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sábado, 2 de fevereiro de 2019

Exposição "100 Anos de Athos Bulcão" - Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) - Rio de Janeiro / RJ








Consegui ir ver, no apagar das luzes, poucos dias antes do encerramento, a exposição de Athos Bulcão, no CCBB daqui do Rio de Janeiro. Em minha ida a Brasília, há dois anos atrás, já tinha podido apreciar muito de sua obra que está espalhada por toda a cidade, desde os painéis e relevos nos prédios oficiais, até as azulejarias nos conjuntos habitacionais, mas agora tive a oportunidade de, além de admirar toda sua ordem e geometria, conhecer trabalhos de estamparia, fotografia, cerâmicas, desenhos a grafite e até experimentações em recorte e colagem. O resultado da minha visita à exposição foi que minha admiração por este artista carioca que fez sua carreira em Brasília, e lá gravou seu nome com alguns de seus mais importantes trabalhos, só fez aumentar.
A mostra, aqui no Rio, acabou e se você não teve a oportunidade de ver, dê uma conferida em algumas imagens aqui no ClyArt.




A integração de geometria e natureza.
(Igreja Nossa Senhora de Fátima - Brasília)

O artista também foi homenageado por outros
em uma das salas da exposição

A forma humana estilizada com liberdade e maestria.

Esboço a grafite para máscaras.

Amostra volumétrica para máscara.


Espaço para os pequenos criarem.

O belíssimo painel "Lula"

Painel horizontal. ritmo, ordem e geometria.

Trabalho para estampa de lenço.

Os impressionantes trabalhos de fotomontagem
bastante surreais

Esta lembra acapa do álbum "Strange Days", do The Doors

Repetições e gravações sobre geometria.

A exposição também apresentou alguns
trabalhos religiosos do artista

Bulcão também desenhou indumentárias e estampas para
cerimônias e peças teatrais.

Outro belíssimo painel.

Os relevos, marca registrada de Bulcão.

Aqui uma detalhada paginação de uma de suas obras.

Eu diante de um painel vazado do artista.

Projeto, teste e resultado final do Sambódromo, no Rio.




Cly Reis






domingo, 25 de junho de 2017

Acervo do Palácio do Itamaraty - Brasília /DF









"Vândalos", podem destruir, tacar fogo em Brasília mas, por favor, não destruam as obras de arte guardadas naqueles palácios. Por favor! A arte não deve pagar por aquele bando de safados que atuam por lá. Brincadeiras à parte, muita gente não sabe mas alguns prédios do centro do poder do Brasil guardam valiosos trabalhos de alguns dos mais importantes artistas brasileiros e naturalizados. É o caso do Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, onde preciosos exemplares da arte nacional estão expostos. Nem todos os itens estão disponíveis para apreciação pública, uma vez que muitos são presentes de embaixada, outros requerem cuidados extremos pela raridade ou fragilidade e há ainda áreas restritas para as atividades diplomáticas, mas os que são permitidos ver já justificam plenamente uma excursão ao palácio.
Desde os jardins planejados por Burle Marx, a emblemática escultura da entrada de Bruno Giorgi, os relevos de Athos Bulcão, a escadaria helicoidal, até, enfim, a própria arquitetura magistral do prédio de Niemeyer, tudo é digno de admiração.
Não sabia? Pois é. Dê uma conferida abaixo em um pouco do que abriga o Palácio do Itamaraty. Mas, atenção, caso se interesse em visitar, não é só pintar por lá e ir entrando. As visitas devem ser, obrigatoriamente agendadas. Fique ligado.

***

Palácio do Itamaraty
endereço: Esplanada dos Ministérios, bloco H 
Eixo Monumental - Brasília / DF
visitação: seg. a sex. às 9h00, 10h00, 11h00, 14h00, 15h00, 16h00 e 17h00.
sáb. e dom. às 9h, 11h, 14h, 15h e 17h.

*As visitas serão guiadas e comportam até 15 pessoas por grupo de visitantes, devendo ser obrigatoriamente agendadas. O serviço de agendamento funciona apenas em dias úteis, de segunda a sexta, das 9h00 às 17h00 no local ou pelo e-mail visita@itamaraty.gov.br.


***

Logo à frente do prédio, o "Meteoro" de Bruno Giorgi

Ainda no exterior, os jardins de Burle Marx

No hall do térreo, o Polivolume
de configuração variável da artista Mary Vieira

Em detalhe a escultura de placas móveis de alumínio

As paredes do térreo tem os relevos do artista Athos Bulcão

As esferas do artista Darlan Rosa

Escultura integrando-se aos jardins internos
 de Burle Marx 

Esculturas de Omar Franco, também no térreo.

A impressionante escada helicoidal
de Milton Ramos e Joaquim Cardoso

Treliçado de Athos Bulcão
A incrível "Metamorfose" de Franz Weissmann que parece ir
transmutando-se conforme se percorre ao longo dela.

No segundo pavimento, as belíssimas tapeçarias orientais
com dois quadros de Portinari ao fundo

Na Sala D. Pedro, no teto a "Revoada de Pássaros" de Pedro Corrêa Araújo
com o imponente óleo da coroação de Pedro I, de Debret, ao fundo.

Em destaque, obra de Tomie Ohtake,
e mobiliário do séc. XVIII

O imenso painel de Burle Marx ao fundo da sala de refeições

"A mulher e sua sombra" da artista plástica Maria Martins

No terraço, esculturas entre os jardins de Burle Marx

As "Três Jovens" de Lasar Segall

"Duas Amigas", de Alfredo Ceschiatti
 também no terceiro pavimento

O Nu Deitado de Victor Brecheret

O blogueiro ao lado da obra
"Canto da Noite", de Maria Martins



Cly Reis
fotos: Cly Reis e 
divulgação Ministério das Relações Exteriores



segunda-feira, 13 de março de 2017

ARQUIVO DE VIAGEM – Caminho Niemeyer - Niterói/RJ – 04/01/2017




“Não foi difícil projetar para Niterói, porque esta é uma cidade de orla tão bela que possibilita a criação a céu aberto, como um itinerário cultural e religioso.” 
Oscar Niemeyer

Já havia ido duas vezes a Niterói por conta, obviamente, do Museu de Arte Contemporânea, o MAC, aquele monumento que a cidade carioca abriga. Entretanto, sempre tivemos curiosidade de conhecer também o Caminho Niemeyer, altamente recomendado por concentrar o segundo maior conjunto arquitetônico assinado por esse genial brasileiro depois de Brasília, e também por estes serem alguns de seus últimos projetos construídos. Aliás, Oscar Niemeyer nos é um dos fatores turísticos mais instigantes sempre que viajamos, e isso em várias partes do mundo. Embora conheçamos pessoalmente apenas algumas delas e apenas brasileiras, todo local que conte com construções suas, seja São Paulo, Belo Horizonte, Tel Aviv, Paris, Milão ou Nova York, são, se não pelo óbvio, destinos turísticos interessantes também por conterem obras do arquiteto em suas paisagens.

Pois é a paisagem litorânea de Niterói, beirada à Baía de Guanabara e a qual se contempla a cidade do Rio de Janeiro ao fundo, que faz cenário para o Caminho Niemeyer, que finalmente visitamos Leocádia, Carolina e Iara em nossa estada no Rio em dezembro. Ao todo, ali na Praça Popular de Niterói, são 3 prédios – sem contar com o administrativo, simples mas bonito: a Fundação Oscar Niemeyer, o Memorial Roberto Silveira e o Teatro Popular de Niterói. Mas ao longo da orla da cidade há também outros edifícios espalhados: o Terminal de Barcas de Charitas, o Centro Petrobras de Cinema e a Praça JK. Da catedral da cidade, que deve ser erguida, vimos o lindo projeto: um alto prédio que remete a um galero religioso.

O exuberante teatro com formar que
lembram o corpo feminino
Embora não tenhamos conseguido entrar em nenhum deles, visto que fomos num horário da manhã que não havia nenhum funcionamento, admirar os prédios e integrar-se com eles já vale a visita à Praça. O Teatro Popular é um desbunde. Com traços artísticos que lembram o curvilíneo corpo feminino, dialoga com outras de suas últimas obras, como o Museu Oscar Niemeyer (MON), de Curitiba. É o prédio que mais interage com a natureza da Baía entre todos dali, até pela proximidade com o mar. Isso se percebe tanto no foyer inferior, com pilotis espaçados que lhe conferem profundidade e amplitude, quanto no andar de cima, entre o mural com a marcha do MST e a entrada para o teatro. O desenho da bailarina, o mesmo do MON, está lá em impressão feita sobre os ladrilhos. Por falar no traço de Niemeyer, o espetacular mural, propositadamente incompleto, traz a ideia das transformações sociais ainda em curso em que o povo virá a protagonizar na ideia sonhadora do comunista Niemeyer. O Teatro traz ainda os vidros escuros que abrem “olhos” na arquitetura, mesmo material usado nos outros prédios, dando unidade ao complexo.

O Memorial Roberto Silveira lembra bastante a Oca do Ibirapuera, em São Paulo, e o Museu Nacional da República Honestino Guimarães, de Brasília, mas num formato menor, como uma pequena nave espacial branca ali assentada. Já o da Fundação Oscar Niemeyer – cujo conteúdo original fora transferido para a sede da mesma em Brasília, estando atualmente funcionando uma sessão administrativa da prefeitura de Niterói – foi possível subir a rampa curva e admirar o olho d'água logo abaixo, que dialoga com a Baía de Guanabara  (assim como, mais adiante mas dentro do mesmo complexo de obras, o MAC o faz novamente, porém espelhando do alto do morro a água do mar).

Não deu pra tirar mais fotos, que o sol começou a ficar castigante a certa altura, mas esses registros aqui dão noção do quão deslumbrante é.

Espaço amplo do foyer com vista para a cidade do Rio

Leocádia integrando-se à arquitetura do Teatro do Povo

Eu em frente ao belíssimo painel desenhado por Niemeyer em homenagem à luta no campo

Caminhando em direção à Oca

Na entrada do Memorial Roberto Silveira 

Mais um detalhe do fabuloso Teatro, as bailarinas, as mesmas vistas no MON, em Curitiba

Na rampa de acesso ao prédio da Fundação Niemeyer


texto: Daniel Rodrigues
fotos: Leocádia Costa, Carolina Costa e Daniel Rodrigues