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quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Música da Cabeça - Programa #233

 

Você, meu amigo e minha amiga, que não se representa nas mentiras ditas boca afora na assembleia da ONU, saiba: aqui você é representado. Não só você, mas também quem está com a gente na edição de hoje: Towa Tei, Philip Glass, Carole King, Roberto Carlos, Led Zeppelin e mais. Também tem uma homenagem aos 100 anos de Zé Keti e um "Cabeça dos Outros" com Jamiroquai. Representando a verdade, o MDC de hoje, 21h, vai ao ar na representativa Rádio Elétrica. Produção e apresentação: Daniel Rodrigues

E não deixem de votar no Música da Cabeça (Programa de Rádio) e em Daniel Rodrigues (Apresentador de Rádio) para o Prêmio Press! www.revistapress.com.br/premiopress/


Rádio Elétrica:

http://www.radioeletrica.com/

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Elton John - “Captain Fantastic and The Brown Dirt Cowboy" (1975)



Este é um dos melhores álbuns de Elton John.
Ele não tentou repetir
 os principais sucessos do passado,
apenas dar continuidade ao bom trabalho
que vem fazendo.
E ele conseguiu.”
Jon Landau,
para a Rolling Stone, em 1975



Em 1975, todas as grandes bandas de rock estavam na ativa e bombando. Rolling StonesLed ZeppelinDeep PurpleBlack Sabbath, entre outras. O rock progressivo nunca viveu um melhor momento. E o punk ainda não tinha chegado. Mas o mundo da música pop tinha um único rei: Reginald Dwight Kenneth, mais conhecido no circo pop como Elton John.

Desde 1970, quando lançou seu disco chamado “Elton John”, ele vinha colecionando um sucesso atrás do outro. E não eram só LPs! Na época, o cara gravava muitos compactos, que nem sempre entravam nos discos de carreira. Elton já tinha em seu currículo “Your Song”, “Skyline Pigeon” (em duas versões), “Rocket Man”, “Daniel”, “Crocodile Rock”, “Goodbye Yellow Brick Road”, “The Bitch is Back”, “Saturday Night’s Alright for Fighting”, “Pinball Wizard”, “Don’t Let The Sun Go Down on Me”, “Bennie and The Jets”, “Candle in the Wind”, "Philadelphia Freedom", sua versão pra “Lucy in the Sky with Diamonds”, ufa!, não termina nunca. Isso sem falar em grandes canções como “Levon”, “Burn Down the Mission” e “Tiny Dancer” (que só fez sucesso 29 anos depois ao ser incluída no filme “Quase Famosos”).
O que mais poderia querer um garoto a não ser tocar numa banda de rock, perguntaram Mick Jagger e Keith Richards. Chegar ao primeiro lugar da parada da Billboard no dia do lançamento. E Elton conseguiu este feito com um dos meus 5 discos favoritos: “Captain Fantastic and The Brown Dirt Cowboy", lançado em maio de 1975.

Uma das chaves é a seguinte: Elton e Bernie Taupin, seu letrista, resolveram contar a história de sua própria escalada ao sucesso. A outra é o amor pela música americana de Elton (um inglês) e de Bernie, nascido nos Estados Unidos. Especialmente a country music. Isto fica explícito na faixa-título do disco, que abre o lado 1. Nela, o violão e o mandolin de Davey Johnstone abrem o caminho para Elton e o resto da banda começarem a contar esta história. A letra fala, inclusive, dos fracassos que eles enfrentaram: "Jogamos a toalha muitas vezes/ Cansados quando estamos baixo astral/ Capitão Fantástico e o Cowboy sujo/ Do fim do mundo pra sua cidade".

Na faixa seguinte, "Tower of Babel", a situação começa a pesar. Os clubes obscuros e a dificuldade de tocar em lugares legais faz Elton dizer que: "É hora da festa na Torre de Babel/ Sodoma encontra Gomorra, Caim encontra Abel/ e todos se divertem". Tudo com o apoio da incrível banda que o acompanhava na época: Além de Johnstone nas guitarras, violões e todos instrumentos de cordas, Dee Cooper, no baixo, Nigel Olsson, na bateria, e Ray Cooper, na percussão. E todos cantavam! Backing vocais dignos dos Beach Boys.

Em "Bitter Fingers", a banda dá um show de vocais e de dinâmica. A canção começa dominada pelo piano de Elton e, de repente, explode um rockão daqueles irresistíveis com um refrão chiclete que gruda no seu ouvido e faz você ficar cantando a música o dia inteiro. Elton conta sua dificuldade em ter de compor músicas de encomenda no formato que todo mundo quer: "É difícil compor com dedos amargos/ Muito a provar e poucos a te dizer porque... Parece que uma mudança é necessária/ estou cansado de de tra-la-las e la-di-das". Nesta música, a guitarra de Davey Johnstone brilha como nunca, fazendo um solo que percorre todo o final da canção.

Na sequência, Elton – sempre uma esponja dos sons que estavam no mundo pop – faz sua incursão no "Som da Filadélfia", de muito sucesso na ocasião, com "Tell me When the Whistle Blows". Pra tanto, chama o arranjador de The Three Degrees, The O'Jays e da orquestra MFSB, Gene Page, para fazer as cordas. E os músicos de Elton dão conta desta soul music com desenvoltura. Novamente, Johsntone se destaca com sua guitarra. Por incrível que pareça, ele é o único músico da banda que continuou todos estes anos com EJ e se apresentou aqui em Porto Alegre em 2013.

Depois vem o momento mais dramático do disco, "Someone Saved my Life Tonight", no qual Elton conta sem rodeios sua tentativa de casamento e a subsequente tentativa de suicídio. "Alguém salvou minha vida esta noite/Quase teve suas garras em mim, não é querida?/Você quase me teve amarrado e preso/ Direto pro altar, hipnotizado/ A doce liberdade soprou no meu ouvido/ Você é uma borboleta/ E borboletas são livres pra voar/ Voar pra longe, bem alto, adeus". Este refrão dá à medida o drama que Elton viveu neste momento. Tudo apresentado numa moldura pop onde todo o grupo chega ao ápice de uma balada. E os backing vocais... nossa!

O lado 2 começa com rock'n’roll de "Meal Ticket". Só mesmo Elton pra falar de ticket refeição e da falta de comida num rockão. "Enquanto os outros sobem, atingindo alturas O mundo está na minha frente em preto e branco/ Estou no fundo do poço, estou no fundo do poço... E eu tenho que conseguir um ticket de alimentação/ pra sobreviver eu preciso de um ticket de alimentação". As coisas não estavam exatamente boas pra Elton e Bernie neste momento.
Já "Writing" fala das dificuldades que eles enfrentavam, mas a salvação estava em compor. No entanto, a incerteza sempre rondando: "As coisas que escrevemos hoje/ Vão soar tão boas amanhã?". Como o disco inteiro não teve uma música de trabalho, como diziam os executivos das gravadoras, "Writing" é a canção que mais se aproxima deste conceito. Uma melodia marcante bem pop com o piano elétrico e o violão carregando o som.

"Better Off Dead" tem um tom dramático usando o piano e a bateria em uníssono e a letra dizendo que: "Se a chaleira está fervendo e o carvão está no fogo/ Se você pergunta como estou eu digo inspirado/ Se o espinho da rosa é o espinho cravado em você/ então é melhor você estar morto se ainda não morreu". Uma constante neste disco é a intervenção da banda de Elton nos backing vocais. Poucas vezes se ouviu num disco pop um grupo tão coeso e inspirado como este. Eles dão um show nesta canção.

A música mais dolente do disco vem a seguir: "We All Fall In Love Sometimes". Como o título diz, todos nós nos apaixonamos às vezes. Uma canção de amor com o piano de Elton segurando a melodia, enquanto um sintetizador faz a cortina. A banda entra mas é Elton quem brilha. "A lua está cheia/ E a luz das estrelas encheu a noite/ Compusemos e eu toquei/ Alguma coisa aconteceu, é estranha esta sensação/ Noções tímidas que são infantis/ Canções simples que tentaram esconder/ Mas quando chega/ Todos nós nos apaixonamos às vezes". A doçura de EJ se descortinando inteira nesta canção.

E como todo disco pop da época, o final é bombástico. "Curtains" traz Elton e sua banda com todo o gás pra fechar esta história de luta, sofrimento e superação. É a cortina que fecha o palco onde este drama se desenvolveu. Tem até sinos e um "Lum-de-lum-de-lay" nos vocais. E a letra diz: "Mas tá certo/ Tem tesouros que as crianças sempre procuram/ E como nós/ Você deve ter/ O seu era-uma-vez". Esta crônica destes tempos difíceis iria ser retomada 31 anos depois com um disco bom chamado "The Captain and The Kid", no qual o resto da história é contado. Mas posso fazer um resumo pra vocês. Até 1970, Elton lutou muito e sofreu todo este calvário que um músico enfrenta, aqui ou em qualquer lugar, E, então, o sucesso chegou. Durante cinco anos, Elton John Silva foi o rei do mundo pop. E, em 76, lançou "Rock of the Westies", que não fez tanto sucesso assim. Logo, outro rei foi colocado no trono: Peter Frampton, com seu "Frampton Comes Alive". Mas essa é outra história.
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FAIXAS:
1. Captain Fantastic and the Brown Dirt Cowboy - 5:46
2. Tower of Babel - 4:28
3. Bitter Fingers - 4:33
4. Tell Me When the Whistle Blows - 4:20
5. Someone Saved My Life Tonight - 6:45
6. (Gotta Get A) Meal Ticket - 4:00
7. Better Off Dead - 2:37
8. Writing - 3:40
9. We All Fall in Love Sometimes - 4:15
10. Curtains - 6:15

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OUÇA:






terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Dossiê ÁLBUNS FUNDAMENTAIS 2015





David Bowie nos deixou
ainda na liderança dos ÁLBUNS FUNDAMENTAIS
2015 acabou e como sempre, fazemos aqui no ClyBlog aquele balanço da movimentação dos álbuns fundamentais no ano anterior: artistas com mais discos na nossa lista, países com mias representantes, o ano e a década que apresentam mais indicados e outras curiosidades.
O ano abriu com a publicação de número 300 dos ÁLBUNS FUNDAMENTAIS que teve a especialíssima participação do escritor Afobório falando sobre o grande "Metrô Linha 743", resenha que marcou assim a estreia, mais que merecida, de Raul Seixas no nosso time de fundamentais.
Outros que já estavam maIs que na hora de entrarem pra nossa lista e que finalmente botaram seu primeiro lá foram a musa punk, Patti Smith; o poeta do rock brasileiro, Cazuza; a banda cult Fellini; o grande Otis Redding, os new wave punk do Blondie; os na´rquicos e barulhentos Ratos de Porão; o mestre do blues Howlin' Wolf; e em especial o Mr. Dynamite, James Brown, com seu clássico no Apollo ThetreAlguns, por sua vez, se afirmaram entre os grandes tendo enfim seu segundo disco indicado pra mostrar que não foi acaso, como é o caso de Cocteu TwinsChico Science com sua Nação ZumbiLobão e Björk.
Com o ingresso, em 2015, do ótimo Ouça o que eu digo: não ouça ninguém", os Engenheiros do Hawaii finalmente completam sua trilogia da engrenagem; Bob Dylan que foi o primeiro a ter dois álbuns seguidos nos Álbuns Fundamentais, lá em 2010, depois de um longo jejum finalmente botou seu terceiro na lista, o clássico "Blonde On Blonde"; já John Coltrane que passou um bom tempo apenas com seu "My Favourite Things" indicado aqui, de repente, num salto, apenas em 2015, teve mais dois elevados à categoria de Fundamental, muito por conta do cinquentenário destes dois álbuns, bem como de outro cinquentão da Blue Note que também mereceu sua inclusão em nossa seleção, o clássico 'Maiden Voyage" de Herbie Hancock, alem do fantástico The Shape of Jazz to Come" como homenagem merecida a Ornette Coleman, falecido este ano.
Por falar em falecido recentemente, não tem como deixar de falar em David Bowie que deixa este mundo na liderança dos ÁLBUNS FUNDAMENTAIS mostrando que toda a idolatria e reconhecimento do qual gozava não era a toa. Mas ele não está sozinho na ponta! Alavancado pela inclusão de seu ótimo "Aftermath", os Rolling Sones alcançam os líderes e empatam com Bowie e com seus "rivais", os Beatles, prometendo grandes duelos para as próximas edições dos A.F.
Como curiosidades, se no ano passado tivemos mais trabalhos de séculos passados, no último ano os A.F. tiveram um certo crescimento o número de álbuns produzidos no século XXI. Muito por conta de uma nova galera talentosa que vem surgindo por aí como Lucas Arruda e Tono que tiveram seus álbuns, "Sambadi" e "Aquário", respectivamente, reconhecidos  e incluídos no hall dos grandes álbuns. Os garotos também colaboraram para um fato interessante: o altíssimo número de discos nacionais neste ano. Foram 15 no total, empatando com o número dos norte-americanos neste ano e deixando bem para trás os ingleses com apenas 3 em 2015. O pulo brasileiro refletiu-se na tabela geral e pela primeira vez desde o início da seção o Brasil está à frente da Inglaterra em número de discos.
A propósito, falando de Brasil, se formos falar em termos nacionais, a principal mudança foi a elevação de Caetano VelosoEngenheiros do Hawaii e Tim Maia à vice-liderança, dividindo-a ainda com GilLegião e Titãs. Na ponta, segue firme o Babulina, Jorge Ben, com 4 álbuns fundamentais.
E aí? O que será que nos reserva 2016? Como será a batalha Beatles vs Stones? Alguém alcançará ou passara Jorge Ben na corrida nacional? E os ingleses reagirão contra os brazucas e mostrarão que são a terra do rock? Aguarde as próximas postagens e acompanhe o ClyBlog em 2016. Por enquanto ficamos com os números de 2015 e uma visão geral de como andam as coisas nos ÁLBUNS FUNDAMENTAIS.


PLACAR POR ARTISTA (GERAL)

  • The Beatles: 5 álbuns
  • David Bowie 5 álbuns
  • The Rolling Stones 5 álbuns
  • Stevie Wonder, Cure, Led Zeppelin, Miles Davis, John Coltrane, Pink Floyd, Van Morrison, Kraftwerk e Bob Dylan: 3 álbuns cada


PLACAR POR ARTISTA (NACIONAL)

  • Jorge Ben (4)*
  • Titãs, Gilberto Gil*, Legião Urbana, Engenheiros do Hawaii e Tim Maia; 3 álbuns cada
*contando o álbum Gil & Jorge

PLACAR POR DÉCADA

  • anos 20: 2
  • anos 30: 2
  • anos 40: -
  • anos 50: 13
  • anos 60: 63
  • anos 70: 90
  • anos 80: 82
  • anos 90: 62
  • anos 2000: 8
  • anos 2010: 7


*séc. XIX: 2
*séc. XVIII: 1

PLACAR POR ANO

  • 1986: 15 álbuns
  • 1985 e 1991: 13 álbuns cada
  • 1972 e 1967: 12 álbuns cada
  • 1968, 1976 e 1979: 11 álbuns cada
  • 1969, 1970, 1971, 1973, 1989 e 1992: 10 álbuns cada


PLACAR POR NACIONALIDADE*

  • Estados Unidos: 125 obras de artistas*
  • Brasil: 85 obras
  • Inglaterra: 80 obras
  • Alemanha: 6 obras
  • Irlanda: 5 obras
  • Canadá e Escócia: 4 cada
  • México e Austrália: 2 cada
  • Suiça, Jamaica, Islândia, Gales, Itália e Hungria: 1 cada

*artista oriundo daquele país




Cly Reis

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Dossiê ÁLBUNS FUNDAMENTAIS 2016



Os líderes já vêem os alemães do Kraftwerk pelo retrovisor.
Vamos combinar que 2016 foi cruel com alguns grandes ídolos da música, não? David BowiePrinceCauby PeixotoPierre Boulez; Alan Vega do Suicide; Paul Katner do Jefferson Airplane; Pete Burns do Dead Or Alive; Glenn Frey dos Eagles; Maurice White  do Earth, Wind and Fire; a espinha dorsal do Emerson, Lake and Palmer, Keith e Greg; Leonard Cohen e, por último, no apagar das luzes do ano, George Michael. Foi pesado, hein! Mas não adianta: esses caras se foram mas suas obras ficam e serão sempre lembrados e, entre outras coisas é para isso que uma seção como esta, a ÁLBUNS FUNDAMENTAIS, serve. Para eternizar grandes obras do meio musical e manter imortalizados os artistas que nos proporcionaram o privilégio de tê-las entre nós. Prova disso, na nossa coluna, é que o recém-falecido David Bowie ocupa a liderança de discos destacados, ali, abraçadinho com as duas maiores bandas de rock do mundo, Beatles e Stones. Que trinca, hein! Sim, é verdade, a ponta de cima não teve nenhuma alteração em relação ao mesmo período do ano passado, mas a meiúca, o miolo ali teve movimentação com gente nova entrando como a talentosa Janelle Monáe com seu "ArchAndroid", o Blur saindo em vantagem na eterna briga contra o Oasis botando "Parklife" na lista e já com algum atraso, finalmente pintando um Marvin Gaye entre os nossos fundamentais. Alguns subiram de posição, como é o caso do Kraftwerk que com seu "Tour de France Soundtracks" aproximou-se ameaçadoramente dos líderes já colocando na roda seu quarto A.F.; assim como os Smiths que, fazendo a última postagem do ano na seção, tiveram seu terceiro relacionado e já ocupam lugar destacado entre os internacionais.
Por esses lados, Jorge Ben continua na ponta no ranking nacional e a parte de cima continua sem alteração com Titãs, Legião, Engenheiros, Caetano, Gil e Tim Maia seguindo de perto. Os fatos mais  consideráveis foram o de Lobão, com seu "O Rock Errou", por sinal o primeiro A.F. de 2016, ter subido para dois indicados, empatado com nomes como Chico Buarque, Novos Baianos, Tom Jobim, Chico Science, entre outros que já tem um bicampeonato; e o da Tia Rita finalmente ter colocado seus pés no nosso "Hall da Fama" com seu ótimo "Babilônia".
Na disputa por décadas os anos 70 continuam mandando fácil, em compensação por ano, o de 1986, é o que tem mais discos integrantes do nosso grupo de honra. Por nacionalidade, os Estados Unidos lideram com ampla vantagem, e os brasileiros que haviam roubado a segunda posição dos ingleses na temporada passada, ampliaram ainda mais a vantagem em relação ao pessoal da Rainha, mas isso sem contar com Irlanda e Escócia, o que faria, aí sim, com que o Reino Unido estivesse à nossa frente no placar geral. A novidade ficou por conta do primeiro A.F. francês com a dupla Air emplacando seu excelente "Moon Safari" entre os Fundamentais do Clyblog.
E esse empate triplo na ponteira internacional? Ninguém vai pular à frente? E no Brasil, Jorge Ben vai continuar reinando absoluto por tanto tempo? E aí Chico Buarque, não vai reagir? E essa briga Brasil vs Inglaterra pela vice-liderança? Será que o English Team vai se reaproximar? Será que vai passar? Bala na agulha tem pra isso com toda aquela elite do rock, não? Em compensação a criatividade, a musicalidade, o ritmo brasileiro tem meios de se defender. Enfim, 2017 promete. Ainda mais pelo fato de que provavelmente, pelo ritmo que a coisa vai, chegaremos ao número 400 e certamente pensaremos em algo especial com alguma convidado que venha a engrandecer este número e momento especial.
Enquanto isso, voltemos a 2016 e confiramos como foram as coisas. É!!! Porque 2017 já está aí e muitos ÁLBUNS FUNDAMENTAIS inda estão por vir. Sendo assim, vamos aos números:


PLACAR POR ARTISTA (GERAL)

  • The Beatles: 5 álbuns
  • David Bowie 5 álbuns
  • The Rolling Stones 5 álbuns
  • Kraftwerk 4 álbuns
  • Stevie Wonder, Cure, Smiths, Led Zeppelin, Miles Davis, John Coltrane, Pink Floyd, Van Morrison e Bob Dylan: 3 álbuns cada


PLACAR POR ARTISTA (NACIONAL)

  • Jorge Ben 4 álbuns*
  • Gilberto Gil*, Caetano Veloso, Legião Urbana, Titãs, Engenheiros do Hawaii e Tim Maia; 3 álbuns cada
*contando o álbum Gil & Jorge

PLACAR POR DÉCADA

  • anos 20: 2
  • anos 30: 2
  • anos 40: -
  • anos 50: 13
  • anos 60: 67
  • anos 70: 98
  • anos 80: 92
  • anos 90: 67
  • anos 2000: 9
  • anos 2010: 7


*séc. XIX: 2
*séc. XVIII: 1

PLACAR POR ANO

  • 1986: 18 álbuns
  • 1976: 15 álbuns
  • 1985: 14 a´lbuns
  • 1991: 13 álbuns
  • 1967, 1972 e 1979: 12 álbuns cada
  • 1968, 1971 e 1992: 11 álbuns cada
  • 1969, 1970, 1973, 1989 e 1992: 10 álbuns cada


PLACAR POR NACIONALIDADE*

  • Estados Unidos: 133 obras de artistas*
  • Brasil: 94 obras
  • Inglaterra: 86 obras
  • Alemanha: 7 obras
  • Irlanda: 6 obras
  • Canadá e Escócia: 4 cada
  • México, Austrália e Islândia: 2 cada
  • Jamaica, Gales, Itália, Hungria, Suíça e França: 1 cada

*artista oriundo daquele país

quarta-feira, 26 de abril de 2023

Música da Cabeça - Programa #316

 

Diferentemente do outro, a gente está autorizado a sujar um pouquinho o prêmio do Chico. Afinal, é por um bom motivo, como veem. Laureado de sons e letras, o MDC de hoje se escreve com L7, Cocteau Twins, Sepultura, Dr. Feelgood, Gil Scott-Heron, Led Zeppelin e mais. No Cabeção, uma homenagem a Ivan Conti Mamão, as baquetas mágicas da Azymuth e da MPB. Em desagravo à estupidez e ao obscurantismo, o programa às 21h, na camoniana Rádio Elétrica. Produção, apresentação e rara fineza: Daniel Rodrigues


www.radioeletrica.com

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Dossiê ÁLBUNS FUNDAMENTAIS 2017



Gilberto Gil e Jorge Ben lideram o quadro nacional
graças a seu disco conjunto de 1975
Chegou a hora da verdade! A hora dos números! É hora de atualizar a situação dos nossos discos favoritos e seus autores depois de mais um ano. Não, a nossa seção ÁLBUNS FUNDAMENTAIS não é uma disputa, um campeonato, mas é sempre divertido e interessante fazer este levantamento e expô-lo desta maneira "competitiva".
Em 2018 a discografia nacional deu uma belo salto na nossa lista abrindo uma certa distância para os ingleses que, até nosso último levantamento, disputavam palmo a palmo a vice-liderança entre os países. Para que se tenha uma ideia, dos vinte e nove álbuns fundamentais apontados este ano, treze foram brasileiros deixando todo o restante distribuído entre outros quatro países. Mas a dianteira continua, é claro, com os norte-americanos que, apesar de terem, em média, registrado números menores do que nos últimos anos, continuam numa situação muito confortável.
A propósito de liderança, entre os artistas internacionais a ponta de cima não teve alteração, uma vez que tanto Beatles quanto Stones quanto Bowie não colocaram mais nenhum disco na lista durante este ano. Mas é bom abrirem o olho porque Miles Davis, Talking Heads, The Who e Pink Floyd que se igualaram aos alemães do Kraftwerk, se aproximam ameaçadoramente da ponta. Já no quadro nacional só o que mantém Jorge Ben e Gilberto Gil à frente de Tim Maia, Chico Buarque, Titãs, Legião, Caetano e Engenheiros, é o disco que fizeram em parceria em 1975, porque tirando isso, todos estariam empatados com três álbuns cada.
Em épocas, a década de 70 continua mandando ver, seguida lá de longe pelos anos 80; em compensação o ano de 1986 é o que continua tendo maior número de indicados, com 19 obras, vendo o ano de 1976 segui-lo de perto com 16 álbuns. O que chama  a atenção é o aumento de títulos do século XXI, sendo quatro somente este ano, que também registrou o álbum fundamental mais recente até então, o ótimo "No Voo do Urubu" de Arthur Verocai, de 2016.
E 2018, ano da primeira década de existência do ClyBlog, virá repleto de publicações especiais comemorativas por esta data e outras ainda envolvendo futebol e Copa do Mundo como já aconteceu em 2014. Já demos início aos festejos com o número 400 dos ÁLBUNS FUNDAMENTAIS com o convidado especial Michel Pozzebon e vem mais por aí com outros amigos dando suas contribuições e falando de seus discos do coração.
Mas por enquanto é isso aí. Fiquem com os números de 2017 e vamos em frente:



PLACAR POR ARTISTA (GERAL)

  • The Beatles, David Bowie  e The Rolling Stones: 5 álbuns cada
  • Kraftwerk, Miles Davis, Talking Heads, The Who e Pink Floyd: 4 álbuns cada
  • Stevie Wonder, Cure, Smiths, Led Zeppelin, John Coltrane, Van Morrison, Sonic Youth e Bob Dylan: 3 álbuns cada


PLACAR POR ARTISTA (NACIONAL)

  • Jorge Ben e Gilberto Gil: 4 álbuns*
  • Caetano Veloso, Chico Buarque, Legião Urbana, Titãs, Engenheiros do Hawaii e Tim Maia; 3 álbuns cada
*contando o álbum Gil & Jorge

PLACAR POR DÉCADA

  • anos 20: 2
  • anos 30: 2
  • anos 40: -
  • anos 50: 15
  • anos 60: 71
  • anos 70: 108
  • anos 80: 97
  • anos 90: 71
  • anos 2000: 10
  • anos 2010: 10


*séc. XIX: 2
*séc. XVIII: 1

PLACAR POR ANO

  • 1986: 19 álbuns
  • 1976: 16 álbuns
  • 1985: 16 álbuns
  • 1977: 15 álbuns
  • 1967, 1991: 13 álbuns
  • 1968, 1972, 1979 e 1992: 12 álbuns cada
  • 1965, 1969, 1970, 1971, 1972 e 1987: 11 álbuns cada
  • 1980, 1989 e 1994: 10 álbuns cada


PLACAR POR NACIONALIDADE*

  • Estados Unidos: 140 obras de artistas*
  • Brasil: 107 obras
  • Inglaterra: 93 obras
  • Alemanha: 8 obras
  • Irlanda: 6 obras
  • Canadá: 4 obras
  • Escócia: 4 obras
  • México, Austrália e Islândia: 2 cada
  • Jamaica, Gales, Itália, Hungria, Suíça e França: 1 cada

*artista oriundo daquele país


C.R.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Helmet - "Meantime" (1992)

A CALIBRADA MÁQUINA DE PRODUZIR BARULHO


“Riffs de fusão zeppelinesca com uma precisão pós-hardcore veemente, intensificados por acordes densos e linhas fora de compasso baseadas na formação de jazz formal de (Page) Hamilton.”
Definição do estilo da banda no site oficial do Helmet



Uma das coisas que sempre apreciei no jazz é não somente aqueles solos magníficos, mas, tanto mais, a criatividade na invenção das bases e a execução do chorus, momento em que todos os instrumentistas tocam juntos o “riff” com uma perfeição tamanha que parece sair de uma máquina sonora. Acham que me enganei de estar falando de jazz ao invés do rock pesado do Helmet? Não, não estou equivocado. Talhados no jazz, os músicos do Helmet são o melhor exemplo do quanto o estilo mais americano de todos influenciou até o rock alternativo. Um dos melhores resultados desta alquimia está em “Meantime”, segundo disco de carreira do grupo e auge da maturidade musical do líder, cantor, guitarrista e compositor Page Hamilton.
“Meantime” é um dos grandes discos de rock pesado dos anos 90 – ali, ali com “Chaos AD” do Sepultura e o “disco preto” do Metallica – e do qual guardo a lembrança de ter sido um dos primeiros CD’s comprados por mim e meu irmão logo que este tipo de mídia começou a ser comercializada no Brasil. Além disso, foi o disco que me fez conhecer a banda, depois de vê-los na MTV e surpreender-me com aquele som furioso e, ao mesmo tempo, original e precioso como uma calibrada máquina de produzir barulho. Tal um chorus de jazz. Trata-se de um trabalho que sintetizou os estilos de rock pesado, dando uma roupagem híbrida e toda pessoal às características de massa sonora em volume alto.
Assim, heavy metal, hardcore, punk rock, surf music, grind core, pós-punk; tudo é filtrado pelo som do Helmet. Neles, ouve-se de Led Zeppelin a Exploited, de Trashman a Ratos de Porão, de Ministry a Television. Antes, já tinha escutado o Prong, banda nesta linha, mas na qual faltava alguma coisa que eu não identificava ao certo. Essa “coisa” era exatamente aquilo que o Helmet fez em “Meantime”. Variações rítmicas, transições pouco óbvias entre as várias partes, dissonâncias, afinações e sonoridades bem definidas. Tudo num som seco e direto, que não dá descanso aos ouvidos do início a fim. O feito obteve êxito: “Meantime” foi indicado ao Grammy, levou disco de ouro e botou pilha para que muita banda alternativa se formasse.
“In the Meantime” abre os trabalhos dizendo a que veio. Na introdução, todos os instrumentos entram juntos estourando a caixa, num extenso rolo e em escala ascendente, até dar lugar à bateria funkeada do ótimo John Stanier e a base roncada e “torta”, que quebra a linha de tempo 2 e 2 com um tempo a mais. Além disso, a voz de Hamilton, outro fator peculiar no Helmet, não é, mesmo quando esbravejada, um arroto de trash metal, em que não se entende nada do que se está cantando, nem doce e entoada como um pop suave. Assim como o som da banda, o estilo vocal dele acha um meio termo sutilmente interessante.
“Give It” contrasta o vocal melodioso com o tema bem heavy. O compasso arrastado sofre um pequeno “atraso” da bateria, que sincopa a música entre os urros de guitarra. Também “quebrada”, num esquisito tempo 6x6, “Turned Out” é composta de várias partes que se encaixam em perfeita harmonia. “Ironhead”, outra incrível, tem uma levada acelerada, principalmente durante o solo, onde vira um hardcore pogueado.
Em “Better”, das minhas preferidas, o vocal mais raivoso de Hamilton no álbum dá a falsa impressão de estar fora de sincronia com o instrumental, este, um simples e engenhoso jogo de quatro acordes que se repetem no segundo tempo, mas inversamente. Porém, o ponto alto é justamente o maior sucesso comercial do Helmet: a matadora “Unsung”. Lembrando “California Über Alles” do Dead Kennedy's na introdução, é composta num maluco 1-2-3/ 1-2-3/ 1-2-3 / 1-2-3-4-5-6-7-8-9. Consegue ser pegada e melodiosa ao mesmo tempo. Na base, os ataques de baixo-guitarra entre um breve silêncio e outro, finalizados por um soco da bateria, parecem choques elétricos estridentes que se ligam e desligam de um barulhento aparelho com defeito. “Role Motel”, com uma levada funk da bateria, simétrica como um relógio, fecha o disco sob um mar de distorções, no mesmo espírito que começou.
Como disse noutro post deste blog, quando estive no show da banda , o som do Helmet é simplesmente um rock bem feito: enfurecido, de guitarras distorcidas, bateria pulsante e baixo rosnando, porém sempre inteligente e bem composto, até complexo às vezes, mas sem cair no virtuosismo apelativo. Dá a impressão de que veio por ordem na casa do hard rock, tão combalido entre poucas coisas boas e um monte de porcaria. Parecido, em termos, com coisas de jazz moderno: um Mahavishnu Orchestra, John McLaughlin, VSOP ou uma Carla Bley. Entretanto, acima de tudo, “Meantime”, prestes a completar 20 anos de lançamento, é e continua sendo exemplo de rock ‘n’ roll bem feito. Puto. Potente. Empolgante.

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FAIXAS:
1. "In the Meantime" – 3:08
2. "Ironhead" – 3:22
3. "Give It" – 4:17
4. "Unsung" – 3:57
5. "Turned Out" – 4:14
6. "He Feels Bad" – 4:03
7. "Better" – 3:10
8. "You Borrowed" – 3:45
9. "FBLA II" – 3:22
10. "Role Model" – 3:35
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vídeo "Unsung", Helmet:

Helmet - Unsung por jesus_lizard

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Ouça:
Helmet Meantime



quarta-feira, 12 de abril de 2023

Música da Cabeça - Programa #314

 

Pode ser o mês do Ramadã, da Páscoa ou Nissan. Não importa. Importa, sim, que o MDC não escolhe momento para música boa. Hoje, por exemplo, é dia de Pearl Jam, Led Zeppelin, Renato Russo, Titãs, Modern Lovers e mais. Também é a data certa para mais um Cabeça dos Outros, com música de quem ouve o programa. No nosso calendário, é certo que na quarta-feira vai ter programa, 21h, na almanáquica Rádio Elétrica. Produção, apresentação e meio de semana: Daniel Rodrigues. www.radioeletrica.com



quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

A Arte do Clyblog em 2014








Em 2014 tivemos alguns trabalhos interessantes na comunicação visual do blog brincando com publicidade, parodiando filmes, homenageando grandes álbuns, ou mesmo apenas deixando a criatividade fluir. Fosse m chamadas nas redes sociais, em novos logos para as seções ou nas Copas do Mundo das bandas, as novidades visuais foram aparecendo ao longo do ano. Neste finalzinho de 2014, deixamos aqui com vocês algumas das imagens, gravuras, adaptações, zoeiras, memes mais legais que pintaram no clyblog este ano. E um Feliz Ano Novo a todos. Em 2015 tem mais.


para pessoas de visão

caça-palavras.
Você achou.


O meme que virpu clássico na internet também serviu ao Clyblog.
"É óbvio, sua besta."

Aprecie sem moderação

Keep Following

Você está com sorte

Curta o Clyblog e não se preocupe com mais nada

É só um blog mas nós adoramos


Logo da Copa Rock do Clyblog
que teve edições das bandas The Cure, Legião Urbana e Beatles

O Fuleco Rock'n Roll

Chamada da Copa The Cure

Final da Copa The Cure na qual "A Forest" sagrou-se a grande Campeã
Uma das chamadas da Copa Legião Urbana

Chamada da Copa L.U.
Renato Russo chamando no gol.



A finalíssima entre dois grandes sucessos da Legião Urbana.
No final, deu "Tempo Perdido" 



Chamada da Copa Beatles

Mais uma chamada, desta vez com os rapazes da Abbey Roa
atravessando o gramado do estádio de Anfield Road, do Liverpool

Um chuta, outro sobe, outro defende outro cabeceia.
Outra da Copa Beatles

Chamada da Copa inspirada no "Hard Day's Night"

E o título nas mãos de "A Day in the Life",
a maior música do Beatles, segundo a nossa Copa

Cartazes de filmes. Aqui "O Poderoso Chefão"


Nosso grito será ouvido no cyberespaço


Um mudo diferente de tudo que você conhece

Tempo de Violência?
Talvez, tempo de inteligência.

Ultraviolento

E pensar que você hesitou

Pop Art

As capas de discos.
Homenagem ao clássico "Physical Graffiti do Led Zeppelin

Carne é assassinato e não curtir é crime

Prazeres conhecidos

Voto inteligente


As felicitações dEle
Feliz 2015