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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Silver Apples - "Silver Apples" (1968)


"Oscilações, oscilações,
 Eletrônicas evocações
dos sons da realidade."
da letra de "Oscillations"





Bem como o Kraftwerk, referência em música eletrônica, a dupla americana Silver Apples foi uma das grandes responsáveis pelo desenvolvimento do gênero; não com a mesma qualidade dos alemães, que surgiram depois mas atingiram resultados mais expressivos, mas ainda assim com muita relevância no cenário musical de um modo geral. Muito doidos, psicodélicos, criativos e experimentais, os Silver Apples, ao mesmo tempo que prenunciavam uma série de estilos dentro da prórpia música eletrônica, ajudavam também, de certa forma com suas repetições, timbres, vocais e minimalismo, na formação do punk rock que explodiria dali a alguns anos,
“Silver Apples” , seu álbum de estreia, de 1968, é o que merce atenão especial. Seu som ainda soa cru e pouco trabalhado, se formos comparar com o que o Kraftwerk conseguiria fazer pouco tempo depois; pode soar até meio repetitivo e pouco criativo para os mais exigentes, mas exatamente por isso mesmo torna-se extremamente interessante e mais valoroso no seu contexto, conseguindo com criatividade atingir uma sonoridade bem rock, mesmo sem o instrumental característico, uma vez que a dupla Danny Taylor e Simeon III, utilizava-se basicamente de uma bateria (acústica) e uma espécie de sintetizador primário que chamavam de oscilador eletrônico.
Destaques para a excelente “Oscillations” que abre o disco, síntese de tudo o que a banda se propunha num misto perfeito de experimentação, psicodelia, concretismo e atitude musical; para o que a segue: “Seagreen Serenades”; para a boa “Velvet Cave” com sua beteria pesada e forte; para os tons árabes de “Whirly-Bird”; e para a tribal “Dancing Gods”.
Criativo e inovador, um pouco estranho, é verdade, mas absolutamente fundamental.
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FAIXAS:
1. "Oscillations" (Danny Taylor, Stanley Warren) - 2:48
2. "Seagreen Serenades" (Simeon, Warren) - 2:55
3. "Lovefingers" (Simeon, Warren) - 4:11
4. "Program" (Simeon, Warren) - 4:07
5. "Velvet Cave" (Simeon, Warren) - 3:30
6. "Whirly-Bird" (Simeon, Warren) - 2:41
7. "Dust" (Simeon, Warren) - 3:40
8. "Dancing Gods" (cerimonial dos índios Navajos) - 5:57
9. "Misty Mountain" (Eileen Lewellen, Simeon) - 3:26

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Ouça:
Silver Apples 1968


Cly Reis

2 comentários:

  1. O legal de Silver Apples é que é bom e incômodo ao mesmo tempo. Aquele coisa ruidosa, abafada, mal modulada, repetitiva é, ao mesmo tempo, super criaiva e totalmente diferente de qualquer coisa que se tivesse feito até então. Talvez nem hoje se faça...

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  2. Algumas coias, mesmo hoje, ainda lembram. Não precisa nem falar dos Chemical Brothers, principalemente neste último disco, mas Horrors, por exemplo, me lembra direto Silver Apples. E tem esse pessoal do trance tb que por vezes lembra muito pela insistência, pela repetição, uma outra espécie de psicodelia mas que lembra a proposta dos caras também.

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