Não sei se agradeço ou se amaldiçôo a meu “livro da vida”, o “1001 Discos para Ouvir Antes de Morrer” que cada vez mais faz aumentar minha discoteca. Meu espaço já está exíguo, minguado, quase acabando mas a minha bíblia dos discos sempre me apresenta alguma coisa nova fascinante.
Desta vez, estou eu lá percorrendo os “anos 90”, já no finalzinho -um dos últimos álbuns da década- e topo com um pessoalzinho que eu tinha ouvido falar bem por alto, de passagem mas que nem sabia do que se tratava. Aí vou lá e leio o que fala do disco: da mesma linha dos Chemical Brothers, com participação de Bob Gillespie do Primal Scream, com participação de Jim Reid do Jesus and Mary Chain, participação de Iggy Pop em uma que provavelmente é das suas melhores interpretações... Cara, que que é isso?
Aí fui eu lá ouvir os caras pra ver se era tudo isso mesmo e para minha agradável surpresa era melhor.
“Dirge”, a faixa de abertura, é uma sinfonia catártica que vai-se montando a partir de um doce cantarolado que vai se repetindo enquanto elementos vão se juntando na canção até que tudo culmine num êxtase instrumental.
“Soul Auctioneer” tem a marca de Bob Gillespie com aquele seu vocal relaxado e versos mal-encaixados, bem Primal Scream. “Death Threat” é outro dos pontos altos e assim como “Dirge” vai se montando aos poucos, mas aqui o ponto de partida é um efeito, um sampler, que acaba compondo uma base funkeada e que passa a ser o fio condutor desta música que remete claramente aos mestres do Kraftwerk por conta da utilização de sons de telégrafo como os de “Radioactivity”.
O insuportável mas genial Jim Reid dá sua grande contribuição a “Broken Little Sister”, conferindo aquele peso, aquela sonoridade do Jesus a uma base eletrônica que, por sinal, não soa como tal.
Iggy empresta sua voz, talento e carisma para “Aisha”, onde na verdade ele não canta, ele quase que declama, interpreta, se declara um serial-killer mas curiosamente sem toda a agressividade punk que o marcou durante toda a carreira. “Aisha” é um funk limpo, sofisticado, bem conduzido com uma linha de base muito bem escolhida.
Todas são ótimas, “Flying”, “Lever Street”, “Alladin Story” e a bela “Neptune City” que fecha com estilo o álbum.
Resultado: ouvi, adorei e foi mais um para a minha prateleira de CD’s.
Os espaços estão acabando.
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FAIXAS:
1."Dirge" - 5:44
2."Soul Auctioneer" – 5:59
3. "Death Threat" - 4:50
4."Flying" – 7:06
5."Aisha" - 5:54
6."Lever Street" – 3:39
7."Aladdin's Story" – 4:45
8."Broken Little Sister" – 5:18
9."Neptune City" – 4:43
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Ouça:
Death In Vegas The Contino Sessions
FAIXAS:
1."Dirge" - 5:44
2."Soul Auctioneer" – 5:59
3. "Death Threat" - 4:50
4."Flying" – 7:06
5."Aisha" - 5:54
6."Lever Street" – 3:39
7."Aladdin's Story" – 4:45
8."Broken Little Sister" – 5:18
9."Neptune City" – 4:43
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Ouça:
Death In Vegas The Contino Sessions
Cly Reis
Bá, Clayton, vou atrás, certo!
ResponderExcluirDã.