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terça-feira, 10 de setembro de 2013

ClyBlog 5+ Músicas


Cinco amigos e as 5 músicas que, por algum motivo, qualidade, emoção, memória, referência, ou qualquer outro que seja, fazem suas cabeças:




1 Cláudia de Melo Xavier
funcionária Pública
(São Paulo)
"Da minha vida de morcega no início do Madame Satã e nos anos 80.
Bem clássicas. Na época pirei quando ouvi.
Amo"

1. "Bela Lugosi is Dead" - Bauhaus
2. Should I Stay or Shoud I Go - The Clash
3. Anarchy in the U.K. - Sex Pistols
4. The Boy With the Thorn in His Side - The Smiths

5. Boys Don't Cry- The Cure


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2 Roberto Freitas
empresário e vocalista da banda
The Smiths Cover Brasil
(Rio de Janeiro)
"As minhas não estão na ordem, pois acho que seria injusto."

1. "Well I Wonder" - The Smiths
2. "Human" - Human League
3. "The More You Ignore Me The Closer I Get" - Morrissey
4. "Butterfly on a Wheel" - The Mission
5. "Back on a Chain Gang" - Pretenders

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3 Eduardo Wolff
jornalista
(Porto Alegre)
"Saiu essa lista... com muito pesar de várias outras, hehe!"


1. "She is Leaving Home" - The Beatles
2. "My Generation" - The Who
3. "Tumbling Dice" - The Rolling Stones
4. "Layla" - Derek and the Dominos
5. "Blitzkrieg Bop" - Ramones


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4 Patrícia Rocha
vendedora
(Rio de Janeiro)
" 'Sete Cidades' passou a ter um significado importante pra mim
e as do Cure e dos Smiths me lembram a juventude
e a época de boas músicas."

1. "Sete Cidades - Legião Urbana
2.  "In Between Days" - The Cure

3. "Thre's a Light That Never Goes Out" - The Smiths
4.  "Infinite Dreams" - Iron Maiden
5. "Once" - Pearl Jam

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5 Guilherme Liedke
arquiteto, cartunista, músico
(Las Vegas, USA)

"Bom bixo, definir 5 musicas sob vários conceitos é complicadíssimo,

mas digamos assim, que eu tenha definido as

5 musicas melhores escritas e gravadas no meu conceito geral."

1. "Blowing in the Wind" - Bob Dylan

2. "Bridge Over Trouble Water - "Elvis Presley
3. "Free Bird" - Lynyrd Skynyrd
4. "God Only Knows" - The Beach Boys
5. "(Just Like) Starting Over" - John Lennon





sexta-feira, 5 de abril de 2013

The Cure - HSBC Arena - Rio de Janeiro (04/04/2013)


Uma noite Como Essa
por Cly Reis

foto: site Terra
O The Cure está definitivamente redimido comigo. Como se precisasse depois da quantidade de músicas que me proporcionaram embalando minha vida há quase 30 anos. Mas se redimiramem relação ao show do Hollywood Rock de 1996, para o qual fui cheio de expectativas e saí relativamente desapontado. Digamos que fizemos as pazes no que diz respito a apresentações ao vivo.

Desta vez não! Uma banda vibrante, pilhada, motivada, entrosada, fez um show entusiástico e impecável. Tirando o baterista Jason Cooper, que eu nunca engoli desde que entrou na banda, para mim um músico afoito, sem naturalidade, ao contrário de seu antecessor, Boris Williams que tocava limpo, sem fazer esforço, o time agora parece estar redondinho, funcionado como um relógio. O resultado disso foi uma performance coletiva competentíssima, salientando a do baixista Simon Gallup, que além de esmerilhar no instrumento, em especial em "Fascination Street" e "Disintegration", tem uma performance de palco muito bacana, com o baixão lá na metade da coxa e se movimentando intensamente o tempo todo.

A gente sempre fica naquela curiosidade sobre que música vai abrir o show e tal, ainda mais no caso do Cure, de grandes inícios de discos, e entre tantas boas alternativas, a opção da banda foi a lógica: abriu com “Open” do álbum “Wish”. Nada mais apropriado, não? Aliás a primeira parte do show, bem longa conforme prometido, começou e fechou com as faixas deste álbum: “Open” na entrada e “End” pra encerrar. No meio disso uma viagem ao longo de toda a discografia, intercalando grandes sucessos com outras menos populares. Teve "In Between Days" levando a galera à loucura; uma “Shake Dog Shake’ ganhando em peso e energia mas perdendo um pouco a identidade (quase não reconheci de início); “Trust”, a única balada, executada lindamente; uma “Love Song” emocionante e até dancinha de aranha de Robert Smith na ótima "Lullaby".

Não chorei tanto quanto no show do Morrissey, aqui no Rio, há pouco tempo atrás, mas em “Play for Today”, por exemplo, sequer consegui acompanhar aquele “ôôô” criado pelo público no disco “Paris”, por conta das lágrimas; e ainda, de sacanagem comigo, Mr. Smith e sua turma resolveram emendar, na sequência, o clássico “A Forest” pra desmontar qualquer sistema emocional. Aí não teve jeito, tive que assistir a essa parte do show com a vista toda embaçada.

Depois de “End”, excessivamente barulhenta por conta do som do ginásio que foi piorando gradualmente, terminada a primeira parte, a banda deu aquele tempinho, bebeu aquela aguinha esperta e voltou para um bloquinho "Disintegration", iniciando com a própria abertura do álbum, "Plainsong", linda e apaixonante, seguida da surpreendente "Prayers for Rain", e fechando o primeiro bis com a faixa-título do que é para mim o melhor disco da banda, "Disintegration", cheia daquele efeitinhos de vidro quebrando, que na verdade, são um charme a mais na música.

O terceiro bis, e a última parte do show foi pra galera, empilhando hits de modo a não despontar ninguém. Foi “Why Can’t I Be You?”, “Hot Hot Hot!!!”, "Close to Me", “Boys Don’t Cry” e até “The Caterpillar”, não muito comum em concertos, reservando a reta final para aquela sequenciazinha já tradicional dos encerramentos do Cure, com “10:15 Saturday Night”, que levou o público à loucura, e “Killing na Arab”, matadora, já num estado de êxtase coletivo.

Destaques também para “Just Like Heaven”, talvez a mais festejada; para "Push", com o público cantando junto o “go, go, go!!!” ; “From the Edge of Deep Green Sea” pouco conhecida do grande público e longa para shows mas mesmo assim com ótima receptividade da audiência;  “Sleep When I’m Dead” que eu, particularmente não conhecia e gostei muito; e ainda para “Want” , a única música aproveitável do sofrível álbum “Wild Mood Swings”. Agradáveis surpresas foram “Bananafishbones”, impecavelmente bem executada e “The Lovecats”, extremamente rara nas set-lists de shows, e interessantes ausências foram, para mim, “Primary”, que considero uma música com pique bom para apresentações ao vivo, e "A Night Like This", uma das grandes da banda e que certamente teria uma boa receptividade, mas que não fizeram tanta falta assim a ponto de comprometer o conjunto geral do espetáculo.

Se eu tinha alguma seqüela daquele showzinho bem mais ou menos de 1996, posso dizer agora que finalmente estou curado. Um show empolgante, vigoroso, numa noite memorável. Uma noite para guardar na memória pois uma noite como essa não é sempre que se tem a oportunidade de presenciar.

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SETLIST
Open
High

The End Of The World
Love Song
Push
In Between Days
Just Like Heaven
From The Edge Of The Deep
Pictures Of You

Lullaby
Fascination Street
Sleep When I´m Dead
Play For Today
A Forest
Bananafishbones
Shake Dog Shake
Charlotte Sometimes
The Walk
Mint Car
Friday I´m In Love
Doing The Unstuck
Trust
Want
The Hungry Ghost
Wrong Number
One Hundred Years
End
Plainsong
Prayers For Rain
Desintegration
Dressing Up
The Love Cats
The Catterpillar
Close To Me
Hot Hot Hot
Let´s Go To Bed
Why Can´t I Be You
Boys Don´t Cry
Saturday Night
Killing an Arab

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

"Nunca é o Bastante: A História do The Cure", de Jeff Apter - Edições Ideal (2015)


"(...) As gravadoras não tem a menor ideia
do que o Cure faz
e do que a banda significa."
Robert Smith



Eu juro que, como fã, queria ter gostado de "Nunca é o Bastante: A História do The Cure" do jornalista australiano Jeff Apter, mas o livro é um trabalho sem alma, sem paixão. Talvez "excessivamente" jornalístico, em muitos momentos, parece um mero relatório de números e datas com a dolorosa finalidade de em algum momento chegar ao final. Embora seja inegável o trabalho, a investigação, parece haver uma certa ausência de envolvimento do autor com o tema o que acho estranho para alguém que se proponha a fazer uma biografia de um artista ou banda. Jeff Apter parece um biógrafo profissional que escreve sobre artistas e não um fã que escreve biografias de bandas que considere que mereçam ter sua história contada.
Não sei, sinceramente o quanto o senhor Apter é ou julga-se fã do The Cure mas a sensação que dá é que ele não é lá muito admirador ou, se é, faz como aquele tipo de comentarista esportivo que, conhecido seu clube do coração, quando comenta sobre ele, a fim de alicerçar credibilidade, põe defeitos ou vê marcações a favor do adversário. Jeff Apter por várias vezes dentro do livro deprecia canções, desvaloriza instrumentistas, subvaloriza feitos e desmensura importância e qualidade de álbuns. Dedica pouca atenção à construção, concepção, idealização dos álbuns e é muito básico na descrição da parte técnica das canções, e quando o faz, a meu ver, o faz tão equivocadamente a ponto do fã perguntar-se, "ele está falando da mesma música que eu estou pensando?". Gasta muita tinta com bebedeiras e números de turnê quando poderia estar concentrando esforços em coisas mais relevantes.
Mas tenho que admitir que, de qualquer forma, o livro cumpre com a sua proposta, de contar a história da banda e não há como negar que o produto envolveu um belo esforço, contatos, pesquisa e pedras pelo caminho. Como méritos do livro devo apontar o fato de dar a real dimensão do problema de Lol Tolhurst com a bebida e explicar definitivamente sua inviabilidade na banda; de revelar os motivos pelos quais "Wild Mood Swings" é um álbum tão ruim e o quão equivocadas foram as decisões em torno dele; revelar, não raramente, inconsistência de declarações de Robert Smith sobre sua obra; confirmar o quanto cada um dos discos da trilogia sagrada do Cure, "Pornography", "Disintegration" e "Bloodflowers" são importantes desde sua concepção, inclusive para o próprio Robert Smith; e mostrar o quão perto o Cure esteve, efetivamente, várias vezes, à beira do fim.
No mais, parabéns pela pesquisa, pelo interesse, pelo esforço mas, infelizmente, não foi o bastante.



Cly Reis

terça-feira, 2 de abril de 2013

"The Cure In Orange", de Tim Pope (1987)




Na semana em que o The Cure retorna ao Brasil para shows aqui no Rio e em São Paulo, aproveito para destacar o filme, registrando um concerto épico da banda na França, num anfiteatro romano na província de Orange, que por sinal empresta seu nome e cor ao filme: “The Cure in Orange”.
Dirigido por Tim Pope, amigo dos integrantes e diretor de diversos clipes da banda, o filme registra um concerto na íntegra transcorrendo desde o entardecer até o cair da noite, o que associado ao cenário das ruínas do bem conservado anfiteatro, reforça toda uma atmosfera cenográfica e apropriada ao visual e proposta do grupo. Com uma forma muito particular de conduzir o filme, o diretor se vale da identidade visual dos próprios videoclipes para compor a filmagem do concerto, balançando a câmera, levando-a quase no rosto dos músicos e trabalhando cores vivas em “Inbetween Days”, utilizando um discreto slow-motion em “A Night Light This”; imitando raios de sol entrando entre árvores em “A Forest”; ou perseguindo o cantor em “Close to Me”.
Robert Smith, de cabelo 'normal'
revelado pelo amigo Gallup
O show tem uma particularidade interessante registrada pelo diretor logo no início do filme: na entrada da banda para o palco, ao som de “Relax” do The Glove como música de entrada, Robert Smith, de cabelo cortado, provavelmente para não desapontar o público que sempre espera vê-lo com a tradicional juba desgrenhada e arrepiada, entra no palco com uma peruca imitando a ele próprio, mas logo é ‘desmascarado’ pelo baixista Simon Gallup que tira o adereço jogando-o longe. Aí, de cabelo curto mesmo, abrem o showzaço com a matadora “Shake Dog Shake” que mesmo não sendo lá tão enérgica já abre a roda de pogo na galera; mas “Play for Today”, sim, de apelo pós-punk mais evidente incendeia o pessoal da frente do palco e a roda punk come solta. O show, impecável do início ao fim, traz diversos grandes momentos musicais e visuais, como as já citadas “Inbetween Days”, “Close to Me” e “A Forest”; "One Hundred Years" intensa e com uma iluminação sinistra e misteriosa; “Sinking” mais sombria do que nunca; "Faith" em uma execução belíssima e emocionante; e uma “Give Me It” enlouquecida com uma filmagem totalmente agitada, movimentada e tremida.
A proximidade do final do show vai revelando um êxtase crescente por uma apresentação até então enlouquecedora e que a cada música parecoia reservar um encerramento não menos que grandioso. E é o que acontece com a sequência que costumava fechar muitos shows da banda naquela época; depois de “10:15 Saturday Night” que sempre empolga o público, a banda fechava com a tradicional “Killing na Arab” vibrante, elétrica, agressiva botando abaixo o resto das ruínas do anfiteatro de Orange.
Um final apoteótico. Extático. Catártico.
Um dos melhores registros em filme de uma banda ao vivo, com uma performance competente e inspirada, muitíssimo bem filmada e dirigida, num cenário altamente sugestivo e apropriado.
Como não é todo dia que o Cure passa por aqui, é recomendável aos fãs terem em casa e assistirem sempre que baterem as saudades. Satisfação garantida.

***********************************

O anfiteatro de Orange,
cenário espetacular para um show não menos incrível
FAIXAS:
1. "Relax", do The Glove (introdução)
2.  "Shake Dog Shake"
3. "Piggy in the Mirror"
4. "Play for Today"
5. "A Strange Day"
6. "Primary"
7. "Kyoto Song"
8. "Charlotte Sometimes"
9. "Inbetween Days"
10. "The Walk"
11. "A Night Like This"
12. "Push"
13. "One Hundred Years"
14. "A Forest"
15. "Sinking"
16. "Close to Me"
17. "Let's Go to Bed"
18. "Six Different Ways"
19. "Three Imaginary Boys"
20. "Boys Don't Cry"
21. "Faith"
22. "Give Me It"
23. "10.15 Saturday Night"
24. "Killing an Arab"
25. "Sweet Talking Guy", dos The Chiffons (música de encerramento)


Cly Reis

sábado, 12 de abril de 2014

Copa do Mundo The Cure - Semifinais

Bem amigos do clyblog,chegamos às semifinais do torneio mais espetacular da internet brasileira, a Copa do Mundo THE CURE.
Apenas quatro sobreviveram e chegaram até esse momento decisivo. Se até agora os jogos eram divididos igualmente entre os cureólogos estudiosos, nas semifinais, todos decidem todos os jogos. É aguradar pra ver o que vai dar
Na análise dos nossos comentaristas, conheçam os quatro classificados:


Daniel Rodrigues :
LOVESONG x THE WALK
"Na lógica. “The Walk”, que desclassificou uma forte concorrente e até melhor do que esta nova adversária, “Lullaby”, na fase anterior, faz prevalecer seu volume de jogo. Vitória de 2 x 1 sem contestação."
THE WALK CLASSIFICA.


Anderson Reis:
PUSH x THE HANGING GARDEN
"Nossa! Foi dificil mas "Push" passa. Ela foi mais especial pra mim."
PUSH CLASSIFICA

Christian Ordoque :
FRIDAY I'M IN LOVE x A FOREST
"Música do disco Wish, "Friday" foi importante no renascimento pop/comercial do Cure. Música solar, faceira e alegre ! Perde feio para A Forest. A desigualdade é tamanha que A Forest mete 5 a 0 e só não fez mais pq tirou o pé de acelerador e colocou vários reservas no meio do segundo tempo. Foi um massacre. Time grande contra time faceiro dá nisso. A Forest chega com consistência nas Semi-Finais por ser uma música que melhora ano após ano."
A FOREST CLASSIFICA


JUST LIKE HEVEN x M
"Just Lik Heaven é uma música perfeita. Boa introdução, refrão gostoso, um riff tão legal que é quase um mini-solo, um teclado lindo, etéreo e divinal, e uma interpretação bárbara do Bob. Talvez por isso tudo tenha entrado em campo se achando, imaginando que a qualquer momento mataria o jogo. Mas, não! M bate no peito e diz, "o que é que eu tenho menos que esses caras?". M tem uma introdução fantástica com aquele riff que culmina na entrada do efeito de sintetizador, uma levada belíssima e contagiante sempre entremeada pela quabra no synth, uma interpretação vocal igualmente espetacular, um teclado discreto mas preciso e um final crescente e empolgante. Junto com Play for Today, que já caiu, talvez sejam os melhores exemplos do pós-punk do Cure. Enquanto JLH fica naquele "You-u-u...", M destroça naquele solo final majestoso e faz 1X0, no apagar das luzes."
M CLASSIFICA



classificadas: THE WALK, PUSH, A FOREST e M
*os confrontos das semifinais  serão conhecidos por sorteio.

Aguardem!



quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

30 grandes músicas dos anos 80 (não necessariamente as melhores)

Os irlandeses da U2, no topo da lista, em foto de
Anton Corbjin da época de "Bad"
Sabe aquela música de um artista pop que você escuta e se assombra? E o assombro ainda só aumenta a cada nova audição? “Caramba, que som é esse?!”, você se diz. Pois bem: todas as décadas do rock – principalmente a partir dos anos 60, quando as variações melódico-harmônicas se multiplicaram na reelaboração do rock seminal de Chuck Berry, Little Richard e contemporâneos – são repletas de músicas assim: clássicos imediatos. Mas por uma questão de autorreconhecimento, aquelas produzidas nos anos 80 me chamam bastante a atenção. É desta década que mais facilmente consigo enumerar obras desta característica, as que deixam o ouvinte boquiaberto ou, se não tanto, admirado.

Conseguiu entender de que tipo de música estou falando? Creio que talvez precise de maior elucidação. Bem, vamos pela didática das duas maiores bandas rock de todos os tempos: sabe “You Can´t Always Get What You Want”, dos Rolling Stones, ou “A Day in the Life”, dos Beatles? É esta espécie a que me refiro: podem não ser necessariamente as músicas mais consagradas de seus artistas, nem grandes hits, mas são, inegavelmente, temas grandiosos, emocionantes, que elevam. Você pode dizer: “mas têm outras músicas de Stones ou Beatles que também emocionam, também são grandes, também provocam elevação”. Sim, concordo. Porém, estas, além de terem essa característica, parecem conter em sua gênese a ideia de uma “grande obra”. Dá pra imaginar Jagger e Richards ou Lennon e McCartney – pra ficar no exemplo da tabelinha Beatles/Stones – dizendo-se um para o outro quando compunham igual Aldo, O Apache em "Bastardos Inglórios": “Olha, acho que fizemos nossa obra-prima!”

Quer mais exemplos? “Lola”, da The Kinks; “Heroin”, da Velvet Underground; “Marquee Moon”, da Television; "We Are Not Helpless", do Stephen Stills; "Kashmir", da Led Zeppelin. Sacou? Todas elas têm uma integridade especial, uma alma mágica, algo de circunspectas, quase que um selo de "clássica". 

Pois bem: para ficar claro de vez, selecionamos, mais ou menos em ordem de preferência/relevância, as 30 músicas do pop-rock internacional dos anos 80 as quais reconhecemos esse caráter. Para modo de poder abarcar o maior número de artistas, achamos por bem não os repeti, contemplando uma música de cada - embora alguns, evidentemente, merecessem mais do que apenas uma única indicada, como The Cure, U2 e The Smiths. Haverá as que são mais conhecidas ou mais obscuras; as que, justamente por conterem certo tom épico, se estendem mais que o normal e fogem do padrão de tempo de uma "música de trabalho"; artistas de maior sucesso e outros de menor alcance popular; músicas que inspiraram outros artistas e outras que, simplesmente, são belas. 

E desculpe aos fãs, mas, claro, muita gente ficou de fora, inclusive figurões que emplacaram superbem nos anos 80, como Michael Jackson, Elton John, Bruce Springsteen e Queen. Até coisas que adoraria incluir não couberam, como “Hollow Hills”, da Bauhaus, “Hymn (for America)”, da The Mission, "51st State", da New Model Army, "Time Ater Time", da Cyndi Lauper, "Byko", do Peter Gabriel, "Up the Beach", da Jane's Addiction, "Pandora", da Cocteau Twins, "I Wanna Be Adored", da Stone Roses... Mas não se ofendam: tendo em vista a despretensão dessa listagem, a ideia é mais propositiva do que definidora. Mas uma coisa une todos eles: criaram ao menos uma música diferenciada, daquelas que, quando se ouve, são admiradas de pronto. Aquelas músicas que se diz: “cara, que musicão! Respeitei”. 


1 – “Bad” - U2 ("The Unforgatable Fire", 1984) OUÇA
2 – “Alive and Kicking” - Simple Minds (Single "Alive and Kickin'", 1985) OUÇA
3 –
Capa do compacto de
"How...", dos Smiths
“How Soon is Now?”
- The Smiths 
("Hatful of Hollow", 1984) OUÇA








4 – “Nocturnal Me” - Echo & The Bunnymen ("Ocean Rain", 1984) OUÇA
5 – “A Forest” - The Cure ("Seventeen Seconds", 1980) OUÇA
6 – “World Leader Pretend” - R.E.M. ("Green", 1988) OUÇA
7 – “Ashes to Ashes” - David Bowie ("Scary Monsters (and Super Creeps)", 1980) OUÇA
8 – “Vienna” - Ultravox ("Vienna", 1980)

Videoclipe de "Vienna", da Ultarvox, tão 
clássico quanto a música


9 – “Road to Nowhere” - Talking Heads ("Little Creatures", 1985) OUÇA
10 – “All Day Long” - New Order ("Brotherhood", 1986) OUÇA
11  “Armageddon Days Are Here (Again)” - The The ("Mind Bomb", 1989) OUÇA
12 – “The Cross” - Prince ("Sign' O' the Times", 1986) OUÇA
13 – “Live to Tell” - Madonna ("True Blue", 1986) OUÇA

Madonna estilo diva, no clipe de "Live..."

14 – “Hunting High and Low” - A-Ha ("Hunting High and Low", 1985) OUÇA
15 – “Save a Prayer” - Duran Duran ("Rio", 1982) OUÇA
16 – “Hey!” - Pixies ("Doolitle", 1989) OUÇA
17 – “Libertango (I've Seen That Face Before) - Grace Jones ("Nightclubbing", 1981) OUÇA
18 – “Black Angel” - The Cult ("Love", 1985) OUÇA
19 – “Children of Revolution” - Violent Fammes ("The Blind Leading the Naked", 1986) OUÇA
Os pouco afamados
Alternative Radio
emplacam a fantástica
"Valley..."
20 – “Valley of Evergreen” - Alternative Radio 
("First Night", 1984) OUÇA









21  “USA” - The Pogues ("Peace and Love'", 1989) OUÇA
22  “Decades” - Joy Division ("Closer", 1980) OUÇA
23 – “Easy” - Public Image Ltd. ("Album", 1986) OUÇA
24  “Teen Age Riot” - Sonic Youth ("Daydream Nation", 1988) OUÇA
25 – “One” - Metallica ("...And Justice for All", 1988) OUÇA
26 – “Little 15” - Depeche Mode ("Music for the Masses", 1987) OUÇA
27 – "Never Tear Us Apart" - INXS ("Kick", 1987)

Hits também têm seu lugar: 
"Never Tear Us Apart", da INXS


28 – “Lands End” - Siouxsie & The Banshees ("Tinderbox", 1986) OUÇA
29 – “US 80's–90's” - The Fall ("Bend Sinister", 1986) OUÇA
30 – “Brothers in Arms” Dire Straits ("Brothers in Arms", 1985) OUÇA


Daniel Rodrigues

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Copa do Mundo The Cure - Grande Final


Chegou o grande momento!
Só restaram duas.
De 96 músicas que começaram a competição agora só restaram as grandes finalistas na Copa do Mundo The Cure : "M" e "A Forest", ambas do disco "Seventeen Seconds" de 1980, o que faz inevitavelmente vir à tona a questão: seria "Seventeen Seconds" o melhor álbum da banda?
Hum...
Discutível.
Bom, mas polêmicas à parte, as nossas finalistas tiveram que percorrer um longo caminho e topar com os mais duros adversários e percalços em suas trajetórias.
"M", que entrou na pré-fase, teve um confronto a mais que sua adversária da final, que já entrou na fase de singles, e derrubou os seguintes adversários:

  • "End", na fase preliminar;
  • "Mint Car", na primeira fase;
  • "A Night Like This", na segunda fase;
  • "Inbetween Days", nas oitavas-de-final;
  • "Just Like Heaven", nas quartas-de-final e
  • "The Walk" na semifinal.


Já "A Forest", que como já foi dito, já entrou na primeira fase, encarou e tirou do caminho os seguintes adversários:

  • "Other Voices", na primeira fase;
  • "The Caterpillar", na segunda-fase;
  • "The Top", nas oitavas-de-final;
  • "Friday I'm in Love" nas quartas-de-final e 
  • "Push", na semifinal.


Como vemos, ninguém teve moleza, apesar de, na avaliação da nossa bancada, os confrontos de "A Forest" terem sido sempre mais tranquilos que os de "M", que na maioria das vezes passou suando sangue.
Agora nossa comissão cureóloga, com a participação dos nossos amigos, fãs da banda, do Facebook, tem a tarefa de decidir qual a melhor música do The Cure entre as duas que chegaram à decisão. "M" ou "A Forest". vá tirando suas dúvidas aí com os vídeos das duas em sensacionais performances acústicas.


M
 

 X


A Forest
 

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Copa do Mundo The Cure - quartas-de-final

E saíram os confrontos das quartas-de-final da Copa do Mundo The Cure:
Uma das favoritas, LOVESONG encara a valente THE WALK que vem derrubando bons adversários; outra das cotadas para o título, JUST LIKE HEAVEN pega M, uma das poucas que vieram da pré-fase; PUSH,que também veio desde a preliminar, e já derrubou gigantes como why Can't I Be You, encara a forte HANGING GARDEN; e, por fim, o favoritismo de A FOREST será finalmente posto à prova contra a fortíssima FRIDAY I'M IN LOVE, no confronto que, me parece, o mais difícil da fase. Mas todos são dureza. Não tem mais refrsco para ninguém.
Apenas como curiosidade, como M e A FOREST não se encontraram nessas 4ª.-de-final, ainda é possível haver 'clássico local', ou seja, músicas do mesmo disco, numa final. vamos ver o que vai dar.
As decisões, como desde o início da comeptição, estão nas maões de 4 cureólogos especializados, este ilustre blogueiro que vos escreveDaniel RodriguesChristian Ordoque e Anderson Reis, cabendo, nesse caso, um jogo para cada: LOVESONG x THE WALK para o Daniel, FRIDAY I'M IN LOVE x A FOREST para o Christian, PUSH x THE HANGING GARDEN com Anderson Reis e JUST LIKE HEAVEN x M, cabendo a mim.
Confira abaixo a tabela das quartas-de-final da Copa The Cure:



terça-feira, 5 de maio de 2009

Prodigy - "Invaders Must Die"

De Olhos Fechados


Há pouco tempo atrás havia uma série de artistas ou bandas que assim que eu sabia que tinham lançado algo novo, eu saía para comprar de olhos fechados. Sim, saía para COMPRAR porque, via de regra, apesar das facilidades de download que se tem hoje em dia, não gosto muito da qualidade de CD's gravados. E quando digo que comprava de "olhos fechados" não exagero muito não. Na maioria das vezes não precisava nem ter ouvido o single, ter visto um clipe, ter lido uma crítica. Para Cure, Madonna, U2, New Order, Chemical Brothers, Prodigy, Morrissey eu sequer pestanejava. Não interesava!
Com o tempo e com a minha "chatice" aumentando passei a ficar menos tolerante com algumas coisas. Bandas que por mais que eu gostasse insitiam em se repetir, em se auto-imitar em lançar álbuns só por lançar, pra encher as burras de dinheiro ou pra cumprir compromisso com as gravadoras.
The Cure, que é provavelmente a minha banda preferida, desde o álbum "Wild Mood Swings" que eu adquiri logo de cara e que era um lixo, que eu não compro mais nada (nem baixo arquivos). Ainda dei chances. Me disseram que o tal do "Bloodflowers" era um bom álbum. Que nada! É insosso. Li em algum lugar que o álbum "The Cure" era interessante e tal... Hmmfff! Disquinho que não fede nem cheira. Não tem pegada, não tem novidade, não tem vida. Desde então desconsidero o Cure. Fico com a história dele.
Madonna é outra que desde o "American Life" que também é uma droga, vive numa montanha-russa de qualidade. Faz um disco interessantíssimo como o "Confessions on a Dance Floor" ceio de conceito, experimentação, ousadia e uma porcaria como "Hard Candy" onde ela se limita a imitar quem ela criou, aquele bando de loirinhas magricelas como a Britney, Aguilera e outras. Da Madonna eu não desisti, mas tenho que ouvir antes de botar meu dinheiro.
Outro dos meus preferidos é Stephen Morrissey, ex-vocalista dos Smiths que logo no seu primeiro trabalho solo, "Viva Hate", do qual todos duvidavam pela ausência de seu parceiro musical, Johnny Marr, faz um discaço. Seguem-se outros bons trabalhos, com diferentes produtores, idéias diferentes, mas que mantém o interesse. Mas nos últimos tempos também tem feito uns disquinhos meio que... sei lá. Parece que todas as músicas são iguais. É só a mesma lamentação, a mesma melosidade e o "algo mais" que é bom, nada! Até que,dando um desconto pro cara, este último disco lançado essse ano, "Years of Refusal" é legal, masaté então vinha de uns dois ou três que naõ faziam diferença no mundo. Ou seja: é outro que eu tenho que ouvir antes de encarar.
Mas falo tudo isso pra dizer que comprei sem ter ouvido nehuma faixa anteriormente, o novo disco do Prodigy. E, cara... É MATADOR!!!
Em "Invaders Must Die" o Prodigy parece que achou o ponto certo entre o estilo mais "pista" do início da carreira, a influência raggae, a house e a pancadaria do "Fat of the Land". O disco é pesado mas não é punk!
Tem inserções de samples de guitarras e efeitos o suficiente para carregar o som enão para ditar a linha do disco.
Exceção é "Piranha", faixa que é tão pesada que conta até mesmo com a bateria de David Grohl, do Foo Fighters e ex-Nirvana, mas que ainda assim ela é menos humana e mais autoática que a detonadora"Fuel my Fire", por exemplo de outra época mas com proposta semelhante. Um barato também é "Thunder" com seu vocal bem carregado de raggae, lembrando os tempos de 'Out of Space" do primeiro disco.
Mas minha preferida mesmo é "Omem" uma pedrada com a dupla Maxim e Flint matando a pau.
Prodigy comprovou que ainda goza de minha inteira confiança e que eu posso ir à loja e comprar de olhos fechados.

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FAIXAS:
01. Invaders Must Die
02. Omen
03. Thunder
04. Colours
05. Take Me To The Hospital
06. Warrior's Dance
07. Run With The Wolves
08. Omen Reprise
09. World's On Fire
10. Piranha
11. Stand Up

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Ouça:
Prodigy - Invaders Must Die

sábado, 24 de maio de 2014

Copa do Mundo The Beatles

Se a bola via rolar nos gramados do Brasil para a Copa do mundo de futebol, o rock não param de rolar aqui na Copa do Mundo Rock do clyblog. E depois de duas grandes competições, a Copa The Cure que parece ter decretado que o melhor álbum da banda é o "Seventeen Seconds" (será?), que botou duas representantes na final e por consequência, teve a campeã do torneio, a fantástica A Forest; e da Copa Legião Urbana que marcou o confronto dos dois grandes discos do grupo "Dois" e "As Quatro Estações", com Tempo Perdido vencendo Há Tempos na finalíssima, a competição é agora de, nada mais nada menos que a maior banda de todos os tempos, The Beatles, no que promete ser a maior das Copas.
O sistema é o mesmo das edições anteriores, serão no total 96 times, quero dizer músicas. 64 delas entram numa fase preliminar e se enfrentam entre si classificando apenas 32. As 32 músicas da banda melhor colocadas na parada da Billboard que só entram a partir da primeira fase pegam aquelas 32 classificadas da pré-fase. Nas duas primeiras etapas (pré-fase e primeira fase) não serão permitidos enfrentamentos locais, ou seja, entre músicas do mesmo álbum, mas depois disso, já na segunda fase, os derbys regionais estão liberados. aí é mata-mata até restarem somente duas, as grandes finalistas.
Novamente, teremos uma bancada especializada para definir os resultados, mas muitos deles, vamos deixar para que os fãs decidam através da nossa página do Facebook. Integrarão o colegiado dessa vez, nossos colaboradores Eduardo Wolff, Eduardo LattesLeocádia Costa, e assim como nas outras Copas do blog, Chirstian Ordoque, todos beatlemaníacos de carteirinha.
Claro que algum beatlemaníaco vai sentir falta de alguma música pois dentro de um formato racional de competição, limitando o número de participantes, seria inviável colocar todas as músicas da banda, mas procuramos contemplar as mais significativas e acreditamos não termos deixado nenhuma importantíssima de fora.
Confira abaixo todas as participantes da competição. O sorteio sai amanhã (25/05/2014). Fiquem ligados.

  • As 64 que disputam a fase preliminar:

    A Day in the Life, Across the Universe, All My Loving And I Love Her, And Your Bird Can Sing, Baby You're A Rich Man, Back in the U.S.S.R., Because, Being for the Benefit of Mr. Kite!, Blackbird, Blue Jay Way, Cry Baby, Cry, Dear Prudence, Don't Let Me Down, Dr. Robert, Drive my Car, Eleanor Rigby, Fixing a Hole, For no One, Getting Better, Girl, Glass Onion, Golden Slumbers, Helter Skelter, Here Comes the Sun, Hey Jude, I Am The Walrus, I Should Have Known Better, I Want You (She's So Heavy), If I Fell, I'll Be Back, It Won't Be Long, Love You To, Lucy in the Sky with Diamonds, Magical Mystery Tour, Michelle, No Reply, Norwegian Wood (This Bird Has Flown), Not a Second Time, Ob-La-Di, Ob-La-Da, Oh, Darling, Rain, Savoy Truffle, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band – Reprise, She Said She Said, She's Leaving Home, Strawberry Fields Forever (Magical), Taxman, Tell Me Why, The End, The Fool on the Hill, The Night Before, Things We Said Today, Tomorrow Never Knows, Two of Us, When I'm Sixty-Four, While My Guitar Gently Weeps, Why Don't We Do It in the Road?, With a Little Help from My Friends, Within You Without You, You Never Give Me Your Money, Your Mother Should Know e You've Got to Hide Your Love Away.
  • Maiores sucessos (segundo a parada da Billboard) que só entram na primeira fase:

A Hard Day's Nigh, All You Need Is Love, Can't Buy Me Love, Come Together, Day Tripper, Do You Want To Know A Secret, Eight Days A Week, For You Blue, Get Back, Got To Get You Into My Life, Hello Goodbye, Help!, I Feel Fine, I Want To Hold Your Hand, Lady Madonna, Let It Be, Love Me Do, Nowhere Man, Paperback Writer, Penny Lane, Please Please Me, Revolution , She Loves You, She's A Woman, Something, The Ballad Of John And Yoko, The Long And Winding Road, Ticket To Ride, Twist And Shout, We Can Work It Out, Yellow Submarine e Yesterday.