quinta-feira, 27 de agosto de 2009
cotidianas #83 - Amor Incondicional
O pai estava nervosíssimo na sala de espera da maternidade. andava pra lá, pra cá e nada do medico vir dizer "é menino" ou "é uma linda menina". Nada!
E aí que aparece o médico. Com uma cara não muito boa. Meio desolado.
-O senhor é o pai?
- Sim, sim. Sou eu! É menino ou menina?
- Antes de mais nada eu queria lhe dizer que seu filho nasceu com uma deficiência. Ele não é perfeito...
O pai interrompeu e disse:
-Não me interessa. É meu filho. Vou amá-lo de qualquer maneira.
- É bom que o senhor esteja sendo assim forte, positivo, porque seu filho nasceu sem os braços.
O pai que sempre sonhara com aquela criança, diz "Não importa. É meu filho e eu o amo. Posso vê-lo agora?"
O medico encorajado pelo amor do pai, se sente mais tranquilo para continuar:
- Que bom que o senhor é corajoso assim. Vai ser importante porque não era somente isso. Seu filho também não tem as pernas.
O pai meio que se entristece mas segue na sua determinação: "Amo minha criança de qualquer jeito. Deixe-me vê-la."
-Vejo que o sr. ama este bebê incondicionalmente e isto me faz poder lhe contar a verdade: ela também não tem o tronco.
Agora ele se abala. Pensa, respira fundo, enche os olhos de lágimas e novamente reafirma:
-Não importa. Nada importa. É meu filho e vou lhe dar todo meu amor independente de qualquer coisa.
E o médico, então:
- É admirável sua coragem, mas tenho que lhe dizer mais uma coisa... Não, não... O senhor está sendo um heroi, tão amoroso, que é melhor que o senhor mesmo veja.
O homem acompanha o medico, eles entram juntos na sala de parto onde a mãe ainda está segurando o filho.
O pai se aproxima e vê no colo da mãe apenas uma orelha. Fica estarrecido mas logo se recupera e despeja todo seu amor.
-Meu filho! Meu filho querido!
Ao que o medico interrompe e diz:
-Senhor, só vai ter que falar mais alto porque ele é surdo.
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