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domingo, 3 de outubro de 2010

"Baarìa - A Porta do Vento", de Giuseppe Tornatore (2010)



Fui assistir a "Baarìa - A Porta do Vento" de Giuseppe Tornatore (de"Cinema Paradiso") , na semana passada.
Bom. Competente e tal.
Mas comunzinho.
Tornatore nos conta a trajetória de uma família da Bagheria, na região da Sicília ao longo do século XX, suas dificuldades, a pobreza, o pós-guerra, a política, os amores, as alegrias e os dissabores, tudo com um fundo autobiográfico, mas se esforçando demasiado em nos emocionar. Chega a ser artificial o empenho em tocar o espectador, mas tenho certeza que a olhos mais despreparados e corações mais emotivos que o meu, deve atingir.
Não sei se está em pré-lista para o Oscar estrangeiro, mas se estiver, leva a estatueta. É bem ao gosto de Hollywood. Só faltava ser falado em inglês pra levar o prêmio principal.
Falando assim parece ter só defeitos. Não. Como comecei falando, é bom, competente e não se sai arrependido do cinema mesmo não achando lá toda essa coisa. Como programa, entretenimento, agrado pra 'patroa', vale.
A se destacar, além da conhecida boa mão do diretor, a fotografia excelente.

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Só pra não deixar passar, boa também é a pequena ponta de Monica Bellucci, sempre gostosíssima, sendo bolinada por um pedreiro e espiada pelos alunos de uma escola próxima a uma construção. Afinal de contas,Monica Bellucci é sempre Monica Bellucci, mesmo que por poucos segundos na tela.


Trailer "Baarìa - A Porta do Vento"




C.R.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Cinema Paradiso, de Giuseppe Tornatore (1988)




Hoje, no dia do beijo, nada melhor do que falar de um dos grandes filmes das últimas décadas, o belo "Cinema Paradiso".
O que que ele tem a ver com beijo?
Ah! A belíssima cena final na qual o protagonista, Toto, recebe o que o projecionista da cidadezinha, onde morou quando criança, havia deixado para ele antes de morrer. Sabendo da morte do amigo do cinema, Toto, já um homem, retorna à sua cidade natal para uma última homenagem àquele que, mesmo turrão, bravo às vezes, lhe incitara na paixão pelo cinema estimulando-o incllusive a ser um diretor de sucesso. Lá vem à memória suas lembranças de infância, alegrias e tristezas do lugar onde nascera e vivera boa parte da vida.
Na época, no cinema, o padre local fiscalizava, por assim dizer, as sessões de cinema, mandando parar as projeções e cortar das películas todas as cenas de beijo ou mais insinuantes, deixando, na época, a criançada doida de curiosidade para ver. Como um último presente ao garoto preferido, anos depois, o projecionista Alfredo deixa uma encomenda para que fosse entregue a Toto quando falecesse. E o que Toto recebe é uma edição com as cenas 'proibidas" do padre.
Cara, eu, apaixonado por cinema como sou, sempre choro na cena em que Toto vê o filme que Alfredo deixou pra ele. Lindíssimo.
Uma belíssima homenagem ao cinema. Filme de apaixonados pela sétima-arte.
Muito clássico, muito neo-realista, muito Rosselini, muito Fellini. Um baita filme!
Ganhou uma pá de prêmios por aí mas destaque, mesmo, é para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
"Cinema Paradiso" é um daqueles que tem seu lugar de destaque garantido na história do cinema.
Curta aí a cena dos beijos proibidos:



titulo original: (Nuovo Cinema Paradiso)
lançamento: 1988 (Itália)
direção: Giuseppe Tornatore
duração: 123 min
gênero: Drama




Cly Reis