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sexta-feira, 18 de junho de 2010

cotidianas #31 - "Mano a Mano"


*clique na imagem para ampliar

Mano a Mano
 Meu pára-choque com seu pára-choque
Era um toque
Era um pó que era um só
Eu e meu irmão
Era porreta
Carreta parelha a carreta
Dançando na reta
Meu irmão
Na beira de estrada valeu
O que era dele era meu
Eu era ele
Ele era eu

Ela era estrela
Era flor do sertão
Era pérola d'oeste
Era consolação
Era amor na boléia
Eram cem caminhões
Mas ela era nova
Viçosa, matriz
Era diamantina
Era imperatriz
Era só uma menina
De três corações
E então

Atravessando a garganta
Jamanta fechando jamanta
Na curva crucial
Era uma barra, era engano
Na certa, era cano
Na mão, mano a mano
Pau a pau
Na beira de estrada se deu
Se o que era dele era meu
Ou era ele ou era eu

Ela era estrela
Era flor do sertão
Era pérola d'oeste
Era consolação
Era amor na boléia
Eram cem caminhões
Mas ela era nova
Viçosa, matriz
Era diamantina
Era imperatriz
Era só uma menina
De três corações
E então

Então lavei as mãos
Do sangue do
Meu sangue do
Meu sangue irmão
Chão

de Chico Buarque e João Bosco
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"Mano a Mano" - Chico Buarque com João Bosco - 1984



Mano a Mano

Um comentário:

  1. Putz, muito lindo!
    Ó, Clayton, aquela do Adoniran que a gente falou no fim de semana, bem a cara do Cotidianas (com link do vídeo e tudo)
    http://letras.terra.com.br/adoniran-barbosa/188522/
    Dã.

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