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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

"O Espetacular Homem-Aranha", de Marc Webb (2012)





Assisti ontem a “O Espetacular Homem-Aranha” que de espetacular não tem nada. Ruim, ruim, ruim, ruim,... e eu poderia ficar escrevendo ruim ao longo do texto inteiro e ainda assim não exprimiria o quanto o filme é terrível. Com quinze minutos de filme eu já estava desesperado! Só assisti até o final pra ver onde é que aquela porcaria ia dar. Não tem nenhum ganho, benefício, vantagem em relação à franquia anterior dirigida por Sam Raimi. Pra que um remake (ou reeboot, chamem como quiserem) de um filme como este, de sucesso, que não decepcionou, que não deu prejuíííízo, tão cedo? Me diz? Sob o tolo pretexto de rejuvenescer o personagem entraram na onda dos ‘crepúsculos’ da vida e fizeram mais um filmeco juvenil cheio de briguinhas, conflitos, punhetas, namoradinhas e espinhas na cara e,... sinceramente, olha, eu não tenho mais idade pra isso.
Uma pena mesmo foi o promissor diretor Marc Webb, de "(500) Dias com Ela" ter se sujeitado a isso, a embarcar numa porcaria dessas, desperdiçando toda a capacidade que havia mostrado, por exemplo, de desestruturar um roteiro, de explorar as relações humanas, de conduzir bem as personagens, características estas que não passam nem perto desse tal “Espetacular”. É, Hollywood é assim mesmo...
Pra não dizer que não achei nada bom, a caracterização física do Lagarto ficou bastante boa, ganhando a dose certa entre o humano e o aterrorizante; e algumas cenas com câmera on-board no próprio aracnídeo mascarado que ficaram bem interessantes e deram uma dinâmica diferente, aí sim, criando algum diferencial em relação ao Aranha anterior, mas acho que o recurso poderia ter sido mais bem explorado e utilizado mais vezes. Só isso. No mais...



Cly Reis

terça-feira, 24 de novembro de 2009

"(500) Dias com Ela", de Marc Webb (2009)





Fiquei, dia desses, lendo um jornalzinho destes de sinal de trânsito, bem impressionado com o que se dizia do filme “(500) dias com ela”. Comédia romântica fora dos padrões tradicionais, fugindo dos clichês, The Smiths fora o elo de ligação inicial do casalzinho, sem um final exatamente feliz. Ôpa! Me interessou.
Fui ver o filme e ele é legal, mesmo. Nada fora do comum, mas é lagal.
Um dos principais méritos é a descontrução da linha da história, num ir e voltar dos dias (contados na tela) de modo a mostrar como as coisas ESTÃO em cada momento e não onde chegarão. Já sabemos no início do filme que ela acabou com ele. Não é novidade. O legal é a sensação que se dá pelos momentos da relação e, afinal de contas, tudo são momentos.
O termo “comédia romântica” que normalmente dá a se entender que há situações cômicas não corresponde exatamente à verdade. As situações acabam se tornando engraçadas, a gente acaba rindo do que até mesmo acontece toda a hora nas nossas vidas, ou aconteceu e que a gente acabou dando risada depois só que ali estamos diante desse espelho e é mais fácil rir dos outros. Na história, um rapaz com um perfil menos usual para homens mas ainda assim bastante comum - ramântico, sonhador, sensível - se apaixona por uma colega de trabalho que claramente tem outra visão de relacionamentos e é bem mais pragmática neste sentido. É lógico que em determinado momento estas visões, dentro de uma relação, vão entrar em choque e o mundo de quem é muito romântico acaba ruindo. O diretor constrói bem este personagem masculino principalmente por dois aspectos: ele é um arquiteto e de certa forma um artista e o todo artista é mais sensível, é mais propenso a este tipo de projeção, de idealização; além disso também tem o gosto musical, principalmente por Smiths, que é um dos ganchos para a aproximação do casal, e que por ter letras cheias de afetação, carência, sensibilidade, ajudam a formal o perfil do protagonista.
Outro ponto a favor do filme é que nesta “desordem” do roteiro, o diretor reconstrói situações em flashbacks, repete cenas mas com aquele detalhezinho a mais. E são estes detalhes que acabam completando uma informação, uma impressão, uma sugestão. Aliás diria que este é o principal mérito do filme: os detalhes. Comédias românticas tem aos montes por aí e de um modo geral elas são muito parecidas porque nós, homens e mulheres, somos muito parecidos. O jeito de mostrar a história, de filmar não vai variar muito. Ganha-se um pouco aqui, outro tanto ali com um roteiro, com tomadas ousadas, com uma película diferente, mas no geral é aquilo mesmo. O grande ganho do diretor Marc Webb foi ver, observar, se ater e nos colocar diante dos detalhes. Onde a coisa dá ou não dá certo, o porquê daquela pulga atrás da orelha, onde começa um romance com uma motivação boba ou com a coincidência improvável. Afinal de contas não é sempre assim? Não foi assim com você? Já não levou um fora que parecia sem motivo? Não ficou pensando porque fulano tinha mudado de atitude? Como você conheceu a pessoa que você ama? Tem cada história... E no fim das contas, todas são (quase) iguais.


Cly Reis