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quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Exposição "OSGEMEOS: Nossos Segredos" - Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) - Rio de Janeiro / RJ

 



Autorretrato dos irmãos artistas
No apagar das luzes, no último domingo, dia 23, estive na exposição, "Nossos Segredos" dOs Gêmeos, a dupla de "grafiteiros" brasileiros, Gustavo e Otávio Pandolfo, que começou colocando seu spray nos muros de São Paulo e, ao longo do tempo viu reconhecido seu talento e sua arte, tendo hoje seu trabalho espalhado pelo mundo afora em paredes, murais, empenas cegas e painéis.

Muita coisa, pintada, muitas vezes, de maneira muito intuitiva e despretensiosa em muros por aí, já foi naturalmente apagada pelo tempo ou mesmo pela ação de administrações pouco sensíveis, e por isso, boa parte do registro, de um total de mais de mil itens, é de fotografias de trabalhos dos irmão pelo mundo, mas a exposição também têm itens emprestados de colecionadores e produções adaptadas especialmente ao espaço do CCBB.


A exposição, aqui no Rio, acabou no domingo, mesmo, mas deixo aqui alguns registros da visita ao CCBB:



A obra "Abduzido", produzida especialmente para a exposição.


Toda a psicodelia do trabalho dos irmãos

O caráter lúdico é um marca registrada da obra dos artistas


Instalação com muita cor, som, geometria e elementos urbanos

Aqui, "Templo", uma das instalações do saguão do térreo.

E a imponente instalação "Gigante"
que toma todo o átrio do prédio.



E este seu blogueiro marcando presença na exposição.


A arte dOs Gêmeos em movimento



Cly Reis

domingo, 4 de dezembro de 2022

Fausto Fawcett e Os Robôs Efêmeros - "Fausto Fawcett e Os Robôs Efêmeros" (1987)



"Juliette é a filha bastarda
do Carrossel Holandês,
da Laranja Mecânica"
trecho de "Juliette"



A música brasileira tem uma tradição de contar histórias. Com sua enorme capacidade poético-literária, imaginação e uma musicalidade capaz de combinar esses elementos, artistas brasileiros vêm ao longo de praticamente todo o desenvolvimento da discografia nacional, narrando fatos, episódios, pequenos contos, historietas, acompanhando-as dos mais diversos tipos de melodias e arranjos.

Nos anos 80, em meio à explosão do Rock Brasil, um cara altamente criativo inventava histórias alucinantes, distópicas, surreais, improváveis, ambientadas normalmente num Rio de Janeiro futurista, mergulhado num estado de caos, abandono, desesperança, mas ao mesmo tempo avançado, luxuoso e desfrutando das mais altas tecnologias. Nesse cenário, desfilava "heroínas" singulares, personagens atípicas, damas fatais, meretrizes, mulheres que misturavam requinte com vulgaridade e levavam consigo, de certa forma, alguma dose de veneno.

Fausto Fawcett, um carioca boêmio, nativo típico de Copacabana, lançava em 1987 o disco que levava seu nome e da banda que o acompanhava, "Fausto Fawcett e os Robôs Efêmeros", repleto de todos esses elementos e com as histórias mais piradas que qualquer mente "normal" pudesse imaginar. Ele seguia a tradição brasileira de contar histórias, mas o fazia de uma forma completamente diferente e inusitada. Muito mais um escritor do que propriamente um cantor, Fausto, com uma pegada meio rap e toques disco-music, acompanhado de seu fiel escudeiro o guitarrista Carlos Laufer, praticamente declamava as letras, narrava as histórias com alguma entonação musical, e, no refrão, sim, normalmente, carregava no ritmo. Assim, em uma Copacabana suja e caótica, nos apresentava uma prostituta asiática dona de um furgão rosa-choque, habitante de um apê-kitinete onde aconteciam atividades suspeitas, na disco-oriental "Gueixa Vadia". Conhecíamos também uma grafiteira dos prédios de Copa, "Tânia Miriam", uma jovem loira de vestes extravagantes e hábitos peculiares. Éramos apresentados a uma nova droga vendida por camelôs turcos, o "Drops de Istambul", cujas sensações alucinógenas, a viagem, e as imagens fantásticas são descritas pelos jovens de Copacabana a um repórter para um noticiário local. No embalo do jornalismo, tema recorrente, também no trabalho do autor, "Rap de Anne Stark", imagina uma realidade na qual os telejornais passam a ser uma grande atração de entretenimento, tal qual filmes ou novelas, tendo até mesmo, para seus adeptos, locadoras especializadas, tal como a boutique Paulo Francis localizada no coração de Copacabana, com uma seção dedicada especialmente às mais belas locutoras do mundo inteiro, com fitas dessas musas do telejornalismo narrando notícias ininterruptas, se destacando entre elas, como estrela máxima, a loura Anne Stark.

"Kátia Flávia, A Godiva do Irajá", o grande hit da carreira do cantor, se diferenciava das demais por uma produção mais caprichada. A cargo do mestre brasileiro dos estúdios, Liminha, a faixa trazia um funk agressivo, uma guitarra suingada do parceiro Carlos Laufer e um trabalho vocal mais elaborado, tudo apoiado num refrão irresistivelmente transgressor ("Alô, polícia / Eu tô usando / Um Exocet / Calcinha"). O conto musical narrava a aventura de uma louvação irresistível do subúrbio, do bairro do Irajá, que ficara famosa por cavalgar nua num cavalo branco e que depois de matar o marido bicheiro, rouba uma viatura policial, ruma para Copacabana e ameaça detonar uma calcinha explosiva. Loucura total. Maravilhosamente louco! 

Embora o hit da Godiva do Irajá tivesse sido a música de trabalho do álbum, minha preferida do disco é "Chinesa Videomaker", uma obra absolutamente singular que junta pornografia, fetichismo, multimídia, jornalismo, tecnologia, Escrava Isaura, Gabriela Sabatini e Madonna, tudo em uma só história. Em "Chinesa Videomaker", o autor nos apresenta uma empresária da noite, dona de uma boate, que tem o hobby de capturar homens na madrugada carioca, levá-los ao seu apartamento e exibir imagens de telejornais para o sequestrado enquanto pratica nele uma generosa sessão de sexo oral. O problema é que, depois de desovar o rapaz numa esquina qualquer, ela dá bobeira e é capturada por uma gangue fã de Madonna que leva a chinesa para o alto de um prédio e a joga de lá. Com certeza, a história mais bem construída e estruturada dentre os contos musicais só álbum.

"Estrelas Vigiadas", que a segue, pelo contrário, na minha opinião é a mais fraca, embora apresente um cenário interessantíssimo de uma Copacabana fantasma, suja e semiabandonada, que contrasta com o glamour do Copacabana Palace, sede uma avançadíssima exposição bélico-espacial.

Pra fechar, uma situação bizarra envolvendo um cargueiro de tequila e um iate com belíssimas passistas de escola de samba, nos faz conhecer a loirinha Juliette, uma jovem procurada pela polícia da qual não se tem maiores informações, a não ser o fato de que seria filha ilegítima de um dos jogadores da seleção holandesa de 1974. Num sambinha safado, cantado em parceria com Fernanda Abreu, Fausto enumera todos os jogadores da Laranja Mecânica como possibilidades da paternidade da loira Juliette que, no fim das contas, é perseguida pelo policial que a reconhece em meio aos curiosos pelo inusitado naufrágio, a executa brutalmente e a enterra na areia da praia de Copacabana.

Se não é nenhuma exuberância musical, melódica, "Fausto Fawcett e os Robôs Efêmeros" é um espetáculo literário de criatividade e de histórias fantásticas e improváveis. Em meio à sonoridade pós-punk e as letras engajadas de seus contemporâneos, a filosofia das letras dos Engenheiros, o minimalismo agressivo dos Titãs, da poesia cotidiana de Cazuza, o messianismo da Legião, Fausto Fawcett, à sua maneira também escrevia seu nome de forma significativa na geração rock dos anos 80 com sua sonoridade rap-disco-samba-oriental singular, e contando histórias, como muito já se fez na música brasileira, mas de uma maneira que, até hoje, só ele sabe fazer.

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FAIXAS:

1. "Gueixa Vadia" 6:16
2. "Tânia Míriam" 3:54
3. "Drops de Istambul" 3:57
4. "O Rap d'Anne Stark" 6:35
5. "Kátia Flávia, a Godiva do Irajá" 4:06
6. "A Chinesa Videomaker" 7:02
7. "Estrelas Vigiadas" 5:00
8. "Juliette" (part. Fernanda Abreu) 4:12


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Ouça:




por Cly Reis


quarta-feira, 10 de agosto de 2022

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Lumiar (Nova Friburgo) - Rio de Janeiro / RJ

 


Distrito de Nova Friburgo, pequeno lugarejo encravado em meio à Serra Fluminense, Lumiar é um passeio agradabilíssimo. Lugarzinho com aquela cara típica de cidade interiorana: um pequeno "centrinho" com um comércio básico de produtos locais, meia dúzia de restaurantes, uma praça, uma área residencial não muito extensa e era isso. Bom, quase isso... O grande atrativo do lugar são as cachoeiras e nascentes espalhadas nos arredores da cidade. Belíssimas fontes, leitos de rio, quedas d'água e formações rochosas são os cartões postais de Lumiar e garantem o deleite visual dos turistas, além da refrescância de bons banhos de rio e cachoeiras. 

Seguem aí, abaixo, alguns registros feitos na simpática cidadezinha serrana do Estado do Rio de Janeiro:


O lugar conhecido como o Encontro dos Rios

Ainda no Encontro dos Rios, mais adiante


Encontro dos Rios: lá em cima da pedra

Detalhe de uma nascente

Vista do alto de uma das pedras -
Encontro dos Rios

Belíssimas imagens proporcionadas pela natureza -
Encontro dos Rios

Aqui o riozinho que passava atrás de onde estávamos hospedados

Caminho para a aventura:
Cachoeira Indiana Jones

Aqui o motivo do nome da cachoeira.
Lembra a pedra do filme 'Indiana Jones e o Templo da Perdição"


Poço Belo

Detalhe da cachoeira do Poço Belo

E aqui, o Poço Feio, que de feio não tem nada.

Detalhe da corredeira do Poço Feio

A pequena mas belíssima Cachoeira São José

E aqui, este seu blogueiro, em frente 
a essa beleza da cidade.


fotos: Cly Reis

segunda-feira, 16 de maio de 2022

Criolo, com participação especial de Liniker - Tim Music Rio - Praia de Copacabana - Rio de Janeiro /RJ (14/05/2022)

 


Criolo comandando o palco ao lado do DJ Dandan
 e com seu trio de multi-instrumentistas ao fundo.

Sim, voltamos aos shows! O ClyLive até já havia voltado a ter relatos de comparecimento a espetáculos, por parte de colaboradores, mas, depois de todo o período de pandemia, suspensão de eventos, distanciamento, aquele temorzinho pela exposição, pela aglomeração, parece que agora as coisas já estão suficientemente controladas para que, mesmo com alguns cuidados, a gente volte para a muvuca.

E não tinha maneira melhor de voltar do que com um showzaço desses! Criolo, juntamente com seu trio de percussão e seu DJ e MC Dandan,  destruíram, botaram tudo abaixo, quebraram tudo, causaram uma verdadeira tempestade de areia na praia de Copacabana, no Festival Tim Music Rio. O cara é pura força, pura intensidade! É rap, é soul, é reggae, é batuque, é africanidade, é música brasileira. Muita energia vinda do palco com uma resposta incrível do público que entoava com empolgação e vibração os versos contundentes e incisivos do cantor, desde as coisas mais recentes, como "Preto ganhando dinheiro incomoda demais", do novo trabalho "Sobre Viver", às mais conhecidas como, "Eu tenho orgulho da minha cor /Do meu cabelo e do meu nariz /Sou assim e sou feliz /Índio, caboclo, cafuso, criolo /Sou brasileiro", da marcante "Sucrilhos", assinando embaixo no discurso de resistência, de luta, mas sobretudo de paz, amor e igualdade.

Como se não bastasse a performance magnética de Criolo, a programação previa a participação de Liniker, um dos nomes que, particularmente, mais admiro da nova geração nacional, e que embora tenha demorado e se limitado a um trecho bastante reduzido do show, a canja que deu valeu a pena cada minuto. Com seu vocal potente e com uma presença de palco eletrizante, a cantora incendiou o público e botou a baixo o que ainda restava. Destaque todo especial para sua participação na, já clássica, "Não Existe Amor em SP", que com os dois ao microfone, com a melancolia calculada de Criolo, e com poderio vocal dela, foi uma daquelas coisas, simplesmente, de arrepiar.
Voltando ao Live em grande estilo!
Muito contente em ter presenciado um espetáculo como esse, com tanta atitude, inclusão, respeito e diversidade, e com dois dos grandes nomes da atualidade da música brasileira. Pra lavar a alma por todo esse tempo longe dos shows.


Criolo com Liniker - trecho de "Não Existe amor em SP"
Tim Music Rio - Copacabana - Rio de Janeiro (14/05/2022)



Cly Reis 

segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Vista Chinesa - Rio de Janeiro - RJ




Domingão..., aquele dia de dar aquela pedalada pela cidade. Eu que costumo ir para a zona sul, Atêrro do Flamengo, Copacabana, Ipanema, dessa vez resolvi fazer um caminho diferente: encarei a subida do Alto da Boa Vista e dei aquela esticada até a Vista Chinesa, um dos mais conhecidos e belos mirantes do Rio de Janeiro. A subida é  puxada, numa elevação  total de aproximadamente 400 metros, mas a recompensa vale, com aquela belíssima  paisagem e uma agradável parada antes da volta que, pelo menos, é  praticamente só  de descida. Ufa!
Fiquem aí  com algumas imagens lá  de cima, da Vista Chinesa:

A simples e bela edificação da Vista Chinesa,
paragem para visitantes, turistas e ciclistas.

Um dos ângulos da vista lá de cima, 
pegando Botafogo e Urca.

Uma brechinha entre as árvores, numa vista lateral.

Vista mais ampla, aqui pegando também o Corcovado, à esquerda.

Detalhe da estrutura do pagode chinês.

E este seu intrépido blogueiro,
baixando a máscara, só um pouquinho, para a selfie.


Cly Reis

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Mini Ramp Pro Attack 2021 - Praça Mauá- Rio de Janeiro/ RJ (28/11/2021)




Descobri por acaso, passando de bicicleta pelo Boulevard Olímpico, no centro do Rio, a competição Mini Ramp, que estava acontecendo ali, na tarde de ontem. Interrompi um pouco minha atividade física e dei uma conferida no evento que, assim, de passagem, pareceu de muito bom nível, contando inclusive com o medalhista olímpico Pedro Barros. 
Não fiquei muito por lá porque queria mesmo dedicar a tarde às pedaladas pelas ruas do Rio, mas fiz alguns registros e aí estão eles para dar uma pequena ideia de como foi o evento.



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Cly Reis