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terça-feira, 17 de novembro de 2020

Os Replicantes - Bar Opinião - Porto Alegre (Julho/1997)

 


Nós no Opinião, lá em 1997, esperando pelo início do show.
Flávia à esquerda, Iris, à direita, Christian, no fundão
e este seu blogueiro, ao centro.
Já vi muitos shows, já vi alguns artistas mais de uma vez mas, sem dúvida alguma, a banda que eu mais vi ao vivo foi Os Replicantes. Já assisti de graça, pagando, em lugar fechado, ao ar livre, em lugar metido a besta, em ambiente bem punk, no litoral, na cidade... Foram tantas que até perdi a conta. Mas uma das que mais me marcou foi no Bar Opinião, em 1997Um show vibrante que carregava toda uma energia especial em que o público que podia perceber uma banda motivada, afinzona, superpilhada em dar o melhor de si. A coisa toda já começou com o então vocalista, Carlos Gerbase, entrando no palco, pulando como um louco, vestindo uma fantasia de cachorro, com uma cabeçorra enorme que ele tirou para cantar, é claro, mantendo, contudo, o macacãozinho da indumentária com uma barriguinha branca de pet fofinho. A partir daquele momento a coisa não parou e Os Replicantes botaram o lugar abaixo e incendiaram a galera com seu punk-rock agressivo e ao mesmo tempo divertido e carismático.

Quem assistiu o filme "Uma Cilada Para Roger Rabbit" deve lembrar quando o juiz, tentando desentocar o coelho de seu esconderijo dá algumas batidinhas seguidas nas paredes, provocando o animal-desenho a aparecer, pois ele, exibido como é, não resiste a completar as batidas e se mostrar. "O que é que isso tem a ver?". É que, quando se trata de punk rock, eu sou meio como o Roger Rabbit quando ouve as batidinhas: não resito àquelas guitarras me chamando, àquele pessoal suado se debatendo, aquela "violência", e tenho que ir pra roda punk. Não tive como resistir e, mesmo acompanhado dos amigos Christian Ordoque, Iris Broges e Flávia Howes, pessoal que eu havia conhecido no ano anterior, numa excursão para o Hollywood Rock, várias vezes ao longo do show, os deixava momentaneamente para ir lá pra frente, pra roda, poguear como um louco. Voltava exausto e todo suado mas nada que uma cerveja gelada não resolvesse. Ia de novo.

O repertório dos Replicantes é contagiante: "Boy do Subterrâneo", "Nicotina", "Hippie-Punk-Rajneesh", "Astronauta", o hit "Surfista Calhorda". Uma pedrada atrás da outra sempre levando a galera à loucura. Mas, particularmente, se fixaram na minha memória os momentos do show em que tocaram "Pra Ver Se Eu Conseguia", que eu não conhecia e passei a adorar a partir dali; o "samba-punk" "Samba Cacetada", cujo refrão "Sacode, sacode, sacode...", era praticamente uma ordem para o pessoal intensificar ainda mais o pogo; e a ótima "Eu Quero é Mucra", em que o público levantava as mãos imitando a forma de uma vagina, repetindo o refrão em coro. 

Como cereja do bolo, rolou um revival do ex-vocalista Wander Wildner cantando o seu hit solo "Jesus Cristo Vai Voltar", e encerrando o show com seus ex-companheiros de banda com "Festa Punk, em uma anárquica performance com uma porrada de gente em cima do palco. Nada mais justo que fosse assim e que esta fosse a música escolhida para finalizar, pois, na verdade, ela simbolizava exatamente tudo o acontecera naquela noite: uma grande festa punk.

Afudê!

Os Replicantes - Bar Opinião - 1999

* Aqui trechos de um show dOs Replicantes, também no Opinião mas este em 1999.
Não é o mesmo show mas é a mesma vibe e dá pra ter uma ideia de como foi o que eu me refiro no post.




Cly Reis

para Christian, Iris e Flávia


terça-feira, 21 de novembro de 2017

63ª Feira do Livro de Porto Alegre - As Imagens








E foi-se mais uma edição da Feira do Livro de Porto Alegre! Mas se a Feira acabou, ficamos com algumas imagens que marcaram os dezenove dias desta celebração de cultura, arte e cidadania na capital gaúcha. Nossa parceira de blog Leocádia Costa que desde 2012, sempre nos privilegia compartilhando conosco na página do ClyBlog no Facebook as fotos da equipe oficial da Feira, este ano, depois de uma ausência na última edição, voltou a fazê-lo brindando-nos com imagens que captam o que de melhor um evento como este pode proporcionar. As lentes e o olhar de Iris Borges, Luís Ventura, Otávio Fortes e da própria Leocádia transmitem visualmente a energia boa na praça, a integração com a cidade, o interesse dos visitantes, a curiosidade dos pequenos, a livre troca de ideias, nos transportando um pouco para dentro da Feira e nos fazendo, de certa forma, também participar de todo aquele grande espaço de conhecimento, discussão e aprendizado. 
Obrigado, Leocádia e toda a equipe de fotografia da Feira do Livro de Porto Alegre e parabéns pelo belíssimo trabalho. Até o ano que vem!
Até lá, fiquemos com alguns dos momentos registrados nesta 63ª edição.


A criançada se divertindo com os Contos de Andersen

Livro não tem tamanho

Tempo pra ler, todo mundo tem

Atena Beuvoir levantando questionamentos

De corpo e alma na Feira

Teve dança

Heróis japoneses

Questões indígenas também estiveram em debate

Um autógrafo caprichado de Kim W. Anderson

O músico Lobão em momento de autógrafos

Dança do Projeto Meninas Crespas

Música de câmara na praça

Nunca deixe de acreditar

Scliar e o felino

Livros bons pra cachorro
A poetisa Conceição Evaristo enfatizando a resistência negra em sua obra

Os pequenos participam

Harry Potter
Nossa Leocádia dividindo uma leitura com Erico Veríssimo

O que tem dentro dessa caixa?
Livros pra deixar qualquer um boquiaberto

Luís Ventura e o mutante

Fazendo arte

Sarau com danças afro

O grande Luís Fernando Veríssimo sendo entrevistado

Danças tradicionalistas gaúchas

A Arca de Noé

A praça festejando os livros

Uma rosa com carinho

O tradicional cortejo de encerramento da Feira

A equipe de fotografia da FLPOA,
(a partir da esq.) Luís, Leocádia, Otávio e Iris.




fotos: Iris Borges, Otávio Fortes, Luís Ventura e Leocádia Costa
cedidas por Leocádia Costa


quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Exposição "Aparício", de Íris Borges - Paris Cinema Café - Porto Alegre/RS






Sefie simétrico entre a fotógrafa e o modelo
“(...) O sincero olhar de um gato, tão afetuoso quanto penetrante, é capaz de por à mostra aquilo que somos, para bem ou para mal. Tal como uma imagem que se revela. No caso de Íris Borges, “gateira” e fotógrafa (não necessariamente nessa ordem), não sei exatamente o que veio antes, o gosto pela fotografia ou o gato. O que sei é que este apareceu em sua vida num dia de dezembro de 2009 e, desde lá, tornou-se o dono da casa. Vendo suas fotos nota-se que ambos, foto e felino, transmutam-se um no outro perfeitamente, pois, uma vez registrados pelas lentes, passam a simbolizar justamente o que um gato é capaz de trazer a um lar: amor.”



Foi com um prazer imenso que estive no Paris Cinema Café, na Cidade Baixa, para a abertura da exposição de minha amiga e fotógrafa Íris Borges intitulada “Aparício”. Este pomposo nome é de ninguém menos que o gato de Íris e do também amigo e colaborador do ClyblogChristian Ordoque, com quem pude trocar conversas e que estava feliz uma barbaridade com a ocasião da esposa.

Já conhecia muitas fotos do Apinha, como é chamado o bichano, fosse posando sozinho ou com seus donos. Se não me engano, Íris me disse certa vez que passavam de mil registros! Pois até por causa disso fiquei curiosíssimo para saber que recorte a autora daria à sua exposição em meio a tanto material. Para mim, que havia presenciado a primeira exposição de Íris, a coletiva "Fotogramas", em julho, o resultado foi uma surpresa realmente positiva. Além de ter tido um bom critério de seleção, fazendo com que eu, que já conhecia algumas imagens, não saísse com a sensação de faltar alguma coisa, as fotos em si são muito bem feitas. O fotogênico Apinha serviu, nas 38 imagens em que está, como um perfeito modelo para Íris no exercício de captação da luz, composição de cenário, regulagem de foco, aproveitamento de texturas e, claro, a percepção da beleza emocional. Aquele momento do click, do enquadramento, que cada fotógrafo sabe atribuir o seu. Íris soube.

Afora isso, ela amavelmente me encomendou o texto de apresentação para a mostra, do qual extraí este trecho do início do post. Tive a satisfação de vê-lo no cartaz oficial da exposição entre as fotos, tendo recebido de viva-voz vários elogios pelo mesmo, o que me deixa realmente feliz, pois não redigi nada mais do que uma retribuição pela amizade, admiração e honra pelo convite.




***

Iris diante das fotos
da exposição "Aparício"


Exposição de fotos “Aparício”, de Íris Borges
visitação: até 8 de novembro, das  9h às 22h, de segunda à sexta, e sábados das 12h às 22h
local: Paris Cinema Café
endereço: Av. Venâncio Aires, 210, Cidade Baixa – Porto Algre/RS
Entrada: gratuita

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Exposição Coletiva "Fotogramas" - Paris Cinema Café - Porto Alegre/RS


Os trabalhos de Iris Borges.
Os dois de cima, conciliam objetos femininos e masculinos
do dia-a-dia
“As cascatas
a 24 fotogramas
por segundo”.
verso da canção "Tudo Dói"
do álbum "Recanto", de Gal Costa




Impossível pra mim não lembrar do verso de Caetano Veloso cantando por Gal Costa em “Tudo Dói”, não por temática, mas simplesmente pela palavra que dá título a esta pequena e simpática mostra. É “Fotogramas”, na qual participa minha querida amiga de muitos anos Iris Borges – que, talentosa com as imagens e a manipulação da luz, felizmente vem investindo na fotografia nos últimos anos e com considerável sucesso.

Iris Borges recebendo-nos na
exposição coletiva "Fotogramas"
Mesmo numa rápida passagem, Leocádia Costa e eu conseguimos apreciar os trabalhos dessas, juntamente com Iris, sete fotógrafas (Lucia Helena Reus, Ana Cristina Capeklão, Iara Nunes, Andrea Estevão, Tuane Napora e Karina Koch compõem o time) cujos trabalhos são resultado de experimentos realizados pelos professores Marcelo Amaral e Luísa Kuhl Brasil para a Escola de Fotografia Projeto Contato, tocado pelos professores e, claro, também fotógrafos, Nede Losina e Lucia Simon.

A técnica de fotograma remete a um lado rudimentar da prática fotográfica, pois consiste em colocar um objeto sobre papel fotossensível. Depois, o conjunto objeto/papel é exposto à luz a determinado tempo (segundos), gerando um negativo que delineia as áreas cuja incidência de luz foi bloqueada. Ou seja: bem legal.  Quem quiser conferir, vale a pena dar uma passada no charmoso Paris Cinema Café.



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exposição coletiva “Fotogramas”
visitação: até 7 de julho, das  9h às 22h, de segunda à sexta, e sábados das 12h às 22h
local: Paris Cinema Café
Endereço: Av. Venâncio Aires, 214, Cidade Baixa – Porto Algre/RS
Entrada: gratuita