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sexta-feira, 15 de julho de 2016

cotidianas #448




Há momentos na vida onde tudo se esvazia. Onde tudo aquilo que um dia fora importante simplesmente deixa de ser. Todos seus planos, sonhos, valores e princípios se dobram e tudo que realmente vale é o presente. O momento. Singelo. Banal, na maioria das vezes. Porém, naquele instante, instante que só você reconhece, um novo significado é adquirido. O recorte de tempo que passaria desapercebido se eterniza em você. 
O quê? Uma dança. Sob as luzes vermelhas e o som alto. Cercado de estranhos indiferentes a sua epifania. Tudo que importa é ela. O jeito que ela se move. A forma como se envolve com a música. A maneira como é iluminada por aquele brilho transcendental. Você sente o coração apertar. Ela viola suas barreiras. Ela derruba seus muros e proteções. Cada movimento dela é um golpe a sua obstinação egoísta. Tudo para. Tudo se renova. Tudo se resume ao instante que ela lhe fita. E sorri. Uma fração de tempo que faz a vida valer a pena.






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