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domingo, 3 de agosto de 2014

"Genealogias do Contemporâneo - Coleção Gilberto Chateaubriand" - MAM (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro)





A fachada do MAM,
um dos prédios marcantes da
arquitetura moderna brasileira











Estive, dia desses, nas proximidades do MAM, e decidi entrar só pra ver o que tinha por lá de exposições abertas. Gostei especialmente da "Coleção Gilberto Chateaubriand - Genaelogias do Cotidiano", uma exposição permanente do museu que conta com obras de conta com obras importantes de alguns dos artistas mais significativos do cenário nacional como Portinari, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, entre outros. A exposição que é permanente no museu foi remodelada e reaberta recentemente com a inclusão de novas obras e agora subdividida em núcleos temáticos: "Brasil, visões e vertigens"; "Cidades partidas: conflitos e afetos"; "Corpos híbridos: identidades em trânsito"; e "Respirações geométricas".
Boa pedida para o turista que quiser conhecer o MAM, que por si só ja é uma obra de arte, e de quebra ver uma boa exposição, ou para um morador local, como eu, desavisado, que foi simplesmente visitar e deu a sorte de topar com uma exposição como esta, recentemente reinaugurada, com obras desse porte.

Abaixo alguns registros da exposição:





Entrada da exposição

"O vendedor de frutas", de Tarsila do Amaral

 "Paisagem de Brodowsi", de Cândido Portinari


"Urutu", Tarsila do Amaral


"Atire se Puder", Nelson Leirner


"Mesade Bar", Di Cavalcanti





esboço de Tarsila do Amaral para "A negra"

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Fazendo Turismo na Cidade Onde Vivo #2 - Cinelândia -Rio de Janeiro







Feriadinho de Nossa Senhora Aparecida ou de Dia das Crianças, como prefiram. Fui ao centro do Rio e aproveitei que estava vazio, quase civilizado, para apreciar melhor os belos prédios e a arquitetura histórica da Cinelândia.
O prédioda Assembleia Legislativa

O belíssimo Teatro Municipal e sua fachada recentemente restaurada

E a fachada lateral com os capiteis dourados nas colunas
A imponente Biblioteca Nacional

E o Museu de Belas Artes
No interior do Belas Artes,
 esculturas em mármore

Salas de exposição com as artes plásticas
brasileiras através dos tempos
Obras importantes da pintura nacional
('Baile à fantasia' de Rodolpho Chambelland)
E um painel fantástico de Di Cavalcanti


Cly Reis

quarta-feira, 4 de abril de 2012

cotidianas #150 - Milagre (II)


Maurino, Dadá e Zeca, ô
"Aldeia de Pescadores", Di Cavalcanti (1950)
óleo sobre tela
Embarcaram de manhã
Era quarta-feira santa
Dia de pescar e de pescador
Quarta-feira santa, dia de pescador
Maurino, Dadá e Zeca, ô
Embarcaram de manhã
Era quarta-feira santa
Dia de pesca e de pescador
Quarta-feira santa, dia de pescador
Se sabem que muda o tempo
Sabe que o tempo vira
Ah, o tempo virou
Maurino que é de guentar, guentou
Dadá que é de labutar, labutou
Zeca, este nem falou

Era só jogar a rede e puxar
A rede

************************************
"Milagre"
(letra: Dorival Caymmi)

Ouça:
"Milagre" - interpretação de João Gilberto, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

10ª Bienal do Mercosul – Memorial do Rio Grande do Sul (2ª parte) e Centro Cultural CEEE Erico Verissimo









Vídeo de Alfredo Jaar, no CCCEEE visto da calçada.
O “pedacinho” do Memorial que faltava, o qual havia comentado na postagem anterior sobre a Bienal do Mercosul, era, na verdade, um andar inteiro. Numa abordagem mais tecnológica mas sem desalinhar-se do recorte “Biografias da Vida Urbana”, traz mais vídeos e fotografias, mas também quadros e instalações aludindo a temas já vistos como arquitetura, urbanidade, cidadania, mobilidade, segregação, entre outros vários que se podem derivar. Embora com um pouco menos de coisas interessantes, o nicho superior traz algumas boas surpresas.

Uma das salas de projeção mostra um filme de Miguel Rio Branco exaltando a estética erótico-kitsch-brega do universo de prostitutas da zona, com música ao fundo, ruídos, sussurros, tudo aglutinado. Misto de Boca do Lixo e Derek Jarman. Também em vídeo, mas não separado de outras obras, um bastante interessante do festejado chileno Alfredo Jaar. Chamado “Times Square, April 1987: A Logo for America”, é um documentário em vídeo digital que mostra uma animação criada pelo artista à época e que, projetada em plena Times Square, questionava, no coração da Big Apple, a prevalência dos Estados Unidos como nação dominante e a identidade continental do ser americano. Isso, antes do Muro de Berlim cair... A mim, que não abro mão de me referir aos nascidos naquele país valendo-me do essencial prefixo “norte”, pois me considero tão americano quanto eles, a percepção de Jaar é pertinente e necessária. Ainda, o vídeo dialoga com a única obra exposta no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, em que, numa grande tela que dá para a rua, mostra as mesmas animações e ditos como “This is not America’s flag” ou, simplesmente, “America?”.

Obra de Britto Velho, 
sociedade do espetáculo x realidade
Em pintura, as duas contundentes telas “Pichação”, do gaúcho Frantz, de 1981, merecem destaque. Feitas à época de repressão Militar no Brasil, os fragmentos/suposições de palavras de ordem, como um manifesto dito pela metade por conta da censura, dão à obra um caráter documental e sociológico. De pintura tradicional ainda, outras duas do pernambucano Montez Magno, da série “Fachadas do Nordeste” (acrílica sobre cartão), desafiam-se a compor, através de formas geométricas, uma poética do objeto urbano. Outro gaúcho, Britto Velho, tem a sua condizente “Reflexões e Variações sobre América Latina” (acrílica sobre aglomerado), de 1977, espelhando as duas faces dicotômicas da sociedade: o que a mídia evidencia destacadamente e, bem próximo, logo abaixo, aquilo que se é de fato sob a “luz” da verdade.

Avançando um pouco na exploração das técnicas, o mexicano Felipe Ehrenberg, conecta-se com o fenômeno das “tribos culturais” da cidade e, por meio de estampa eletroestática a partir de uma colagem como matriz (1973 a 2001), compõe um tríptico que lembra por demais a estética dos fanzines punks. Sem sair da reflexão sobre a urbe, uma das boas surpresas foi encontrar, em forma plástico-visual, o poema-música do multiartista Augusto de Campos “Cidade City Cité”, parceria dele com o espanhol Julio Paza (1963-2015), que, paulistanamente concretista, preenche, dentro da extensão que compreende a grafia do “menor maior poema do mundo” –  como classifica o próprio Augusto – uma sugestão de metrópole, moderna mas superficial e acelerada, tomada de luzes indistinguíveis na noite da “unívora cidade”.
Qualquer semelhança com um fanzine
não é mera coincidência.

Mas minha maior admiração ficou por conta da gigantesca tela do pernambucano Cícero Dias “Eu vi o mundo... ele começava no Recife”, umas das obras-primas da pintura de todos os tempos. Elaborada entre 1926 e 29, com suas assombrosas dimensões de 1 metro e meio de altura por 12 metros e meio, é um dos mais importantes registros pós-modernismo e, para além dos escândalos da época por mostrar um nu (acreditem: a sociedade considerava depravada aquela bucólica imagem da uma mulher sobre o burro), um ícone da arte brasileira. Por meio de um traço estilizado, a exemplo de Di Cavalcanti, porém consideravelmente mais regionalista – os personagens de feições e vestes típicas, a predominância do ocre da luz da capital pernambucana na paleta – Dias segue impressionando com esse exuberante óleo sobre papel, técnica que o torna ainda mais louvável. Não só eu: à época de sua primeira exposição, em 1931, em São Paulo, Mário de Andrade, eterno coração juvenil, escreveu à amiga Tarsila do Amaral, em que sobram empolgação e exagero: “Aqui, grande bulha por causa do Salão em que o Lúcio Costa permitiu a entrada de todos os modernos, e o Cícero Dias apresenta um painel de quarenta e quatro metros de comprimento com uma porção de imoralidades dentro. Os MESTRES estão furibundos, o escândalo vai grosso, ouvi contar que o edifício da Escola de Belas Artes rachou...” Memorial do Rio Grande do Sul não rachou, não pelo que outrora fora escândalo. Mas que a bulha ainda é possível de se ouvir, ah! Isso é.

Vídeo de Jaar que dialoga com a instalação no CCCEEE

"Pichação", de Frantz, entre a arte e o protesto

Fachadas do Nordeste, poesia geométrica

Poema de Augusto de Campos em versão plástica


C
Partes do painel de Cícero Dias
"Eu vi o mundo... ele começava no Recife"