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sexta-feira, 12 de maio de 2017

Cyndi Lauper - "She's So Unusual" (1983)




"Uma mistura de auto-confiança,
sentimentalismo descarado
e humor inteligente"
Stephen Thomas Earlewine,
da Allmusic sobre 
"She's So Unusual"





Se me perguntassem, lá naquele início de anos 80, entre as cantoras pop que estavam em evidência, Madonna ou Cyndi Lauper, qual seria minha preferida, eu, não teria dúvida em escolher a segunda. Se preferia Cyndi naquele momento, mesmo sem muito discernimento naqueles meus 9 ou 10 anos de idade, hoje com critério o suficiente (eu acho...) consigo avaliar os porquês. Madonna já estourava em sucesso, é verdade, com seu primeiro álbum já prenunciando seu reinado no mundo pop, no entanto, aquilo me soava um popzinho frágil, artificial e pueril. Musiquinhas como "Everybody", "Borderline", "Burning Up", "Crazy For You" não me despertavam, e não despertam até hoje, nenhum entusiasmo, nenhum brilho nos olhos. Eram cançõezinhas bobas que qualquer outra daquelas, qualquer cantora medíocre metida a gatinha apelando pra lingeries e sensualidade gratuita podia fazer.
No mesmo ano, 1983, "rivalizava" com ela nas paradas uma outra norte-americana. Uma magricela de voz estridente e cabelo extravagante que apesar do igual sucesso comercial naquele momento, parecia ter seu lugar irremediavelmente reservado à margem da outra.
"She's So Unusual", álbum de estreia de Cyndi Lauper era muito melhor do que o debut de Madonna com o disco que levava seu nome. Mais bem trabalhado, bem acabado e coeso, o trabalho de Cyndi alcançava um resultado mais consistente, isso sem falar no talento vocal nem sempre devidamente reconhecido da cantora, muito superior ao da Material Girl.
"Money Changes Everything", cover dos The Brains, uma banda americana pouco conhecida, é um pop vigoroso que ganha uma atmosfera meio escocesa por conta de um agradável solo de melódica; "Time After Time", que possivelmente tenha inspirado a canção "Como Eu Quero" do Kid Abelha é uma balada graciosa, delicada e apaixonante; e "When You Were Mine" é uma boa versão da música do primeiro álbum de Prince. "Witness" é interessante pela pegada reggae; "She Bop", uma new wave embalada, com seu refrão malicioso e picante (sugerindo masturbação), parece reeditar as velhas chamadas rock'n roll ("Be bop--be bop--a--lu--she bop/ Oo--oo--she--do--she bop--she bop); e a encantadora "All Through The Night" tem interpretação marcante da cantora e um trabalho de estúdio impecável dos produtores lhe garantindo um status de qualidade superior.
Mas o ponto fulgurante do disco não poderia ser outro que não o megahit "Girls Just Wanna Have Fun", canção vibrante e descontraída conduzida por uma base eletrônica repetida que, se prestar-se bastante atenção, lembra a "locomotiva" de "Trans-Europe Express" do Kraftwerk. A música, aparentemente boba e juvenil, é quase um manifesto bem-humorado pela liberdade de escolha das mulheres, o que a torna extremamente relevante nos dias atuais com a presente reconscientização feminina e levante em busca de condições igualitárias. "Sim, eu sou mulher e só quero me divertir. E daí?", este era o recado.
O tempo viria a mostrar que a aparente "apelação" de Madonna era na verdade um inteligente e necessária provocação tão valorosa quanto uma "Girls Just Wanna Have Fun", e que, apesar de seu talento vocal inferior a Cyndi, é uma artista mais completa. Hoje gosto muito mais de Madonna. Da obra de Madonna, da influencia de Madonna, do comportamento de Madonna. Talvez a dimensão do que Madonna se tornou, e mais uma legião de madonnetes que vieram na cola dela exibindo seus decotes e lingeries e cantando refrões sussurrados tenha abafado as Cyndis por aí afora. Mas o fato é que Cyndi Lauper prosseguiu sua carreira com competência e qualidade, reapareceu na metade dos anos 90 com uma coletânea que trazia uma releitura de "Girls Just Wanna Have Fun", mas nunca igualou o sucesso de seu ótimo disco de estreia de 1983 quando, sim, Cyndi Lauper era melhor que Madonna.
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FAIXAS:
1. Money Changes Everything (5:02)
2. Girls Just Want To Have Fun (3:55)
3. When You Were Mine (5:07)
4. Time After Time3:59

5. She Bop (3:43)
6. All Through The Night (4:29)
7. Witness (3:38)
8. I'll Kiss You (4:05)
9. He's So Unusual (0:45)
10. Yeah Yeah (3:17)

*"She's So Unusual" teve um relançamento comemorativo pelos 30 anos de seu lançamento em 2013 com uma série de extras, demos, remixes e versões inéditas.
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Ouça o Disco:


Cly Reis

sexta-feira, 28 de junho de 2013

100 Melhores Discos de Estreia de Todos os Tempos

Ôpa, fazia tempo que não aparecíamos com listas por aqui! Em parte por desatualização deste blogueiro mesmo, mas por outro lado também por não aparecem muitas listagens dignas de destaque.
Esta, em questão, por sua vez, é bem curiosa e sempre me fez pensar no assunto: quais aquelas bandas/artistas que já 'chegaram-chegando', destruindo, metendo o pé na porta, ditando as tendências, mudando a história? Ah, tem muitos e alguns admiráveis, e a maior parte dos que eu consideraria estão contemplados nessa lista promovida pela revista Rolling Stone, embora o meu favorito no quesito "1º Álbum", o primeiro do The Smiths ('The Smiths", 1984), esteja muito mal colocado e alguns bem fraquinhos estejam lá nas cabeças. Mas....
Segue abaixo a lista da Rolling Stone, veja se os seus favoritos estão aí:

Os 5 primeiros da
lista da RS
01 Beastie Boys - Licensed to Ill (1986)
02 The Ramones - The Ramones (1976)
03 The Jimi Hendrix Experience - Are You Experienced (1967)
04 Guns N’ Roses - Appetite for Destruction (1987)
05 The Velvet Underground - The Velvet Underground and Nico (1967)
06 N.W.A. - Straight Outta Compton (1988)
07 Sex Pistols - Never Mind the Bollocks (1977)
08 The Strokes - Is This It (2001)
09 The Band - Music From Big Pink (1968)
10 Patti Smith - Horses (1975)

11 Nas - Illmatic (1994)
12 The Clash - The Clash (1979)
13 The Pretenders - Pretenders (1980)
14 Jay-Z - Roc-A-Fella (1996)
15 Arcade Fire - Funeral (2004)
16 The Cars - The Cars (1978)
17 The Beatles - Please Please Me (1963)
18 R.E.M. - Murmur (1983)
19 Kanye West - The College Dropout (2004)
20 Joy Division - Unknown Pleasures (1979)
21 Elvis Costello - My Aim is True (1977)
22 Violent Femmes - Violent Femmes (1983)
23 The Notorious B.I.G. - Ready to Die (1994)
24 Vampire Weekend - Vampire Weekend (2008)
25 Pavement - Slanted and Enchanted (1992)
26 Run-D.M.C. - Run-D.M.C. (1984)
27 Van Halen - Van Halen (1978)
28 The B-52’s - The B-52’s (1979)
29 Wu-Tang Clan - Enter the Wu-Tang (36 Chambers) (1993)
30 Arctic Monkeys - Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not (2006)
31 Portishead - Dummy (1994)
32 De La Soul - Three Feet High and Rising (1989)
33 The Killers - Hot Fuss (2004)
34 The Doors - The Doors (1967)
35 Weezer - Weezer (1994)
36 The Postal Service - Give Up (2003)
37 Bruce Springsteen - Greetings From Asbury, Park N.J. (1973)
38 The Police - Outlandos d’Amour (1978)
39 Lynyrd Skynyrd - (Pronounced ‘Leh-‘nérd ‘Skin-‘nérd) (1973)
40 Television - Marquee Moon (1977)
41 Boston - Boston (1976)
42 Oasis - Definitely Maybe (1994)
43 Jeff Buckley - Grace (1994)
44 Black Sabbath - Black Sabbath (1970)
45 The Jesus & Mary Chain - Psychocandy (1985)
46 Pearl Jam - Ten (1991)
47 Pink Floyd - Piper At the Gates of Dawn (1967)
48 Modern Lovers - Modern Lovers (1976)
49 Franz Ferdinand - Franz Ferdinand (2004)
50 X - Los Angeles (1980)
51 The Smiths - The Smiths (1984)
52 U2 - Boy (1980)
53 New York Dolls - New York Dolls (1973)
54 Metallica - Kill ‘Em All (1983)
55 Missy Elliott - Supa Dupa Fly (1997)
56 Bon Iver - For Emma, Forever Ago (2008)
57 MGMT - Oracular Spectacular (2008)
58 Nine Inch Nails - Pretty Hate Machine (1989)
59 Yeah Yeah Yeahs - Fever to Tell (2003)
60 Fiona Apple - Tidal (1996)
61 The Libertines - Up the Bracket (2002)
62 Roxy Music - Roxy Music (1972)
63 Cyndi Lauper - She’s So Unusual (1983)
64 The English Beat - I Just Can’t Stop It (1980)
65 Liz Phair - Exile in Guyville (1993)
66 The Stooges - The Stooges (1969)
67 50 Cent - Get Rich or Die Tryin’ (2003)
68 Talking Heads - Talking Heads: 77’ (1977)
69 Wire - Pink Flag (1977)
70 PJ Harvey - Dry (1992)
71 Mary J. Blige - What’s the 411 (1992)
72 Led Zeppelin - Led Zeppelin (1969)
73 Norah Jones - Come Away with Me (2002)
74 The xx - xx (2009)
75 The Go-Go’s - Beauty and the Beat (1981)
76 Devo - Are We Not Men? We Are Devo! (1978)
77 Drake - Thank Me Later (2010)
78 The Stone Roses - The Stone Roses (1989)
79 Elvis Presley - Elvis Presley (1956)
80 The Byrds - Mr Tambourine Man (1965)
81 Gang of Four - Entertainment! (1979)
82 The Congos - Heart of the Congos (1977)
83 Erik B. and Rakim - Paid in Full (1987)
84 Whitney Houston - Whitney Houston (1985)
85 Rage Against the Machine - Rage Against the Machine (1992)
86 Kendrick Lamar - good kid, m.A.A.d city (2012)
87 The New Pornographers - Mass Romantic (2000)
88 Daft Punk - Homework (1997)
89 Yaz - Upstairs at Eric’s (1982)
90 Big Star - #1 Record (1972)
91 M.I.A. - Arular (2005)
92 Moby Grape - Moby Grape (1967)
93 The Hold Steady - Almost Killed Me (2004)
94 The Who - The Who Sings My Generation (1965)
95 Little Richard - Here’s Little Richard (1957)
96 Madonna - Madonna (1983)
97 DJ Shadow - Endtroducing ... (1996)
98 Joe Jackson - Look Sharp! (1979)
99 The Flying Burrito Brothers - The Gilded Palace of Sin (1969)
100 Lady Gaga - The Ame (2009)

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Música da Cabeça - Programa #71


Os integrantes da temida Ursal mandaram avisar que, enquanto se organizam em comunas por toda a América Latina, ouvirão o Música da Cabeça desta quarta-feira. Vai ter uma variedade sonora pra nenhum republicano socialista botar defeito! Tem Lô Borges, Cyndi Lauper, Beatles, Paulinho da Viola e Ultravox, por exemplo. Também, “Música de Fato”, “Palavra, Lê” e um “Cabeça dos Outros” tão encantador quanto rock ‘n’ roll. Não dá pra perder, né? É às 21h, na Rádio Elétrica. Produção e apresentação: Daniel Rodrigues. (e pensar que é só o começou dos debates dos presidenciáveis...)



Rádio Elétrica:
http://www.radioeletrica.com/

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Música da Cabeça - Programa #122


Agosto é mês de cachorro louco? Então haja loucura pra começar o mês defendendo o Xingu, comemorando o aniversário de Caetano Veloso ou lembrando dos 50 anos do primeiro disco da The Stooges. Tudo isso e mais um montão de coisas loucas e importantes vão estar no Música da Cabeça desta quarta, como Black Alien, Jamiroquai, Gal Costa, Kraftwerk, Cyndi Lauper e mais. Se liga no MDC de hoje, então, às 21h, na Rádio Elétrica. Produção e apresentação: Daniel Rodrigues - sem antirrábica.


quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

30 grandes músicas dos anos 80 (não necessariamente as melhores)

Os irlandeses da U2, no topo da lista, em foto de
Anton Corbjin da época de "Bad"
Sabe aquela música de um artista pop que você escuta e se assombra? E o assombro ainda só aumenta a cada nova audição? “Caramba, que som é esse?!”, você se diz. Pois bem: todas as décadas do rock – principalmente a partir dos anos 60, quando as variações melódico-harmônicas se multiplicaram na reelaboração do rock seminal de Chuck Berry, Little Richard e contemporâneos – são repletas de músicas assim: clássicos imediatos. Mas por uma questão de autorreconhecimento, aquelas produzidas nos anos 80 me chamam bastante a atenção. É desta década que mais facilmente consigo enumerar obras desta característica, as que deixam o ouvinte boquiaberto ou, se não tanto, admirado.

Conseguiu entender de que tipo de música estou falando? Creio que talvez precise de maior elucidação. Bem, vamos pela didática das duas maiores bandas rock de todos os tempos: sabe “You Can´t Always Get What You Want”, dos Rolling Stones, ou “A Day in the Life”, dos Beatles? É esta espécie a que me refiro: podem não ser necessariamente as músicas mais consagradas de seus artistas, nem grandes hits, mas são, inegavelmente, temas grandiosos, emocionantes, que elevam. Você pode dizer: “mas têm outras músicas de Stones ou Beatles que também emocionam, também são grandes, também provocam elevação”. Sim, concordo. Porém, estas, além de terem essa característica, parecem conter em sua gênese a ideia de uma “grande obra”. Dá pra imaginar Jagger e Richards ou Lennon e McCartney – pra ficar no exemplo da tabelinha Beatles/Stones – dizendo-se um para o outro quando compunham igual Aldo, O Apache em "Bastardos Inglórios": “Olha, acho que fizemos nossa obra-prima!”

Quer mais exemplos? “Lola”, da The Kinks; “Heroin”, da Velvet Underground; “Marquee Moon”, da Television; "We Are Not Helpless", do Stephen Stills; "Kashmir", da Led Zeppelin. Sacou? Todas elas têm uma integridade especial, uma alma mágica, algo de circunspectas, quase que um selo de "clássica". 

Pois bem: para ficar claro de vez, selecionamos, mais ou menos em ordem de preferência/relevância, as 30 músicas do pop-rock internacional dos anos 80 as quais reconhecemos esse caráter. Para modo de poder abarcar o maior número de artistas, achamos por bem não os repeti, contemplando uma música de cada - embora alguns, evidentemente, merecessem mais do que apenas uma única indicada, como The Cure, U2 e The Smiths. Haverá as que são mais conhecidas ou mais obscuras; as que, justamente por conterem certo tom épico, se estendem mais que o normal e fogem do padrão de tempo de uma "música de trabalho"; artistas de maior sucesso e outros de menor alcance popular; músicas que inspiraram outros artistas e outras que, simplesmente, são belas. 

E desculpe aos fãs, mas, claro, muita gente ficou de fora, inclusive figurões que emplacaram superbem nos anos 80, como Michael Jackson, Elton John, Bruce Springsteen e Queen. Até coisas que adoraria incluir não couberam, como “Hollow Hills”, da Bauhaus, “Hymn (for America)”, da The Mission, "51st State", da New Model Army, "Time Ater Time", da Cyndi Lauper, "Byko", do Peter Gabriel, "Up the Beach", da Jane's Addiction, "Pandora", da Cocteau Twins, "I Wanna Be Adored", da Stone Roses... Mas não se ofendam: tendo em vista a despretensão dessa listagem, a ideia é mais propositiva do que definidora. Mas uma coisa une todos eles: criaram ao menos uma música diferenciada, daquelas que, quando se ouve, são admiradas de pronto. Aquelas músicas que se diz: “cara, que musicão! Respeitei”. 


1 – “Bad” - U2 ("The Unforgatable Fire", 1984) OUÇA
2 – “Alive and Kicking” - Simple Minds (Single "Alive and Kickin'", 1985) OUÇA
3 –
Capa do compacto de
"How...", dos Smiths
“How Soon is Now?”
- The Smiths 
("Hatful of Hollow", 1984) OUÇA








4 – “Nocturnal Me” - Echo & The Bunnymen ("Ocean Rain", 1984) OUÇA
5 – “A Forest” - The Cure ("Seventeen Seconds", 1980) OUÇA
6 – “World Leader Pretend” - R.E.M. ("Green", 1988) OUÇA
7 – “Ashes to Ashes” - David Bowie ("Scary Monsters (and Super Creeps)", 1980) OUÇA
8 – “Vienna” - Ultravox ("Vienna", 1980)

Videoclipe de "Vienna", da Ultarvox, tão 
clássico quanto a música


9 – “Road to Nowhere” - Talking Heads ("Little Creatures", 1985) OUÇA
10 – “All Day Long” - New Order ("Brotherhood", 1986) OUÇA
11  “Armageddon Days Are Here (Again)” - The The ("Mind Bomb", 1989) OUÇA
12 – “The Cross” - Prince ("Sign' O' the Times", 1986) OUÇA
13 – “Live to Tell” - Madonna ("True Blue", 1986) OUÇA

Madonna estilo diva, no clipe de "Live..."

14 – “Hunting High and Low” - A-Ha ("Hunting High and Low", 1985) OUÇA
15 – “Save a Prayer” - Duran Duran ("Rio", 1982) OUÇA
16 – “Hey!” - Pixies ("Doolitle", 1989) OUÇA
17 – “Libertango (I've Seen That Face Before) - Grace Jones ("Nightclubbing", 1981) OUÇA
18 – “Black Angel” - The Cult ("Love", 1985) OUÇA
19 – “Children of Revolution” - Violent Fammes ("The Blind Leading the Naked", 1986) OUÇA
Os pouco afamados
Alternative Radio
emplacam a fantástica
"Valley..."
20 – “Valley of Evergreen” - Alternative Radio 
("First Night", 1984) OUÇA









21  “USA” - The Pogues ("Peace and Love'", 1989) OUÇA
22  “Decades” - Joy Division ("Closer", 1980) OUÇA
23 – “Easy” - Public Image Ltd. ("Album", 1986) OUÇA
24  “Teen Age Riot” - Sonic Youth ("Daydream Nation", 1988) OUÇA
25 – “One” - Metallica ("...And Justice for All", 1988) OUÇA
26 – “Little 15” - Depeche Mode ("Music for the Masses", 1987) OUÇA
27 – "Never Tear Us Apart" - INXS ("Kick", 1987)

Hits também têm seu lugar: 
"Never Tear Us Apart", da INXS


28 – “Lands End” - Siouxsie & The Banshees ("Tinderbox", 1986) OUÇA
29 – “US 80's–90's” - The Fall ("Bend Sinister", 1986) OUÇA
30 – “Brothers in Arms” Dire Straits ("Brothers in Arms", 1985) OUÇA


Daniel Rodrigues