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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Bar Naval - Porto Alegre 27/09/09








O Mercado Público de Porto Alegre,
patrimônio histórico
Tive neste final de semana uma breve passagem pela minha cidade, Porto Alegre, na qual revi parentes, amigos e fui ao meu estádio, o Beira-Rio. Aproveitei também, já que em dado momento estava no Centro da cidade na hora do almoço e tendo que esperar meu irmão por mais uma hora, para ir em um dos lugares mais tradicionais da cidade dentro de um dos pontos mais significativos e históricos dela: o Bar Naval, dentro do Mercado Público.
A velha placa do Naval
Conheço o Naval desde que me conheço por gente e por certo o Naval me conhece antes que eu me conhecesse. Provavelmente, imagino, já com dois ou três anos de idade deva ter sido levado ao bar, até porque fui testemunha que minha irmã com menos idade foi apresentada ao Naval, provavelmente com menos de um ano.
Revi o proprietário, figura simpaticíssima e já parte da história da cidade, Seu Paulo Naval, amigo de longa data de meu pai que mesmo não me vendo há anos não esqueceu do gurizinho que era levado lá e sempre pedia a mesma coisa: chuletinha de porco à milanesa (inclusive ainda me trata por “gurizinho”).
O Naval, bar com 102 anos de história, sempre teve a característica de, mesmo com suas acomodações modestas e simples, receber as mais ilustres figuras da cidade além de visitantes importantes como Nélson Gonçalves, Gardel e muitos outros. Dizem que o ex-governador Olívio Dutra era cliente assíduo (e consta que seja chegado numa birita), que Lupicínio Rodrigues ia lá de vez em quando, atores do centro do país, jogadores da dupla Grenal – lá eu conheci pessoalmente Figueroa, o capitão do Andes do Internacional.
Pra manter a tradição comi, é óbvio, uma chuleta de porco à milanesa. O mesmo sabor de todos estes anos. Sempre que ia a Porto Alegre pensava em ir lá, visitar o Seu Paulo, falar das histórias do pai, almoçar lá e tudo mais, mas sempre deixava passar. Acho que paguei uma dívida comigo, com o Naval, com Seu Paulo, com a tradição e com a minha cidade.

Fotos de artistas nas paredes,
muitos inclusive que estiveram lá.



Eu com Seu Paulo.

Cly Reis

2 comentários:

  1. hahaha claro q lembro! Minha infancia! comecei a beber la ! heiheiei... nossa, como o pai AMAVA esse bar! Dividia o salario dele entre o Naval e o Valdecir!

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  2. Karine, Dã falando!
    O pai às vezes nem dividia a grana entre os dois botecos: teve vez que ele deixou TODO o ordenado no Naval. Lembras como a história terminou? O Seu Paulo socou o pai num taxi direto para casa e guardou, sem desconto de um centavo sequer, o salário do pai para que ele pegasse no dia seguinte - já mais sóbrio, claro.
    É, histórias do Naval...

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