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quarta-feira, 4 de junho de 2014

Sepultura - "Roots" (1996)



“Max Cavalera é uma lenda.
Nunca se vendeu, 
sempre foi verdadeiro - 
e sempre poderá dizer
‘Eu gravei Roots’.
Para mim, isso é grandioso.”
Dave Grohl (Foo Fighters e ex-Nirvana)


Um daqueles discos que mudou o rumo das coisas. "Roots", da banda brasileira Sepultura, de 1996, como se não bastasse ser legal pra caramba, deu uma nova perspectiva ao metal levando-o a uma nova dimensão. Algum douto pretensioso pedante pode alegar que "uma banda dinamarquesa lá de mil novecentos e setenta e pico já havia misturado regionalismos e folclores nórdicos ao metal e coisa e tal e blablablá..." Tá bem, tá bem. Mas tenho certeza que ninguém o fizera com tamanha qualidade, riqueza e sobretudo, com alcance, por conta do renome que o Sepultura já gozava no cenário mundial.
"Roots" conseguia a proeza de agregar ao metal ritmos brasileiros, indígenas, regionalismos, tradicionalismos e folclore, sem abrir mão do peso e da agressividade, suas marcas registradas.
É certo que seu antecessor, "Chaos A.D.", de 1993, já indicava o caminho, mas coisas como a incrível "Ratamahatta", em parceria, quem diria, com Carlinhos Brown, de letra em português com palavras soltas lançadas praticamente aleatoriamente; e a literalmente tribal "Itsári", uma levada acústica de violões acompanhada de cantos xavantes gravada na própria reserva indígena; eram a confirmação daquela tendência da banda e a afirmação da ousadia sonora em um nível poucas vezes visto no gênero.
No entanto, a melhor síntese da sonoridade pretendida e alcançada no projeto da banda fica por conta da faixa que abre o disco, "Roots", que ao mesmo tempo que mantém as características básicas da banda com todo seu peso e energia, mescla de maneira perfeita  e muito sonora, os elementos rítmicos estranhos à sua linguagem. Uma paulada metal com batucada brasileira. Genial e espetacular.
"Attitude", com seu berimbau; a excelente "Cut-Throat", influência inequívoca para o chamado Nu-Metal com sua estrutura toda quebrada ; a batucada à Olodum de "Breed Apart"; e a ótima "Born Stubborn" em ritmo de ponto de umbanda, também são dignas de nota, bem como o metal-industrial, "Lookaway", que conta com a participação de Mike Patton do Faith No More. Algumas edições do álbum trazem ainda faixas extras como a versão para "Procreation (of the Wicked)" do Celtic Frost e a competente cover do Black Sabbath, "Symphtom of the Universe".
Muitos fãs torceram o nariz para o trabalho mas não há como negar o caráter absolutamente inovador da proposta. Aquilo havia sido algo novo e inusitado e era tão interessante que não só viria a dar rumo aos novos caminhos musicais que a própria banda seguiria, como influenciaria diversas bandas e artistas da cena musical dali por diante.
Um daqueles álbuns que mudou o rumo das coisas.
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FAIXAS:
1-Roots Bloody Roots
2-Attitude
3-Cut-Throat
4-Ratamahatta
5-Breed Apart
6-Straighthate
7-Spit
8-Lookaway
9-Dusted
10-Born Stubborn
11-Jasco
12-Itsári
13-Ambush
14-Endangered Species
15-Dictatorshit

16-Canyon Jam

17-Procreation (Of The Wicked) – Celtic Frost Cover*
18-Symptom Of The Universe (Black Sabbath Cover)*


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Ouça:
Sepultura Roots


Cly Reis

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Coluna dEle #34 - Os 10 Mandamentos do Rei do Universo



Oi, gente, Eu sou... vocês sabem quem, tenho mais de um zilhão de anos e vou falar pra vocês sobre os 10 Mandamentos.
Eu soube que um mané aí anda falando umas merdas boca a fora sobre 10 mandamentos e coisa e tal.
É isso mesmo?
Que audácia.
Só quem pode vir com essas parada de mandamentos  sou Eu que, afinal de contas, sou o Rei de toda essa merda.
Mas as leis não tem nada a ver com aquelas maluquices que o Zezo (é assim que a gente chama o Moisés aqui) contou pra vocês. Ele subiu naquele morro, encontrou uns trafica lá, fumou um ou dois baseados e desceu doidão dizendo que Eu que tinha escrito aquelas sandices. E ainda por cima, que tinha escrito com FOGO. E numa PEDRA. Pode?
Não, não. Não é nada daquilo.
Os 10 Mandamentos do Rei do Universo são os seguintes:



I. Roupas: Nem precisa ser de grife. Desde que vocês usem alguma coisa pra Mim já tá ótimo. Eu vejo cada coisa por aí que até Eu duvido. Principalmente aí no Brasil. Desde que Eu tentei deixar o Adão e a Eva lá, assim, peladões, Eu percebi que teria problemas com vocês. Até tentei consertar a coisa e botar algumas noções de moral, pudor, mas aí já tinha fudido tudo mesmo. 
Mas, assim, ó, o mandamento é o seguinte: NÃO OSTENTAREIS USANDO VESTES QUE NÃO CONDIGAM COM VOSSA REAL CONDIÇÃO, MAS SE DER NO JEITO DAIS UM TAPA NO VIZU. Ou seje, não precisa ficar nessas de roupas de grife, Armani, Gucci, Lacoste. Até porque, se tu é pobre tu só vai te endividar gastando nessas marcas o que não vai te fazer ficar fino;  se tu é feio, não vai ser um terno ou um vestido que vai te fazer ficar bonito, tem que voltar aqui e pedir pra nascer de novo; se tu é rico, aí sim, gasta teu dinheiro com o que tu bem entender; e se tu é tipo uma Gisele Bündche, um Beckham, pode até andar de pijama que vai estar arrasando. Falei?

II. Carros: Maldita hora que vocês vieram com aquela coisa de Revolução Industrial! Máquinas, carros, tecnologia, aí veio a velocidade e bum! Deu no que deu. Vivem dando com a cara no poste. Manerem com isso aí.
Mas, naquelas... Se é pra ter, e se Eu te fizer ter sorte na vida de nascer em berço de ouro, ou te fizer ganhar uma bolada na Mega de Ano-Novo, o carro tem que ser uma Ferrari, né. Ah, uma Ferrari é um mito, um sonho de consumo, chama a atenção.
Mas, agora, se não puder ter uma, se só conseguir comprar um furbeco de última categoria caindo aos pedaços, não coloquem aquele maldito adesivo dizendo “Foi Deus que me deu”. Esse tipo de coisa só queima Meu filme. Faz Eu parecer um miserável.
Então, é o seguinte: NÃO USAREIS MEU SANTO NOME PARA ME ATRIBUÍRES FALSAS BENESSES.
Entendido? Então vamos para a próxima.

III. Trono: Ah, assim que Eu fiz acabei de criar o mundo Eu tratei de subir pra cá e ficar vendo vocês do Meu trono, que pra vocês seria, assim, o equivalente a um camarote. Até podia descer e Me misturar a vocês, mas aí embaixo, na pista você é só mais um. No trono não: um trono evidencia status. É tudo exclusivo, tudo de primeira. 
Sem falar que se Eu ficasse aí embaixo teria que viver como vocês e ter limitação de vida e tal, mas aqui em cima você pode viver de 5000 anos até o infinito.
O mandamento é: NÃO VOS MISTURAIS COM A GENTALHA.

IV. Serviço Exclusivo: Aqui, ó,... que que adianta ser quem Eu sou se não tiver umas vantagenzinhas? Ah, aqui em cima sempre tem um pessoal pra Me servir, pra trabalhar pra Mim. Botei um santo pra casa assunto pra Eu ficar só na boa. Botei o Pedrinho pra cuidar do clima, o Tonho pra atender esssas chateações de pedidos de solteironas, o Chico pra cuidar dos bichinhos, a Clara pras telecomunicações e tal. Todos Me atendem com muita prestatividade. São uns anjos. Sem falar que essa coisa de ter muita gente te atendendo mostra um certo glamour, né?
Então, a regra é: TODOS SÃO IGUAIS PERANTE O SENHOR, MAS SE VÓS TIVERDES UM POUQUINHO MAIS DE GRANA, CONTRATAI EMPREGADOS E MANDAI FAZER POR VÓS.

V. Segurança: Eu tenho seguranças até pela minha integridade física. Sendo quem Eu sou não posso sair por aí, assim, desportegido. Infelizmente, até por bobeira mesmo, no fundo rola um pouco de inveja. Então, Eu tenho seguranças até por ter um certo cuidado com a Minha vida, mesmo, e com Meus bens.
Meu lema nesse caso é: NÃO MATAREIS, MAS SE VIEREM MEXER COMIGO, MANDO MEUS SEGURANÇAS BAIXAREM A PORRADA.

VI. Champagne: Pra ser bem sincero Eu prefiro uma ceva bem gelada, ou mesmo uma  boa pinga, mas a champagne tem todo o negócio do status, do glamour e na Minha condição é importante transmitir uma imagem de santuosidade. E desde que eu ouvi aquela da 'bebida que pisca' Eu sempre peço pra Minha vir com fogo, e aí, sabe como é que é, cama atenção.
Sabem por que que a noite de vocês é estrelada? E porque tem festa aqui todas as noites. O que vocês vêem é o foguinho das champanha!
A regra é clara, Arnaldo: NÃO CONSUMAIS BEBIDA EM EXCESSO MAS SE FOR PRA TOMAR UMAS, TRAZ A BEBIDA QUE PISCA.

VII. Famosos: Outra coisa importante é ter aqui em cima pessoas conhecidas, celebridades, isso agrega a tudo. Agrega a suas estrels, às suas nuvens, à sua Terra.  Eu, por exemplo, sempre que posso, trago aqui pra cima alguém conhecido, alguma celebridade. Trouxe recentemente Nêgo Nelson, lá da África do Sul; esse carinha esse do "Velozes e Furiosos"; o tal do Chorão, que Eu nem curto muito mas a galera mais jovem daqui se amarra; trouxe há algum tempo atrás, a Diana por que sempre é legal ter alguém da realeza; trouxe o Jobs; o Senna, o Freddie Mercury, o John, o Harrison, tô tentando trazer o Richards dos Stones mas ele não vem. Enfim, isso agrega tudo! 
O negócio é o seguinte:  CULTIVAI A AMIZADE, SOBRETUDO COM PESSOAS QUE AGREGAM.

VIII. Mulheres: Meu camarote tem que ter mulheres. Mulheres bonitas. Porque não faz sentido ter tudo isso, um céu, o paraíso, se não tiver as mulheres. É como você ser o dono do mundo e botar o Eike Batista pra administrar. Não faz sentido.
Pra abrilhantar, aqui, o lugar Eu tenho comigo a Brittany Murphy que subiu há pouco; a Sylvia Kristell que muito Me deu calo nas mãos; a Amy, que não é de todo de se jogar fora; a eterna Marilyn; sem falar numa infinidade de ilustres anônimas que aparecem por aqui todos os dias.
Sabem de uma coisa, mas aí Eu acho que é pesado falar... Eu que as criei mas... Eu já me masturbei por mulher... No banheiro.
Assim, a regra manda: NÃO DESEJAI A MULHER DO PRÓXIMO, MAS SE ESTIVER NA PISTA PRA NEGÓCIO E ESTIVER DANDO MOLINHO, VA PRA DENTRO DELA.

IX. Música: O som que Eu gosto de curtir, na verdade é um rock'n roll de primeira. Um Led, um Sabbath, Beatles, Stones, mas no camarote tem que rolar um house, hip-hop, black, um funk. Quando toca um funk então é bom porque daí elas ficam loucas e perdem a noção. "Ah, elas estão descontroladas". (kkkkk)
O  9º Mandamento é:  ROCK'N ROLL FOREVER, MAS ABRIREIS UMA EXCEÇÃO EM NOME DA PUTARIA.

X. Instagod: Quem tem um camarote como o Meu tem que ter um Instagod. Se não tiver um Instagod não é legal. Você tem que compartilhar, tem que divulgar suas fotos, seus vídeos. Hoje em dia quem não compartilha tá fora do mundo.
O Mandamento é: COMPARTILHAI COM VOSSOS IRMÃOS.


Quem não queria ter um mundo inteiro como Eu? Estar em todos os lugares ao mesmo tempo, poder fazer as mulheres mais impressionantes que se possa imaginar, poder transformar as cataratas do Niágara em champagne? Eu sei que muitos Me criticam, Me acham arrogante, prepotente, mas Eu vejo isso como inveja.


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Opiniões, críticas, manifestações, ofensas, xingamentos para:
god@voxdei.gov 

Fiquem Comigo e que Eu vos abençoe.

Fui!

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

ClyBlog 5+ Artista/Banda


Qual a sua banda do coração?
Qual seu cantor predileto?
Qual a maior cantora, na sua opinião?
E aquele que não canta nada mas você curte assim mesmo?
E banda? Qual a maior banda de todos os tempos? Beatles ou Stones? (ou nenhum dos dois?)
Todo mundo tem os seus favoritos, não é? Por isso, na sequência dos especiais de 5 anos do clyblog  perguntamos a 5 amigos quais seus artistas de música prediletos, sejam eles cantores, cantoras, performers, bandas, instrumentistas, DJ's, etc. O que saiu disso foram mais algumas interessante listinhas dos nossos convidados.
Saquem só aí: clyblog 5+ artista/banda.



1. Renata Seabra
fotógrafa
(Rio de Janeiro/RJ)


"Nem preciso pensar. Sei bem minhas preferências
A lista é extensa mas meu 'top 5'' ta aí."

A Legião, banda de devoção 
quase religiosa dos fãs



1 - The Cure
2 - The Smiths
3 - Legião Urbana
4 - Metallica
5 - Chico Buarque







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2. Marcello Campos
jornalista e
escritor
(Porto Alegre/RS)


"Chico é o casamento perfeito de letra e música. 
Letra é sempre o menos importante, mas gênios como Chico me fazem prestar atenção no "conteúdo". 
Até porque são letras em que as palavras e a narrativa não são apenas legendas para a obra de arte abstrata, 
mas parte da própria construção formal.
Ed Motta, tal como um Hitchchcok da música brasileira,
é um exemplo de que se pode ser popular e sofisticado ao mesmo tempo, tal como um xis-burguer de cordeiro.
Parliament/Funkadelic, além dos grooves, me ensinaram que boa música dispensa a necessidade de boas letras e temas lógicos.
Ou seja, a boa e velha lição de que nem sempre se precisa levar as coisas a sério!
Rachmaninoff, o russo me despertou para a música clássica,
com um trabalho que influenciaria dois de meus ídolos supremos, Astor Piazzolla e Tom Jobim.
João Gilberto. A síntese. A beleza e o estranhamento que me fizeram ouvir um "clic", em 1980,
quando eu assistia distraidamente a novela "Água Viva" na Rede Globo.
Assim que ouvi "Wave", corri pra perguntar aos adultos quem era aquele cantor."



Chico Buarque



1 - Chico Buarque
2 - Ed Motta
3 - Parliament/Funkadelic
4 - Sergei Rachmaninoff
5 - João Gilberto






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3. Michele Santos
estudante de engenharia,
música e 
colaboradora do ClyBlog
(Viamão/RS)


"Ai que difícil!
Não pode ser duas listas de 5?
Listo mais 5 sem problemas."

1 - Pink Floyd
2 - The Rolling Stones
3 - The Allman Brothers
4 - Iron Maiden
5 - Guns'n Roses




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4. Márcio Pinheiro
jornalista e
crítico musical
(Porto Alegre/RS)
João Donato, destacado pelo
crítico Márcio Pinheiro


"Nem sei se o Chico é top.
Falei os cinco que mais ouço.
E por ouvir, ao longo da vida, diria que o top talvez fosse o Jorge Ben.
Jobim e Donato foram paixões velhas.
Já tinha 20 anos quando os descobri."

1 - Chico Buarque
2 - Tom Jobim
3 - João Donato
4 - Jorge Ben
5 - Caetano Veloso




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5. Paulo Roberto Guazzi
publicitário,
coordenador de eventos
e músico
(Rio de Janeiro/RJ)


"Eu tenho um gosto bastante eclético, mas acho que meus cinco principais são esses.
Beatles não poderia faltar. "



Não poderiam faltar os quatro rapazes de Liverpool
















1 - The Beatles
2 - The Rolling Stones
3 - Emerson, Lake and Palmer
4 - Black Sabbath
5 - Led Zeppelin






sábado, 19 de outubro de 2013

Black Sabbath - Praça da Apoteose / Rio de Janeiro (13/10/13)



O velho Ozzy mandando ver, acompanhado pelo 
competente Tommy Clufetos
foto JB Online
Um show histórico!
Mais um dos grandes nomes da música, uma das lendas do rock mundial, que tive o privilégio de ver ao vivo.
Estavam ali, no palco à minha frente, Tony Iommi, Geezer Buttler e nada mais nada menos que Ozzy Osbourne, sim, o Black Sabbath, se não com sua plena formação original, inegavelmente com a maior e mais significativa parcela.
A bem da verdade, tirando o caráter formal ou simbológico do que representaria ter Bill Ward nas baquetas, o atual substituto, Tommy Clufetos não fez feio e não deixou nada a desejar, sendo responsável inclusive, por um dos momentos mais legais do show, num solo arrasador antes de "Iron Man", que serviu também para que os outros três, mais velhos, fossem tomar uma aguinha.
O show foi um desfile dos grandes clássicos da banda intercalados com algumas canções do último trabalho, "13", que, deve-se dizer, não conseguem ter o mesmo apelo que as antigas, mas que, diga-se a seu favor, gnham muito ao vivo, como nos casos, especialmente, de "End of the Beggining" e "God is Dead?".
Mas como eu disse, foram as imortais do Sabbath que mexeram com a galera e comigo, como não podia deixar de ser. A abertura com "War Pigs" (trecho em vídeo) já foi de arrepiar; "N.I.B.", uma das minhas favoritas do grupo, foi avassaladora, com grande participação da platéia; a monumental faixa que leva o nome da banda, "Black Sabbath", parecia ter jogado uma teia de energia sobre o público;  "Children of the Grave" memorável; a já mencionada "Iron Man" com a introdução marcada e marcante de bateria, seu peso, a interpretação única de Ozzy, foi tudo o que se esperava dela: êxtase absoluto; e "Paranoid" que fechou o espetáculo, extremamente enérgica, forte, potente, visceral e vigorosa, levou o público ao delírio final no bis.
Uma aula de metal! Um resumo da trajetória do gênero ao longo dos últimos 43 anos, representada ali por aqueles quatro homens, especialmente por aquele cara de cabelos pretos e longos ao microfone.
É verdade que o tal do cara já está meio sequelado, meio gagá, meio sem noção, por vezes parecendo um animadorzinho amador de auditório, fazendo 'bracinhos-pra-cá, bracinhos-pra-lá', ou dando corridinhas curtinhas ridículas de um lado para o outro no palco. É, né... Bom, não se pode ter tudo.
O que importa é que, além de ter assistido a uma apresentação de muito vigor e qualidade, tirando o Led Zeppelin que insiste em não nos dar uma canja, já vi, praticamente, uma espécie de "Santíssima Trindade" do rock, com Rolling StonesDeep Purple e, agora, Black Sabbath. Alguns perguntarão, " E o Paul?". E eu lhes responderia, "Não, né!". Em primeiro lugar, Paul  é igual a Beatles. Se fossem os 4, se estivesse todos vivos, ou que fosse os 3 a alguns anos atrás, ou mesmo os dois que sobraram (JUNTOS) eu até me esforçaria em ver. Paul McCartney não me tira de casa. E em segundo lugar, vocês acham mesmo que aquele cara é o Paul de verdade? Ora...

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SETLIST:
  • War Pigs 
  • Into the Void 
  • Under the Sun/Every Day Comes and Goes 
  • Snowblind 
  • Age of Reason 
  • Black Sabbath 
  • Behind the Wall of Sleep 
  • N.I.B. 
  • End of the Beginning 
  • Fairies Wear Boots 
  • Rat Salad
  • Iron Man 
  • God Is Dead? 
  • Dirty Women 
  • Children of the Grave 

Bis:
  • Paranoid


Cly Reis

domingo, 13 de outubro de 2013

Black Sabbath - Apoteose - RJ / 13/10/14 - drops



Início matador. O véio em grande forma. Amanhã com mais calma e mais tempo, entro em mais detalhes.
Agora é só um drops.



Cly Reis

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Confirmado: Morrissey não vem mais




Entre idas e vindas, mal-entendidos e desentendimentos, pronunciamentos e desmentidos, foi finalmente confirmado o cancelamento das apresentações do cantor Morrissey pelo Brasil. Vítima de constantes problemas de saúde, insatisfeito com a produção da turnê, desiludido com as gravadoras, o ex-vocalista dos Smiths, em nota de cancelamento lamentou o contratempo, demonstrou todo seu desgosto, se desculpou com fãs e deixou transparecer levemente que pode estar despedindo-se definitivamente dos palcos e talvez até da carreira. Uma pena se, principalmente a segunda parte da possibilidade realmente se confirmar. Embora eu, mesmo fã como sou, tenha restrições à carreira solo do cantor, especialmente pela ausência de uma parceria à altura para suas letras sempre tão inspiradas e suas interpretações impecáveis, acredito que ainda possa proporcionar coisas muito valiosas aos que apreciam seu trabalho.
É aguardar para ver. Vai que ele se retira por uns tempos e retorna em grande forma com um álbum daqueles espetaculares.
Particularmente, quanto ao show, desde a ameaça de cancelamento, eu já tinha ficado com a impressão de que ia acabar não acontecendo. Na verdade até acho que ja esta estava cancelado mas os interessados, organizadores, produtoras e tal, estavam segurando a informação para ver se o quadro se revertia.
Bom,... de minha parte não ficarei de todo triste. Estava mesmo na dúvida se iria ao show do Moz ou no do Black Sabbath e acabei optando pelo primeiro. Mas diante da decepção, usarei a grana do reembolso pra ver a turma do Ozzy.
É do limão tentar fazer uma limonada...



C.R.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

100 Melhores Discos de Estreia de Todos os Tempos

Ôpa, fazia tempo que não aparecíamos com listas por aqui! Em parte por desatualização deste blogueiro mesmo, mas por outro lado também por não aparecem muitas listagens dignas de destaque.
Esta, em questão, por sua vez, é bem curiosa e sempre me fez pensar no assunto: quais aquelas bandas/artistas que já 'chegaram-chegando', destruindo, metendo o pé na porta, ditando as tendências, mudando a história? Ah, tem muitos e alguns admiráveis, e a maior parte dos que eu consideraria estão contemplados nessa lista promovida pela revista Rolling Stone, embora o meu favorito no quesito "1º Álbum", o primeiro do The Smiths ('The Smiths", 1984), esteja muito mal colocado e alguns bem fraquinhos estejam lá nas cabeças. Mas....
Segue abaixo a lista da Rolling Stone, veja se os seus favoritos estão aí:

Os 5 primeiros da
lista da RS
01 Beastie Boys - Licensed to Ill (1986)
02 The Ramones - The Ramones (1976)
03 The Jimi Hendrix Experience - Are You Experienced (1967)
04 Guns N’ Roses - Appetite for Destruction (1987)
05 The Velvet Underground - The Velvet Underground and Nico (1967)
06 N.W.A. - Straight Outta Compton (1988)
07 Sex Pistols - Never Mind the Bollocks (1977)
08 The Strokes - Is This It (2001)
09 The Band - Music From Big Pink (1968)
10 Patti Smith - Horses (1975)

11 Nas - Illmatic (1994)
12 The Clash - The Clash (1979)
13 The Pretenders - Pretenders (1980)
14 Jay-Z - Roc-A-Fella (1996)
15 Arcade Fire - Funeral (2004)
16 The Cars - The Cars (1978)
17 The Beatles - Please Please Me (1963)
18 R.E.M. - Murmur (1983)
19 Kanye West - The College Dropout (2004)
20 Joy Division - Unknown Pleasures (1979)
21 Elvis Costello - My Aim is True (1977)
22 Violent Femmes - Violent Femmes (1983)
23 The Notorious B.I.G. - Ready to Die (1994)
24 Vampire Weekend - Vampire Weekend (2008)
25 Pavement - Slanted and Enchanted (1992)
26 Run-D.M.C. - Run-D.M.C. (1984)
27 Van Halen - Van Halen (1978)
28 The B-52’s - The B-52’s (1979)
29 Wu-Tang Clan - Enter the Wu-Tang (36 Chambers) (1993)
30 Arctic Monkeys - Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not (2006)
31 Portishead - Dummy (1994)
32 De La Soul - Three Feet High and Rising (1989)
33 The Killers - Hot Fuss (2004)
34 The Doors - The Doors (1967)
35 Weezer - Weezer (1994)
36 The Postal Service - Give Up (2003)
37 Bruce Springsteen - Greetings From Asbury, Park N.J. (1973)
38 The Police - Outlandos d’Amour (1978)
39 Lynyrd Skynyrd - (Pronounced ‘Leh-‘nérd ‘Skin-‘nérd) (1973)
40 Television - Marquee Moon (1977)
41 Boston - Boston (1976)
42 Oasis - Definitely Maybe (1994)
43 Jeff Buckley - Grace (1994)
44 Black Sabbath - Black Sabbath (1970)
45 The Jesus & Mary Chain - Psychocandy (1985)
46 Pearl Jam - Ten (1991)
47 Pink Floyd - Piper At the Gates of Dawn (1967)
48 Modern Lovers - Modern Lovers (1976)
49 Franz Ferdinand - Franz Ferdinand (2004)
50 X - Los Angeles (1980)
51 The Smiths - The Smiths (1984)
52 U2 - Boy (1980)
53 New York Dolls - New York Dolls (1973)
54 Metallica - Kill ‘Em All (1983)
55 Missy Elliott - Supa Dupa Fly (1997)
56 Bon Iver - For Emma, Forever Ago (2008)
57 MGMT - Oracular Spectacular (2008)
58 Nine Inch Nails - Pretty Hate Machine (1989)
59 Yeah Yeah Yeahs - Fever to Tell (2003)
60 Fiona Apple - Tidal (1996)
61 The Libertines - Up the Bracket (2002)
62 Roxy Music - Roxy Music (1972)
63 Cyndi Lauper - She’s So Unusual (1983)
64 The English Beat - I Just Can’t Stop It (1980)
65 Liz Phair - Exile in Guyville (1993)
66 The Stooges - The Stooges (1969)
67 50 Cent - Get Rich or Die Tryin’ (2003)
68 Talking Heads - Talking Heads: 77’ (1977)
69 Wire - Pink Flag (1977)
70 PJ Harvey - Dry (1992)
71 Mary J. Blige - What’s the 411 (1992)
72 Led Zeppelin - Led Zeppelin (1969)
73 Norah Jones - Come Away with Me (2002)
74 The xx - xx (2009)
75 The Go-Go’s - Beauty and the Beat (1981)
76 Devo - Are We Not Men? We Are Devo! (1978)
77 Drake - Thank Me Later (2010)
78 The Stone Roses - The Stone Roses (1989)
79 Elvis Presley - Elvis Presley (1956)
80 The Byrds - Mr Tambourine Man (1965)
81 Gang of Four - Entertainment! (1979)
82 The Congos - Heart of the Congos (1977)
83 Erik B. and Rakim - Paid in Full (1987)
84 Whitney Houston - Whitney Houston (1985)
85 Rage Against the Machine - Rage Against the Machine (1992)
86 Kendrick Lamar - good kid, m.A.A.d city (2012)
87 The New Pornographers - Mass Romantic (2000)
88 Daft Punk - Homework (1997)
89 Yaz - Upstairs at Eric’s (1982)
90 Big Star - #1 Record (1972)
91 M.I.A. - Arular (2005)
92 Moby Grape - Moby Grape (1967)
93 The Hold Steady - Almost Killed Me (2004)
94 The Who - The Who Sings My Generation (1965)
95 Little Richard - Here’s Little Richard (1957)
96 Madonna - Madonna (1983)
97 DJ Shadow - Endtroducing ... (1996)
98 Joe Jackson - Look Sharp! (1979)
99 The Flying Burrito Brothers - The Gilded Palace of Sin (1969)
100 Lady Gaga - The Ame (2009)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

The Troggs - "From Nowhere" (1966)


Trogg: abreviação chula em inglês para
"troglodita".


Nos anos 60, muitos jovens, motivados pelo boom Beatles / Stones, montaram seu próprio conjunto para fazer versões de standards do blues e inventar canções próprias. Algumas alcançaram status e sucesso, como Yardbirds, Monkees e Byrds. Mas tinha a turma mais obscura em meio a toda aquela luminosidade estelar. Uma galera que, com pouca grana tanto para comprar bons instrumentos quanto para vestir os caros terninhos mods, juntava-se para ensaiar na garagem da casa de algum dos integrantes (provavelmente, quando os pais iam ao cinema) e, com muita vontade de tocar e criar, produzia alguns dos melhores sons que o rock já ouviu. É o caso do The Troggs, banda britânica que, com seu álbum de estreia, “From Nowhere”, influenciou, em música e postura, do punk ao metal.
Formada por Reg Presley (vocais), Chris Britton (guitarra), Pete Staples (baixo) e Ronnie Bond (bateria), a banda saiu da pacata cidade sulista de Andover para gravar seus primeiros compactos pelas mãos do empresário Larry Page, o mesmo do The Kinks. E não foi coincidência, afinal, tanto um grupo quanto outro fazia a linha rebelde, uma resposta às carinhas de bons moços dos Fab Four. A afronta já começava pelos nomes: um, selvagem e irreverente (The Troggs: “Os Trogloditas”); o outro, insinuante e debochado (The Kinks: “Os Pervertidos”). Faziam, além disso, um rock sujo, guitarrado, de bases simples e compasso acelerado. Quase punk.
Assim são, em “From Nowhere”, as versões de “Ride Your Pony”, “Jaguar and Thunderbird” e do clássico pré-punk “Louie Louie” – que, para uma garage band que se prestasse, não podia faltar! O vocalista, nascido Reginald Ball, autor da maioria do repertório e um grande blueser, pegou emprestado o sobrenome de Elvis com merecimento. É ele que dá o tom criativo de cada faixa, apresentando um cardápio variado do melhor blues-rock. São dele as melhores, como “Our Love Will Still Be There”, marcada no baixo e com frases de guitarra superdistorcida, “Lost Girl”, intensa e bruta, e “I Just Sing”, de ritmo tribal e um moog psicodélico na medida certa.
Entre blues quentes (“Evil”, "The Yella In Me") e boas baladas para conquistar as gatinhas (When I’m With You”), o Troggs manda ver na incrível “Your Love”, com uma bateria impressionantemente possante (algo raríssimo para os limitados recursos técnicos dos estúdios da época) e um matador riff de guitarra de apenas quatro notas. Estava ali uma fórmula diferente do rock de então, mais tosco, mais direto, mais agressivo. Quase punk.
“From Nowere” traz, porém, duas joias. A primeira delas é a marcante faixa de abertura: “Wild Thing”, versão para a música de Chip Taylor que virou a tradução do espírito rebelde e rocker da banda (“Wild thing/ You make my heart sing”). Maior sucesso comercial do grupo, abre com um acorde alto e distorcido de guitarra que se esvanece feito uma serpentina, mostrando de cara que eles não vinham pra brincadeira. Combinação de notas simples e um ritmo forte e marcado que já prenunciava o rock pogueado dos punks. Daquelas de ouvir balançando a cabeça. Detalhe interessante é o inventivo solo de flauta doce, que lhe dá um interessante exotismo medieval.
A outra grande do disco é mais uma de Presley: “From Home”. Se a música “Peaches en Regalia”, do Frank Zappa, foi capaz de, sozinha, motivar a criação de uma das duas mais importantes bandas de hard rock de todos os tempos, o Deep Purple, esse petardo do Troggs foi responsável por originar, nada mais, nada menos, do que a outra grande banda do rock pesado mundial: o Black Sabbath. Com o mesmo clima ritualístico de “Lost Girl”, mas adicionando agora um vocal rasgado e guitarras BEM distorcidas flutuando sobre tudo (igual ao que o heavy metal usaria largamente anos depois), “From Home”, confessadamente inspiração para a formação do Sabbath, traz aquela atmosfera macabra do som feito por Ozzy Osbourne e Cia. – e isso quatro anos antes de lançarem seu primeiro LP!
Se o Black Sabbath bebeu na fonte do Troggs, o que dizer, então, de StoogesDr. Feelgood, Modern Lovers? Junto com outras importantes bandas de garagem da época, como The Sonics, The Seeds e The Chocolate Watch Band, eles deram, com seu rock visceral, como que vindo das cavernas, as bases para aquilo que explodiria em Nova York e Londres nos anos 70 com o movimento punk, influenciando toda uma geração. Ah, se não fosse esses abençoados trogloditas!...

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FAIXAS:
1. "Wild Thing" (Taylor) - 2:34
2. "The Yella In Me" (Presley) - 2:38
3. "I Just Sing" (Presley) - 2:09
4. "Hi Hi Hazel" (Martin/Coulter) - 2:43
5. "Lost Girl" (Presley) - 2:31
6. "The Jaguar And The Thunderbird" (Berry) - 2:01
7. "Your Love" (Page/Julien) - 1:52
8. "Our Love Will Still Be There" (Presley) - 3:08
9. "Jingle Jangle" (Presley) - 2:26
10. "When I'm With You" (Presley) - 2:23
11. "From Home" (Presley) - 2:20
12. "Louie Louie" (Berry) - 3:01
13. "The Kitty Cat Song" (Roach/Spendel) - 2:11
14. "Ride Your Pony" (Neville) - 2:24
15. "Evil" (Singleton) - 3:13
16. "With A Girl Like You" (Presley) - 2:05*
17. "I Want You" (Page/Frechter) - 2:13*
18. "I Can't Control Myself" (Presley) - 3:03*
19. "Gonna Make You" (Page/Frechter) - 2:46*
20. "As I Ride By" (Bond) - 2:02*
    * Faixas bônus
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Ouça:
The Troggs From Nowhere



quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Black Sabbath - "Paranoid" (1970)


"Satã está rindo
 e expandindo suas asas"
da letra de "War Pigs"


Às vésperas de uma nova vinda de Ozzy Osbourne ao Brasil vale lembrar aos menos informados que só o conhecem por conta de um reality-show familiar que andou rolando por aí, que o cara nem sempre foi aquele velho meio abobalhado e sequelado do programa da TV. Há muito tempo atrás, ele ao microfone do Black Sabbath dava forma, provavelmente, de maneira definitiva ao que hoje se convencionou chamar de heavy-metal. O Deep Purple já anunciava caminhos, o Led já tinha uma sonoridade, mas aqueles caras trataram de acrescentar algo que faltava. Definiram o peso, o estilo, as letras e o comportamento de um dos gêneros mais consagrados, idolatrados e seguidos  do mundo do rock.
"Paranoid", seu segundo disco é um clássico! A própria música-título com sua levada galopante, acelerada, é um dos maiores símbolos da banda da época, da banda e do rock. "Iron Man" com seu andamento arrastado e troante é outra daquelas cujo riff ficou marcado para a eternidade. 'War Pigs" que abre o disco, com sua estrutura vocal-resposta  instrumental e suas retomadas violentas, é um petardo, um míssil, uma bomba contra a guerra nuclear.
Das menos conhecidas, vale destacar a forte e intensa "Hand of Doom" e "Planet Caravan" que dá uma quebrada no ritmo alucinante do resto do disco.
Os temas satânicos, místicos, o protesto, o gestual, o figurino, o comportamento ajudaram a consolidar um carácter específico, constituir uma imagem metaleira e a incluir definitivamente o termo "METAL" no dicionário do rock; e neste contexto, "Paranoid", em especial, como um marco, não apenas pela qualidade mas muito pela representatividade num âmbito geral.
De ponto negativo tem a capa do álbum que é triste de se ver. Uma espécie de guerreiro ou sei lá o quê com uma roupa ridícula, um capacete de astronauta com uma espada luminosa parecendo jedi, pronto para o ataque. Péssimo
Mas... não se pode ter tudo.
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FAIXAS:
1. "War Pigs" 7:57
2. "Paranoid" 2:52
3. "Planet Caravan" 4:34
4. "Iron Man" 5:56
5. "Electric Funeral" 4:52
6. "Hand of Doom" 7:09
7. "Rat Salad" 2:30
8. "Fairies Wear Boots" 6:14

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Ouça:
Black Sabbath Paranoid


Cly Reis

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Led Zeppelin - "Led Zeppelin" ou "Led Zeppelin IV" ou "Four Symbols", ou "ZoSo" ou "o disco do velho" (1971)


“Ninguém nunca mais nos comparou ao Black Sabbath depois deste álbum.”
John Paul Jones


Sempre tive a ideia de botar algum Led Zeppelin no ÁLBUNS FUNDAMENTAIS mas hesitava um pouco pensando em qual deles pra não cometer injustiça. O primeiro? Ou o incrível Led Zeppelin II? Ou por que não o III ? Ou o fantástico "Physical Graffiti"? Podia ser qualquer um destes sem problema algum, mas na minha opinião o quarto álbum do Led Zeppelin, de 1971, conhecido como "IV", ou "Four Symbols" ou "ZoSo" ou ainda, somente, como "o disco do velhinho na capa" é o que melhor representa toda a pagada, a força, a sonoridade e a qualidade da banda.
Com influências que iam de blues, ao country, a Elvis e a bruxaria, o Led consolidava em "IV" uma sonoridade que iria se tornar pedra fundamental do estilo metal e similares, com muito peso nas guitarras, ritmos acelerados e vocais  gritados. "Black Dog", canção que abre o disco é prova e símbolo disso, com aquela guitarra extremamente pesada e mágica de Jimmy Page, alternado tempos com o vocal poderoso e estridente de Robert Plant. Certamente é, ainda hoje, um dos riffs mais conhecidos e lembrados de todos os tempos. Um clássico imortal do rock!
E a propósito de clássico e de rock, o que dizer de um álbum que tem uma música chamada "Rock'n Roll"? Bom, muitos podem ter uma música com este nome, mas provavelmente só o Led  conseguiu fazer com que ela remetesse ao estilo com tanta clareza, ficasse marcada pelo nome e virasse um clássico absoluto. Eu mesmo, sempre que ouço o termo rock' roll me vem à cabeça aquele início marcado na bateria de John Bonham, que aliás, "quebra tudo" nesta música. Mas não só ele. Nesta, a guitarra menos distorcida que de costume, conduz uma espécie de blues acelerado, um rockabilly pesado alucinante, num show à parte que se constitui em outro dos riffs mais conhecidos da história da história da música.
Para os mais "populares", este álbum traz ainda o clássico "Stairway to Heaven" que serviu até mesmo de faixa de trilha sonora de novela nos anos 80, fazendo-a alcançar uma grande popularidade até entre os não-fãs e público em geral, mesmo com sua estrutura rica, complexa e sua extensa duração para padrões comerciais.
Todas as 8 faixas são excepcionais mas o disco acaba com outra de minhas favoritas, a poderosa "When the Levee Brakes", sonoramente impactante com sua bateria estrondosa  com uma marcação ao que ao mesmo tempo é tem um tom marcial mas é também emocionante e sedutora. Mas Bonham não cria esse fascínio sozinho: a guitarra de Page aqui é mística, mágica e hipnótica; John Paul Jones conduz a linha de maneira segura e forte; e Plant é preciso nos vocais em cada verso, em cada entonação, em cada nota, além da harmônica que toca conferindo um ar ainda mais místico à canção. Um final monumental para um disco fantástico!
Pela seleção privilegiada de faixas do álbum, pelos clássicos que traz, pelo significado no cenário musical, pela consolidação de um estilo, pela importância da obra, pela popularidade, pela sonoridade, por todas estas razões e muitas mais é que "Led Zeppelin IV" é para mim não só o melhor álbum da banda como um dos melhores de todos os tempos. Acho que não cometo nenhuma injustiça em mencioná-lo aqui. Agora, o que também não invalida de daqui a pouco termos aqui na seção um "Led Zeppelin II", por exemplo... Ou o " Led III", ou o "Physical" ou o "Houses"...
Não precisamos ter apenas um, precisamos?
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FAIXAS:
  1. "Black Dog" (Page/Plant/Jones) – 4:57
  2. "Rock and Roll" (Page/Plant/Jones/Bonham) – 3:40
  3. "The Battle Of Evermore" (Page/Plant) – 5:52
  4. "Stairway to Heaven" (Page/Plant) – 8:03
  5. "Misty Mountain Hop" (Page/Plant/Jones) – 4:38
  6. "Four Sticks" (Page/Plant) – 4:45
  7. "Going To California" (Page/Plant) – 3:31
  8. "When The Levee Breaks" (Page/Plant/Jones/Bonham/Minnie) – 7:08
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Ouça:
Led Zepppelin IV 1971


Cly Reis

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

25 Melhores Riffs de Guitarra de Todos os Tempos

Em mais uma destas tantas listas que aparecem por aí, o site Music Radar, promoveu uma eleição entre os leitores sobre o Melhor riff de guitarra de todos os tempos. Pra quem não sabe, o riff é praticamente como se fosse a assinatura da música. Aquela melodia básica que quando toca você já identifica a música, a banda ou uma época.
Os leitores da Musica Radar botaram "Voodoo Child" do Hendrix no topo. Na minha opinião não diria que é "O RIFF" mais marcante. Do prórpio Hendrix eu escolheria por exmplo "Purple Haze" que aparece lá atrás na 22° posição. Mas verdadeiramente, a minha preferida no quesito é "Smoke on the Water" que para mim é quase um sinônimo de rock'nroll e que qualquer um cantarola entre os dentes imitando a distorção.
Destaco também na lista deles a inclusão justa, mas para mim inesperada pela atualidade, de "Seven Nation Army" dos White Stripes, provavelmente um dos riffs mais marcantes dos últimos tempos.

Eis aí os 25 melhores da Music Radar:

1 - "Voodoo child", Jimi Hendrix
2 - "Sweet child o' mine", Guns N' Roses
3 - "Whole lotta love", Led Zeppelin
4 - "Smoke on the water", Deep Purple
5 - "Layla", Derek and the Dominos
6 - "Back in black", AC/DC
7 - "Enter sandman", Metallica
8 - "Day tripper", The Beatles
9 - "Smells like Teen Spirit", Nirvana
10 - "(I can't get no) satisfaction", The Rolling Stones
11 - "Paranoid", Black Sabbath
12 - "Plug in baby", Muse
13 - "Ain't talkin' 'bout love", Van Halen
14 - "You really got me", The Kinks
15 - "Seven nation army", The White Stripes
16 - "Highway to hell", AC/DC
17 - "Heartbreaker", Led Zeppelin
18 - "Iron man", Black Sabbath
19 - "Black dog", Led Zeppelin
20 - "Beat it", Michael Jackson
21 - "Paperback writer", The Beatles
22 - "Purple haze", Jimi Hendrix
23 - "Whole lotta Rosie", AC/DC
24 - "Johnny B Goode", Chuck Berry
25 - "Sad but true", Metallica



E o seu? Qual o seu favorito?

Deixe em comentários.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

OS 100 MELHORES DISCOS DE TODOS OS TEMPOS

Coloquei no blog o primeiro da minha lista do melhores álbuns de todos os tempos e então agora resolvi listar o resto.
Sei que é das tarefas mais difíceis e sempre um tanto polêmica, mas resolvi arriscar.
Até o 10, não digo que seja fácil, mas a concepção já está mais ou menos pronta na cabeça. Depois disso é que a gente fica meio assim de colocar este à frente daquele, tem aquele não pode ficar de fora, o que eu gosto mais mas o outro é mais importante e tudo mais.
Mas na minha cabeça, já ta tudo mais ou menos montado.
Com vocês a minha lista dos 100 melhores discos de toda a história:



1.The Jesus and Mary Chain “Psychocandy”
2.Rolling Stones “Let it Bleed”
3.Prince "Sign’O the Times”
4.The Velvet Underground and Nico
5.The Glove “Blue Sunshine”
6.Pink Floyd “The Darkside of the Moon”
7.PIL “Metalbox”
8.Talking Heads “Fear of Music”
9.Nirvana “Nevermind”
10.Sex Pistols “Nevermind the Bollocks"

11.Rolling Stones “Exile on Main Street”
12.The Who “Live at Leeds”
13.Primal Scream “Screamadelica”
14.Led Zeppellin “Led Zeppellin IV
15.Television “Marquee Moon”
16.Deep Purple “Machine Head”
17.Black Sabbath “Paranoid”
18.Bob Dylan “Bringing it All Back Home”
19.Bob Dylan “Highway 61 Revisited”
20.The Beatles “Revolver”
21.Kraftwerk “Radioactivity”
22.Dead Kennedy’s “Freshfruit for Rotting Vegettables”
23.The Smiths “The Smiths”
24.The Stooges “The Stooges”
25.Joy Division “Unknown Pleasures”
26.Led Zeppellin “Physical Graffitti
27.Jimmy Hendrix “Are You Experienced”
28.Lou Reed “Berlin”
29.Gang of Four “Entertainment!”
30.U2 “The Joshua Tree”
31.David Bowie “The Rise and the Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars”
32.David Bowie “Low”
33.My Bloody Valentine “Loveless”
34.The Stone Roses “The Stone Roses”
35.Iggy Pop “The Idiot”
36.The Young Gods “L’Eau Rouge”
37.The 13th. Floor Elevators “The Psychedelic Sounds of The 13th. Floor Elevators”
38.The Sonics “Psychosonic”
39.Ramones “Rocket to Russia”
40.The Beatles “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”
41.PIL “Album”
42.REM “Reckoning”
43.Love “Forever Changes”
44.Madonna “Erotica”
45.Grace Jones “Nightclubbing”
46.Pixies “Surfer Rosa”
47.Pixies “Doolitle”
48.Rolling Stones “Some Girls”
49.Michael Jackson “Off the Wall”
50.Michael Jackson “Thriller”
51.Beck “Odelay”
52.Nine Inch Nails “Broken”
53.The Fall “Bend Sinister”
54.REM “Green”
55.Neil Young and the Crazy Horse “Everybody Knows This is Nowhere”
56.Kraftwerk “Trans-Europe Expreess”
57.The Smiths “The Queen is Dead”
58.New Order “Brotherhood”
59.Echo and The Bunnymen” Crocodiles”
60.Prince “1999”
61.Morrissey “Viva Hate”
62Iggy Pop “Lust for Life”
63.Pixies “Bossanova”
64.Chemical Brothers “Dig Your Own Hole”
65.Prodigy “Music For Jilted Generation”
66.Van Morrisson “Astral Weeks”
67.Pink Floyd “Wish You Were Here”
68.Muddy Waters “Electric Mud”
69.Sonic Youth “Dirty”
70.Sonic Youth “Daydream Nation”
71.Nirvana “In Utero”
72.Björk “Debut”
73.Nirvana “Unplugged in New York”
74.Björk “Post”
75.Jorge Ben “A Tábua de Esmeraldas”
76.Metallica ‘Metallica”
77.The Cure "Disintegration"
78.The Police ‘Reggatta de Blanc”
79.Siouxsie and the Banshees “Nocturne”
80.Depeche Mode “Music for the Masses”
81.New Order “Technique”
82.Ministry “Psalm 69”
83.The Cream “Disraeli Gears”
84.Depeche Mode Violator”
85.Talking Heads “More Songs About Building and Food”
86.The Stranglers “Black and White”
87.U2 “Zooropa”
88.Body Count “Body Count”
89.Massive Attack “Blue Lines”
90.Lou Reed “Transformer”
91.Sepultura “Roots”
92.John Lee Hooker “Hooker’n Heat”
93.The Cult “Love”
94.Dr. Feelgood “Malpractice”
95.Red Hot Chilli Peperrs “BloodSugarSexMagik”
96.Guns’n Roses “Appettite for Destruction”
97.The Zombies “Odessey Oracle”
98.Johnny Cash “At Folson Prison”
99.Joy Division “Closer”
100.Cocteau Twins “Treasure”