quarta-feira, 3 de janeiro de 2018
Música da Cabeça - Programa #40
Que tal começar 2018 expandindo sua cabeça 40 vezes com muita música? Pois se você topar, é o que você terá no nosso primeiro Música da Cabeça do ano, a edição comemorativa de 40 edições. Além de trazer os já tradicionais temas sonoros que nos acompanharam durante a semana, uma estreia assim tão especial não poderia passar em branco, né? Isso quer dizer que teremos quadro novo no programa de hoje! Sim! Sem falar da polêmica "Vai Malandra" da Anitta no "Música de Fato" e um "Palavra Lê" em homenagem à aniversariante Patti Smith. Tá bom ou quer que desenhe? É às 21h, pela Rádio Elétrica. Produção, apresentação e pinceladas: Daniel Rodrigues.
terça-feira, 2 de janeiro de 2018
A Arte do ClyBlog em 2017
Início de ano e a gente sempre faz uma breve retrospectiva visual do que estivemos aprontando, criando, transformando, parodiando, nas redes sociais. Desde as variações do nosso logo, passando por "versões" de capas de álbuns ou posters de filmes, chamadas para as seções do blog; e artes comemorativas para eventos e datas significativas. Abaixo, seguem então, alguns destes trabalhos só para a gente relembrar.
Foi ano do nosso nono aniversário e, é claro, teve arte comemorativa pela data |
E teve bolo pelos 9 anos do ClyBlog |
A nossa seção Cotidianas também teve comemoração: chegou a seu número 500 e o número inspirou a brincadeira com o filme "[500] dias com ela" |
Um blog dos irmãos Cly Reis e Daniel Rodrigues. Tudo se mistura tanto que quase não dá para saber onde termina um e começa o outro. |
Use-nos, por favor. |
É só uma fruta mas a imagem é extremamente provocativa ainda mais em tempos de tamanho patrulhamento da arte. |
ClyBlog altamente radioativo |
Tem alguma coisa alojada em seu cérebro. |
Rorschach |
Pode se animar, Chico |
As versões de posters de filmes clássicos. Aqui "Apocalypse Now" |
"O Ataque dos Vermes Malditos" também foi parodiado para nossa seção Claquete |
Escolha seu disco na seção Álbuns Fundamentais |
O ClyLive também ganhou novas chamadas. Esta com a imagem clássica de Freddie Mercury regendo o público no primeiro Rock in Rio |
Mais uma do ClyLive (energia da galera) |
As chamadas da nossa página de livros, a Lido. Aqui brincando com o filme "O Iluminado" |
A máquina de escrever inseto de "Mistérios e Paixões" |
Não há livros proibidos na nossa seção Lido. |
Logo alternativo para a seção Cotidianas |
A nova seção das Cotidianas que estreou em 2017, as Pílulas Surrealistas |
Mais Pílulas Surrealistas. Já tomou a sua? |
Daniel Rodrigues estreou este ano seu programa de rádio, o Música da Cabeça, e ele já tem seu espaço no ClyBlog |
O bom dia do ClyBlog para você |
Mexeu com um preto, mexeu com todos! O ClyBlog fez questão de lembrar o que é "coisa de preto" de verdade. |
Nos pintamos com as cores do arco-íris contra a intolerância sexual |
E. por fim, o Todo-Poderoso com seu controle-remoto do mundo, na Coluna dEle. |
C.R.
segunda-feira, 1 de janeiro de 2018
cotidianas #544 - Receita de Ano Novo
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
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"Receita de Ano Novo"
Carlos Drummond de Andrade
domingo, 31 de dezembro de 2017
12 Filmes de Ano Novo
Filmes natalinos são bastante comuns, desde gostosas comédias como "Esqueceram de Mim"; aventuras frenéticas como "Duro de Matar", terror de péssimo nível como o infame "Krampus"; até dramas europeus como o clássico "Fanny e Alexander" de Ingmar Bergman que tem seu momento de celebração de Natal. Mas, em se pensando nas festas de final de ano como um todo, os de ano novo são bem mais raros. Então o Claquete fez um esforço de memória e alguma pesquisa pra ajudar e trouxe aqui para vocês doze filmes marcantes de virada do ano. Alguns melhores, outros piores, alguns clássicos, outros bem dispensáveis, mas todos de alguma maneira emblemáticos dentro do tema.
Confiram então a nossa lista e feliz ano novo.
Talentos desperdiçados
num filme medíocre
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A antiga estrela Norma Desmond
com seus trejeitos e gestual exagerados.
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Gabriel Byrne encarna bem o belzebu
em "Fim dos Dias"
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A grande luta na noite de ano novo |
O ambiente pode modificar o homem? Este é o mote da aposta dos irmãos Duke.. |
6. "O Destino do Poseidon", de Ronald Neame (1972) - Na noite de ano novo, pouco depois da virada, um transatlântico de luxo, lotado de passageiros, é atingido por uma onda gigantesca e virado de cabeça para baixo, começa lentamente a afundar. Aí é quando um pastor cético, vivido por Gene Hackmann, e um policial acovardado, Ernest Bornigne, tentam conduzir outros poucos passageiros ao casco do navio (que está na superfície) onde talvez tenham alguma chance de serem vistos e resgatados.
Típico filme catástrofe bem característico da época, como "Inferno na Torre", "Krakatoa - O Inferno de Java", "Aeroporto 75", "Terremoto", e outros.
Tirnado um momento em que poderia ser mais ágil, "O Destino do Poseidon" é um bom filme e mantém a tensão o tempo todo depois do início da tragédia. Só cuidado para não enjoar. A câmera, em grande parte do filme, fica balançando angustiantemente, como se o espectador estivesse a bordo.
"O Destino do Poseidon" - trailer
O jovem Arnie é outra pessoa atrás do volante de Chritine. |
Na véspera de ano novo, Arnie chama o amigo Dennis pra dar uma voltinha na Christine e em meio a uma exibição de velocidade e imprudência, o amigo percebe o quanto aquela máquina maldita mudara o garoto que conhecera desde a infância. Prato cheio para amantes do terror e de rock'n roll uma vez que Christine adora ligar seu rádio por conta própria e tocar clássicos do rock.
O beijo da morte de Michael Corleone |
O atrapalhado mensageiro Ted vivendo
uma noite de ano novo um tanto agitada.
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10. "Boogie Nights - Prazer Sem Limites", de Paul Thomas Anderson (1997) - Um clássico imediato e um dos melhores filmes dos últimos tempos, "Boogie Nights - Prazer Sem Limites" é uma preciosidade. Impecável em todos os sentidos, roteiro, fotografia, atuações excelentes e uma direção primorosa, o filme traz dois planos sequência que só quem entende do assunto é capaz de fazer. Acompanhando a indústria pornográfica desde o final dos anos 70 e focando na vida de um rapaz que se torna astro do gênero Dirk Diggler (Mark Wahlberg), "Boogie Nights" também volta-se para outros personagens periféricos mas não menos interessantes e importantes dentro do contexto. É o caso de Little Bill, vivido por William H. Macy (espetacular no papel!), assistente do diretor Jack Horner (Burt Reynolds) que, casado com uma estrela pornô, convive humilhantemente com constantes traições da esposa, e não falo das atuações dela nos filmes, e sim de suas trepadas fora do set de filmagem.
Cansado daquilo, na festa de ano novo promovida por Horner, num plano sequência arrebatador, Little Bill entra na luxuosa casa de Horner, percorre os cômodos, pergunta pela esposa para os amigos e a encontra num quarto, mais uma vez transando com outro homem. Ele fecha a porta do quarto parecendo resignado, volta pelo mesmo caminho, chega ao pátio e vai até o carro. O espectador é levado por um breve momento a crer que ele, corno conformado como é, simplesmente vai ligar o carro e ir pra casa. Mas não. Ele se inclina, pega algo no porta luvas, não temos certeza mas logo percebemos que é uma arma. Ele sai do carro, volta pelo mesmo caminho, chega na porta do quarto e dali mesmo mata os dois. Só então a cena corta. Os outros convidados assustados correm para o local de onde ele sai com a arma e com uma expressão meio abobalhada no rosto. Ele sorri, mete a arma na boca e dispara.
Uma das grandes cenas da história do cinema e, sem dúvida um dos melhores e mais impactantes planos sequência já feitos e já que é o nosso tema, se passa na noite de ano novo.
"Boogie Nights" - plano sequência da Festa de Ano Novo
11. "Se Meu Apartamento Falasse", de Billy Wilder (1960) - Mais um de Billy Wilder e mais um grande filme. "Se Meu apartamento Falasse", vencedor de 5 Oscar, incluindo os de filme e direção, mistura com maestria drama, romance e comédia , abordando temas delicados como ética, adultério, depressão, suicídio, sem deixar o filme pesado.
Lemmon e MacLaine brilhantes
no filme de Wilder.
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12. "Harry e Sally, Feitos Um Para o Outro", de Rob Rainer (1989) - Não sou muito de comédias românticas mas essa, devo admitir, é das minhas preferidas. Provavelmente por seu realismo (sim, realismo) uma vez que em meio à comicidade que o filme se propõe, muito das situações vividas pelos personagens são baseadas em histórias reais, entrevistas, relatos de casais, terapeutas conjugais e amigos. Harry e Sally se conhecem desde que acabaram a faculdade e ele dá uma carona a ela até Nova Iorque. Num primeiro momento ele dá em cima dela, ela o odeia, se separam em Nova Iorque, se reencontram, tornam-se amigos, muito amigos, confidentes, compartilham amizades, apadrinham relacionamentos, servem de ombro um para o outro nas decepções amorosas, mas parece que a amizade acaba fazendo com que não percebam que o par ideal está ali, bem mais perto do que imaginam. O estalo ocorre exatamente na noite de ano novo quando Harry, entediado, anda solitário pelas ruas da cidade. Em meio à sua caminhada ele percebe que tudo que queria era estar com ela naquela noite. Ele então, como se o mundo fosse acabar, sai correndo em direção ao prédio onde acontece uma festa de ano novo na qual Sally está. Na hora da contagem Harry chega, faz uma das declarações de amor mais apaixonantes do cinema e finalmente eles acabam juntos. Foi spoiler? Não! O título do filme já entrega tudo: são feitos um para o outro. O grande barato do filme mesmo é curtir cada fase da vida e do relacionamento deles até chegar naquele momento. No quesito cenas de ano novo, a de "Harry e Sally" sem dúvida alguma, é um das mais marcantes.
"Harry e Sally, Feitos Um Para o Outro" - Cena Final
* também podem ser lembrados, "200 Cigarros", "O Dário de Bridget Jones", "O Primeiro Dia", "Os Penetras", "O Acampamento", Primeiro Dia de Um Ano Qualquer", "Uma Longa Queda", "Onze Homens e Um Segredo" (1960), "O Amor Não Tira Férias", "Sex And The City - O Filme", "O Expresso do Amanhã", Em Busca de Um Beijo à Meia Noite" e "Fruitvale Station" (se lembrarem de mais algum, deixe nos comentários)
por Cly Reis
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