir qual delas é a maior de todas.
Para isso, nossos especialistas em The Smiths, José Júnior, Fernanda Calegaro, Eduardo Almeida e Patrícia Ferreira, junto a nós os editores do Clyblog, Cly Reis e Daniel Rodrigues, avaliaram os duelos de semifinais e definiram os dois classificados. Confira como cada um encarou cada jogo e decidiu os classificados:


  • GIRL AFRAID x THE QUEEN IS DEAD


Eduardo Almeida
Muitos dizem que essa seria a final, mas o chaveamento fez com que se encontrassem na semifinal. O jogo é equilibrado. Duas equipes com torcida grande, e muita qualidade das equipes. Muitas chances de lado a lado. Bolas na trave. Pênalti perdido por GIRL AFRAID. Gol anulado de THE QUEEN. Final de jogo: 0 X 0. Disputa de pênaltis. GIRL AFRAID é mais eficiente nas cobranças, e elimina a rainha. GIRL AFRAID 0 (5) x 0 (4) THE QUEEN IS DEAD
GIRL AFRAID classifica

Patrícia Ferreira
The Queen ganha. 4× 1.
THE QUEEN IS DEAD classifica

Daniel Rodrigues
Para aqueles que pensavam que seria um jogo aberto de dois times que vão pro ataque, o que se viu dentro das quatro linhas foi o contrário. Respeito. Muito respeito dos dois lados. Afinal, times bastante sólidos e bem estruturados que se equiparam. Qualidade não faltou, mas as defesas trabalharam tão bem que teve, bem dizer, uma chance clara pra cada lado. 0 x 0, prorrogação e pênaltis. Nas penalidades, “Girl” erra uma cobrança, até bem batida, mas o goleiro de “The Queen” acertou o canto e defendeu. Final: 5 x 4 nos pênaltis, e “The Queen” na final!
THE QUEEN IS DEAD classifica.

Fernanda Calegaro
Girl afraid 3x2
GIRL AFRAID classifica.

José Júnior
Girl Afraid e The Queen is Dead entram em campo em um jogo maduro, sem cartões, num duelo de vitoriosos. O placar marca 2x2, até quando Morrissey canta "And the church - all they want is your money", marcando o gol da vitória.
THE QUEEN IS DEAD classifica.

Cly Reis
É o encontro do jogo cadenciado, equilibrado, bonito de Girl Afraid contra o estilo agressivo, ofensivo de The Queen Is Dead. "A Rainha" já parte pra cima tentando sufocar o adversário no seu próprio campo, mas aquele conjunto, aquele entrosamento todo de Girl Afraid se sobressai e desafoga o jogo com muita categoria. Apesar de toda a pressão e do ímpeto de TQID, numa jogada individual de Johnny Marr com aquela guitarra serpenteante e sedutora "A Garota", sem medo algum, abre o marcador. O adversário que já não alivia em circunstância alguma parte mias ra cima ainda, põe mais um atacante, tira volantes e num contra-ataque, no último minuto (ou no ultimo verso) toma mais um naquele lindo "I'll never make that mistake again...". 2x0.
GIRL AFRAID classifica


EMPATE NA DECISÃO


João Carneiro * (convidado para voto de desempate)
Pra mim, Girl Afraid ganha.
GIRL AFRAID classifica


pelo voto de desempate, GIRL AFRAID está classificada para a final.


***


  • WHAT DIFFERENCE DOES IT MAKE? x THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT

Eduardo Almeida
Grande surpresa do campeonato, WHAT DIFFERENCE chega a essa semifinal cheia de moral. Começa a partida mostrando por que chegou até essa fase, colocando duas bolas na trave. Mas THERE’S A LIGHT marca no final do primeiro tempo, muito pelo conjunto da equipe. WHAT DIFFERENCE consegue marcar numa cobrança de falta aos 25 minutos, e se empolga, parte pra cima, e com um ritmo mais cadenciado, vira a partida aos 40 minutos. Cinco minutos não são suficientes para THERE’S A LIGHT empatar. WHAT DIFFERENCE DOES IT MAKE? 2 x 1 THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT.
WHAT DIFFERENCE DOES IT MAKE? classifica

Patrícia Ferreira
There is light that Never Goes Out ganha de goleada te What Difference Does It Make.
THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT

Daniel Rodrigues
Se a outra semifinal era entre adversários parecidos, que vão pro ataque, esta aqui é ainda mais equilibrada em estilos de jogo. Canções de amor sem serem baladas, são canções pop rascantes e sentimentais. No melhor estilo Smiths. A paridade se reflete dentro de campo, com cada um marcando uma vez no primeiro tempo. No segundo, a força de “What”, entretanto, se sobressai, principalmente quando entra naquela hora do falsete de Morrissey, jogada que já fez a música vencer partidas em rodadas anteriores. Aqui, o expediente é fundamental para superar a escalada emocional de “There’s”, mesmo com aquela seção de cordas e o tecladinho “flauta doce”. Resolvido nos 90 minutos, mas por um detalhes de diferença. 2 x 1 para “What”, a outra finalista!
WHAT DIFFERENCE DOES IT MAKE? classifica


Fernanda Calegaro
There's a light 5x4
THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT classifica

José Júnior
What Difference Does it Make? tem feito um excelente jogo, mostrando que sabe driblar e empolgar a torcida. Mas There is a Light That Never Goes Out mantém sua luz contínua e manda um gol de cabeça, garantindo sua presença na final!
THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT classifica.

Cly Reis
Jogo muito equilibrado! Outro daqueles que poderia tranquilamente ter sido a final. Dois times com muitas qualidades. Se WDDIM? mostra-se vulnerável em alguns momentos ("But now you make me feel so ashamed because I've only got two hands..."), é extremante agressiva em outros ("and you must be looking very old tonight") levando perigo ao gol de TIALTNGO que tem um estilo de jogo bem parecido mas chega mais vezes à área do adversário. A aparente fragilidade de There's A Light faz com que What Difference se jogue mais pra frente dando espaços e aí que "Os Iluminados" se aproveitam. Numa dessas, num contra-ataque, aos 32 do segundo tempo, There's a Light chega ao ataque e invade a área com perigo ao que o zagueiro de What Difference entra desgovernado como um ônibus de dois andares e comete o pênalti. O batedor de TIALTNGO bate com categoria e marca. 1x0. What Difference vai com tudo pra tentar o empate a começa a meter bola alta. Num desses levantamentos, um enrosco na área a bola sobra pro atacante de What Difference que chuta para o gol e o zagueiro de There's a Light se joga no frente da bola como se ela fosse uma bala de revólver e evita o gol. Os jogadores de What Difference reclamam que teria sido com o braço, o árbitro consulta o recurso de vídeo e confirma a decisão. Nada! Jogada legal. Placar final 1x0 para TIALTNGO.
THERE'S A LIGHT THST NEVER GOSES OUT classifica.

por maioria, "THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT classificada para final.


finalistas
GIRL AFRAID 
e
THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT

sábado, 21 de abril de 2018

Copa do Mundo The Smiths- Semifinais

E chegamos à reta final do torneio futebolístico-musical mais empolgante da internet!
Se o sorteio evitou um clássico local do álbum  "The Queen Is Dead", por outro lado pode ocasionar uma final entre seus representantes. "Girl Afraid" que foi chegando como quem não quer nada mas na hora da verdade sempre mostrou suas qualidades, encara a impetuosa "The Queen Is Dead" e seu forte ataque (contra a monarquia, é claro). No outro confronto "What Difference Does It Make?" com seu estilo equilibrado entre defesa e ataque pega uma das grandes favoritas, "There's A Light That Never GoesOut" que vem superando adversários dificílimos até aqui.
E agora?
Está tudo nas mãos dos nossos treinadores.
E desta vez todos analisam e definem os dois duelos.
Agora é que eu quero ver, hein!
É tudo com vocês.
Confiram então os confrontos destas semifinais da grande Copa do Mundo The Smiths.


quinta-feira, 19 de abril de 2018

Copa do Mundo The Smiths- definição das quartas-de-finais




Senhoras e senhores, que jogaços, hein! 
Só pedreira!
Não à toa convocamos uma equipe de especialistas para nos ajudar a descascar esse abacaxi.
O álbum "The Queen Is Dead" chega com três representantes  mas já sabe que não vai poder colocar todos nas semis pois dois deles se encontram e não é qualquer joguinho, não. São dois dos maiores clássicos da banda. Já 'Meat Is Murder" tem dois times nesta fase sendo uma delas a surpreendente "I Want The One I Can't Have" que veio comendo pelas beiradas e chegou entre as oito. Completam as quartas-de-finais a forte e competitiva "What Difference Does It Make?" representando o disco de estreia e o time entrosado e de futebol envolvente de "Girl Afraid" do álbum "Hatful of Hollow".
Pois então, amigos do ClyBlog, chegou a hora então de conhecermos os quatro semifinalistas e para isso, vamos então saber, um a um, como nossos técnicos encararam e definiram cada confronto das quartas-de-finais.
Vamos aos jogos:




*****



Chave 1
(jogos para José Júnior, Fernanda Calegaro e Cly Reis)


  • THE QUEEN IS DEAD x IWANT THE ONE I CAN'T HAVE


José JúniorI Want The One I Can't Have tem feito um ótimo jogo, mas The Queen Is Dead faz um gol de cabeça.
THE QUEEN IS DEAD classifica.

Fernanda Calegaro5x1 pra I Want The One I Can't Have.
I WANT THE ONE I CAN'T HAVE classifica

Cly ReisConvenhamos,... I Want Th One I Can't Have é legalzinha e tal mas já foi longe demais. Uma quarta-de-final e apossibilidade de chegar entre as QUATRO melhores dos Smiths tá muito pra bolinha dela. Ainda mais pegando The Queen Is Dead pela frente e aquele fúria avassaladora que invade o palácio e cospe na cara da monarquia. 3x0 molinho pra Rainha.
Pra mim, THE QUEEN IS DEAD classifica

Por maioria, THE QUEEN IS DEAD CLASSIFICADA


  • WHAT DIFFERENCE DOES IT MAKE? x MEAT IS MURDER

José Júnior:What Difference Does It Make? entra no campo com vontade. Uma música que tem minha torcida. Mas confrontou Meat Is Murder, com um ataque mais eficaz (ataque ao governo, violência infantil, matança de animais).
MEAT IS MURDER classifica.

Fernanda Calegaro6x0 pra What difference does it make
WHAT DIFFERENCE DOES T MAKE? classifica

Cly ReisEssa sim é páreo duro. Times com boas qualidades e alternativas. Jogo decidido lá pelos 35 do segundo tempo numa bola parada. WTDIM? 1x0.
Para mim, WHAT DIFFERENCE DOES IT MAKE? classifica

Por maioria, WHAT DIFFERENCE DOES IT MAKE? CLASSIFICADA


***

Chave 2
(jogos para Eduardo Almeida, Patrícia Ferreira e Daniel Rodrigues)

  • THE BOY WITH THE THORN IN HIS SIDE x GIRL AFRAID

Eduardo AlmeidaOutro jogo digno de uma final. Equipes bem estruturadas. Atacam bem. Defendem bem. O jogo é bem movimentado, de tirar o fôlego. The boy marca logo no início. É dado o reinício do jogo, e no primeiro ataque, Girl empata o jogo. No final do primeiro tempo, Girl vira o jogo com um jogo mais cadenciado. O segundo tempo continua movimentado, e Theboy marca logo dois gols, virando a partida a seu favor. Mas Girl não desiste, e empata o jogo. Decisão por pênaltis. Cada time converte seu gol, mas o goleiro de Girl consegue agarrar a última cobrança de The Boy. Jogo dificílimo. Resultado final: THE BOY WITH THE TORN IN HIS SIDE 3 (4) X 3 (5) GIRL AFRAID
GIRL AFRAID classifica

Patrícia FerreiraApesar da popularidade de The Boy... o placar fica empatado 3x3 The Boy and Girl. Como não pode haver empate, nos pênaltis The Boy faz 4 a 3 em Girl Afraid.
THE BOY WITH THE THORN IN HIS SIDE classifica

Daniel Rodrigues: Jogo aberto, cheio de chances e gols. “The Boy”, com a imponência de clássico, de hit, marca 2. “Girl”, confiante e atrevida, empata. E vira! E “The Boy” empata de novo. Tudo isso nos primeiros 45 minutos! Que jogo, meus senhores amantes do esporte bretão, pois smithiano! Ambos mexem nos times no segundo tempo tentando conter o adversário. O jogo se transforma numa partida de respeito dos dois lados. Mesmo assim, cada time marca mais um gol. 4 x 4. Muito equilíbrio. Como ficará essa partida? Resultado: prorrogação com direito a gol de ouro. Tensão! Primeiros 15 minutos, nada. Até que, quase encerrando, numa bola lançada pro ataque, “Girl” entra pelo flanco e faz um cruzamento despretensioso da linha de fundo que bate no zagueiro adversário e engana o goleiro e vai parar mansa no fundo das redes. É aquele final surpreendente de “Girl”, que acaba acabando. Final: 5 x 4 para GIRL AFRAID, que classfica.

Por maioria, GIRL AFRAID CLASSIFICADA


  • BIGMOUTH STRIKES AGAIN x THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT

Eduardo Almeida: Bigmouth é daqueles times cheios de craques falastrões, tipo Túlio Maravilha, Romário, Dadá Maravilha. There´s a light é um time mais classudo, com jogares tipo Sócrates, Andrade e Falcão. Ótimos times, Cada um com seu ritmo de jogo. Bigmouth é mais acelerado, e de tanto atacar, marca um gol. O problema é que resolve segurar um pouco o jogo, e There’s a light, como quem não quer nada, numa ótima troca de passes de seus craques, empata a partida. Ambos os técnicos vão para o intervalo cheio de táticas para vencer o jogo. A correria de um, e a tranquilidade de outro. Tudo leva a crer em outra disputa de pênaltis, mas num descuido da defesa adversária, Bigmouth consegue um lançamento bem eficaz, e encontra um de seus artilheiros lvre para marcar o gol da classificação. Resultado Final: Bigmouth 2 x 1 There's a Light.
BIGMOUTH STRIKES AGAIN classifica

Patrícia Ferreira: There is a light...vs Bigmouth é um jogo MUITO difícil.
Mas There's a Light ganha.
THERE'S A LIGHT THT NEVER GOES OUT classifica

Daniel Rodrigues: Clássico do universo smithiano, é um jogo entre iguais: dois hits, duas faixas da mesma idade, do mesmo disco, com a mesma aura mítica. “Bighmouth”, mais atrevida, agitada, de toques rápidos. “There”, mais cadenciada, mas que sabe onde quer chegar. 1 x 1 até a segunda metade do segundo tempo, quando “There”, com seu estilo manso vai adensando seu jogo, principalmente quando entram aquelas cordas e aquele solo de teclado que mais parece uma flauta doce. Time que sabe as qualidades que tem. Com isso, “There” marca o segundo e fica em vantagem. Bigmouth”, como time grande que é, vai pra cima e cria diversas oportunidades. Bola na trave, defesaça do goleiro, gol perdido pelo centroavente que nunca erra. Não teve jeito. Não era dia de “Bigmouth” e “There” consegue uma vitória no sufoco no talvez mais difícil jogo até aqui da Copa Smiths. THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT classifica.

Por maioria, THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT CLASSIFICADA


***

Classificados para as semifinais:
THE QUEEN IS DEAD
WHAT DIFFERENCE DOES IT MAKE?
GIRL AFRAID
THERE'S  LIGHT THAT NEVER GOES OUT



terça-feira, 17 de abril de 2018

Copa do Mundo The Smiths- Quartas-de-Finais

Só restaram oito!
Quatro jogos. Quatro embates de arrepiar.
No momento decisivo o álbum "The Queen Is Dead" se impõe e coloca quatro representantes nas quartas, sendo que um deles com certeza ficará pelo caminho, uma vez que teremos o confronto "Bigmouh Strikes Again" contra There's A Light That Never Goes Out". Já o álbum "Meat Is Muder" tem dois representantes na fase atual. Um deles é o azarão "I Wan't the One I Can't Have", que vem surpreendendo, mas tem pela frente a poderosa "The Queen Is Dead", enquanto o outro, o que dá nome ao disco, "Meat Is Murder" também não terá vida fácil contra "What Difference Does It Make?". Completa a tabela de jogos, "The Boy With The Thorn In His Side" do "The Queen Is Dead" contra o bom time de "Girl Afraid" representando o "Hatful of Hollow", um jogo que promete muitas emoções.
Nesta fase, como são seis julgadores, analistas, comentaristas, como preferirem, e temos quatro partidas, cada grupo de três ficará encarregado de decidir dois deles, assim I WANT THE ONE I CAN'T HAVE x THE QUEEN IS DEAD e WHAT DIFFERENCE DOES IT MAKE? x MEAT IS MURDER, ficarão comigo, Cly Reis, com José Júnior e Fernanda Calegaro; e THE BOY WITH THE THORN IN HIS SIDE x GIRL AFRAID e BIGMOUTH STRIKES AGAIN x THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT, a cargo de Daniel Rodrigues, Patrícia Ferreira e Eduardo Almeida. Boa sorte, amigos. Porque vamos precisar.
Confira abaixo a tabela das quartas-de-finais:


segunda-feira, 16 de abril de 2018

Copa do Mundo The Smiths - Classificados para as Quartas-de-Finais


Tá afunilando, tá afunilando!
Só restaram oito.
Agora é que a gente vai ver quem tem café no bule.
Alguns favoritos começam a despontar mas é cedo ainda pra falar em favoritismo, uma vez que o futebol é sempre um caixinha de surpresas e algumas "zebras" já aconteceram por aqui.
Na divisão de discos, "The Queen Is Dead" coloca quatro representantes na nova fase; "Meat Is Murder" põe dois times; e o disco de estreia, "The Smiths" e a compilação "Hatful of Hollow" colocam um representante cada um nas quartas-de-final.
Confira abaixo os qualificados para a próxima fase na qual teremos quatro grandes confrontos.

sábado, 14 de abril de 2018

Copa do Mundo the Smiths - Oitavas-de-Finais



Agora a coisa ficou séria, mesmo!
Sobraram só dezesseis e as oitavas-de-final tem alguns confrontos de lotar estádios e levar torcidas ao delírio. "What Difference Does It Make?" não escolhe adversário e vai pra cima a endiabrada "Handsome Devil"; "There's A Light That Never GoesOut" que já vem de um confronto de gigantes contra "How Soon Is Now?" vai continuar tendo dificuldades nessa fase, desta vez pegando pela frente o futebol elegante de "This Charming Man"; e, num choque de estilos, a impetuosa "Girl Afraid encara, sem medo algum, a balada "That Joke Isn't Funny Anymore".
Quem disse que o caminho ao topo seria fácil.
Soa o apito e começam as oitavas-de-final da Copa do Mundo The Smiths.




sexta-feira, 13 de abril de 2018

Copa do Mundo The Smiths - Classificados para as Oitavas-de-Final


Olha aí, olha aí, olha aí!
O futebol é uma caixinha de surpresas, mesmo, não? A segunda fase nos praparou algumas surpresas como a queda de algumas favoritas como "Panic", "Barbarism Begins At Home", "Still Ill", "William..." e principalmente "How Soon Is Now?" que, num jogo que poderia tranquilamente ter sido a final do campeonato contra "Thre's a Light That Never Goes Out", deu adeus cedo demais e agora vai pra casa chorar e pedir pra morrer.
Bom, agora são só 16 e a próxima fase já é de Oitavas-de-Final. Tá afunilando, tá afunilando.
Quem chegará vivo à próxima fase? Em breve saberemos.
Por enquanto fuiquem com todos os classificados que amanhã tem sorteio da nova etapa da Copa do Mundo The Smiths;



quarta-feira, 11 de abril de 2018

Copa do Mundo The Smiths - Segunda Fase


Para tudo!!!
Vai começar a segunda fase e, irmão, só tem jogão!
Assim não tem coração que resista!
"William, It Really Was Nothing" encara a endiabrada "Handsome Devil"; o time ofensivo de "Bighmout Strikes Again" promete partir pra cima de "Ask"; numa batalha de baladas, "I Know It's Over" não achou graça nenhuma em pegar pela frente "That Joke Isn't Funny Anymore"; e a luz de um de alguém vai se apagar e um dos dois clássicos, "There's a Light That Never Goes Out" ou "How Soon Is Now?" irá mais cedo pra casa no confronto que tem cara de final antecipada.
Amigos, comentaristas, vocês terão trabalho.
Que role a bola para a segunda fase.



terça-feira, 10 de abril de 2018

Copa do Mundo The Smiths - Classificados Para a Segunda Fase


É, gente, mal começou o certame e a temperatura já esquentou! Na maioria dos casos os grandes sucessos e a mais populares confirmaram seus favoritismos mas mesmo assim alguns confrontos precoces tiraram da competição, por exemplo, "Death of A Disco Dancer", "Sweet and Tender Hooligan", "Miserable Lie", "Last Night I Dreamt...", todas grandes canções que acabaram topando com outras gigantes pela frente e ficaram pelo caminho. Pena né? Pois é! Só vai piorar!
Se na fase anterior singles e grandes hits não se enfrentavam, agora é quem cair pela frente. É isso aí: não tem mais foro privilegiado pra ninguém.
Acabou o refresco!
Conheçam então todos os classificados da primeira fase e aguardem que amanhã já saem os novos confrontos.
Os classificados estão em vermelho.



quinta-feira, 5 de abril de 2018

Copa do Mundo The Smiths - Primeira Fase


Sorteados os jogos da primeira fase! E não é porque os singles e grandes hits não se enfrentam entre si agora que não teremos grandes confrontos, até porque, em se tratando de The Smiths, é só musicão e consequentemente, só jogaços. Já, de cara, teremos alguns enfrentamentos de abalar a monarquia inglesa: Barbarism Begins At Home, por exemplo, pega um osso duro de roer, a agressiva Miserable Lie; Bighmouth Strikes Again não terá tarefa fácil contra a intensa Death of a Disco Dancer; Rubber Ring contra A Rush and A Push... é pedreira; Last Night I Dreamt... contra The Headmaster Ritual também não é nenhuma moleza; e Sweet and Tender Hooligan contra The Queen is Dead, talvez o jogo mais difícil desta fase, promete muito tumulto e quebra-quebra pelas ruas de Londres.
Os jogos já foram distribuídos aos nossos colaboradores José Júnior Patrícia Ferreira, Eduardo Almeida e Fernanda Calegaro que irão ajudar a definir os classificados para a fase seguinte. Sei que não é tarefa fácil. Vai dar uma dor no coração de ter que excluir qualquer música que seja mas as coisas são assim e no final, apenas uma vencerá.
Então vamos lá. Encaremos os confrontos e que vença a melhor.


Confira abaixo todos os confrontos da primeira fase da Copa do Mundo The Smiths:



terça-feira, 3 de abril de 2018

Copa do Mundo The Smiths

Pânico nas ruas de Londres! Pânico nas ruas de Manchester! Vai começar a Copa The Smiths! Sim, porque aqui no ClyBlog a Copa do Mundo não se decide dentro de campo mas sim dentro de um estúdio ou em cima de um palco. Assim como fizemos em 2014, na época do mundial disputado no Brasil, quando tivemos torneios musicais envolvendo The Cure, Legião Urbana e Beatles, teremos as emocionantes disputas de canção contra canção, em duelos de mata-mata, até descobrirmos qual a melhor musica de um artista. Reivindicado na nossa edição de 2014, The Smiths foi escolhido para dar início à nossa temporada de jogões musicais de 2018. A fórmula é simples: começamos com 64 músicas, ou seja, 32 confrontos; depois 16, oito nas oitavas de final, quatro jogos nas quartas, dois jogos na semi e, por fim, a grande decisão. Na primeira fase, os 20 singles somados a 12 das mais populares ficam de um lado do chaveamento e enfrentam as restantes, o que impede num primeiro momento confrontos como The Boy With The Thorn... contra This Charming Man, por exemplo, mas a partir da segunda fase não tem mais restrições aí é quem cair pela frente. Os jogos de cada fase serão distribuídos entre fãs da banda que analisarão cada confronto e, pensando futebolisticamente, darão um resultado à partida. "Girl Afraid atropela Golden Lights e faz 5x0", por exemplo, ou "Bighmouth Strikes Again empata com How Soon is Now? e teremos decisão nos pênaltis...", e assim por diante.
Estão escalados para decidir os jogos a amiga e fãzaça dos Smiths, Patrícia Ferreira; o já tradicional colaborador José Júnior; além de nós os titulares da casa, Daniel Rodrigues e, eu, Cly Reis, que não poderíamos ficar fora dessa de jeito nenhum.
Vai ter Copa! E aqui no ClyBlog ela vai ter muita música. A bola vai começar rolar, ou melhor, o som vai rolar e não tem pra Bob Charlton, George Best ou David Beckham, porque quem manda em Manchester mesmo é Morrissey, Marr, Andy e Joyce.
Doces e meigos hooligans, preparem-se: Manchester vai tremer.


C.R.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Música da Cabeça - Programa #36



Aqui o programa é assim: bom da cabeça e saudável do pé. Sim, o Música da Cabeça entre no ritmo mais brasileiro de todos para comemorar o Dia do Samba, ocorrido dia 2. Mas não só de telecoteco se faz o nosso programa! Tem o rock britânico dos The Beatles e dos The Smiths; a MPB de Luiz Melodia e dos Os Paralamas do Sucesso; o jazz hard-bop de Grant Green - Blue Note Records e muito mais. Quer aproveitar toda essa diversidade? Escuta o programa de hoje e chama no pé!. É as 21h, pela Rádio Eletrica. Produção, apresentação e pandeiro, Daniel Rodrigues.


domingo, 29 de outubro de 2017

O último disco dos Smiths ou o primeiro disco de Morrissey?


Aproveitando o ensejo pelo aniversário de 30 anos do lançamento de “Strangeways, Here We Come”, último álbum da banda inglesa The Smiths, e o recente anúncio do novo trabalho de seu ex-vocalista, Morrissey, depois de um intervalo de 12 anos, cutuco numa velha discussão muito recorrente entre fãs da banda de Manchester e seu vocalista, qual disco é melhor: o último dos Smiths ou o primeiro de Morrissey?
Concluído em meio a um ambiente pesado, conturbado no qual os problemas de relacionamento e divergências artísticas predominavam, “Strangeways, Here We Come” que apresentava evidentes sinais de desgaste e de uma certa crise criativa, ficava claramente aquém do restante da brilhante discografia dos Smiths. Por outro lado, Morrissey, já insatisfeito com uma série de situações internas, com grande quantidade de material escrito e com ideias próprias florescendo abundantemente, chamava num canto o próprio engenheiro de som da banda da qual ainda fazia parte, Stephen Street, e ainda durante as gravações do disco que encaminhava-se para ser o derradeiro daquele grupo, preparava seu material solo.
O resultado de ambas as empreitadas, uma desgastante e agônica e a outra fresca e vivaz fica evidente em seus produtos finais. “Strangeways...” embora seja o trabalho mais fraco do The Smiths consegue mesmo assim ser um bom disco pop-rock e se não consegue manter a regularidade, a uniformidade de outros momentos que fizeram dos discos anteriores praticamente obras-primas, tem o poder ainda de produzir clássicos e proporcionar alguns grandes momentos musicais. “Girlfriend In a Coma” e “I Won’t Share You” poderiam estar em qualquer dos maiores discos da banda, talvez sem roubar o brilho de uma "Bigmouth Strikes Again", “Girl Afraid” ou “How Soon Is Now?” mas com valor o suficiente para integrar seu repertório; “Stop Me If You Think That Yo’ve Heard This One Before”, sim, tem algum protagonismo; “Death of a Disco Dancer” é intensa, angustiante e tem um solo de piano de arrepiar pelas mãos do próprio Moz;  mas é “Last Night I Dreamt That Somebody Love Me”, uma balda irresistível e emocionada, que entrava imediatamente para o rol de grandes canções da banda.


Mas "Viva Hate", de Morrissey parecia carregar tudo aquilo que se esperava de um álbum dos Smiths e por isso caía nas graças dos fãs e da crítica logo de cara, inclusiva algo que “Strangeways, Here We Come” não conseguira:  dois hits de peso, a belíssima “Everyday Is Like Sunday” e, em especial, “Suedehead”, um clássico instantâneo que muitos consideram com ironia “a última grande música dos Smiths”. Stephen Street compensava o fato de não ter um Johnny Marr, com criatividade, um bom time de músicos  e uma ótima leitura musical, de modo a, sem parecer uma cópia, não se distanciar da linguagem que consagrara o cantor até então.  Assim, Morrissey ressurgia tão ácido, mordaz, romântico e impetuoso quanto nos melhores momentos do passado e entregava-nos um disco impecável, irretocável da primeira à última. Desde a ordem das faixas, abrindo com a agressividade de “Alsatian Cousin”,  fazendo uma transição sem deixar tempo pra respirar, para a batida insistente de “Little Man, What Now?”, até culminar gloriosamente numa guilhotina descendo sobre o pescoço de Margareth Tatcher; passando pelas letras inspiradas; por arranjos precisos e interpretações emocionantes;  “Viva Hate” acertava em cheio e deixava até nos fãs mais ferrenhos, nos mais religiosos a incômoda sensação que lhes perturbava como se fosse uma traição mas que era forçoso admitir, de que, sim, o primeiro álbum de Morrissey era verdadeiramente melhor do que o último do The Smiths.




Cly Reis
(texto publicado originalmente
no blog Zine Musical )

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Morrissey - "Your Arsenal" (1992)





"['I Know It's Gonna Happen Someday' é]
Morrissey imitando Bowie."
David Bowie



Não, aquele topete não é por acaso. Fã de nomes como Elvis e James Dean, e apreciador da cultura dos anos 50 e 60, Morrissey sempre deixou transparecer essa predileção, desde a época dos Smiths com capas de discos como a de "The World Won't Listen" na qual um grupo de jovens ao estilo rockabilly aparece meio de costas na capa, nas de singles como o de "Bigmouth Strikes Again" na qual James Dean aparece montado em uma lambreta, ou do single "Shoplifters of the World Unite"  com Elvis Presley, e em músicas  como "Rusholme Ruffians", pra citar um bom exemplo, uma vez que esta , diretamente inspirada no Rei do Rock, ganhou inclusive na versão ao vivo do disco "Rank", um medley de introdução com "(Marie's the Name) His Latest Fame", tal a semelhança entre as duas. 
Embora seus discos solo tivessem trabalhos de produção bem variados, de certa forma o espírito rock'roll sessentista sempre esteve intrínsecamente presente nos trabalhos, fosse em seus astros decadentes, nas brigas de gangues ou nos garotos rebeldes. Era o universo, os personagens, "o mundo de Morrissey".
E essa veia rock'roll aparece com força mesmo é no terceiro disco do cantor. Em "Your Arsenal", Moz convocava uma gangue de jovens topetudos e carregando no rockabilly revitalizava seu som e reoxigenava sua trajetória naquele momento.
Pra não deixar dúvida das intenções, já sai chamando de cara com a espetacular  "You're Gonna Need Someone on Your Side" um rockabilly invocado, distorcido e acelerado de riff minimalista que destila todo o habitual rancor de Morrissey, "Day or night/ There's no diference/ You're gonna need  someone on your side" ("Dia ou noite, não faz diferença/ Você vai precisar de alguém a seu lado").
"Glamorous Glue" é  um típico glam-rock em uma das tantas referências, diretas ou indiretas a David Bowie no disco. Não  por acaso, uma vez que "Your Arsenal" fora produzido por Mick Ronson, guitarrista do Camaleão na época  do clássico ht"Ziggy Stardust". "We Let You Know" surge como uma balada acústica e, entre ruídos  de multidão, vai crescendo até explodir num final grandioso, numa das grandes interpretações  de Morrissey no disco.
A polêmica "The National Front of Disco", salvo sua, talvez, infeliz referência à Frente Nacional, que custou a Morrissey acusações  de racismo e xenofobia, é  uma baita duma música! Um pop rock tão delicioso e empolgante que faz perdoar qualquer equívoco involuntário deste grande letrista.
Não  menos deliciosa é  "Certain People I Know", outro rock com cara de anos 60, desta vez com uma pegada um pouco mais country.
"We Hate When Our Friends Become Successfull", o grande hit do disco e um dos maiores da carreira do cantor, talvez tenha um dos melhores refrões que eu já  tenha escutado na vida, apenas com a risada de Morrissey soando mais sarcástica  do que nunca, no que muitos dizem ser um deboche ao, até então, fracasso da carreira solo do ex-parceiro de Smiths, Johnny Marr.
Moz banca um Roberto Carlos e homenageia os gordinhos na adorável "You're The One For Me, Fatty", que, brincadeiras à  parte só  faz repetir a atenção que o artista sempre  dedicou aos menos lembrados.
As duas baladas que se seguem, "Seasick, Yet Still  Docked" e "I Know It's Gonna Happen Someday" são bastante parecidas embora esta última seja bastante superior com uma carga emotiva impressionante numa interpretação extremamente intensa de Morrissey, assumidamente  muito inspirada nas baladas de David Bowie, terminando inclusive aos acordes de "Rock'n Roll Suicide".
Mais uma peça  carregada de rock, "Tomorrow", se encarrega de botar ponto final em tudo com destaque para o baixo de Boz Boorer, de certa forma, grande impulsionador da tendência roqueira daquele momento da carreira de Morrissey.
Morrissey com "Your Arsenal" honrava o topete e fazia a alegria dos fãs mais afeitos ao seu lado rock. Com uma discografia  idolatrada, embora nem sempre muito inspirada, "Your Arsenal" era e continua sendo um dos trabalhos  mais coesos de sua carreia e para muitos, o melhor disco de sua história sem o parceiro Johnny Marr. Morrissey abria seu arsenal e mostrava armas que não vinham sendo usadas com a devida ênfase. O resultado foi um balaço.

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FAIXAS:
  1. "You're Gonna Need Someone on Your Side"
  2. "Glamorous Glue"
  3. "We'll Let You Know"
  4. "The National Front Disco"
  5. "Certain People I Know"
  6. "We Hate It When Our Friends Become Successful"
  7. "You're the One for Me, Fatty"
  8. "Seasick, Yet Still Docked"
  9. "I Know It's Gonna Happen Someday"
  10. "Tomorrow"

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Ouça:
Morrissey - Your Arsenal



Cly Reis

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

The Smiths - "The Queen Is Dead" (1986)


O Mais Ilustre dos Trintões



"Então eu invadi o Palácio
com uma esponja e uma ferramenta enferrujada
Ela disse: ' Eu conheço você, 
Você não pode cantar.'
Eu disse: 'Isso não é nada,
devia me ouvir tocando piano.' "
trecho da letra de
"The Queen is Dead"




O ano de 2016, que está acabando, viu grandes álbuns completarem 30 anos de seu lançamento. Não à toa, 1986 foi generoso em grandes discos e não por acaso é um dos anos com maior número de obras destacadas na nossa seção ÁLBUNS FUNDAMENTAIS. "Brotherhood" do New Order, "True Blue" da Madonna, "So" de Peter Gabriel", "True Stories" dos Talking Heads, "Album" do PIL, aqui no Brasil o idolatrado "Dois" da Legião Urbana e o aclamado "Cabeça Dinossauro" dos Titãs são apenas alguns dos grandes registros fonográficos lançados naquele afortunado ano para a música.
Mas de todos estes grandes álbuns que completaramm trinta anos neste ano que está se despedindo talvez o mais importante e significativo seja "The Queen Is Dead" do The Smiths, disco frequentemente apontado como o melhor da década de '80 e não raro em listas de melhores de todos os tempos, até mesmo ocupando o topo contra obras respeitadíssimas como "Revolver" dos Beatles e o disco da banana do Velvet Underground, por exemplo.
Depois de um disco de estreia elogiadíssimo, reconhecido também com frequência como melhor debut em álbum de uma banda; de um segundo trabalho que confirmava todas as virtudes e dava alguns passos adiante do que fora apresentado inicialmente, o quarteto de Manchester chegava ao terceiro álbum de estúdio com completo domínio de suas habilidades, possibilidades e pretensões obtendo por conta disso um resultado maduro e coeso.
Em "the Queen Is Dead" aparecem pelo menos três dos maiores sucessos da banda e que se tornariam quase hinos da banda. "Bigmouth Strikes Again" canção na qual Morrissey, no auge de sua habilidade como letrista, cinicamente "se defende" das sugestões que "teria feito" para que se quebrasse a cara da então primeira-ministra britânica Margareth Tatcher. Nesta canção encontra-se alguns dos versos mais geniais e bem sacados de Morrissey, criando uma imagem martirizante de inquisição e aproximando-a temporalmente de sua geração, fazendo-a assim identificar-se com o com suposta injustiça do julgamento ao qual estaria sendo submetido: "And now I know how Joan Of Arc felt/ As the flames rose to heir roman nose and her walkman started to melt" ("E agora eu sei como Joana d'Arc se sentiu/ Enquanto as chamas subiam até seu nariz romano e seu walkman começava a derreter") . Outro dos hinos smithianos que o álbum traz é a suplicante "There's a Light That Never Goes Out", canção pop perfeita dotada de um desespero apaixonado comovente possuidora de outro daqueles versos definitivos de Morrissey: "And if a double-decker bus crashes into us/ To die by your side/ Is such a heavenly way to die" ("E se um ônibus de dois andares colidisse contra nós/ Morrer ao teu lado/ Que maneira divina de morrer"). De arrepiar! O outro grande hit do álbum e da carreira da banda é "The Boy With The Thorn In His Side", possivelmente, em termos gerais, a combinação mais perfeita da parceria Morrissey/Marr, numa das melodias mais sedutoramente inspiradas do guitarrista combinada com uma interpretação vocal irretocável do cantor tornando-se  tão emblemática que poderia ser considerada praticamente uma identidade auditiva doa banda.
Mas ao contrário do que pode-se pensar "The Queen Is Dead " não é um clássico apenas pelo fato de ter gerado grandes sucessos. Cada uma das outras sete faixas, embora não tenham atingido paradas, grandes execuções e vendas, tem seu valor que, diga-se de passagem, não é nada pequeno.
A canção que abre o disco e com ele compartilha o nome, "The Queen Is Dead", é uma das mais pungentes e viscerais da banda em um dos poucos exemplos de guitarradas rascantes e violentas de Johnny Marr servindo como uma inquieta esteira de fogo para a letra fulminante de Morrissey num ataque ridicularizador à família real britânica.
"Frankly Mr. Shanky" é graciosa e doce sonoramente mas ácida em sua letra; "Cemetery Gates", com seu violão de melodia envolvente é extremamente bem humorada; "Never Had No One Ever", possivelmente a menos boa do disco, o que não significa que seja ruim, é intensa e carrega aquela típica melancolia e pessimismo de Morrissey; "Vicar In a Tutu", é um gostoso rackabilly novamente repleto do humor mórbido característico de seu letrista. Particularmente destaco também "I Know It's Over", uma das minha preferidas da banda. Uma balada carente, angustiada, desesperada, de interpretação comovente e intensidade crescente que, desde que ouvi pela primeira vez até hoje, me leva às lágrimas. O pedido de "colinho" "Oh, mother I Can feel the soil falling over my head" (Oh, mãe, eu posso sentir o chão caindo sobre minha cabeça") é pra derreter qualquer um.
Depois de tudo isso, a despretensiosa "Some Girls Are Bigger Than Others" tem o charme de surgir em um fade-in, começar, parecer sumir, desvanecer-se num fade-out e voltar para, numa letra aparentemente banal fechar em grande estilo o disco.
"The Queen Is Dead" foi o disco que colocou o The Smiths definitivamente num patamar superior. Se no início a banda chamou atenção por fazer um rock limpo e honesto em meio à selva de sintetizadores que habitavam o mundo pop, se depois se afirmaram enquanto banda e consolidaram um linha, a partir daquele disco eram, sim, definitivamente reconhecidos como uma das grandes bandas dos últimos tempos. Se o disco frequenta listas de melhores de todos os tempos, o nome da banda não faz menos e volta e meia é colocado à frente de peixes grandes do rock em respeitáveis listas de todo tipo de publicação. Sim, os anos 80 nos deram grandes obras, o ano de 1986, em especial, alguns dos mais marcantes e especiais, mas por toda essa reverência que lhe é atribuida, por sua qualidade, por toda a idolatria e aura mítica que envolve esta obra, "The Queen Is Dead" pode ser considerado, entre os discos "nascidos" em 86, entre os que apagam trinta velinhas este ano, o mais ilustre aniversariante.
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FAIXAS:

  1. "The Queen is Dead"
  2. "Frankly, Mr. Shankly" 
  3. "I Know It's Over" 
  4. "Never Had No One Ever"
  5. "Cemetry Gates" 
  6. "Bigmouth Strikes Again" 
  7. "The Boy with the Thorn in His Side" 
  8. "Vicar in a Tutu"
  9. "There Is a Light That Never Goes Out" 
  10. "Some Girls Are Bigger Than Others"


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Ouça:


Cly Reis

domingo, 23 de novembro de 2014

"The Smiths - A Light That Never Goes Out - A Biografia", Tony Fletcher (2014)





"Quando escrevi sobre o Echo and the Bunnymen e sobre o R.E.M.,
no fim dos anos 80,
o processo pareceu relativamente fácil.
Na época, eu não entendi que isso se devia ao fato de os dois grupos serem entidades em total funcionamento,
com integrantes seguros na companhia uns dos outros
a ponto de
apenas me contarem sobre os demais
o que gostariam de ouvir sobre si mesmos,
e suficientemente jovens para não serem especialmente
protetores com seus legados
ou terem deixado para trás qualquer lembrança ruim(...)
Com os Smiths o processo foi muito complicado."
Tony Fletcher



Sempre vou com uma certa reserva quando leio biografias de artistas porque muitas vezes os relatos que compõe o trabalho não passam de um amontoado de fofocas, diz-que-me-diz, achismos, especulações, fatos nunca confirmados ou sem evidências, restando apenas, de realidade mesmo, apenas fatos incontestes de domínio público que saíram no jornal, entrevistas concedidas e coisas do tipo (aí é mole). Mas fui surpreendido positivamente pela ótima biografia de uma das minhas bandas favoritas, “The Smiths – A Light That Never Goes Out – A Biografia”, onde autor, Tony Fletcher, um jornalista, biografo já experimentado, rodado, experiente com outras bandas, mergulha fundo na história do quarteto de Manchester, The Smiths, buscando elementos desde as origens históricas das famílias, do povoamento de Manchester, do contexto social da cidade, do país, até chegar à formação dos meninos em escolas católicas severas, em bairros operários, deparando-se com crise, desemprego, mas com as descobertas musicais que os levariam a serem o que foram.
Contemporâneo dos integrantes dos Smiths e até mesmo presente em alguns episódios, o autor destrincha com habilidade os fatos que envolveram a curta trajetória da banda, relatando-os de forma competente numa narração muito bem estruturada e envolvente.
Para os fãs, o livro só fará reforçar a admiração pela banda, pelas suas virtudes, suas técnicas individuais, suas inspirações, e por seu repertório, embora revele de forma bastante imparcial e impiedosa a personalidade difícil, egocêntrica e quase insuportável de Morrissey, revelando-a, entre outras razões, como um dos principais motivos para o fim prematuro do grupo.
Mas, de todo modo, é absolutamente fascinante conhecer um pouco da descoberta mútua de Morrissey e Marr, o início da parceria, as primeiras composições, conhecer um pouco mais sobre cada música, o sucesso, a idolatria e tudo mais.
“The Smiths – A Biografia” é extremamente revelador no que diz respeito ao regime praticamente amadorístico com o qual a banda conduzia suas questões empresariais, fato tão decisivo para a abreviação da história da banda como para o fato de torná-la diferenciada e fazer com que não caísse na vala comum de bandas de megasucesso; aprofunda a questão do envolvimento com drogas por parte do baixista Andy Rourke; mergulha nas turnês e em seus bastidores, conseguindo no êxtase e nas catarses do público; esmiúça o processo construtivo, passo a passo, de vários canções do grupo, com destaque especial para “How Soon Is Now?”, um dos maiores clássicos da banda e uma de suas grandes pérolas, cheia de camadas de guitarra e outros recursos de estúdio; e ajuda a esclarecer o fim, até então nunca muito bem explicado.
Nada daquelas biografias chatas, cansativas. Não! Ótimo livro, leitura fluída, fácil sem ser limitado e ainda por cima de uma banda do meu coração. Uma vida curta mas cheia de histórias, polêmicas, conflitos e desdobramentos. Pouco tempo de existência mas o suficiente para escrever seu nome definitivamente na história do rock.



Cly Reis