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quinta-feira, 14 de março de 2013

Os Causo de Dois Morro - A Renunça



Ói que nóis tava sumido mas, dizque quem é vivo sempr’aparece, então aparecemo de novo.

Vim aqui pramode contá procêis dum causo que assucedeu-se lá em Dois Morro que eu si alembrei por causa dessa coisa toda de Papa.

Foi de uma vêiz que o Padre de Dois Morro arrenunciô.

Foi num domingo, antes da missa na catedrar de Dois Morro, a Igreja Matriz de Santa Espirgínia do Coração Divino da Boa Esperança, as família, as beata, os fiér, já tavo tudo lá drento, tudo sentado, quando o padre da diocese locar, Sua Proeminência Eclesielástica, o Reverendo Dom Alcebíades Schületta, nunciô, pr’espanto e surpresa de todos que aquela ia sê a úrtima missa dele. Que ele ia renunçá!

Mas aquilo causô um alvoroiço! Umas beata desmaiaro na igreja, outros se pusero a chorá, ôtras proveitaro e tiraro a ropa. Mas por que o Santo Padre de Dois Morro ia abandoná seu fiér? Por que??? Ele expricô que já tava muito véio, que tinha pedra nos rim, que tinha artrite, artrose, que num podia mais ficá se preocupando com os pobrema de dinheiro da diocese, que tinha ouvido uns pecado muito cabeludo e mais um monte de razonice. Mas ninguém aceitava. “Ai, o nosso padinho”, dizio eles.

Tentaro fazê ele mudá de ideia e chamaro um bando de gente pra tentá intercedê co'ele. Sei que não teve bispo, prefeito, banquêro, fazendêro, padêro, leitêro que convencesse Dom Alcebíades a mudar de ideia. Ele tava dicidido. Ia largar o Santo Orifício e, como ele mesmo disse, se recolher num cantinho fora da cidade.

Assim se deu-se: pela semana se chamô o antigo pároco de Capim Alto, cidadezinha vizinha de Dois Morro, Dom Diego Armando, pra tomá o lugar do antigo padre. A missa do domingo foi triste. Todo mundo tava’costumado com Dom Alcebíades. Demoraro um tempo ainda pra gostá do novo padre mas aos poco foro se afeiçoando.

Tempos depois fôro descobri que Dom Alcebíade, aquele sem-vergonho, tinha largado a batina por causa dum cacho que ele tinha.

Era um rapagão alto, loiro, ôio claro, uns 19 ano, com uns braço largo que parecia umas tora de madêra e uma barriga tão marcada que parecia uma mureta de tijolo à vista. Dizio que era surfagista, sufista, srufista... Alguma coisa assim. Vivero feliz por algum tempo té qui o moçoilo resolveu trocar Dom Arcebide pela Miss Anca-Larga, moça bonita, morena, zóio castanho, bem constituída... Fugiro pra capitar. Dom Cebíade não conseguiu superá o desgosto e se afundô na cachaça. Diz que foi achado morto com uma garrafa na mão num quarto cheio de fotografia de home pelado pelas parede. Que farta de pôca-vergonha!
 
 
por Chico Lorotta

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Os Causo de Dois Morro - A Revolução Maltrapilha



Lá em Dois Morro nóis também comemora uma data importante que nos enche de orgulho. É a famosa Revolução Maltapilha que assucedeu-se maizomeno lá por 1735 e ficô conhecida assim porque depois de muito bombardeamento do inimigo, as roupa dos sordado doimorrense ficaro uns verdadero trapo.
Naquelas época Dois Morro importava carne de profiteróle pro resto do mundo e os’panhol, de ôio grande, vendo que Dois Morro já era a maior potença navegadora e comerciadora daqueles tempo, resorveu de boicotá (e vacacotá também) as nossa importação da carne do bichinho. Se ajuntaro com os bretão, com os saxão e com os escandinávio, e broquearo nossos comerço co’zotros país. Ah, nóis se enfurecemo! Declaremo guerra co’ resto do mundo! Se armemo com o que nóis tinha mesmo: espeto, faca de churrasco, bodoque, bolita, as muié usaro as agulha de tricô e crochê e fomo pra luta. Enfrentemo o Império Romano, os Persa, os Mongol, os Sarraceno como nóis podia.
Foi difícer!
O confrito duro 10 ano. Déiz ano!!!
Té que, acuado como nóis tava, tivemo que recorrê às arma-química pra intimidá o inimigo: chamamo o Chico Bota-Queimada, demo pra ele uma janta com bastante batata-doce, ovo, repolho, feijão, aipim e a famosa carne do profiteróle, especialidade da região, e levamo ele pra linha de batalha. Viramo a bunda dele pro lado dos exército rival, saímo de perto e esperamo a coisa acontecê. Era só questã de tempo até a coisa toda se processá no estongo do desinfeliz. Quando ele sortô aquilo tudo...meu amigo... metade dos sordado inimigo morrero, a ôtra metade, meio tonta, pediu arrêgo. Ameacemo mandá ôtra carga e aí sim é que eles se borraro de medo. Levantaro as bandêra branca.
Sei que os rei, os líder, os imperador pediro descurpa, dissero pra dexá tudo num honroso empate e resorvero que ío vortá a comerciá com Dois Morro. Uma ova! Aí nóis é que num queria mais! Depois daquela desfeita que fizero co’a gente resorvemo nos separá do resto do mundo. Antonce que no dia 1° de Abriu de 1745 o General Pinto Seboso procramô a República Doismorrense.
E é desse jeito até hoje. Nóis separado de vocêis. Por isso que vocêis num encontra Dois Morro no grobo terrestre. Pode procurá. No mapa-mundo, no Gugol Ãrff, nas encicropédia. É porcausdequê, oficiarmente, nóis num faz parte mais do mundo.
E nóis tá bem assim.


postado por Chico Lorotta

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Os Causo de Dois Morro - As Olimpíada de Dois Morro




'Cês fico falando muito dessa tar de Olimpida de Lontra, Londra, Londre, sei lá eu como é o nome, mas ninguém nunca que se alembra que de começo, os premero jogos olimpinico fôro em Dois Morro.
Ééééé!!!
Teve os dos grego, que foi bem antes, mas mesmo naquele tempo, os maior vencedor já ero os doismorrense.
Mas os jogo das era-modérnica começaro lá pelos ido 1685, maizomeno. Dois Morro naquela época era a maior potença mundiar e o Comitê Limpico foi lá perguntá pro Coroner Ormenegirdo se podia de realizá os Jogo Olímpico na terra dele. Ele disse que podia mas só se fosse as competição que ele quisesse. Nada disso de marchatlética com home se arrebolando, ginástecartística com macho de colã, nem sarto ornamentar sincronizado que essas coisa são coisa de fresco. Os organizador num gostaro muito mas concordaro, afinar de conta naqueles tempo tudo o que o mundo queria era assistir a uma Olim Piada em Dois Morro e eles não querío desapontá os telespectador do nundo intêro.
Pois entonce que se assucedeu-se os Jogo.
A festa de iniciamento foi uma lindeza: foi no estádio do Doismorrense e tinha mais de 400 mil pessoa lá pra vê. Teve chôu forcrórico de Dois Morro, chôu de ranchêra, teve uma criôla lá, uma tar de Neyde Zys que cantô umas música esquisita e uns roquêro maluco uns tar de Os Cabeça que fôro convidado a se retirá do parco pois num tavo agradando. Depois entrou as comitiva dos país: da Pérsia, de Esparta, da Babilônia, da Mesopotâmia, da Alsácia, da Indochina, de Atrântida, de tudo que era país importante. Dispois o púbrico formava uns desenho com uns pedaço de papér colorido que cada um levantava, como tava todo mundo bêbado, uns não fazío junto, cada um levantava na hora errada, ôtros pegava o papér de ôtra cor,...Ih! Ficô um horror.
Até que lá pelas tanta, fartô luz no estádio. Aí que juntaro um monte de galho seco na parte de cima do telhado da arquibancada pra mode fazê uma foguêra ali e alumiá todo o campo, nisso o coroné mandou vir lá da fazenda dele um peão com uma tora acesa na mão pra acendê a tar da foguêra. Antonce que o empregado dele, o tar do João Baratona veio correndo com a o pau aceso na mão (num bom sentido, é craro). Quando ele entrô no estádio foi aquela empolgação! Aí ele subiu pelas arquibancada, subiu no telhado, enconstô o lume nos galho e acendeu a foguêra. Ninguém nunca que ia imaginá que aquilo ia sê tão importante  e que ia virá a tradição de leva a tocha e acendê a pira olímpica. Ah, e ficou conhecida como PIRA porcausdequê depois daquilo, com tanta correria pra acendê o fogo, o João Baratona ficou pirado e foi internado num manicômico; e a corrida dele, que foi de maizomens uns 42 quilômetro, ficô conhecida como maratona por conta de um amigo fanho que ele tinha que quando contava o causo o pessoar entendia maratona e não baratona.
Mas nas prova Dois Morro foi imbatíver: ganhou 140 medalhas de ôro, 45 de prata, 23 de bronze, 12 de zinco, 5 de cobre e 2 de níquer. Nos 100 metro raso batero o recorde com 8 segundo, 56 centésimo, 43 milésimo, 92 ésimo e 22 pentelionésimo. Foi só botá uma garrafa de pinga na linha de chegada que o Tinoco Ventania correu como um corisco pra chega lá e pegá ela. Já nos 100 metro fundo, ninguém venceu porque todos os competidor morrero afogado. Por falá em água, na nadação o Geraldo Tainha ganhô fácer na prova de uma vorta na sanga, na de duas vorta e vorta com revezamento; no salto ornamental sobre a sanga o Tião Pança levô a melhó com uma entrada de barriga que jogo água na pratéia intêra, já que em Dois Morro o critério pra vencê era espaia mais água possíver. Na vela, a Dona Eunice foi destaque riscando o fósforo, acendendo a vela, levando pro quarto do fio e apagando pra ele dormir em menos de 3 minuto. Já na catarrada a distância que ganho foi o Chico Roncoio. Primêro pigarreô, depois respiro, puxou lá do fundo da caixa e largô aquele catarro amarelo, bonito, lustroso, quase chegando no esverdeado. Adistnaça? 6m40cm. Ôtro recorde!
Ganhemo em praticamente tudo: bolita, pauzinho, bocha, jogo do osso, carrinho de lomba, truco. Um chôu dos desportista Doismorrense.
Aí vocês do Brasir ficom se contentando com 15 medalhinha... Fazê o quê? Atreta bão mesmo ero os de Dois Morro.
Mas ninguém valoriza. Hojendia ninguém mais lembra. Êta povinho sem memória.


postado por Chico Lorotta

sábado, 19 de maio de 2012

Os Causo de dois Morro - O Imperador Tiramizu



Dois Morro, no passar do tempo, já recebeu muita visita importante. Já fôro lá Napoleão Boaparte, John Leno, Cristóvo Com o Lombo, Tomás Édisso, e muitos ôtro. Té Jesus Cristo já foi lá e foi recebido pelo Prefeito da época, seu Epaminondas Fragoso da Rocha com toda a pompa e respeito que merecia.
Mas em 1736, se não me falha as ideia, teve uma visita que eu nunca que vô me esquecê: teve lá o Imperador Tiramizu, que era na época o Rei do JáBrioche, uma ilhazinha miudinha que despois cresceu e passô a se chamá JaPão.
Sei que o pessoar do tar do lugar apreciava muito a carne de profiteróle porque dizio que era melhor do que os pêxe deles pra fazê sushi. Nóis lá de Dois Morro não gostemo muito dessa coisa de comer profiteróle pra mijá meió, mas o home explicou que num era nada disso e que o tar do sushi era na verdade carne crua. Nóis não gostemo disso tamém mas... cada um com seus gosto, como já dizia a Dona Nilda, que gostava de comê ranho.
Sei que os japonêis visitaro as terra do Coroné Epaminondas, visitaro as plantação de presunto e as de ovo, tomaro Coca-Cola direto nas teta das vaca, ficaro tão impressionado com tudo que nem discutiro preço: compraro 100 tonelada de carne de profiteróle e levaro de barco.
Na despedida fizero uma churrascada pro imperador Tramizu no armoço, de tarde jogaro bocha e apostaro carrera em cancha reta, e de noite levaro ele e os puxa-saco dele pra zona pra conhecer as guria. Enxero os corno de pinga e não querío saber de pará de safadeza com as xina. Elas só se espantaro com o tamanico das minhoquinha dos jabriochês mas como eles tavo pagando bem e elas num tavo sentindo nada mesmo, deixaro os home se diverti.
Sei que no ôtro dia embarcaro tudo de ressaca e fôro simbora com o navio cheio de carne de profiteróle e pinga do alambique do Véio Bida.
Aquela noitada na Rua do Buraco Molhado com o imperador Tiramizu entro pros anal de Dois Morro.

postado por Chico Lorotta

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Os Causo de dois Morro - O maior estádio do mundo

Pelo que nóis andô sabendo aqui em Dois Morro vai tê Copa do Mundo no Brasir. Eu sube que tão recauchutando uns campo de futebor por aí. Hmm...
Minerão, Ponte Nova, Maracanão... Faço pôco!!!
Estádio mesmo é o Municipar.
Pôca gente sabe mas Dois Morro tem o maior estádio do mundo. Todo mundo fala de Maracanhã, Uêmbli... Tudo fichinha perto do Estádio Municipar de Dois Morro "Epaminonda Nepomuceno Neto”, que nóis chama só de Municipar, mesmo.
O Municipar de Dois Morro
meio mal conservado
No Municipar? Ah, cabe mais ou mens uns trêis Macarranã drento. Coisa linda dissivê.
E muito antes de se inventá essas coisa de arena murtiuso nóis já usava o Municipar pra gineteada, feira gropecuária, exposição de profiteróle, fandangada, matadôro, moter e ôtras cozas más.
O inauguramento do Municipar deu-se em 1886 num amistoso entre Doismorrense contra os Amigos do Arlindo Cachaça. O púbrico totar deu de mais de 500.000 pessôa. Ganhemo de 5x1: dois do Zuninga, um do Xinapre, um do juiz, um do bandeirinha, um do maqueiro, um do Beijoqueiro e um do gandula; o golo deles foi contra do nosso beque, o Morrão, que tava bêbado.
Cês acho que o Bombonera é calderão? É porque cês num conhecero o municipar. Procês tê uma ideia, o alambrado era tão perto do campo que o torcedor ali na ponta, perto da cerca é que batia o escanteio. As mulhé passavo as mão nas perna dos jogador que elas achavo bonito. Ééééé! Pressão totar!
Durante muitos ano o Doismorrense mandô seus jogo lá. Foi Dezacampeão nacionar, Tri da Conquistadores da Mérica (não por ter ganhado trêis vêiz, porque na vardade nóis ganhemo 6 título, mas a gente dizia que era tricampeão porque o time era tri bom) e 5 vêiz campeão mundiar. Depois nóis cansemo de tanto ganhá e encerramo o futebor profissionar. Hojendia o Municipar tá lá. Bandonado. Jogado às traça. Curpa da diministração incompetente do novo Perfeito, o Dr. Emiliano Vendelino. Ladrão, safado, senvergonho.
Com um poquinho de esforço e se não robasse tanto, podia tê levado a Copa pra Dois Morro. Era só dá uma ajeitadinha no Municipar e ele tava novo em folha.
Mas há de se fazê o quê?
Mas que era um tempo bão aquele que a gente ia no Municipar pra vê o Doismorrense jogá, isso era. Ia as família pro estádio, ia a piazada, ia os boi, ia os porfiteróle, os muffin. E o espetáclo era garantido: os craque do Doismorrense não decepcionava a gente. Sempre tinha no mínimo uns 3 jogador do adeversário com a perna quebrada. Aquilo é que era futebor bonito.
Ah, tempo bão.


postado por Chico Lorotta

segunda-feira, 19 de março de 2012

Os Causo de Dois Morro - Grandes nome nascido em Dois Morro


Pôca gente sabe mas Dois Morro é responsáver por grande número de gente importante e personalidade istórica.
Diz que Betovo também
seria um Doismorrense.
Mas sempre que alguém perguntava p'ele
se era ou não ele num ouvia,
entonce que persiste a dúvida.
Em Dois Morro, por ezempro, nasce o grande compositêro Chico Buraco de Dois Morro. Ééééé! Não sabio? Pois é! Tão estranhando o sobrenome? Mas o que se assucedeu-se foi o seguinte: o Chico namorô uma tar de Yolanda, alemoa bozuda lá das colônia, si enloqueceu por ela, si enrabixou com a xina e mudô o nome pra Chico Buraco d’Yolanda. O que uma potranca não faiz com a cabeça dum homi...
Marilin Mão-Rói tomém nasceu lá. Sim, senhor! Essa alemoa tinha mania de roê as unha. Roía, roía até ficá em carne viva. Por isso o pessoar da cidade chamavo ela assim: Marilin Mão-Rói. Era tão nervosa que dispois passô a tomá uns remédio e morreu-se por causa disso.
O tar de Aírto da Sirva que corria umas carrera de cancha-reta lá pelas grota e um dia ganhou na Mega-Sena e passaro a chamé ele de Airto Senna; tinha uns metido a artista: o tar do Van Grogue, um maluco que pintava uns quadro tudo esquisito e qui era chamado assim, de Grogue, porque vivia sempre tragueado. Bebia tanto, tanto qui um dia tentando fazê as barba, errô e cabô tirando um do zovido; e ôtro sujador-de-parede que nasceu pras nossas banda lá foi o tar do Miguel Ângelo. Um pintorzinho assim meio mais ou meno, que pintô o teto da igrejinha de Dois Morro. Té qui não ficô muito feio.
Ah, tem tamém o Chega-e-espirra que escreveu aquele conto sobre a goiabada com quejo chamado “Romeu e Julieta” e ganhou esse pelido porcaus'deque tava sempre pestiado e já chegava na cas dos ôtro espirrando; tem tomém o Graão Béu que invencionô o telefone celulósico; a Cleópa aquela bonitona que foi mora nos Egípcios; o Curto Cabaia que era um guri que cantava uma música barulhenta chamada "Cheira a Catinga Juvenir" e que, como era cobaia, morreu-se numa experiênça de atirar no própio quengo só pra vê o que 'contecia; O Napoleão que era um maluco que vivia dizendo que era Napoelão... Ah, muita gente buena!
Como cês pode percebê, Dois Morro tem paper fundamentar não só na ciênssa, como nas arte, como na conomia e em todos os campo da história da umanidade.
Mas o grande nome mesmo da hestória de Dois Morro e até mesmo da humanidade foi José Maria Catulino Azambuja Nepomuceno de Almeida Soares Santos Silva da Silva Zung Tsei da Silva Roosevelt Czrlyck Pereira Ferreira Macieira Pedreira Moreira Oliveira Arantes do Nascimento da Anunciação Cambraia Zuninga Xinapre Rodrigues Brasileiro Doismorrense de Orleans e Bragança.
Grande nome.
Mas nóis chamava ele só de Tico.
Mas que era um dos maior nome da estórea, isso era.

postado por Chico Lorotta

segunda-feira, 5 de março de 2012

Os Causo de Dois Morro - O doismorrês


Um curiosamento bem normar entre as pessoa que num conhecia Dois Morro antes das minha mui útel informação, é sobre o ideoma que se fala lá, até porcausadequê Dois Morro é um dos berço da civilização.
Que ideoma se fala em Dois Morro?
Se fala o doismorrês! Lógico!
O doismorrês veio incrusives antes do latim, se tu queres saber.
Na verdade veio depois. Porque o causo foi o seguinte: o Sargento, que era o guaipeca do compadre Onório, num parava de latí, num tinha Deus que fizesse aquele bicho endemoniado calá a boca.
Foi que daí saiu o compadre Onório de dentro da casa, podre de bêbo. Mas podre, podre meso, podre pramaidimetro e xingou o coitado do bicho até não poder mais. Só que tava tão borracho que falava dum jeito nóis nem entendia uma palavra do que o Cristão dizia. Aí que a piazada, achando graça, começô a imitar o falamento dele, e de tanto brincá com aquilo, acabaro costumando e quando viu, tava todo mundo em Dois Morro falando daquele jeito que o Onório tinha inventado. Ficô tipo, como se diz, um dialético. Primero se chamou-se onorífico, porcaus'que foi inventado pelo Onório, mas dispois como quem falava era só as gente de Dois Morro, ficou chamando-se doismorrês. Linguajar esse que predececeu, inscruzive o latim e foi a orige da língua brasilêra.
Aí que a gente diz que depois do latim... do cachorro, veio o doismorrês, que foi o linguamento do compadre xingando o anemar.
E daí surgiu os outro falamento de língua do resto do planeta, umas fala estranha, umas coisa esquisita, mas importante meso pra Héstória da humanidade foi a invenção do doismorrês.
Entendêro?

postado por Chico Lorotta

domingo, 8 de janeiro de 2012

Os Causo de Dois Morro- O causo do Carzeduardo


Si alembrei agora de contá um causo que se assucedeu-se lá em Dois Morro.
Um causo feio.
Coisa de infidelização.
De traimento de muié.
Causo de guampa, mesmo!
Foi o famoso causo do Carzeduardo.
Pois foi que o Carzeduardo, home simpres, graduado nas lavora da vida, trabaiadô, casô com a Infingênia, moça pura, de famía. Festança ingual Dois Morro nunca mais viu...
A moça? Era virgi (pelo menos no signo), daquelas que o pai, Nhô Venceslau não dexava relá os óio antes de trocá as aliança.
Despois do casório, ali pelos 8 meis e umas semana nasceu o primogênito. Todo mundo falava no tar de primogênito, que Infingênia sismô que o nome do pobre ia sê... Primo Gênito Soares de Souza Santos.
E assim foi o início do amor de Carzeduardo e Infingênia. Bonito!
Mas os ano passaro, os fio viero e cada ano a famía ia ficando mais grande. Infringênia sem tê mais muito gosto por Carzeduardo, si interessô-se, pelo vizinho, home forte de peito cabiludo, O Arcide.
O Arcide, bem que já dava umas oiada pra Infingênia sempre que sentava na escada da casa pra corta as unha dos pé. Coisa que fazia religiosamente a cada mêis.
Foi, que foi, que foi, que Infingênia acabô sismando com o tar Arcide, e se inventô de traí o pobre do Carzeduardo, que só sabia trabaiá nessa vida e já num comprarecia na lavoura dela fazia horas.
Chegô um momento que Dois Morro intêro tava sabendo. só o tapado do Carzeduardo que não. Mas um dia, um amigo de Carzeduardo, o Cecílio, já cansado di tanta da senvergonhera se inventô de alertá o amigo.
O amigo se aprochegô pro Carzeduardo e falô:
- Carzeduardo, tua muié tá te traino co'Arcide.
- 'Magina! Ela num trai eu não. Tu tá inganado.
- Carzeduardo, Toda vêiz que tu sai pra trabaiá, o Arcide vai pra tua casa e Ó... mete o espeto nela.
- Duvido! Ele num teria corage.
- Mai teve! Pode cunferi.
Brabo com o que o amigo andava pensando da muié dele e disposto a comprová a pureza da prenda, o Carzeduardo sescondeu dentro do ropêro e ficou olhando pela fresta da porta pra vê si era verdade. E comprovando o que o amigo dizeu, não demorô muito pra vê a Infigênia levando o Arcide pa dentro do quarto pra começa as sacanage.
Ele nem esperô até o finar da safadeza. Saiu, foi pra rua e por acaso encontrô com o amigo, aquele mesmo que tinha le dado o serviço. O Cecílio então quis sabê o que tinha aconticido.
E então, com os óio pregado no chão de tanta vergonha, o Carzeduardo contô:
- Foi terrive di vê! - falô quase chorando (QUASE, porque home doismorrense num chora)
E continuô:
- Ele jogô ela na cama, tirô a brusa...e os peito caiu. Tirô a carcinha...e a barriga e a bunda dispencaro...Tirô as meia...e apariceu aquelas varizaiada toda, as perna tudo cabiluda... E eu dentro do ropêro, cas mão na rcara, só pensava "Ai...qui vergonha que tô do Arcide!".
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Coitado do Carzedurado!
Mas essa coiza são assim, mesmo.
Afinar, guampa é que nem consórcio, né? Mais cedo ou mais tarde tu é agraciado com o 'prêmio'.


postado por Chico Lorotta

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Os Causo de Dois Morro - A Crise na Grécia

Teve uma ôtra vêiz, há mutcho tempo atrás, que a tar da Gréça teve com uns probrema de finança que nem que agora. Aí que como naquela época a maior potença mundiar era Dois Morro, antonce que resorvero de vim pedi dinhêro por Coroné Agripino Roncoso. Veio o presidente deles na época, um tar de Péricles. Trôxe co'ele uma comitiva: veio o ministro das economia um tar de Pitágora que sabia fazê umas conta esquisita; o ministro da curtura um tar de Tony Platão que ixcrusive tocava num grupo de rocque; o ministro dos esporte, o tar de Sócrates, um ex-jogador que gostava de entorná uma 'mardita' que não era brincadêra; e o tar de Ésquilo que na verdade era só um bichinho de estimação da delegação.
Sei que o fulano esse o Pitágoras veio cheio de cárculo, cheio de conta, mostrô uns teorema, tudo pra justificá o tamanho do empréstimo que eles querío do Coroné.
O Coroné queria umas garantia, né. Vai emprestá dinhêro presses gringo e depois eles num devorve. Eles dissero que num tinho como dá garantia, que o Coroné 'creditasse na palavra deles e coisa e lousa. Aí que o Coroné Agripino se alevantou-se e falou pros greciano, entonce:
- Os senhor sabe quantas cabeça de profiteróle eu tenho na minha fazenda? Os senhor sabe quantos hectár de presunto eu planto aqui? Pr'ocêis vim me pedir essa fortuna e num deixá nada da garantia.
O tar do Sócrates já meio, mais pra lá do que pra cá, entonce respondeu co'aquela frase que ficou conhecida, "Eu só sei que nada sei", falô meio grogue.
E o coroné continuô:
- Eu não quero sabê quem é essa tar de Hipotenusa, se o senhor tem 2 ou 3 cateto e se eles são quadrado ou redondo. Não vão levá um centavo dessa fazenda e pode í se arretirando.
O tar de Péricles ainda tentou argumentá arguma cousa:
- Mas, Doutor Coronel...
- Não tem mais nem menos. - interrompeu o Coroné já exartado. E arrematô levando a mão ao revórve- Eu tô falando grego por acaso?
Foi o que bastô.
A comitiva gregária botô o rabinho no meio das perna e vortaro lá pr'aquela cidade cheia de TV a cabo, a tar da cidade de Antenas.
O que se viu-se foi a premêra crise econômica na Gréssa. foi tão sério que o tar Sócrates se suicidô-se com um veneno de nome estranho; Sófocles morreu soflocado; o povo só tinha peloponesos pra comê; e as obra púbrica ficaro tudo parada desde entonce. Os anfiteatro, o Partenon, por exempro, as obra ficaro sem terminá 'té hoje. A cidade tá parecendo uma ruína.

postado por Chico Lorotta


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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Os Causo de Dois Morro - Roque in Dois Morro



Tá se falando muito desse ter de Rock in Rio mas, é que esse pessoar de hoje tem memória curta e não se alembra que o maior evento desses que já teve foi o Roque em Dois Morro. Aquilo sim é que foi festivar!
Foi-se no sítio do compadre Jesuíno. Ele emprestô uma parte da pastage prumas gurizada dessas que gostava dessas música barulhenta fazê lá os tar de show.
As gente da cidade de começo fêiz poco caso da festança porque o negócio deles mesmo era fandangada, mas aos poco fôro se costumando co’a ideia, fôro ficando curioso e no fim das conta quando foi de tê os espetáclo, tava todo a indiada e todo o chinaredo lá. Foi cousa linda de se vê. Devia tê, só no pátio do compadre Jesuíno, uns vinte milhão de pessoa. Gente até adonde as vista arcançava. Isso sem sem fala nos bicho. O que tinha de besta, viado, vaca e galinha era uma grandeza. Os da fazenda do seu Jesuíno, é craro!
Se presentaro no festivar uns pessoarzinho meio esquisito, uns estrangero lá das estranja dos Iuésssei, uns gringo que falavo enrolado e podio até tá chingando nóis, mas como nóis num entendia nada, só dancemo e pulemo.
Tinha uns lá que era os Metálico, que ero o pessoar que trabalhava na siderúrgica e que resorvero montá um grupo, mas era um troço mui barulhento; tinha a Neide GaGa  que era uma véia que levava esse pelido porcausdeque já tava  tão esclerosada que já tava té usando umas rôpa mutcho da esquisita ; tinha os Hot Dog Xis e Pepsi que era a turma lancheria da esquina que se ajuntou também pra fazer um som; o Feijans‘n Arrozes que era o pessoar que fazia as colheta dos grão;  o Barrão Vermelho que era o pessoar da plantação de beterraba; uma tar de Carla Leitte que trabaiava nas ordenha; a Ri-Ana que nas verdade só se achamava-se Ana, mas como que ria mutcho, o pessoar começô a chma´ela assim; tinha tamém o Ramiro Cai, um rapaz que tava sempre tomando uns tombo, e mais um bocado de gente. Mutcha gente boa.
Sei que o festivar foi um sucesso. Mutcho, secsso, mutcha droga e mutcho roquenrrou! Depois um empresário quis fazê ôtro lá e pediu de novo o sítio do compadre, mas o véio Jesuíno não ia querê aquela rapaziada fazendo senvergonhice e usando tóchico na fazenda dele de novo. Aí acabô que não teve ôtro festivar. Só sei que o empresariador esse, levô o evento pra cidade do Rio de Janêro e virô o tar de Rock in Rio, mas que não chega nem perto do de Dois Morro.
Antes já tinho tentado fazê um ôtro mas um mar-entendido acabô por impossibilitá o evento: foi que um empresariante interessado chegou pro dono da venda, o seu Valério, que tava disposto a botá dinheiro, e falô pra ele bem assim: “a gente podia fazer um festival de rock, podia fazer aqui o Woodstock”, aí o seu Valério, o comerciante respondeu, “o do estoque acabou. Não vai dá pra fazê” e o moço que queria fazer o festivar, desistiu, fêiz em ôtro lugar. Acho que foi lá pras banda dos Estadozunido.
Pra vê como são as coisa...
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Tem uma ôtra versão que diz que na verdade o Roque em Dois Morro foi um dia que o Roque Santêro, o Roque Júnior, o Roque SantaCruz e o Roque do pograma Sílvio Santos visitaro a cidade. Mas vai se sabê. É difícer acreditá em tudo o que esse pessoar fala por aí.

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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Os Causo de Dois Morro - O Casamento Rear

Tão falando muito desse casório desse prince das Inglaterra com essa moça aí, mas festança bonita foi a que teve nas núpcia do filho do Coroné Durvalgino de Freitas com uma moça lá das grota. Foi cousa mui linda de se vê!
No início os pai do moço num querío sabê de junção com aquela rapariga porcaus’ que ela num era de família respeitada, de família enriquecida, num tinha um torrão de terra, e de mais a mais o Coroné Durvalgino fazia gosto que o filho se casasse com a Maricotinha, filha do Coroné Tertuliano da Silveira, da cidadezinha vizinha, dali do lado, chamada Cidade Vizinha.
Mas o guri, o Duílio, teimoso que era, cabeça-dura, insistiu que queria pra marida a prenda da roça, a tar de Kátia e começou a passeá com ela pela praça, levá na egreja, levá pra montá de acavalo, até que o pessoar da cidade foi se costumando, começo a gostá da moça e logo, logo todo mundo, até os pai dele, já tavo gostando da guria e tinho aprovado o matrimoniamento.
Antonce que começaro os preparativo: Seu Durvalgino queria que fosse um casório de marcá época, de fazê inveja a quarqué casamento das Corôa Britânia; até porque ele por mais que vivesse com a Dona Das Dor há 38 ano, na verdade nunca tinha se casado assim, de verdade mesmo, de paper passado, véu-e-grinarda. É que porque quando os dois era mais novo e resorvero fazê a vida junto, à revelia do pai da moça, Seu Durvalgino tiro ela de casa, lá em Riozinho Estreito, onde a Das Dor morava. Aí que fugiro pra Dois Morro e ali ele se estabeleceu-se, criô profiteróle, planto presunto e encheu as burra de dinhêro; mas sempre ficô com esse desgosto na vida de nunca tê casado, entonce queria que o filho tivesse a melhor festa de casório daquelas plagas e de quarqué redondeza que se tivesse notícia.
Aí, como todos sabío que o Seu Durvalgino e Dona Das Dor, só erro ajuntado, o casamento do menino Duílio e da moça Kátia ficô conhecido como o casamento rear, porque esse sim era de verdade, já que o do pai dele não tinha sido bem um casamento legalizado, jurisdicado e catolificado. Esse sim era um Casamento Rear!
Mas a cerimônica foi mui linda! Aconteceu na catedrar de Dois Morro, que é mais ou menos do tamanho da Brasílica de São Pedro, aquela dos Vaticano. O guri Duílio entrô de bombacha e lenço colorado no pescoço, a chinoca, pra seu lado, com um vestido de chita branco com umas renda bonitaça que dava gosto de vê. A cousa foi ligêra porque o Seu Durvalgino mandô o Padre apressá aquela ladainha pramodequê os peão já tavo preparando o churrasco e os convidado já tavo azur de fome; então foi que Sua Reverendíssima foi direto pros sim, pros não e pros aceito e foi-se todo o povo da cidade pra churrascada na fazenda do Coroné.
Sei que o Coroné mandou matá 508 boi pro churrasco. Mais 3200 galinha, 220 porco e um milhão e duzentos profiteróle, que, não sei se cês sabe, tem uma carne mui da saborosa.
As gente se empanturraro tanto, tanto que dispôs o esgoto de Dois Morro mal dava conta de tanta bosta, mas isso não tem desimportância, o que vale é que a festança foi daquelas de guardar nas memória: muito chopeidança, muito risada, muita briga de facão e muito emocionamento. Lindo foi vê o Duílio e a Kátia dançando uma ranchera de casamento ao som da cordeona do Vicente Bagual. (Me vem água nozóio só de alembrá).
O casório foi às maravilha, a festança mui linda, mas as coisa não ficaro lá muito bem dispois não. Pois bem que o pai do Duílio tinha implicância com a guria, que não demorô pra botá as asinha de fora e se mostrá uma baita duma sirigaita, sempre de assanhamento pros peão e pros gaudério da região. Não tardô pra cidade inteira ficá sabendo que o Coroné tinha então mais uma cabeça de gado pra criação dele: a do próprio filho.
O Duílio não agüento o humilhamento e uma noite bebeu, bebeu e se afogo na sanga. Como o casamento era de divisão de bem, a china ficou com todas as propriedade que tavo no nome do rapaz e ainda deu um gorpe e tirou o que era do véio Durvalgino que saiu da cidade e hoje vive ali pertinho em Gloriópolis, sempre bêbedo, atirado pelos canto que nem um mindingo. Quando ele conta ninguém acredita que ele já foi muito rico e dono de terra. Nem dão confiança quando ele conta do casamento que deu pro filho e que não foi casório de mentirinha que nem que o dele. Foi um Casamento Rear! Rear!

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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Os Causo de Dois Morro - A verdadeira história do Menino Jesus


A despropósito de Natar, pôca gente sabe mas na verdade o tar de Menino Jesus nasceu mesmo em dois Morro. Não se chamava-se exatamente Jesus mas na verdade Jesuíno. Jesus foi apelido que os ôtros menino botaro anos dispois no coléjo, mas isso não tem desimportância: o qui importa é que é doismorense de nascimento e lavradura.
Pois é!
Naquelas época de muito coronelismo romano, o Coroné Herodes da provinciazinha de Nova Belenzinho, ali logo do lado de Dois Morro, ficô sabendo dum disse-me-disse que um tar de Gabrier andava espaiando ia nascê uma criança que ia de sê o Sarvador. Achô já que isso de Saravadô era coisa de reforma agrárica, ortográfica, pornográfica e mandou os home dele atrás de tudo que fosse casar que tivesse cria pra nascê nos dia dali seguido. Mas o peór é que não era nada diss'que o coroné tava pensando: era mais que o guri que ia rebentá era cria do seu Zé Sarvadô e da Dona Maria Sarvadô, antonce que de todos jeito só podia sê um Sarvadô, oressa! Mas ele não quis nem sabê e fez e aconteceu com as famía dos recém-nascido.
O seu Zé e a Dona Maria que num ero bôbo nem nada, dexaro caí a noitinha e se bandearo lá pra Dois Morro, lá por perto das meia-notche do dia 24 de  dezembro a Dona Maria Sarvadô começô a sentí as dor. Tivero que parar num garpão, num celêro ou argo assim, no arto do morro da direita e foi ali que nasceu o Jesuíno Sarvadô. Piá bonito que nem um tordilho, gordo que nem um leitão.
Dali a pouco dispois do parimento chegô uns moço que já tavo meio "alterado"por caus'duns tochico que tinho usado, e que vinho com umas conversa que tinho seguido uma estrela que mostrou pra eles onde ia nascê um tar de Messia e biriribororó. O seu Zé não gostô dessas história de Messia e disse que já tinha decidido que o nome ia sê Jesuíno e que era assunto encerrado. Um dos moço tentô se explicá dizendo, "Quê isso, magro? A gente não tá querendo mudar o nome do teu guri! Fica na boa, magro!". E de tanto magro pra lá, magro prá cá (e como parecío meio afrescalhado os trêis), ficaro conhecido dispois como os Três Gays Magro.
Só sei que os magrão trussero uns presente meio esquisito: um deles, tá bom, até trôsse ôro. Ôpa!, ôro ninguém dejeita. Mas, agora, os ôtro fôro inventá de dá pro seu Zé incenso e mirra. Pra quê???
O seu Zé largô-lhes os cachôrro:
- Vai acendê esse palito fedorento na casa da tua mãe e tu vai dá mijo pra putaquitipariu!
E não adiantô nem o magrão tentá explicá:
- É mirra, magro, é mirra.
Foro enxotado a coice do celêro do Jesuíno.

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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Os Causo de Dois Morro - O Nemar


Eu tô vendo essa história toda de Nemar pra lá, Nemar pra cá. Piá passado esse!
Isso é falta de um relho no lombo em casa! Mas dexa isso pra lá...
Mas isso tudo me alembrô que em Dois Morro também tinha um Nemar e também era assim meio metido a besta que nem que esse aí.
Jogava no Doismorrense e tinha mania de contrariá as ordenação do véio Arlindo Cachaça (sardoso Arlindo Cachaça, que Deuzotenha). Um dia, num jogo lá, teve um penárti a nosso favor e como o guri, que na época ainda se era só conhecido como Argemiro Firula, tinha fazido umas frescura na hora de chutá e já ia pra  uns trêis ou quatro os golo que ele tinha desprediçado, o véio Arlindo não dexô ele cobrá o friquique. Ah, mas aquele vivente ficô muito do brabo. Sortô cobras e largato pra cima do nosso treinador mas o nosso capitão, o Marafo, foi lá e paziguô a situação.
O Véio que não era de dexá as coza assim, tirô logo o piá da cancha. Aí que piorô de vêiz. Foi a gata d'água: o guri saiu falando tanto imporpério, tanto nome-feio que as gente que via o jogo ali na cerca, revortado, gritaro pra ele, "Não fala assim com os mais velho. Tu não tem ducação, anemar? É, tu é um anemar, mesmo". E foi que todo o resto do pessoar que companhava a peleja em vorta do campo gritaro "Nemar, nemar, nemar!!!", e aí que ele ficô conhecido como Nemar pro resto da vida.
Como depois do espisódico ninguém mais quis saber dele, de chamá ele pra jogar, ele largô do futebór. A úrtima notiça que se teve dele foi que se mudô pro Brasir, se entregô pra cachaça e morreu na pobreza.
Agora, imagina: desrespeitá o véio Arlindo Cachaça!
Piá abusado!

postado por Chico Lorotta


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sábado, 7 de agosto de 2010

Os Causo de Dois Morro - A mancha de óio na sanga

Uma vêiz lá em Dois Morro teve uma dessas mancha preta n'água. Foi! 'Conteceu que um dia as muié fôro lavá rôpa na sanga e entonce que viro aquela cousa horríver. Um lôdo preto, uma crôsta escura grossa.
Como que parecia óio, logo botaro a curpa no Zarolho da Oficina. Achavo que ele tinha jogado os óio véio dos motor  das caminhonete na sanga. Mas ele ficô foi muito brabo com o acusamento e disse que se té os piá dele tomavo banho na sanga, cumé que ele ia fazê uma barbaridade dessa? Convenceu os pessoar que dispois começaro, entonce, a desconfiá que tivesse sido a fábrica de cavalo do seu Teixeirinha, mas como ele só prduzia cavalo branco, não podia ter vindo de lá aquele lodaçal preto.
Sei que nisso a sujêra já tinha ido mar adrento e já tava chegando no Gorfo do Méxicuzinho, no Gorfo Pérsio e no Gorfo Flipper; foi quando com uma denúnça anômala, entregaro que o que tinha carzado a mancha tinha sido porcaus'deque o Carniça, um guri porco, mas porco mesmo, tinha ido finarmente, dipois de muitos ano, tomá banho e foi se banhá logo na sanga. Aí que toda aquela sujêra tinha se sortado do corpo imundiciado dele , se espalhado pel'água e tinha 'contecido aquilo. Particamente uma trajédia biental e escológica. As trufa que os pescador da região costumavo pegá lá naquelas água, tudo morrêro; os profiteróle que ío pra beira da sanga chafurdar no barro ficaro com os pêlo coberto de sujêra; os elefante-marinho ficaro tudo magrinho, magrinho. Cousa triste de se vê.
Ah, mas pra quê? A mãe do piá quando sôbe, pêgo ele pelas orêia e mandô ele começá a limpeza e neum vortá pra casa té terminar. O Carniça pegô um barde, uma esponja, começô demanhãzinha cedo e foi terminá quando o sor já tava indo simbora. Bem feito!
Dispois disso o Carniça passô a sê mais carpichoso. Tomava banho mais seguido pra não dexá cumulá sujêra e nunca mais que aconteceu de se poluí a sanga de Dois Morro e 'té as trufa que tinho morrido vortaro a dá na sanga (sem maliciamento, é craro).

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domingo, 27 de junho de 2010

Os Causo de Dois Morro - "Os Firme em 6D"

Essas coisa que se fala mutcho hojendia de cinema 3D, pra nóis lá de Dois Morro não tem novidade nehuma.
Há mutcho tempo que nóis da cidade já vê os firme em várias mutcha dimensão. Mas o de lá é tão meór, tão mais vançado que os de oncêis que nem é mais 3D, chega a ser 6D. Pois é!
E tomém não tem essas frescura de botá ósculos na entrada do cinema. Em Dois Morro, pra vê nos 6D o vivente chega na bileteria compra as entrada e uma garrafa de pinga. Mas não num pode sê quarqué cachaça; tem que sê a que é feita no lambique da Dona Gervásia. Aí sim!
Aí que entonces o vivente entra, toma assento e vai vê a película. Acontece que o cidadão fica tão lôco, tão desvairado dispois de tomá aquilo que começa a imaginá que as coisa tão saindo da tela de verdade. É coisa de lôco, mesmo! Das vêiz vira um pânico só. Uma gritaria no cinema porcaus'que as pessoa acha que o aeroprano vai cair ali, que matador vai les cravá a faca, ou que o trem vai passá por cima.
Foi o que se passô uma vêiz quando uns tar de ermão Lumié foro passá lá em Dois Morro um firme dum trem, uma cousa assim. Sei que a indiada, que já tinha tomado mais de uma garrafa da mardita, saiu correndo de drento do cinema com medo da locomotiva. Cambada de guinorante!!!
Sei que agora, por esses dia, andô passando lá um tar de "Ah, vai tarde" dum cineastra locar chamado Jaime Camarão. Bão o firme, até. A peonada só ficou um pôco sustada com aqueles bicho azur, mas daí atiravo na tela e os bicho morrío. Com o 6D parecia té que as criatura azur do firme tavo ali do ladinho. Das vêiz dava té pra sentir o bafo da cachaça do bicho. Como no mais das vêiz nóis cabava dormindo no cinema de tão borracho, só depois quando acordava nôtro dia é que percebia que a criatura do firme era o vizinho da cadêra do lado que, por sinar, já tinha tomado todas e achava que o ôtro tomém era da história. No fim das conta ficava tudo bom. ninguém tinha entendido nada da história mas o portante era que tinho ido no cinema e enchido os corno.
Agora, pobrema mesmo é quando passa firme de bangue-bangue. Nossa Senhora... Aí não sai quase ninguém vivo. É bala comendo em 6D pra tudo que é lado.


postado por Chico Lorotta


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sábado, 29 de maio de 2010

Os Causo de Dois Morro - A Copa de ATRÂNTIDA 1922

Como é ano de Copa dos Mundo, queria  alembrar os amigo e informá os que não sabe que o premêro selecionado a representa o Brasir em um Mundiar foi um combinado de Dois Morro. O primêro Camponato Mundiar mesmo foi em 1922 na extinguida Atrântida que depois se afundô-se n'água, mas como naquela época não existia a tar de FIFA, entonce que aquela Copa não foi reconhecida. Só dispois em 1930, teve a tar da Copa no Uruguai e como não chamaro os doismorrense de novo, logicasmente que o Brasir perdeu.
Mas a Copa de 1922 foi cousa mui bonita de se vê.
Participava a Prússia, a seleção de Lorena & Alsácia (que anos despois ia sê Itália), a seleção da Babilônia, a de Esparta que era muito briguenta e a fortíssima seleção da Mesopotâmia, além, é craro da seleção brasilêra que era o Doismorrense. Arguém se alembra do escalamento? Era o legendário Cambraia no gôlo, dispois Prego, Marafo e Morrão ero os beque e o Panete fazia a esquerda.
Miscorete, Caiana e Restilo no meio e os foruárdi  ero Uca, Xinapre e Zuninga.
Copa mui disputada!
O Brasir-Doismorrense atropelava todo mundo: Fêiz 25x3 na Manchúria, 8x0 na Pérsia e só 1x0 nos dono da casa, a seleção de Altlântida, num jogo mui difícer.
Nas quarta-de-finar ganhêmo de Esparta, que tinha aquele famoso jogador, o Leônidas, por 4x3, e fomo pras semifinar contra a Babilônia. Os babilônico tinho um time de se tirá o chapér. Ainda lembro do escalamento, era: Alexandre, Hitita, Sumério, Sargão e Assírio, Assurbanípal, Hamurabi e Nabucodonosor, Ciro, Dario e Xérxenes. Sei que a peleia foi braba e só ganhêmo nos penárti.
Na finar peguemo a seleção do Império Romano e metemo 4x1 Eles tinho um baita dum time. Formavo com Júlio César, Otaviano, Diocleciano, Tibério e Marco Antônio; no meio, Galiano, Tito Flávio e Renato Augusto, na frente o ataque que era conhecido como o "triunvirato" era Constantino, Adriano e Trajano. Só fizemo 4 purque nosso time era especiar de bom.
Uma cousa importanta foi que nessa Copa hove a premêra grande revolução tática do futebór. Isso graças ao treinador do Doismorrense, o genial Arlindo Cachaça que inventô o sistema "1-10" que consistia-se basicamente em um pegar c'as mão e os otro déiz chuta c'os pé. Gênio!!!
Doismorro representando o Brasir levô aquela Copa e dispois disso Atrântida, como eu já falei, afundô e dexô de existí.
A delegação vitoriosa levô o caneco pra casa mas infelizmente ele foi derretido.
Mas a taça não foi robada e derretida que nem aquela ôtra que o Brasir ganhô em '70. Essa derreteu-se sozinha quando levaro pra Dois Morro porque fazia mutcho calor por lá naquela época do ano. Dois Morro no verão é terrível!
O probrema é que não ficô rezistro nenhum de que Dois Morro ganhô verdaderamente uma Copa pro Brasir antes de existí essas Copa de hoje e aí ninguém sabe e muitos duvida. Fazê o que?
Mas que aconteceu, aconteceu. Eu garanto.

postado por Chico Lorotta

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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Os Causo de Dois Morro - A Maió Enchente de Tod'os Tempo

Enchente?
Ah! Uma vez teve uma grande em Dois Morro.
Mas foi temporal, temporal, mesmo! Coisa séria! Não esses chusvisco que deu nos Rio de Janêro.
Muita família perdeu tudo, muita gente morta perdeu até a vida. Coisa triste de se vê.
Muita gente dasabrigada porque deixaro os abrigo no varal e as água levo.
Quem morava no costado do morro da direita, principarmente, ficaro tudo debaxo da terra desbarrancada e os que moravo no costado do morro da esquerda... tamém.
Quem pôde se sarvá subiu pros alto dos morro purqui lá a água não arcançava, mas pors que não correro a tempo...
Sem mentira, choveu 25 dia e 24 noite seguida, sem pará. As gente tudo já tavo inté que achando que ío virá sapo. Foi aí qui apareceu um senhor de idade, numa barca grande, cheia de bicho. Só pedimo pr’ele sarvá os anemar da cidade que nóis se virava. Nóis ficava lá, bem em cima do morro da esquerda, qui é 2 centímetro mais arto, e não tinha pobrema. Mas os bicho, coitado, num ío tê chance com um aguacêro daqueles.
Então o véio esse que se chamava-se Noé, botô um casarzinho de cada bicho na barca: um profiteróle fêmeo e um profiteróle macho; um muffin fêmeo e um muffin macho,; uma vaca (daquelas que dava uísque pelas teta) fêmea e um vaco macho, e assim foi com ôtros bicho da rica falna doismorrense.
Quando a água deu de baixá, o Seu Noé trôsse os bicho de vorta. Os profiteróle, sem vergonha qui éro, já tinho feito muito remelexo no barco do véio e já tinho té procriado mais uns vinte. Os mãfi se comportaro direito e dexaro pra fazê senvergonhice qunado chegasse nas toca deles; mas o importante foi que a bicharada de Dois Morro se sarvô e depois que a chuva passô, tudo vortô alnormal.
Muito tempo dispois qui a Nhá Benta, uma senhôra mui religiosa, quase santa, nos contô qui leu num Livro Santo qui o tar de Noé era o Noé mesmo, duma Arca famosa e coisa e tar; e que aquela água toda era um tar de Delúver... Delúveo... de luva... É. Arguma coisa’ssim.


postado por Chico Lorotta

terça-feira, 9 de março de 2010

Os Causo de Dois Morro - O saculejo de terra

Tô lendo nas gazeta e nos periódico aí que tem tido uns tremimento de terra acontecendo. Como é que se diz, mesmo? Terremoto, não é?

Faço poco dessas mexidinha de chão! Grande mesmo foi a tremida que deu em Dois Morro em 1345. Ah, aquilo é que foi saculejo! Foi mais ou menos uns 15 degrau na escala Herbert-Richards, e olha que só ia até 6 naquela época.
O remelexo foi tão grande, mas tão grande que depois que passô, nos otros dia, os leite das vaca já saio milk-shake, os ovo das galinha já saío com clara-em-neve e gemada, e os pêlo das oveia até viraro blusão de lã.
É! Procês tere uma idéia, o praneta Terra só ficô assim, viradinho meio que pro lado, porcausa da tremeção de 1345.
Foi um susto gerar: as pessôa achavo que o mundo ia se escabaçá. Teve suicídio, genocídio, morticídio e Seu Dulcídio por causa do fenônimo.
E o peor de tudo isso porcausa duma coisinha boba. O que se deu-se foi que o Coroné Neoponciano sortô a boiada dele e a bicharada saiu correndo portera afora pelo pasto. aAí que fez aquele barulhão todo, aquela tremeção e o pessoar se assutô. Vê se pode uma cousa dessa! O Coroné tinha era mutcha cabeça de gado, mesmo, hem!

postado por Chico Lorotta

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Os Causo de Dois Morro - "Camponato Brasilêro"


Essa coisa toda de Camponato Brasilêro; Framengos, Sonpaulo, Ternacionar, Parmera; tudo quase empatado, me alembra aquele certame de ’31 quando o Doismorrense perdeu o títlo nacionar por caus’ de uma tramóia do nosso co-irmão, o Província. Naquelas época o Dois Morro fazia parte do Brasir e jogava o camponato de vocêis. Sei dizê que a peleia tava mais embolada que pêlo de carnero sujo, sabe? Sabe quando tá sujo que chega a tá grudento? É, assim que tava o camponato. Todo mundo junto. Chego na penúrtima rondada com 4 time tudo iguar, mas iguar assim que nem que um caminhão cheio de melancia. Jogo ganhado, jogo perdido, jogo robado, gôlo feito, gôlo levado, tudo. Cartão marelo, vermeio, de visita, de crédito. Tudo iguar que não ia tê jeito de desempatá. Aí que na penúrtima, o Doismorrense ganhô do Companhia das Índia Ocidentar, lá de Pernambuco, por 2x0 com dois gôlo do Zuninga (saudoso Zuninga); o Província só se empatô lá nas Minas Gerais com o Inconfidência; o Recreativo, de Sonpaulo, levô um arrodião do Tomé de Souza e se despediu da taça; e o Repúbrica ganhô do Ventura por 4x1 e ficô com vantage de gôlo pra úrtima rondada.
Entonces que fico assim: o Província, que era o mais inimigo do Doismorrense ia pegá o Repúbica da capitar no úrtimo jogo, e se ganhava e o Doismorrense passava pelo Cerrado, que tinha perdido pra todo mundo, o Doismorrense levava o trofér. Só que os provinciense não querío dá essa alegria pra nóis aqui de Dois Morro e tavo armando de entregá o jogo pro Repúbrica pra modo deles sê campeão. Dizío que não; "Comé que nóis ia fazê uma coisa dessa?”, “Magina!, Nóis entregá? Não, nóis somo gente direita.”, mas a claque deles pedío pelamordedeus pr’eles entregá pra não dá ôtro títlo pro Doismorrense.
No dia dos jogo, o Doismorrense passô por cima do Cerrado, fêiz 9x2, com brilhante atuação do Restilo, que anoto 3 vêis na meta diversária. Só que lá na capitar se deu-se fatos mui estranhosos: o Província logo no comêço, deu a saída, um jogador recuô pro golkíper e a bola entrô. 1x0 pro Repúbrica com 2 segundo de embate. O Província deu ôtra saída e o jogador deles fêiz que foi passá pro companhêro na esquerda e deu um lançamento pro center-forward do Repúbrica que foi como se botasse ca’ mão. Pronto: o tar de Júlio César, que a torcida do Repúbrica chamava de Imperador, dibrô o golkíper e encaçapô mais um. Sei que foi gôlo estranho de tudo qué tipo: gôlo contra cobrando remesso laterar, beque cobrando tiro-de-meta de carcanhá pro póprio gôlo, treinero do time que saiu da área ténica e foi lá cabeceá contra no córner. Uma vergonha! Cabô 8x0 pro Repúbrica que se sagrô-se campeão daquele ano.
Mas o pisódio foi tão marcante, tanto se falô-se da marmelada que ficô, tão feio, mas tão feio pros jogador do Província que eles só andavo na rua com pacote de supermercado na cabeça. Quase todos eles não conseguiro mais jogar em ôtros time que ficáro com medo deles entregá jogo de novo, deles fazê corpo-mol em jogo importante, e essas coisa assim. A maioria deles parô de jogá cedo, lá pelos meado de 1935 e acabaro pobre, sem trabáio e afogado na cachaça.
Só sei que o Província dexô de existí pôco dispois por causa dessa vergonha, o Repúbrica mudô de nome, o Recreativo virô só crube de piscina, e os ôtros fôro fechando as porta. Aí que em '71 inventaro esse ôtro Camponato Brasilêro dos tempo de agora com esses time aí. Mas bom mesmo era naquele tempo. Aquilo sim é que era futebór!


postado por Chico Lorotta

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Os Causo de Dois Morro - "O causo da funda que derrubô um disco avoador" ou "Um Ósveni em Dois Morro" ou "O Causo do Osvardo"


Teve esse causo agora nos Rio de Janêro de derrubá um heliscópetero a chumbo, pois num foi? Teve aquele moço do cinema, do firme, o Debruço Willis, não é esse o nome?, que derrubô um bicho avoador desse, também, com um automóver. Mas essas coisa nem se compara ao que aconteceu em Dois Morro.
Foi- se o que aconteceu-se que um guri, um piá, tava brincando de caçá gaviota com uma funda. Ele catava os coquinho dos butiá, esticava a borracha e pim! Era ôtra gaviota derrubada.
Tava lá o piazito, o tar doRodrigo (purqui, ô criançada pra dá de sê capeta esses qui si chamo Rodrigo) e no de fazê mira pra acertar o anemar de asa, me passa um disco avoador bem na hora. O guri, qui já tinha engatilhado a funda, sortô a tira e o coquinho foi. Errou o bicho mas acertô direito no avião dos extraterrense. Aquela geringonça bambeô, bambeô, deu dois rodopio e caiu atráis do morro da esquerda.
A piazada toda correu pra lá pra vê, e pra falá a verdade uma porção de gente foi lá também, purque nunca qui tinha caído um ósveni em Dois Morro.
Cheguemo lá só que, na caída, o disco pegô fogo e todos os ET morrero. Todos menos um!
Um deles ficô vivo. Socorremo ele, tratamo ele, ele sarô das queimadura, fico amigo de toda gente, ficô amigo das criança e mora em Dois Morro té hoje. Nóis chama ele de Osvardo. Por caus’deque Osvardo? Ué, foi um nome quarqué qui nóis demo pr’ele.
Sei qui o Osvardo casô com a Leocrécia, vivêro bem por uns tempo, dispois o Osvardo deu pra bebê, perdeu o sítio no jogo e tá cada vêiz mais afundado na mardita.
Vive oiando pra cima e gritando pros céu pedindo pra argúem vim buscá ele. Quem num sabe da história do coquinho acha qui ele é loco de creditá em disco avoador.
Coitado do Osvardo!
postado por Chico Lorotta