A melhor música de todos os tempos
Sempre lembro desta crítica do André Barcinski na ShowBizz quando ouço "Jesus Built my Hotrod" do Ministry. Exagero! Mas compreendo a empolgação do colunista ouvindo aquela loucura acelerada hardcore quase inconsequente, com o vocal bêbado e praticamente descontrolado do amigo e convidado da banda, Gibby Haynes, numa composição que curiosamente remete muito ao rock'n roll mais clássico lá do início de tudo.
"...com o walkman derretendo nos ouvidos, eu tenho a impressão de estar ouvindo a melhor música de todos os tempos"
André Barcinski, crítico musical, sobre "Jesus Built My Hot Rod"
Sempre lembro desta crítica do André Barcinski na ShowBizz quando ouço "Jesus Built my Hotrod" do Ministry. Exagero! Mas compreendo a empolgação do colunista ouvindo aquela loucura acelerada hardcore quase inconsequente, com o vocal bêbado e praticamente descontrolado do amigo e convidado da banda, Gibby Haynes, numa composição que curiosamente remete muito ao rock'n roll mais clássico lá do início de tudo.
O disco do qual faz parte, "Psalm 69" de 1992, já abre com a pedrada "N.W.O." com diversas inserções eletrônicas, aparecendo até um sample de uma fala do Bush-pai, compondo com as pesadíssimas guitarras e o vocal rouco rasgado, uma verdadeira avalanche sonora.
Segue com a igualmente pesadíssima "Just One Fix" com sua bateria estourando, "Hero" com sua levada bem hardcore e "TV II", um thrash metal aceleradíssimo que se interrompe para a entrada de um vocal berrado. O curioso é que, mesmo com toda essa fúria, "TV II" sempre me lembrou "Ego Sum Abbas", uma das partes de "Carmina Burana" de Carl Orff, por sua composição de interromper a melodia e entrar voz e assim continuamente; além de uma certa agressividade e "peso" que mesmo a composição clássica apresenta.
"Scarecrow" parece um longo sobrevôo de uma ave sobre uma presa com seus 8 minutos de duração conduzidos numa batida pesada e quase marcial.
A faixa título do álbum, "Psalm 69" é uma obra de arte de metal e industrial com sua mistura de elementos de música clássica, coral e metal . A introdução, como se fosse o côro do fim-do-mundo com camadas de colagens de vozes de pregações religiosas, é interrompida por uma estridente guitarra que entra de sola e introduz um vocal cavernoso entremeado por samples.
Depois disso ainda vem "Corrosion", outra tempesatade sonora, porém esta mais com ênfase na bateria, preenchida com samples, efeitos e um constante alarme nuclear ao fundo funcionando como base da música.
O álbum fecha com "Grace", uma sobreposição de efeitos e colagens que serve quase que como vinheta de encerramento de uma grande disco.
Não, não! "Jesus Built My Hotrod" não é uma música tão fantástica assim. Talvez para os padrões do que representa: metal, industrial, peso, etc. Não sei. Mas, graças ao Sr. André Barcinski, assim que Gibby Haynes começa a balbuciar no início da faixa, logo vem à minha cabeça "vai começar a melhor música de todos os tempos".
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FAIXAS:
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- "N.W.O." - 5:31 (Jourgensen, Barker)
- "Just One Fix" - 5:11 (Jourgensen, Barker, Rieflin, Balch)
- "TV II" - 3:04 (Jourgensen, Barker, Scaccia, Rieflin, Connelly)
- "Hero" - 4:13 (Jourgensen, Barker, Rieflin)
- "Jesus Built My Hotrod" - 4:51 (Jourgensen, Barker, Balch, Rieflin, Haynes)
- "Scare Crow" - 8:21 (Jourgensen, Barker, Scaccia, Rieflin, Balch)
- "Psalm 69" - 5:29 (Jourgensen, Barker)
- "Corrosion" - 4:56 (Jourgensen, Barker)
- "Grace" - 3:05 (Jourgensen, Barker)
Ouça:
Cly Reis