- Desculpa, mas o senhor não é o Dalvo? O Dalvo que jogou no Nacional, na Seleção?
- Eu mesmo, garoto. Como é que me reconheceu? Não é do seu tempo - fazendo esta última observação entre uma tímida risada.
- É - concordei rindo também - Não é mesmo, mas eu pesquiso, eu me interesso pelos jogadores do passado... Puxa, Dalvo, eu sou seu fã!
- Obrigado, garoto! - disse verdadeiramente satisfeito e lisonjeado.
- Meu pai sempre falava do senhor. Dizia que foi o melhor centroavante que ele viu jogar. Que cabeceava como ninguém. Era o "Cabeça-de-Nêgo" porque a cabeçada era uma verdadeira bomba.
- Tu sabe tudo, hein, garoto!
- Puxa, seu Dalvo, o senhor é uma lenda!
-Quê isso, garoto? Assim eu fico até meio sem jeito.
Nisso, a fila já chegara até a porta e uma das amigas do Caco interrompe:
- Vamos entrar, Thiago?
- Vão entrando. Eu vou daqui a pouco.
Não entrou.
Ficou horas na porta conversando com o Dalvo e depois ainda foram pra um boteco falar sobre futebol.
No final da noite, saiu com um autógrafo do Dalvo no verso do ingresso da festa.
Cly Reis
Clayton, que linda esta crônica! Dã.
ResponderExcluirQue legal que tu gostaste.
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