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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

cotidianas #57 - (sexo sem nome)



- E então, posso saber agora o teu nome?
- Pra quê? - perguntou ela um pouco surpresa.
- Ué, Pra saber o nome dessa mulher maravilhosa.
Ela torceu a boca, franzindo um pouco o nariz e soltou um suspiro meio que pra controlar uma certa impaciência:
- Acho que é melhor deixar assim.
- Mas que mal tem? Só um nome.
- Olha aqui, garoto - disse agora já mais agastada - Eu não sei da tua vida, tu não sabe da minha: se tu tem namorada, se mora com os pais, se tem gato, cachorro, papagaio e tu não sabe se eu sou rica, pobre, infeliz no casamento, se saio sempre com garotões como você ou se só fiz isso hoje. Não importa! Foi só uma noite, foi só sexo. Foi bom pra você?
- Ô! - arregalando os olhos - Nossa você é simplesmente...
- Pois então! - atalhou interrompendo-o bruscamente - Guarda na memória só que em tal noite você conheceu uma mulher numa boate, vocês foram para um motel, tiveram horas maravilhosas e pronto - falava enquanto tentava localizar a calcinha pelo chão. - Nome é só nome e não faz a menor diferença. Me chama como quiser, me dá um nome qualquer: Clara, Mariana, Fernanda...
- Tu tem cara de Marisa - atirou meio rindo.
- Então tá: sou a Marisa. Bonito nome. Tá bom pra você? Agora levanta e se veste que eu tenho que chegar em casa antes das quatro. Vai, vai...



Cly Reis 

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