Curta no Facebook

Mostrando postagens classificadas por data para a consulta Anarquia na Passarela. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por data para a consulta Anarquia na Passarela. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

"Anarquia na Passarela - A Influência do Movimento Punk nas Coleções de Moda", de Daniel Rodrigues (Ed. Dublinense, 2012)



"Um dos êxitos da onda punk
foi ratificar uma propriedade antropológica do homem:
a existência de um impulso estético
natural dentro do espírito humano
que lhe é necessário para a vida,
sendo a indumentária uma das mais potentes formas de comunicar e expressar  esse impulso."
Daniel Rodrigues



Tenho que admitir que mesmo extremamente orgulhoso pelo fato de meu irmão, Daniel Rodrigues estar lançando um livro, fiquei com um pé atrás quanto ao que me esperaria nas páginas do seu "Anarquia na Passarela - A Influência do Punk nas Coleções de Moda" (Dublinense, 2012). Não digo pela qualidade. Conheço sua capacidade, sua inteligência, seus textos tanto do seu blog de cinema O Estado das Coisas Cine quanto daqui mesmo do ClyBlog com suas resenhas, poemas e contos brilhantes. Não! Não me refiro a isso. Ficava um pouco receoso de que esforçando-se em embasar solidamente suas premissas, afirmações, teses, o livro pudesse acabar ficando maçante e arrastado.
Pra ser sincero, acho que isso até acontece na introdução ("O Início do Fim do Mundo"), que embora instigante quanto ao conteúdo que irá ver-se dali para diante, fica meio preso às explicações e porquês de uma maneira meio ansiosa de resumir muito em pouco espaço. Mas é só a introdução, a impressão logo se desfaz e a partir do primeiro capítulo, "No Fun", embarcamos numa deliciosa viagem músico-comportamental empolgante e envolvente. Dá vontade de não para de ler! Dá vontade de ouvir imediatamente aquelas bandas, aqueles cantores, aquelas músicas citadas. Dá vontade de sair pogueando! O livro é uma caixa de som! Sai música dele. Mas não só isso: dá vontade de usar aquela calça rasgada no joelho, de usar aquele bracelete de couro, uma camisa com dizeres desaforados...
Ele é extremamente bem fundamentado, estudado, repleto de referências, citações, com alto grau e profundidade de pesquisa mas passa longe de ser pedante e cansativo. Ele flui. Flui muitíssimo bem.
Consegue conjugar um gosto pessoal musical, inequívoco e indesmentível, com muita informação, embasamento teórico e análise detalhada e  numa proporção perfeita e exata de modo a tornar a leitura absolutamente agradável e sempre interessante.
O ponto de convergência específico do punk com a moda, tema central do livro, além de muito bem sustentado como já foi dito, é analisado com enorme sensibilidade e perspicácia de modo que não escapa do autor nenhum elemento que possa ser realmente relevante no paralelo proposto. Especificamente, a análise pormenorizada da coleção primavera-verão 2002 de Jean-Paul Galtier, onde esmiuça praticamente todos os ingredientes do trabalho do estilista francês é brilhante e admirável, indo de um baile vienense a uma festa de pogo com a naturalidade de quem realmente se jogou de cabeça no assunto.
Em suma, um baita livro! Vencendo minha desconfiança inicial, revela-se não só como uma leitura altamente recomendável como uma publicação de referência em ambos os âmbitos, o da música (punk, pré, pós e todos seus derivados) quanto o da moda, abrangendo o comportamento de um modo geral.
Talvez minha análise fique um tanto suspeita por eu ser irmão do autor, blablablá e aquela coisa toda. Garanto-lhes que não há aqui nenhuma tendenciosidade. Até por isso, pelo meu parentesco, tratei de ler o livro com o botão do senso crítico acionado no nível máximo, pronto para se tivesse que ser duro, severo, antipático, fazê-lo sem titubear. Mas nõa precisei. É impossível não se render e deixar-se levar pelo som das páginas de "Anarquia na Passarela".
Recomendabilíssimo!!!
Leia no volume máximo.


Cly Reis

sábado, 29 de setembro de 2012

Grupo Corpo - "Benguelê" e "Sem Mim" - Teatro do SESI - Porto Alegre (23/09/12)





"Benguelê", a tradução das imagens do Brasil 
na voz de João Bosco e na dança do Grupo Corpo (foto: Grupo Corpo)

“Sem Mim” e “Benguelê” no mesmo dia são presentes dos que recebemos a cada dois anos quando os mineiros do Grupo Corpo se apresentam em Porto Alegre. Com coreografia de Rodrigo Pederneiras, cenografia e iluminação de Fernando Velloso e Paulo Pederneiras e figurino de Freusa Zechmeister, nunca se sabe quais serão os espetáculos pares, mas desta vez, posso confessar que fiquei sem fôlego, de tanta emoção.
"Benguelê" foi o primeiro espetáculo de dança que assisti do Grupo Corpo, em 1998, quando o trouxeram conjugadamente com "Parabelo", trilha de Tom Zé. Em "Benguelê" a música de João Bosco simplesmente traduz imagens do nosso país, preservando a dignidade das vozes e corpos genuinamente negros. Escutar João parafraseando amorosamente Clementina de Jesus enquanto os bailarinos deslizam por suas travessias, seus duos e aos pulos celebram toda a genialidade do povo brasileiro, é emocionante. Sempre muito emocionante.
Aí, quando estamos mergulhados no universo-Corpo, após um intervalo de 10 minutos para todos retomarem seus fôlegos – dançarinos e plateia –, surge “Sem Mim”. Com estreia em 2011, o mais novo balé da companhia traz uma mescla de músicas sobre canções galegas de Martín Codax (artista popular que viveu entre os séculos XIII e XIV em uma região imprecisamente registrada em sua biografia, talvez na Galiza, em Vigo), está regida pelo coração sensível de José Miguel Wisnik e Carlos Núnez, e se multiplica em vozes ainda mais familiares, deixando clara a riqueza de nosso povo, misturado a tantas raças, cores e nacionalidades que, reunidas, nos fazem brasileiros.
O bailarino Uátila Coutinho em performance magnífica
no espetáculo "Sem Mim"
(foto: Grupo Corpo)
No palco, um casal de bailarinos adoça nossos corações com seu amor dançante protegido em meio a uma rede prateada. Minutos antes a bailarina Mariana do Rosário encanta com sua beleza em um solo magnífico entre rodopios de saias plissadas. O bailarino Uátila Coutinho faz emergir uma figura quase mítica do fauno, mas aqui em vestes de fiador, lembrando as atuações do mestre Nijinsky, "um gênio da dança com alma de fauno". Aos poucos as vozes de Milton Nascimento, Jussara Silveira, Monica Salmaso, Chico Buarque, Ná Ozzetti. Rita Ribeiro e do grupo vocal feminino-juvenil galego Xiradela nos comovem em sete cantigas que combinam as sonoridades medievais e galegas com a presença das violas brasileiras, dos pandeiros, do samba, entre outros.
Voltem sempre. Até breve!


abaixo, trechos dos dois espetáculos, "Benguelê" e "Sem Mim"




 por Leocádia Costa




Leocádia Costa é natural de Porto Alegre e lá reside. É formada em publicidade e propaganda pela PUC/RS, pós-graduada em arte-educação pela FEEVALE, trabalha com ações educativas, inclusivas e culturais na empresa APRATA,  é fissurada por música, dança, teatro, literatura, artes e cultura em geral, além de cantar e fotografar nas horas vagas. Já havia aparecido no blog com fotos do lançamento do livro "Anarquia na Passarela" de seu namorado e meu irmão, Daniel Rodrigues  e dos "30 Anos do Clube do Jazz" mas esta é a primeira vez que colabora efetivamente com uma postagem sua. E que venham outras.

Seja bem-vinda ao ClyBlog, Leocádia!

domingo, 29 de julho de 2012

Anarquia em Porto Alegre - Noite de autógrafos de Daniel Rodrigues - Pinacoteca Café (19/07/2012)




Tinha ficado devendo imagens e algumas considerações sobre o lançamento do livro "Anarquia na Passarela" (ed. Dublinense, 2012) do meu irmão, jornalista, parceiro-colaborador deste blog e dono blog do O Estado das Coisas Cine, Daniel Rodrigues.
Bom, pra começar, voltar a Porto Alegre para mim é sempre um prazer e ainda mais em circunstâncias festivas e alegres como esta, neste caso especialmente numa realização pessoal do Daniel e que por extensão enche de orgulho a todos nós da família.
O evento em si estava um grande barato. Tudo muito bacana, muito alegre, muito amistoso e ambiente aconchegante do bar Pinacoteca Café. Amigos, familiares, desconhecidos, curiosos, todos ali dando uma conferida, cumprimentando o escritor e demonstrando grande interesse pelo tema que num primeiro momento parece estranho mas que olhando em volta se vê o quanto é comum.
Tive a oportunidade de encontrar parentes queridos como minha adorada tia-prima Isaura, amigos de tempo como o Christian Ordoque e a Iris Borges, amigos até então virtuais como a Valéria Luna e o Eduardo Wolff, rever meu outro 'irmão' velho, meu primo e ex-parceiro de banda, o Lúcio Agacê detonando um punk rock nas 'picapes', e até topar com uma das lendas do punk-hardcore gaúcho, o ex-vocalista da Atraque, Leandro Padraxx, que dava uma banda por lá.
Grande noite. Grande honra e prazer ter estado lá com todas essas pessoas. E, mais uma vez parabéns, Daniel! Sucesso e que venham outros e outros livros por aí.


Abaixo algumas das cenas da noite captadas pela lente de Leocádia Costa, que igualmente tive o prazer de conhecer nesta visita:

"Anarquia na Passarela", já à venda
Família presente prestigiando o evento.
Lucio Agacê comandando o som:
Replicantes, Kennedy's, Pistols, Joy, e  por aí vai.
O autor, Daniel, na mesa de autógrafos,
atencioso com os visitantes
...tudo isso 'embalado' pela saborosa
cachaça Da Chica
Daniel com o grande Eduardo Wolff, resenhista
de vários ÁLBUNS FUNDAMENTAIS
aqui no blog,...
... com sua adorável namorada, Leocádia. 
... e revivendo a extinta HímenElástico,
com este blogueiro que vos escreve (dir.) e com Lúcio Agacê.
Irmãos
Autógrafos
Daniel Rodrigues e seu livro


fotos: Leocádia Costa
Luís Ventura


quinta-feira, 12 de julho de 2012

Lançamento do livro "Anarquia na Passarela" de Daniel Rodrigues



Acontecerá na próxima quinta-feira em Porto Alegre o lançamento do livro "Anarqui na Passarela" do meu irmão e colaborador deste blog, Daniel Rodrigues , muito aguardado por mim por mim, em especial, em primeiro lugar por ver uma realização pessoal de uma pessoa querida e muito também por já conhecer a essência do trabalho exposto no livro, uma vez que o assunto praticamente foi o tema de sua tese final para o curso de jornalismo.
Trata-se de mostrar o quanto o punk, mesmo com seu caráter negativo a tudo, destrutivo, anti-moda, anti-tendência, de comportamento anti-comportamental, acabou por ter enorme influência na maneira de vestir, agir, portar-se, criar, compor a partir de seu acontecimento no final dos anos 70, e demostrar toda a influência estética que acabou exercendo na sociedade desde então.
(estou certo, Dã?)
De minha parte, já estou inclusive de passagens compradas e estarei lá para prestigiar o lançamento.
O evento acontece no dia 19 de julho, no Pinacoteca Café, na Rua da República, 409, no Centro de Porto Alegre.
Parabéns pelo livro, Daniel.
Tomara que eu consiga um autógrafo.


Cly Reis