Porto que deságua no rio
Alegria que alegra o janeiro
Mesma distância
Nenhuma distância
Doce água corrente que interliga
Líquido do parto
Do porto
Porto que desafoga no cais
Cais do Porto
Vinhos daqui
Portugais daí
Doce
Sangue do vinho
Que alimenta minhas veias
Água que se colore
Se avermelha de esperança
Pois não foi milagre o feito de Cristo
Foi, sim, o impossível
Esse impossível que se sucede todos os dias
Em que o sangue, pintado de vinho
Vermelho
Regurgita e punciona
Milagre é isto
Não aquilo
Daquilo, nada nos pertence
Só o teu e o meu
O porto que nos ancora sobre o rio
Navio atracado
Âncora permanente
Desafiando com o equilíbrio
A sapiência oculta dos mares
Porto doce – de Janeiro
Rio doce – e Alegre
Mãe.
para minha mãe, Iara
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"Rio Equidistante"
Daniel Rodrigues
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