Porto que deságua no rio Alegria que alegra o janeiro Mesma distância Nenhuma distância Doce água corrente que interliga Líquido do parto Do porto
Porto que desafoga no cais Cais do Porto Vinhos daqui Portugais daí Doce Sangue do vinho Que alimenta minhas veias Água que se colore Se avermelha de esperança Pois não foi milagre o feito de Cristo Foi, sim, o impossível Esse impossível que se sucede todos os dias Em que o sangue, pintado de vinho Vermelho Regurgita e punciona Milagre é isto Não aquilo Daquilo, nada nos pertence Só o teu e o meu O porto que nos ancora sobre o rio Navio atracado Âncora permanente Desafiando com o equilíbrio A sapiência oculta dos mares Porto doce – de Janeiro Rio doce – e Alegre Mãe.
para minha mãe, Iara ********** "Rio Equidistante"
Não tão impressionante quanto o aquário marinho do Rio de Janeiro mas não menos interessante, o oceanário do Projeto Tamar em Aracaju, é uma ótima atração para turistas na capital sergipana bem como para famílias locais que queiram conhecer e apresentar para seus filhos um pouco da fauna marinha brasileira especificamente daquela região.
Localizado na aprazível Orla do Atalaia, o oceanário que reúne cerca de 70 espécies diferentes dispostas em 18 aquários tem como algumas atrações os tanques de tartarugas marinhas e os de tubarões, além, é claro, de todas as demais espécies que impressionam por sua variedade, beleza e colorido.
Fique abaixo com algumas imagens do Oceanário de Aracaju.
Os visitantes passeando entre os aquários e tanques.
O impressionante crânio de baleia, logo na entrada
Cascos e crânios de tartarugas
O tanque dos tubarões
Uma pequena amostra do mundo submarino
Espécias variadas de peixes...
das mais variadas cores,...
formas e comprimentos
O tanque da arraia
Outras espécies
Peixes bem peculiares
Aqui um aquário misto
Aquários tentam reproduzir o ambiente original dos peixes
No detalhe, mais um belo exemplar do oceanário de Aracaju
Uma interessantíssima tartaruga despigmentada
E aqui a típica tartaruga marinha brasileira que veio dar um alô
A grande escultura de tartaruga no calçadão do Atalaia
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Oceanário Projeto Tamar - Aracaju endereço:Av. Santos Dumont, 1010 - Atalaia horário:todos os dias das 9h às 21:00, e segundas-feiras de 9h às 18h entrada:inteira: R$ 20,00; meia-entrada: R$ 10,00 (estudantes com carteira, crianças acima de 1,00m e idosos acima de 60 anos).
* portadores de necessidades especiais e crianças até 1,00m não pagam.
Que o Max nunca tinha sido lá flor que se cheirasse e que fora um tremendo mulherengo, nunca foi segredo pra ninguém, mas aquela quantidade toda de mulheres desconhecidas chorando no enterro dele era mais do que a esposa, Joana, poderia aceitar. Tá certo que, certa vez, uma fora à sua casa fazendo um escândalo reivindicando o que ela dizia ser seu homem; que um garoto, uma vez, na rua, se apresentou a ela como sendo filho do Max; que uma outra maluca telefonava insistentemente revelando detalhes sórdidos de uma suposta relação com seu marido; mas ter a verdadeira dimensão das estrepolias do Max fora de casa a deixava um tanto desnorteada.
Havia altas, baixas, gordas, magras, loias, morenas, jovens, maduras, uma tinha uma criança no colo, outra consolava um garoto crescido a seu lado, cada uma se despedindo daquele homem que fora de todas elas, à sua maneira. Uma chorava discretamente contendo a lágrima com um lencinho, outra simplesmente fitava o caixão com um olhar perdido, outra rezava baixinho; outra fazia uma cena chorando alto e abraçando o caixão, e outra chorava de soluçar, sozinha afastada das demais.
Joana teve raiva. Aquele bando de rameiras que não se davam o respeito. Todas, com certeza sabiam que o Max era casado e mesmo assim não tiveram a dignidade de respeitar um lar, uma mulher, uma família. Ao mesmo tempo, olhando todas elas, em tão diferentes situações e todas compartilhando da mesma dor, deu nela um sentimento de ligação, uma espécie de elo que fez com que sua vontade de enxotar todas dali, do enterro do seu marido, se dissipasse e se transformasse numa espécie de solidariedade. Joana caminhou até aquela que chorava copiosamente num canto, a que parecia mais abalada, mais inconsolável, mais sofrida e, surpreendendo a todos, passou o braço por trás das costas da provável amante do marido e trouxe a cabeça daquela mulher para junto de seu ombro.
Na maioria das vezes um remake costuma deixar a desejar comparado à sua obra original mas, na minha humilde opinião, não é o que acontece com “A Pequena Loja dos Horrores”, que teve sua primeira versão em 1960 e sua refilmagem, mais dançante e marcante em 1986. A primeira versão é do fabuloso Roger Corman, que a filmou em apenas dois dias (o que, a bem da verdade, pode-se notar ao longo do filme), e a segunda, do mestre dos bonecos, Frank Oz.
O filme de 1960, filmado em um tempo curtíssimo como já falei, trazia na sua maioria atores desconhecidos na época. A trama gira em torna da floricultura do senhor Mushnik (Mel Welles) onde trabalha Seymour (Jonathan Haze), um desastrado admirador e cultivador de plantas. Ao ser demitido, Seymour pede uma chance de mostrar sua planta nova chamada Audrey Jr., uma homenagem a mulher que por quem é apaixonado (Jackie Joseph) e que também trabalha na loja. A planta faz muito sucesso até o momento em que para de crescer e descobrimos que ela se alimenta de sangue humano para se desenvolver. Então o filme segue essa trama de Seymour indo atrás de alimento para sua planta que, por sinal, vive pedindo comida. E, sim, ela fala!
É tudo muito simples no longa. Os efeitos, e principalmente os cenários, até pelo fato de praticamente só existir um, uma vez que 90 % do filme se passa dentro da floricultura, o que acaba tornando o filme monótono e um pouco repetitivo em alguns momentos. Mas o filme ganha por sua criatividade e bom humor. O longa de 1960 é bem engraçado com um humor quase inocente, o que particularmente, me agrada muito. Mas "A Pequena Loja dos Horrores" também tem cenas de terror que, por sinal funcionam muito bem. Uma delas que merece ser mencionada, apesar do efeito tosco, é a da revelação dos botões das flores da planta logo após a perseguição (veja no final do vídeo abaixo).
O resultado final é filme bem inventivo com atuações até bastante boas mesmo sendo um tanto caricatas, excetuando o monstro/planta, que, este sim, não tem carisma nenhum. Não é uma obra prima mas cumpre sua função de entreter e contar uma historia de monstro diferente e divertida.
Vamos agora à versão de “A Pequena Loja dos Horrores” de 1986: seu roteiro é basicamente o mesmo do filme de 1960 com algumas mudanças que, a propósito, são bem vindas. Audrey (Ellen Greene) namora um dentista que é extremamente violento, e a planta é muito mais falante e, a principal mudança, esta segunda versão é um MUSICAL.
O roteiro é meio bagunçado, mas o fato de ser um musical e as músicas serem ótimas, tornam essa versão dinâmica e mais fácil de se envolver com os personagens, que ainda são muito caricatos porém muito mais simpáticos. O longa abraça totalmente a comédia o que já podemos constatar pelo elenco, já podemos ver isso. Temos Rick Moranis no papel de Seymour, Steve Martin como o dentista maluco (kkk) e o time conta ainda com as participações especiais de John Candy e Bill Murray.
Tecnicamente os efeitos são bem melhores que os do original de 1960, até por se tratar de um filme de Frank Oz que garante que o boneco da planta funcione sempre perfeitamente. Um dos grandes destaques é a parte a musical com temas e números realmente fabulosos! Além disso, o carisma de Audrey II, faz o vilão tornar-se sadicamente simpático. Quanto ao desfecho, que fique registrado que o final deste longa é "algo"... e não digo mais nada.
Vamos ao confronto: bola rolando é o que importa. O inicio de partida é bem equilibrado, duas equipes parecidas com a proposta de jogar pra frente. Mas a alegria do filme de 1986, o futebol moleque, cantando e encantado sai na frente, jogando por música. 1 x 0 para 1986.
Jogo segue meio morno agora. A tensão, a pressão, o terror na área, faz com que o original de 1960 ganhe espaço. Uma equipe letal com seu ar de terror. "A Loja..." de Corman empata quase no final, GOOOL 1960, 1 X 1.
O jogo vai se encaminhando para o empate mas o elenco de 1986 mostra que tem mais força para aguentar. Embora 1960 tenha uma promessa no seu time, 86 tem a realidade. Só craques que fazem belas tabelas envolventes. Numa delas, a bola sobra para Audrey II, que finta o goleiro e toca fraco, com requintes de crueldade. Esse jogador é de outro planeta! "A Pequena Loja..." marca. GOOOOOL!!! 2 x 1 para 1986.
À esquerda, a misteriosa e faminta Audrey Jr. e ao lado a simpatia e a alegria de Audrey II.
Final de jogo, um bom jogo, equilibrado, mas vence o futebol alegre!