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terça-feira, 8 de abril de 2014

Gigante da Beira-Rio - Jogo de Reinauguração 06/04/2014


Já tinha tido o prazer de conhecer um dos estádios que sediará a Copa do Mundo, o Maracanã reformado, mas agora tive a especial emoção de entrar no Novo Beira-Rio, que depois de 2 longos anos praticamente fechado, enfim ressurge belo, imponente e grandioso. O Beira-Rio está uma joia, um primor. A cobertura lhe confere um ar majestoso, os acessos internos estão fáceis e amplos, as circulações na plateia garantem bom fluxo, os banheiros espaçosos, limpos e organizados, e o aspecto geral do interior do estádio é simplesmente esplendoroso. Como eu já havia dito a respeito do maracanã, e agora afirmo em relação ao Beira-Rio, é uma verdadeira casa de espetáculos. Um teatro, um Opera, um Royal Albert Hall a serviço do futebol. é lógico, não vou esconder de ninguém que a área externa precisa ainda de muitos cuidados, de uma pavimentação adequada,  delimitações, sinalização, etc., mas pelo que vejo não são trabalhos que não devam apresentar grandes dificuldades e, provavelmente, em pouco tempo estejam satisfatoriamente executados.
Lindo ver o meu Gigante, já cheio de histórias, pronto para mais muitos anos de glórias e novos capítulos dessa história grandiosa do Sport Club Internacional. Meu pai viu a inauguração de 1969 no Gigante e eu dou continuidade a isso comparecendo à nova de 2014 e, assim, passando de geração para geração, o amor pelo Internacional e o respeito por essa casa que é de todos os colorados, e que verdadeiramente tem alma, tem coração, fazemos com que ontem, hoje e sempre, por nossos laços, o Gigante permaneça eterno.
Parabéns, Gigante da Beira-Rio, parabéns Internacional e parabéns torcida colorada pelo nosso belíssimo e reformulado estádio. Que venha a Copa do Mundo e depois, que venham mais gols colorados, mais emoções e mais glórias.

A visão do estádio na chegada pela Padre Cacique

O movimento dos torcedores procurando seus acessos

A parte externa, próxima ao edifício-garagem,
ainda precisando de pavimentação

Acessos e circulações internas bastante amplos

Times perfilados para os hinos

Bola rolando
A bela cobertura, vista do interior do estádio


Este ilustre blogueiro na social do Beira-Rio


Cly Reis




quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O Jogo da Sua Vida #1 - Internacional 2 (3) x Olimpia 3 (5) (1989)



Eram mais de três mil.
Nunca vi tanta gente permanecer no estádio depois de um jogo.
Bom, na verdade já vi. Em vitórias. Vi muitas no Gigante.
Mas em uma derrota???
Aquelas criaturas lá pareciam simplesmente não acreditar no que acabara de acontecer.
Uns cabisbaixos, uns chorando, outros atônitos, outros impassíveis, outros olhando para o gramado vazio como se a qualquer momento os times fossem retornar a campo e continuar a partida nos dando mais uma chance. Esperando talvez que os alto-falantes anunciassem que tudo o que tinha acontecido até aquele momento não passava de uma brincadeira e que o jogo mesmo começaria naquele instante. Esperando que... Esperando, talvez, simplesmente acordar. Pois aquilo só podia ter sido um sonho. Um sonho ruim.
O sonho do Sport Club Internacional de conquistar uma Libertadores da América era antigo. Embora tivéssemos participado da competição antes que o nosso tradicional rival, tendo inclusive chegado a uma final antes deles, o co-irmão da Azenha havia tido uma melhor sorte e conquistado a Taça em 1983. Mas naquele 1989, depois de ter obtido a vaga na competição sul-americana num épico confronto com o rival, no jogo apelidado de  "GreNal do Século", seguido, no entanto, de uma decepcionante derrota na final do brasileiro que coroaria o triunfo, mesmo com um primeira fase um tanto claudicante, nas eliminatórias nossas esperanças pareciam começar a tomar forma daquele tão almejado título, do qual os torcedores rivais tanto se gabavam de ter conquistado.
O pênalti batido por Nílson, durante o jogo,
na foto do jornal Zero-Hora, do dia seguinte
A quarta-de-final, então, foi o que faltava para a empolgação tomar conta, numa atuação luxuosa no Beira-Rio, fazendo 6x2 no multicampeão Peñarol.
Ninguém segurava aquele time!
Tínhamos um centroavante matador que decidira o GreNal do Século, um uruguaio que nunca falhava e, nada mais nad menos que, o melhor goleiro do Brasil.
Iríamos à semifinal contra o Olimpia do Paraguai, adversário difícil, sim, mas nada que nos metesse medo. Tinham um centroavante bem conceituado, um tal de Amarilla, tinham a tal garra porteña, mas por outro lado, tinham um goleiro baixo, velho e meio acima do peso, o tal de Almeida.
Se nossa confiança já estava lá nas nuvens depois da goleada contra os uruguaios, o primeiro jogo contra o Olimpia em Assunción, parecia nos dar uma certeza: estávamos na final.
Vencemos os paraguaios na casa deles com um golaço de bicicleta. E mais: sem grandes riscos, com uma partida segura, uma boa atuação. Nada podia nos tirar aquela vaga e na final... Na final, viesse quem viesse, nós trucidaríamos.
E veio o jogo da volta. Naquele 17 de maio de 1989, todos os colorados queriam estar no Beira-Rio aquela noite. Eu fui um dos 70 mil que conseguiram isso.
Já na chegada, o clima de festa era tanto que um vendedor de lanches anunciava o 'cachorro-quente Amarilla'. Era aquilo: iríamos devorar o Amarilla e seu timezinho paraguaio. O empate servia mas queríamos golear como fizéramos contra o aurinegro uruguaio. E se já havíamos feito 1x0 fora de casa, e com um gol de bicicleta, no nosso estádio faríamos 4, 5, de letra, de lençol, de sem-pulo, de todas as maneiras possíveis.
Mas esta não foi a realidade do jogo.
Não tardou muito para o Olimpia, com Mendoza, fazer seu primeiro gol e desfazer nossa vantagem. O placar de Assunción tinha ido pro espaço e agora éramos nós que tínhamos que buscar o resultado. Felizmente, também não muito tarde, nosso volante Dacroce empatava. Era nosso, de novo!
Mas o Olimpia era bravo e ninguém menos que ele, aquele que engoliríamos como um hot-dog, colocaria o adversário em vantagem. Gol dele: Amarilla. E os portenhos viraram o intervalo em vantagem. Não seria a facilidade que imaginávamos. àquelas alturas já nos dávamos por satisfeitos com um empatezinho e olhe lá.
Veio o segundo tempo e veio o gol do empate: Luís Fernando, o baixinho que havia feito o golaço em Assunción. Parecia um bom prenúncio! Sim, era um bom prenúncio pois logo depois viria um pênalti a favor do Internacional. Pronto! A sorte voltava a brilhar para o nosso lado. E quem bateria o penal? Ele, Nílson, o matador do GreNal do Século. E Nílson perdeu. Nas mãos do gordinho Almeida.
Mas tudo bem... 2x2 ainda era nosso. Estávamos na final.
Não. Num chute de fora da área do bom meia Neffa, a bola batia num defensor, enganava Taffarel e morria no fundo das redes. Havia pouco tempo para reagir e, de mais a mais, o time já se desestruturara tática e psicologicamente. Tivéramos por três vezes a vantagem (0x0, 1x1, 2x2) e um pênalti a favor. Eles chegavam mais confiantes para a decisão.
Restava ir para os pênaltis, e sorte que na época o regulamento não previa gol qualificado, senão não teríamos nem aquela esperança. E nossa esperança numa decisão por penais tinha um nome: Taffarel. Goleiro de Seleção Brasileira, exímio pegador de pênaltis, mas naquela noite não.
Dois dos nosso jogadores perderam, eles fizeram todos, inclusive do goleiro gordo, velho e baixinho deles que bateu um. Mas coube a Amarilla cravar o último prego no caixão. Gol do Olimpia. A bola nas redes os jogadores do Olimpia correndo para comemorar, o fim do sonho, um silêncio mortal como poucas vezes se ouviu num estádio de futebol.
Eu olhava em volta e via que daqueles 70 mil que estiveram ali, muitos permaneciam. Ninguém acreditava no que acabara de acontecer.
Do meu lado, meu amigo, chorava com a cabeça baixa entre as pernas, abraçado bandeira do clube, um outro simplesmente olhava para o vazio, um outro mais revoltado xingava, outros simplesmente não tinham coragem de voltar pra casa, outros esperavam... esperavam por um milagre, por uma boa notícia, esperavam que o juiz tivesse contado errado e tivéssemos mais um pênalti para bater mantendo viva a esperança por mais alguns instantes que fosse. Esperavam talvez que o presidente da Confederação pudesse entrar em campo para anunciar que a partida havia sido anulada e que o jogo seria disputado novamente. Esperávamos simplesmente acordar. Pois aquilo só podia ter sido um sonho. Um pesadelo.
Felizmente depois disso já presenciei glórias fantásticas dentro do Beira-Rio e já fiquei depois dos jogos por horas fazendo festa, esperando voltas olímpicas, cantando e tudo mais. Mas aí foram vitórias.
Mas em uma derrota... nunca vi tanta gente permanecer no estádio depois de um jogo.
Eram mais de três mil.




Cly Reis
(torcedor do Internacional)

sábado, 14 de setembro de 2013

ClyBlog 5+ Craques


É, nós do clyblog também gostamos de futebol!
Siiiim!!! Tanto que volta e meia fazemos alguma referência a algum evento importante do esporte (Copa do mundo, Libertadores, finais de torneios, etc.) ; habitualmente registramos presença nos estádios por onde passamos; muitos dos Causo de Dois Morro são sobre futebol, tirinhas do blog também  fazem referência ao mundo da bola como as do Peymar ou a caríssima contração do time da horta; isso sem falar que, não raro, nas COTIDIANAS costuma aparecer algum conto ou crônica sobre futebol, tanto que uma delas até foi selecionada e publicada numa coletânea homenageando meu time do coração, o Internacional.
E dessa vez o clyblog 5+ é mais ou menos sobre isso: os 5 maiores que já vestiram a  camisa do time do coração de 5 convidados. Sei que no Brasil teríamos pelo menos 12 ou 15 times que valeriam a pena serem destacados, outra dezena que valeriam pela curiosidade, outros tantos pelo inusitado, mas dentro da nossa geografia de amigos, procuramos fazer o mais variado possível, sem sermos óbvios demais, mas de modo que ficasse minimamente interessante. Meus amigos flamenguistas,vascaínos, corintianos, botafoguenses, santistas, atleticanos, e tantos outros vão me perdoar, mas só tinha lugar pra 5 neste especial de 5 anos.
Assim, com vocês, clyblog 5+ craques do seu time do coração:




1 Samir Al Jaber
funcionário público
torcedor do São Paulo Futebol Clube
(São Paulo /SP)

"Fala aí, brother! É bem diferente de fazer lista de discos, né?
Até porque disco é uma coisa que dá pra ouvir e analisar
e tem muito jogador que o que sei é de relatos, leitura e DVD's históricos.
Bom, no fim, minha lista ficou até meio clichê."

Rogério Ceni

1. Rogério Ceni
2. Leônidas da Silva
3. Raí
4. Careca
5. Pedro Rocha



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2 Mateus Bianchim
ator
torcedor da Sociedade Esportiva Palmeiras
(São Paulo/SP)


1. Marcos
2. Evair
3. César Maluco
4. Ademir da Guia
O "Divino" é destaque
na lista do palmeirense
Mateus Bianchim




















5. Obina

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3 Tiago Ritter
jornalista
torcedor do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense
(Porto Alegre /RS)


"Vou falar dos que vi e dos poucos que tive boas referências."


Renato

1. Renato Portaluppi
2. Danrlei
3. Dinho
4. Luís Carlos Goiano
5. Aírton 'Pavilhão'




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4 Liliane Reis Freitas
operadora de CFTV
torcedora do Sport Club Internacional
(Sapucaia do Sul /RS)


1. Falcão


2. Fernandão
3. D' Alessandro
4. Figueroa
5. Manga

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5 Carlos Eduardo Jesus Braga
comprador da construção civil
torcedor do Fluminense Football Clube
(Rio de Janeiro /RJ)

"Dos que eu vi jogar, os maiores seriam Assis e Thiago Silva,
mas respeitando a história, a ordem é essa."



1. Castilho
2. Thiago silva
3. Assis
4. Rivelino
5. Telê Santana
A maioria das pessoas só lembra
do Telê técnico mas ele foi também
um dos grandes jogadores
da história do Fluminense


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

"Colorados - Nada Vai Nos Separar", organizado por Jana Lauxen - Ed. Multifoco (2012)


Finalmente saiu, mesmo!
Agora já o tenho em mãos.
Saiu a coletânea "Colorados - Nada Vai Nos Separar" , da qual eu faço parte como um dos autores, organizada pela escritora Jana Lauxen, com 19 textos selecionados de torcedores colorados espalhados pelo mundo afora.
Edição caprichada, bonita, muito bem acabada e com textos interessantíssimos e emocionantes com estilos, formatos e propostas diferentes dos escritores, no entanto, em todos os casos com algo importante em comum: a paixão pelo Sport Club Internacional.
O formato pocket, além de proporcionar um manuseio e transporte mais prático, é moderno, simpático e faz com que seu preço fique bastante acessível o que deixa qualquer colorado sem nenhuma desculpa pra não ter o seu.
Participam da coletânea, além de mim, Clayton Reis Rodrigues, os colorados Fábio Araújo e Eduardo Sauner de excelentes textos; o crítico de cinema, Beto Canales; Caroline de Souza Matos; Lulu Penteado com sua síntese perfeita de tudo que envolve o Internacional; Cícero Pereira da Silva: Eliane Becker; Jeremias Soares; o blogueiro do Vamo, Vamo Inter, José Paulo Pinto; o 'multiartista' Jorge Dimas Carlet; Luciana Lima da Silva; Sinara Fross com seu texto-poema de formato criativo e original; o talentoso Márcio Mór Giongo; o infiltrado Max Peixoto e sua aventura; Poliana Patricia Glienke; Rosália Speck; a simpática Nathalia Hoffman, 'vizinha' aqui do Rio de Janeiro; e a editora e organizadora Jana Lauxen.
Não sei se já tem em alguma livraria perto de você, mas se tiver, compre. Ficou bem legal.
E vamo, vamo, Internacional que nós, teus seguidores, estaremos sempre contigo.

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Ficha Técnica:
"Colorados – Nada Vai Nos Separar"
Editora
Multifoco, 2012.
130 páginas.
Formato pocket (10 x 14)




C.R.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Release Oficial da Editora Multifoco para o lançamento do livro "Colorados - Nada Vai Nos Separar"


Editora Multifoco lança coletânea em homenagem ao Sport Club Internacional


O livro "Colorados – Nada Vai Nos Separar" reúne textos de torcedores apaixonados pelo Inter de Porto Alegre.
.


A partir da segunda quinzena do mês de dezembro de 2012 estará disponível para venda a coletânea Colorados – Nada Vai Nos Separar, o mais recente lançamento da Editora Multifoco. O livro reúne 19 textos de torcedores do Sport Club Internacional, cada qual contando suas histórias de amor e fidelidade pelo colorado.
A ideia surgiu da cabeça – e, segundo a própria, principalmente do coração – de Jana Lauxen, escritora, editora e, sobretudo, colorada, que decidiu homenagear seu time fazendo aquilo que gosta de fazer: escrevendo.
- Não é de hoje que escrevo sobre o Inter e, na internet, tive a oportunidade de conhecer outros autores colorados e blogs, alguns inclusive especializados no Internacional, e achei que, assim como eu, haviam outros torcedores com muitas aventuras e desventuras para contar sobre o Inter.
Segundo a organizadora da obra, o livro relata um pouco sobre a história do clube, fundado em 1909, a partir da visão e da vivência de sua torcida:
- A história do Inter é incrível. Trata-se de um clube criado justamente por que o povo (negros, estrangeiros, pobres e renegados em geral) não encontrava espaço nem para torcer, nem para jogar no coirmão Grêmio, que era, na época, um clube de elite. Logo, a história do Inter é também a história de seus torcedores, pois os colorados sempre participaram como protagonistas na biografia de seu time. Não somente viram a história acontecer, mas fizeram esta história acontecer.
O título da obra reproduz um dos cânticos mais populares da torcida do Internacional, que diz ‘colorado, colorado, nada vai nos separar, somos todos teus seguidores, para sempre eu vou te amar’.
Mas por que colorados, no plural, e não colorado, no singular, como é no original da canção?
- É uma alusão, uma homenagem ao torcedor colorado. Costumo dizer que, por trás de um grande time, sempre há uma grande torcida. Se o torcedor é o décimo segundo jogador, é fundamental que ele honre esta condição, vista de fato a camiseta e colabore para levar seu time para frente, para cima; nunca para baixo.
Os textos reunidos na obra vão desde a gloriosa conquista do Campeonato Brasileiro em 1976, passando pelo Mundial de Clubes FIFA em 2006 e da Libertadores 2010, até os tragicômicos anos 90, sempre sob a ótica do torcedor.
O que termina por aproximar o leitor dos autores, pois todas as histórias narradas no livro poderiam ter sido contadas em uma roda de amigos, em uma mesa de bar.
- O mais legal é esta justaposição, esta identificação. Enquanto recebia os textos, na fase seletiva da coletânea, ia lendo e me divertindo, pois também vivi aquelas emoções; logo, entendia as histórias de maneira muito peculiar. Você se identifica, se aproxima do autor, e é como se, enquanto colorados, tivéssemos vivido juntos aquelas histórias. E vivemos. Agora elas ficarão registradas em livro, para que colorados de gerações futuras possam ler e conhecer seu time sob a visão de sua torcida.
Jana Lauxen ainda sublinha o fato de o livro reunir textos de colorados de 60, e de 15 anos também, o que torna a obra ainda mais especial, já que tem histórias de todas as fases do clube.
Em formato pocket, a coletânea Colorados – Nada Vai Nos Separar custa R$25, e pode ser adquirida através do site da Editora Multifoco, ou através do e-mail clyreis@gmail.com.
Todas as estantes coloradas deste Brasil merecem guardar este registro extraoficial e cheio de dedicação, feito pelos grandes torcedores, deste grande time que é o Sport Club Internacional.


Participam da coletânea "Colorados – Nada Vai nos Separar" os seguintes autores:
Clayton Reis Rodrigues * Beto Canales * Caroline de Souza Matos * Cícero Pereira da Silva * Eduardo Sauner * Eliane Becker * Fábio Araujo * Jana Lauxen * Jeremias Soares * Jorge Dimas Carlet * José Paulo Pinto * Luciana Lima da Silva * Lulu Penteado * Márcio Mór Giongo * Max Peixoto * Natalia Hoffmann * Poliana Patricia Glienke * Rosália Speck * Sinara Foss


por Fernanda Lopez

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Capa da Coletânea "Colorados - Nada Vai nos Separar"



Ó, saiu a capa do nosso livro!
Em meio a crise, demissão de técnico, eleições presidencias, renovação do Conselho, e um momento delicado do Sport Club Internacional o livro no qual eu e mais alguns torcedores participam com textos selecionados, tá na boca do forno. Mas o espírito é exatamente esse: independente de como estiver, do que estiver acontecendo, até debaixo d'água, NADA VAI NOS SEPARAR.
Tá atrasando um pouquinho o lançamento que era previsto para a metade deste mês de novembro, mas daqui a pouco tá saindo. Enquanto isso vai aí um 'gostinho' da publicação.
Ficou bem bacana a capa. Dá todo aquele clima de torcida, de estádio, da nossa vibração.
Muito bonita.









Cly Reis

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Coletânea "Colorados - Nada Vai nos Separar"



A editora carioca Multifoco , por iniciativa de uma de suas editoras, a escritora Jana Lauxen , estará lançando ainda este mês o livro “Colorados - Nada Vai nos Separar” , uma coletânea de textos de apaixonados pelo Sport Club Internacional com episódios, histórias, curiosidades, memórias, emoções, declarações de amor, etc., relatadas pelos próprios torcedores. Os textos, enviados pelos autores à editora, foram escolhidos por seleção e os melhores, ou os que mais se adequavam à proposta, aparecem nesta publicação na qual tenho o prazer de estar incluído com uma crônica anteriormente publicada aqui no blog por ocasião do aniversário de 103 anos do clube.
O livro que está em fase de impressão e acabamento, deve ser pré-lançado no dia 17 de novembro para os autores e creio que esteja, dali em diante, em breve, disponível para aquisição pública.
Então, amigos colorados, é aguardar que logo logo estará nas livrarias mais uma daquelas publicações que nos enchem de orgulho e emoção a cada linha, a cada relato e nos fazem ter certeza do quanto é bom ser colorado.
Aguardem, aguardem!


Cly Reis



sexta-feira, 29 de junho de 2012

"Histórias Coloradas - Os mais interessantes relatos da alma colorada" por Aleco Mendes e Flávio Schlottfeldt, Ed.: Nova Prova


  Ano passado, meu irmão Daniel, numa dessas feirinhas de rua em Porto Alegre, encontrou o livro “Histórias Coloradas” e pensando em mim que, como ele bem sabe, tenho diversas publicações do Sport Club Internacional, comprou o exemplar. Me ligou ainda depois para se certificar de que eu não tinha o tal livro, que afinal de contas àquelas alturas já não era nenhum lançamento uma vez que sua primeira edição é de 2004, e por acaso, este eu não tinha. Confirmando isso, na primeira oportunidade que teve, me enviou o livro aqui para o Rio de Janeiro.
Não li imediatamente até porque a fila de coisas pra ler é sempre enorme e tinha muita coisa boa na frente esperando a vez, mas como às vezes é legal mudar o formato de leitura, variar entre romances, crônicas, contos, quadrinhos, etc., passei este na frente de alguns.
Em época de tempo escasso para leitura por conta da correria diária, aproveitei um pequeno período que estava sem carro que estava no conserto, e tinha que ir de ônibus para o trabalho, pois ai teria mais ou menos 1 hora de trajeto para me dedicar àleitura do presente do meu irmão.
Muito bem...
Que vergonha tu me fizeste passar, Daniel!
Não tinha dia que eu não me pegasse chorando no ônibus.
Que belo presente tu me arranjas!
Não fossem os óculos escuros seria pior, mas mesmo assim a fungação às vezes me entregava.
Tinha que parar a leitura de vez em quando para me recuperar. Me recompor e depois, dependendo do próximo relato, talvez, conseguir continuar lendo.
Da próxima vez manda uma caixinha de lenços de papel junto, tá?
Mas brincadeiras à parte, trata-se de um livro gostosíssimo para um torcedor colorado. Leitura agradabilíssima com histórias contadas por jogadores, dirigentes, personalidades da mídia e torcedores comuns demonstrando toda a paixão pelo clube em momentos tristes, alegres, ternos, curiosos ou engraçados de momentos do clube ou de hitórias pessoais no qual o Inter estava presente de alguma forma.
Soube depois que existem mais duas edições do “Histórias Coloradas. Se topar com elas aqui no Rio, com certeza eu os terei.
Independente dos meus vexames diários nos ônibus, muito obrigado pelo presente, Daniel.
Adorei!


Cly Reis

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Internacional, 103 Anos

Inter, estarei contigo


Ainda lembro quando meu pai me exclamou certa vez entusiasmado, lá pelos idos de 1979, "tu torce pro maior time do Brasil!". Quando ele falou aquilo eu não tinha a total noção do que aquilo significava. Aquilo não era uma ordem de que ue deveria torcer para aquele time, uma determinação, era provavelmente, sim, uma conscientização. Eu era colorado quase que automaticamente, nunca isso fora posto em dúvida, tinha ganhado um uniforme do meu padrinho, ouvia falar de Internacional, via meu pai ouvindo os jogos, ouvia foguetórios e tudo mais, mas não tinha noção de que aquilo que ele me revelava era a mais absoluta realidade naquele momento. Não que o Sport club Internacional tenha deixado de ser tão grande, pelo contrário, mas hoje, Campeão de Tudo, divide estas honras de grandiosidade com os hexacampeonatos nacionais do São Paulo e do Flamengo; os tri de Libertadores do próprio São Paulo e do Santos; os brasileiros de Corinthians, Palmeiras, Vasco, só para citar alguns. Mas naquele momento era absoluto.  Em uma década de Campeonato Brasileiro o Internacional tinha conquistado o título duas vezes, havia sido terceiro colocado duas vezes também, e quarto em outras duas oportunidades e se encaminhava naquele ano, até então sem perder (o que se confirmou), para levantar a taça novamente. Sei que naquele ano de 79 fui duas vezes ao estádio na campanha do título invicto, uma contra o São Paulo de Rio Grande e outra contra o América do Rio. A lembrança é vaga, sei dos resultados mas não lembro deles. O que importa é que ali com 5 nos de idade se consolidava definitivamente minha paixão pelo Sport Club Internacional e começava a minha longa relação com o estádio Beira-Rio.
Desde então, salvo pequenos intervalos, nunca mais deixei de frequentar o nosso estádio. Lembro ( e aí lembro mesmo) que no segundo GreNal que fui assistir, em 1982, o Inter venceu por 3x1 com três gols do Geraldão. Nossa! Fiquei fã do Geraldão. Queria ser centroavante. Usar a 9. No início dos anos 80 o Colorado acumulara 4 títulos estaduais. Nem o Brasileiro conquistado pelo rival no início da década nos abatia. O que era um titulozinho contra os nossos TRÊS, sendo um INVICTO? Além disso ganhávamos torneios de prestígio no exterior, ganhamos o Juan Gamper na casa do Barcelona; nossos jogadores representavam o país em competições.
O problema é que do outro lado, o rival, aproveitando melhor uma oportunidade que o Internacional tivera antes em 1980, conquistava a Libertadores da América e aí, talvez o comparativo tenha desequilibrado as estruturas internas do clube. Tanto foi que a partir da metade da década de 80, acumulamos derrotas e fracassos. Vimos o rival empilhar 7 títulos regionais quase igualando nosso feito de oito conquistas seguidas; perdemos dois títulos nacionais um deles contra o pouco expressivo Bahia dentro de casa; fomos desclassificados numa improvável semifinal de Libertadores estando com a vantagem três vezes no jogo. Inacreditável. A maré era braba.
Mas em todos estes momentos eu estive lá com o Inter. Presenciei quase todas as derrotas estaduais do hepta do Grêmio, fui ao 1º jogo da final de 87 contra o Flamengo, à final de 88 contra o Bahia, à fatídica semifinal de 89 contra o Olímpia mas nunca deixei de ser torcedor. Digo isso porque é bem usual, principlamente do OUTRO lado que quando se está perdendo se desligue do futebol, se ocupe de outros assuntos, tente-se dar menos importância a uma coisa que para nós toredores tem TODA a importância do mundo. Não! Eu me orgulho de em todos estes anos de minha vida de colorado ter ido ao Beira-rio em praticamente todos eles e nunca ter desistido do meu time.
Mas não se enganem os que por acaso pensarem que sou um pé-frio e que sempre que estava lá levei o time à derrota: eu estava lá, na social do Beira-Rio, vendo o Nílson guardar duas neles no GreNal do Século; em 92 estava abaixado atrás do muro da coréia pra não ver a cobrança do pênalti do Célio Silva na final da Copa do Brasil (mas levantei pra ver); estava no jogo que impediu o rival de igualar nosso octa mesmo nunca tendo dado muita bola pra campeonato estadual; e mesmo quando não foi na nossa casa, no estádio deles presenciei o chocolate do 5x2.
Vi muitas coisas boas e muitas coisas ruins. Chorei de alegria e de tristeza. Prometi nunca mais pisar lá e semanas depois lá estava eu de novo. Estive lá sob calores senegalêzes, sob frios polares e sob chuvas torrenciais mas nunca deixei de estar com o Internacional.
Hoje no Rio de Janeiro acompanho o que posso daqui. Sempre vou ao Maracanã ou ao Engenhão ver o Inter e sempre que vou a Porto Alegre, programo minha viagem para que seja em algum dia que tenha jogo no Beira-rio para que eu possa ver meu time na NOSSA casa. Dos grandes momentos do clube, no Beira-Rio, só não vi a primeira final de Libertadores, pois já morava aqui e não tinha, na época, dinheiro para viajar; mas  asegunda, contra o Chivas, movi o mundo para estar no Beira-Rio e vi meu time ser Bicampeão da América.
Me orgulho de todos estes momentos. Dos felizes e dos tristes. De sempre estar com o Inter. Só me envergonho um pouco de um momento em que, devo admitir, não fui ao Beira-rio porque tive medo. Foi o jogo contra o Palmeiras que podia nos levar à segunda divisão.
Naquele jogo EU TIVE MEDO. Aliás tinha quase convicção que não conseguirÍamos e optei por não participar daquele momento triste para o clube. Era melhor que eu não estivesse lá. Ego´´ista, orgulhoso, não queria guardar isso no meu currículo de torcedor, nem presenciar tamanha decepção.
Felizmente o rebaixamento acabou não acontecendo. O Dunga fez aquele gol salvador e continuamos sendo o único clube gaúcho a não ter disputado uma série B do campeonato brasileiro, mas ficou em mim um pouco da vergonha pela covardia de quando o clube precisou de mim, eu não ter me prontificado a estar lá. Mas tenho certeza que ele me perdoa. O Internacional por certo perdoa esse filho que apesar daquela fraqueza sempre foi fiel.
Prometo nunca mais te abandonar.
Estarei sempre contigo.

Parabéns, Internacional
pelos 103 anos
de gloriosa existência.

Cly Reis

segunda-feira, 11 de abril de 2011

"O Time que Nunca Perdeu", de Paulo Roberto Falcão - Ed. AGE (2009)



Aproveitando a deixa do retorno de Paulo Roberto Falcão ao Internacional, para comandá-lo como técnico pela segunda vez, depois de uma exitosíssima carreira como jogador do clube, aproveito aqui então para recomendar, especialmente aos colorados, é claro, mas também, - excetuando os tricolores gaúchos - a qualquer torcedor apaixonado por futebol, o livro do próprio Rei de Roma sobre a conquista invicta do Campeonato Brasileiro de 1979 pelo Sport Club Internacional: "O Time que Nunca Perdeu".
Com uma série de relatos sobre cada um dos 22 jogadores que fizeram parte daquele grupo e daquela inigualável conquista, Falcão montou o perfil de um grupo unido, sério, maduro, sem vaidades e sobretudo extremamente qualificado, que contava com os conceitos táticos privilegiados de Ênio Andrade no comando e com a rigidez e disciplina de Gilberto Tim na preparação física.
O livro revela episódios curiosos, interessantes, dramáticos e engraçados, como o pavor de Chico Spina ao ter que substituir o ídolo colorado Valdomiro exatamente no primeiro jogo da final, no qual incrivelmente (mesmo apavorado) acabaria marcando dois gols; as frequentes multas por atraso do volante Batista cobradas pelo disciplinador líder Valdomiro; a resistência da direção em contratar o encrenqueiro Mário Sérgio e o aval de Falcão para levá-lo ao Beira-Rio; as indicações do próprio Falcão para as ascenção de Mauro Galvão dos juniores e para a contratação de Batista ainda garoto do Cruzeiro de Porto Alegre; e toda a liderança do "Bola-Bola", como também é conhecido o craque, dentro e fora do campo.
A edição ainda traz toda a campanha com detalhes e informações como locais dos jogos, públicos, renda, arbitragens, gols, etc., além de reproduções das súmulas dos principais jogos.
Um documento precioso de um episódio único na história do futebol brasileiro. Sei que atualmente com a elevação dos títulos de Taça Brasil, Robertão e coisa e tal, à condição de Campeonato Brasileiro, surgiram mais uns dois ou três 'campeões invictos', mas com todo o respeito, entraram nas semifinais e jogaram dasou quatro partidas se tanto. Campeão Brasileiro Invicto, jogando um campeonato, com fases, classificação, ida e volta, só tem um, e o único Campeão Brasileiro Invicto é, e sempre será, apenas o Sport Club Internacional.
Eu, na condição de colorado, só espero que na casamata, este grande ídolo da nossa história consiga repetir o êxito que teve com a bola nos pés e nos traga glórias do tamanho que ele merece e que o Interncional merece.
Boa sorte, Falcão!


Cly Reis

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Museu do Inter - Porto Alegre








Aproveitei minha visita a minha cidade natal na final da Libertadores para visitar o MUSEU DO INTERNACIONAL, do qual tinha boas referências. Afirmava-se no site, na revista do clube, nos meios de comunicação ser um dos melhores e mais modernos museus de clube do mundo, baseado nos conceitos e modelos empregados em espaços históricos como o do Arsenal, o do Barcelona e outros clubes europeus; ou, simplesmente, como ouvia o presidente Vitório Píffero afirmar,“um museu de primeiro-mundo”.
Imaginava que tivesse lá sua qualidade, fosse legal e tal, mas sinceramente não achava que fosse tudo isso. E não é que é espetacular mesmo! E não digo isso por ser colorado, pois eu mesmo duvidava da magnitude deste projeto. Depois de muito tempo apenas com uma saleta escondida atrás do departamento amador, o Sport Club Internacional tem verdadeiramente um museu de verdade e por sinal, um belíssimo museu.
A tocha: escultura de monitores com imagens históricas
Logo na entrada, ao se subir a escadaria que leva ao espaço, um enorme escudo do clube, estampado na parede com a frase do hino "é teu passado alvi-rubro motivo de festa em nossos corações”, já nos inflama o orgulho, e logo à frente já se vê a incrível tocha, uma espécie de escultura de monitores com ininterruptas imagens variadas em composições e seqüências diferentes. Começa-se o passeio por uma linha de tempo na parede com fotos, projeções de imagens, relíquias; vê-se vitrinas com camisetas históricas, objetos de jogadores, documentos; adiante encontra-se uma pequena arquibancada da qual se vê um telão que mostra imagens histórias e por todo o espaço somos rodeados por esculturas das figuras marcantes do Colorado – Tesourinha está ali arrancando pro gol, o goleador Carlitos engatilhado pro chute, Manga dando uma mão-trocada espetacular e Figueroa cabeceando para o gol iluminado.
Figueroa e o gol iluminado
Mas lá não apenas se vê e se sente, pode-se tocar nas telas e pesquisar em estações interativas moderníssimas e pode-se também ouvir de passagem por algum corredor, fatos, depoimentos, gols, pois em diversos pontos da sala há alto-falantes suspensos, apropriadamente isolados de modo a garantir uma audição quase que individual sem espalhar o som pelo ambiente, narrando momentos importantes da história do Internacional. O trecho final do percurso traz os símbolos máximos das conquistas importantes: uma grande vitrina com os troféus dos Brasileiros, da Copa do Brasil, da Sul-americana, da Recopa, da Libertadores e do Mundial.
As grandes glórias do Campeão de Tudo
Recomendaria a qualquer pessoa que visitasse o Museu do Internacional, mas é lógico que os tricolores da Azenha não gostarão muito da idéia. Em todo caso recomendo sim a qualquer um que vá a Porto Alegre, goste de futebol ou que aprecie uma boa sala de exposições e principalmente aos colorados que sentirão, como eu senti, entre os corredores, vendo os gols, ouvindo os cantos da torcida, em frente às taças, relembrando os ídolos, todas as emoções que já sentiram um dia dentro do estádio.
Demais! É mais um ponto turístico obrigatório na cidade de Porto Alegre.

OUTRAS IMAGENS DO MUSEU COLORADO:

Manga fenômeno
Arrancada de Tesourinha

A linha do tempo, logo na entrada 
A arquibancada dentro do museu












Vista da passarela superior


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