sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Elton John - “Captain Fantastic and The Brown Dirt Cowboy" (1975)
sexta-feira, 5 de abril de 2013
The Cure - HSBC Arena - Rio de Janeiro (04/04/2013)
Uma noite Como Essa
por Cly Reis
foto: site Terra
|
High
The End Of The World
Love Song
Push
In Between Days
Just Like Heaven
From The Edge Of The Deep
Pictures Of You
Lullaby
Fascination Street
Sleep When I´m Dead
Play For Today
A Forest
Bananafishbones
Shake Dog Shake
Charlotte Sometimes
The Walk
Mint Car
Friday I´m In Love
Doing The Unstuck
Trust
Want
The Hungry Ghost
Wrong Number
One Hundred Years
End
Plainsong
Prayers For Rain
Desintegration
Dressing Up
The Love Cats
The Catterpillar
Close To Me
Hot Hot Hot
Let´s Go To Bed
Why Can´t I Be You
Boys Don´t Cry
Saturday Night
Killing an Arab
segunda-feira, 13 de julho de 2009
The Jesus and Mary Chain - "Psycho Candy" (1985)
O (meu) Maior Disco de Todos os Tempos
Quando começou o disco eu não acreditava no que estava ouvindo...
Tinha apenas lido a respeito. Melhor disco do ano em diversos meios de mída, melhor da revista Bizz na época. Definiam como ácido, uma avalanche sonora. Nem tentei ouvir antes pra ver se ia gostar, tratei logo de comprar. Comprei ainda o vinil. Eu mal sabia que aquela capa meio tosca era quase um aviso. Tudo faria sentido quando eu pousasse a agulha sobre o vinil.Levei pra casa e quase ritualísticamente como costumava fazer quando tinha alguma expectativa para ouvir os discos que comprava, parei, sentei, me acomodei e botei a bolacha pra rodar.Quando começou o disco eu não acreditava no que estava ouvindo. Aquela batida surda, alta, estourando mas levemente cadenciada sobre uma suave melodia que iniciava por uma longa paletada de guitarra era verdadeiramente doce mas completamente ÁCIDA. Sim, esta era a palavra pra definir "Just Like Honey" que abre o disco. Ácida.
Encantado com a primeira, sou surpreendido por uma torrente de som, quase ensurdecedora, vibrante, vigorosa, ousada, arrebatadora que é "The Living End". Aí, sim, eu já não entendia mais nada. O que era aquilo que eu estava ouvindo? "The Living End" era algo entre o experimentalismo de "European Song" do Velvet Undergriound", o embalo das surf music dos anos 50, vocais arrastados tipicamente ingleses, e uma sonoridade que lembrava "Anarchy in the UK" dos Pistols, tudo isso com microfonias, ruídos e distorções que faziam daquilo algo único.
A partir daí o cartão de visitas foi posto na mesa: a tônica do álbum estava colocada. A proposta ficava conhecida. Os ruídos e as microfonias não eram meros recusrsos para reforçar o barulho. Eles fazem parte de uma concepção de música, de rock e dos tempos. Por mais que já se tivesse visto isso com Stooges, com MC5 com o Velvet, nunca isso tinha sido colocado como identidade sonora em um álbum e de uma maneira tão bem construída, compondo e decompondo as canções, integrando-as sem esconder a sonoridade pretendida dentro delas.
O início do lado B mantém o impacto deixado pela letal "Taste of Cindy" que fecha a primeira parte. "Never Understand" é outra das provas de que a sonoridade pretendida é fica evidente com sua aura meio rackabilly, meio surf, mas com aquela atmosfera cheia de barulhos.
O disco dá uma pausa pra respirar com "Sowing Seeds" que baixa a rotação novamente, mas é só o tempo pra se recuperar e partir pro ataque com "My Little Underground", outra das melhores.
Fecha com "It's so Hard", com todas as características do disco mas um pouco mais soturna, enquadrando-se no contexto no qual afinal de contas faziam parte naquele momento, cheio de darks, góticos e afins. Chegava ao final meio que sem fôlego. Entreo extasiado e anestesiado.
Nunca tinha ouvido um disco igual.
"Psychocandy" evidentemente foi muito influenciado - punk, rockabilly, blues, surf music, Velvet, 13th. Floor Elevators, Beach Boys...- mas por ter conseguido ser um álbum coeso, único e original a partir de toda essa bagagem agragada e por seu caráter "barulhento" singular, também acabou por ser, desde seu nascimento, um disco extremamente influente e as microfonias e distorções desmedidas acabaram por se tornar assinatura dos irmãos Reid.
*********************
FAIXAS:
- "Just Like Honey" – 3:03
- "The Living End" – 2:16
- "Taste the Floor" – 2:56
- "The Hardest Walk" – 2:40
- "Cut Dead" – 2:47
- "In a Hole" – 3:02
- "Taste of Cindy" – 1:42
- "Never Understand" – 2:57
- "Inside Me" – 3:09
- "Sowing Seeds" – 2:50
- "My Little Underground" – 2:31
- "You Trip Me Up" – 2:26
- "Something's Wrong" – 4:01
- "It's So Hard" – 2:37
****************************
Ouça:
The Jesus and Mary Chain Psycho Candy
sexta-feira, 24 de janeiro de 2020
Dossiê ÁLBUNS FUNDAMENTAIS 2019
O pessoal de Liverpool tá imbatível. E não estou falando do time de Salah, Firmino e Mané. |
Na nossa tradicional atualização dos discos que pintaram por aqui no último ano, lá na frente, entre os artistas que têm mais obras citadas na nossa seção, entre os internacionais, Os Rapazes de Liverpool finalmente assumiram a liderança, uma vez que, nem Bowie nem Stones, que dividiam a dianteira com eles, tiveram novos discos incluídos nos A.F., mas é bom abrir o olho porque os alemães do Kraftwerk, considerado por muitos o outro nome mais influente na música de todos os tempos, botaram mais um disco na roda esse ano e subiram para o segundo degrau do pódio. Já pelo lado nacional, não houve mudança lá na frente e o destaque ficou com as estreias de Airto Moreira, Tribalistas e o já citado Zé Ramalho.
Entre os países, os Estados Unidos se mantém à frente com boa folga, e, na disputa pela prata, os ingleses, com um bom número de artistas emplacando álbuns fundamentais, aproxima-se perigosamente dos brasileiros. Quanto às décadas, os anos 70 continuam mandando no pedaço, mas falando em anos, especificamente, ainda é o de 1986, que põe mais discos na nossa lista.
No ano atual, já temos um Álbum Fundamental mas que não entra para a contabilidade do ano passado. A expectativa para 2019 é se os Beatles confirmarão sua liderança e se, no Brasil, alguém vai desbancar Jorge Ben, que reina absoluto há um bom tempo na lista nacional.
Vamos conferir então como ficaram as coisas por aqui depois deste último ano:
PLACAR POR ARTISTA INTERNACIONAL (GERAL)
- The Beatles: 6 álbuns
- David Bowie, Kraftwerk e Rolling Sones: 5 álbuns cada
- Miles Davis, Talking Heads, The Who, Smiths, Led Zeppelin e Pink Floyd: 4 álbuns cada
- Stevie Wonder, Cure, John Coltrane, Van Morrison, Sonic Youth, Kinks, Iron Maiden, Wayne Shorter, John Cale* e Bob Dylan: 3 álbuns cada
- Björk, The Beach Boys, Cocteau Twins, Cream, Deep Purple, The Doors, Echo and The Bunnymen, Elvis Presley, Elton John, Queen, Creedence Clarwater Revival, Herbie Hancock, Janis Joplin, Johnny Cash, Joy Division, Lee Morgan, Lou Reed, Madonna, Massive Attack, Morrissey, Muddy Waters, Neil Young and The Crazy Horse, New Order, Nivana, Nine Inch Nails, PIL, Prince, Prodigy, Public Enemy, R.E.M., Ramones, Siouxsie and The Banshees, The Stooges, U2, Pixies, Dead Kennedy's, Velvet Underground e Brian Eno* : todos com 2 álbuns
PLACAR POR ARTISTA (NACIONAL)
- Jorge Ben: 5 álbuns*
- Gilberto Gil*, Tim Maia e Caetano Veloso: 4 álbuns*
- Chico Buarque, Legião Urbana, Titãs e Engenheiros do Hawaii: 3 álbuns cada
- Baden Powell**, Gal Costa, João Bosco, João Gilberto***, Lobão, Novos Baianos, Paralamas do Sucesso, Paulinho da Viola, Ratos de Porão e Sepultura: todos com 2 álbuns
** contando o álbum Baden Powell e Vinícius de Moraes, "Afro-sambas"
*** Contando o álbum Stan Getz e João Gilberto, "Getz/Gilberto"
PLACAR POR DÉCADA
- anos 20: 2
- anos 30: 2
- anos 40: -
- anos 50: 15
- anos 60: 84
- anos 70: 125
- anos 80: 104
- anos 90: 77
- anos 2000: 12
- anos 2010: 13
*séc. XIX: 2
*séc. XVIII: 1
PLACAR POR ANO
- 1986: 21 álbuns
- 1985: 17 álbuns
- 1976 e 1969: 16 álbuns cada
- 1967, 1968 e 1977: 15 álbuns cada
- 1971 e 1973: 14 álbuns
- 1972, 1975, 1979 e 1991: 13 álbuns
- 1965 e 1992: 12 álbuns cada
- 1970, 1987,1989 e 1994: 11 álbuns cada
- 1966, 1978 e 1980: 10 álbuns cada
PLACAR POR NACIONALIDADE*
- Estados Unidos: 155 obras de artistas*
- Brasil: 121 obras
- Inglaterra: 110 obras
- Alemanha: 9 obras
- Irlanda: 6 obras
- Canadá: 4 obras
- Escócia: 4 obras
- México, Austrália, Jamaica, Islândia, País de Gales: 2 cada
- País de Gales, Itália, Hungria, Suíça, França e São Cristóvão e Névis: 1 cada
domingo, 9 de janeiro de 2022
DOSSIÊ ÁLBUNS FUNDAMENTAIS 2021
O velho Wayne de olho no trono dos Beatles |
2021 foi o ano do jazz nos ÁLBUNS FUNDAMENTAISÁLBUNS. Das 29 obras destacas na nossa seção de discos, 11 foram do refinado estilo norte-americano. Se aproveitando desse predomínio, neste período, o craque Wayne Shorter encostou definitivamente no pessoal de cima. Ainda não alcançou os Beatles, que continuam liderando, mas, junto com seu companheiro de sopro, Miles Davis, que também chegou nas cabeças, já começam a botar uma certa pressão nos rapazes de Liverpool. A propósito da Terra da Rainha, curiosamente no último ano, não tivemos NENHUM artista britânico teve discos incluídos na nossa seção. as ações ficaram basicamente divididas entre norte-americanos e brasileiros, com destaque para o primeiro japonês na lista, o versátil Ryuichi Sakamoto.
No que diz respeito aos brasileiros, Caetano Veloso que dividia a liderança com Jorge Ben, agora toma a frente isoladamente por conta pela participação no disco "Brasil", com João Gilberto, Bethânia e Gilberto Gil. Mas a disputa está tão apertada quanto no internacional e qualquer disco aqui, disco ali, no ano que chega, pode mudar o panorama.
Entre as décadas com mais obras mencionadas, os anos 70 continuam imbatíveis, embora o ano que aparece mais vezes seja o de 1986. Chama atenção que cada vez mais é inevitável que seja reconhecida a qualidade e se projete a relevância de trabalhos recentes, o que faz com que venham aparecendo com mais frequência, em maior número e cada vez mais fresquinhos, como foi o caso do recém lançado "Carnivore", do Body Count, que mal nasceu e já figura entre os melhores.
Então, vamos aos números que é o que interessa. Chegou a hora da verdade!
- The Beatles: 6 álbuns
- David Bowie, Kraftwerk, Rolling Sones, Pink Floyd, Miles Davis e Wayne Shorter: 5 álbuns cada
- Talking Heads, The Who, Smiths, Led Zeppelin, Bob Dylan, John Coltrane e John Cale* **: 4 álbuns cada
- Stevie Wonder, Cure, Van Morrison, R.E.M., Sonic Youth, Kinks, Iron Maiden, Lee Morgan e Lou Reed**: 3 álbuns cada
- Björk, Beach Boys, Cocteau Twins, Cream, Deep Purple, The Doors, Echo and The Bunnymen, Elvis Presley, Elton John, Queen, Creedence Clarwater Revival, Herbie Hancock, Janis Joplin, Johnny Cash, Joy Division, Madonna, Massive Attack, Morrissey, Muddy Waters, Neil Young and The Crazy Horse, New Order, Nivana, Nine Inch Nails, PIL, Prince, Prodigy, Public Enemy, Ramones, Siouxsie and The Banshees, The Stooges, U2, Pixies, Dead Kennedy's, Velvet Underground, Metallica, Dexter Gordon, Philip Glass, Body Count, Faith No More, McCoy Tyner, Vince Guaraldi, Grant Green e Brian Eno* : todos com 2 álbuns
PLACAR POR ARTISTA (NACIONAL)
- Caetano Veloso: 6 álbuns*
- Jorge Ben: 5 álbuns **
- Gilberto Gil* **: 5 álbuns
- Tim Maia e Chico Buarque: 4 álbuns
- Gal Costa, Legião Urbana, Titãs, Engenheiros do Hawaii e João Gilberto* ****: 3 álbuns cada
- Baden Powell**, João Bosco, Lobão, Novos Baianos, Paralamas do Sucesso, Paulinho da Viola, Ratos de Porão, Roberto Carlos, Sepultura e Milton Nascimento**** : todos com 2 álbuns
*contando com o álbum "Brasil", com João Gilberto, Maria Bethânia e Gilberto Gil
**contando o álbum Gilberto Gil e Jorge Ben, "Gil e Jorge"
*** contando o álbum Baden Powell e Vinícius de Moraes, "Afro-sambas"
**** contando o álbum Stan Getz e João Gilberto, "Getz/Gilberto"
PLACAR POR DÉCADA
- anos 20: 2
- anos 30: 3
- anos 40: -
- anos 50: 19
- anos 60: 96
- anos 70: 138
- anos 80: 116
- anos 90: 89
- anos 2000: 13
- anos 2010: 15
- anos 2020: 2
*séc. XIX: 2
*séc. XVIII: 1
PLACAR POR ANO
- 1986: 22 álbuns
- 1977: 19 álbuns
- 1969 e 1985: 17 álbuns
- 1967, 1972, 1973 e 1976: 16 álbuns cada
- 1968 ,1970 e 1991: 15 álbuns cada
- 1971, 1979, 1980 e 1991: 14 álbuns
- 1965, 1975 : 13 álbuns
- 1965 e 1992: 12 álbuns cada
- 1964, 1966, 1987,1989, 1990 e 1994: 11 álbuns cada
- 1978: 10 álbuns
PLACAR POR NACIONALIDADE*
- Estados Unidos: 192 obras de artistas*
- Brasil: 139 obras
- Inglaterra: 114 obras
- Alemanha: 9 obras
- Irlanda: 6 obras
- Canadá: 4 obras
- Escócia: 4 obras
- México, Austrália, Jamaica, Islândia, País de Gales: 2 cada
- Japão, País de Gales, Itália, Hungria, Suíça, França, Bélgica, Rússia, Angola e São Cristóvão e Névis: 1 cada