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domingo, 29 de outubro de 2017

O último disco dos Smiths ou o primeiro disco de Morrissey?


Aproveitando o ensejo pelo aniversário de 30 anos do lançamento de “Strangeways, Here We Come”, último álbum da banda inglesa The Smiths, e o recente anúncio do novo trabalho de seu ex-vocalista, Morrissey, depois de um intervalo de 12 anos, cutuco numa velha discussão muito recorrente entre fãs da banda de Manchester e seu vocalista, qual disco é melhor: o último dos Smiths ou o primeiro de Morrissey?
Concluído em meio a um ambiente pesado, conturbado no qual os problemas de relacionamento e divergências artísticas predominavam, “Strangeways, Here We Come” que apresentava evidentes sinais de desgaste e de uma certa crise criativa, ficava claramente aquém do restante da brilhante discografia dos Smiths. Por outro lado, Morrissey, já insatisfeito com uma série de situações internas, com grande quantidade de material escrito e com ideias próprias florescendo abundantemente, chamava num canto o próprio engenheiro de som da banda da qual ainda fazia parte, Stephen Street, e ainda durante as gravações do disco que encaminhava-se para ser o derradeiro daquele grupo, preparava seu material solo.
O resultado de ambas as empreitadas, uma desgastante e agônica e a outra fresca e vivaz fica evidente em seus produtos finais. “Strangeways...” embora seja o trabalho mais fraco do The Smiths consegue mesmo assim ser um bom disco pop-rock e se não consegue manter a regularidade, a uniformidade de outros momentos que fizeram dos discos anteriores praticamente obras-primas, tem o poder ainda de produzir clássicos e proporcionar alguns grandes momentos musicais. “Girlfriend In a Coma” e “I Won’t Share You” poderiam estar em qualquer dos maiores discos da banda, talvez sem roubar o brilho de uma "Bigmouth Strikes Again", “Girl Afraid” ou “How Soon Is Now?” mas com valor o suficiente para integrar seu repertório; “Stop Me If You Think That Yo’ve Heard This One Before”, sim, tem algum protagonismo; “Death of a Disco Dancer” é intensa, angustiante e tem um solo de piano de arrepiar pelas mãos do próprio Moz;  mas é “Last Night I Dreamt That Somebody Love Me”, uma balda irresistível e emocionada, que entrava imediatamente para o rol de grandes canções da banda.


Mas "Viva Hate", de Morrissey parecia carregar tudo aquilo que se esperava de um álbum dos Smiths e por isso caía nas graças dos fãs e da crítica logo de cara, inclusiva algo que “Strangeways, Here We Come” não conseguira:  dois hits de peso, a belíssima “Everyday Is Like Sunday” e, em especial, “Suedehead”, um clássico instantâneo que muitos consideram com ironia “a última grande música dos Smiths”. Stephen Street compensava o fato de não ter um Johnny Marr, com criatividade, um bom time de músicos  e uma ótima leitura musical, de modo a, sem parecer uma cópia, não se distanciar da linguagem que consagrara o cantor até então.  Assim, Morrissey ressurgia tão ácido, mordaz, romântico e impetuoso quanto nos melhores momentos do passado e entregava-nos um disco impecável, irretocável da primeira à última. Desde a ordem das faixas, abrindo com a agressividade de “Alsatian Cousin”,  fazendo uma transição sem deixar tempo pra respirar, para a batida insistente de “Little Man, What Now?”, até culminar gloriosamente numa guilhotina descendo sobre o pescoço de Margareth Tatcher; passando pelas letras inspiradas; por arranjos precisos e interpretações emocionantes;  “Viva Hate” acertava em cheio e deixava até nos fãs mais ferrenhos, nos mais religiosos a incômoda sensação que lhes perturbava como se fosse uma traição mas que era forçoso admitir, de que, sim, o primeiro álbum de Morrissey era verdadeiramente melhor do que o último do The Smiths.




Cly Reis
(texto publicado originalmente
no blog Zine Musical )

domingo, 17 de janeiro de 2010

The Smiths Cover - Rio Rock & Blues Club - Rio de Janeiro (16/01/10)



Na minha Porto Alegre, quando morava lá, costumava ir muito nas noites de terça-feira a um bar chamado 8 e 1/2, onde acontecia a "Terça Clássica", a noite com apresentações de bandas cover dos clássicos do rock. Lá vi covers de Doors, Hendrix, Pink Floyd, Stones, Raul; algumas muito boas, outras nem tanto. Mas de qualquer forma adorava ir ao 8 e 1/2 para ver fãs, como eu, tocando as músicas dos nossos heróis.
Logo que cheguei ao Rio de Janeiro senti falta de ter lugares deste tipo, com rock, covers de bandas e tal. Infelizmente, ainda que se encontre este tipo de programa, a cultura local predominante é samba e funk, e lugares qualificados com boa música não são assim tão fáceis e comuns.
Aqui, depois de alguma procura, depois de alguma demora, fui brindado com a existência do Rio Rock & Blues Club que me proporciona estas oportunidades, das quais com alguma frequência desfruto. Ontem, em especial tive uma das melhores experiências neste local. A casa apresentou uma banda cover do quarteto de Manchester, The Smiths. Pela fila, pela espera, pelas camisetas, pelos topetes já se via que não seria uma apresentação cover como as outras da casa. Quando se fala em The Smiths, em Morrissey, a gente sabe que existe aquela coisa meio "religiosa" dos fãs. E, de fato, foi um dos shows cover mais emocionantes que já assisti.
Contando com um vocalista simpaticíssimo e músicos competentes a banda empolgou mesmo os espectadores mais exigentes. O Morrissey-cover não se limitava às imitações de postura e trejeitos do original e mandou bem no microfone conseguindo se aproximar do timbre do inglês, e o nosso Johnny Marr, impressionantemente, não fez feio e segurou até algumas difíceis como "Still Ill", por exemplo. Tá certo que quando alguém pediu "Girl Afraid" o vocalista disse que aí teria que chamar o próprio Marr, mas a gente compreende. Seria complicado mesmo.
Pontos altos pra mim foram a ótima e muito bem executada "Handsome Devil"; a surpresa de "Headmaster Ritual" que não é das mais conhecidas e a já citada "Still Ill" que eu tinha mesmo expectativa de ouvir. Mas o ápice do show foi "Suedehead", da carreira solo de Morrissey, que o vocalista definiu como uma "quase Smiths". Eu já tinha visto pessoas cantarem juntas lá no RR&BC refrões conhecissimos e populares do rock como "can't buy me loooove" ou "smoooke on the water...", mas nunca tinha presenciado o bar todo em uníssono entoar um refrão, e assim foi com "i'm so sorry" de "Suedehead". Todos juntos. Lindíssimo. Verdadeiramente incrível!
Como se não bastasse tudo isso, me pegaram de surpresa com a inusitada "Last Night I Dreamt that Somebody Love Me" que invariavelmente me emociona. Nunca imaginei que fossem tocá-la até porque não foi dos hits da banda. O fato de ser a "cópia" dela não fez com que me tocasse menos e o resultado foi que quase cheguei às lágrimas.
Mas como disse o prórpio vocalista, Robeto Freitas, gostar de bandas como Smiths e Legião (que faria o show cover de fundo) não é pra qualquer um, "tem que ter sensibilidade" disse ele, ao que alguém respondeu de algum lugar da platéia, "tem que ter coração". E é mesmo. É por isso que um show assim consegue provocar todas estas reações. Os fãs de Smiths tem, sobretudo, coração.


Cly Reis

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

30 grandes músicas dos anos 80 (não necessariamente as melhores)

Os irlandeses da U2, no topo da lista, em foto de
Anton Corbjin da época de "Bad"
Sabe aquela música de um artista pop que você escuta e se assombra? E o assombro ainda só aumenta a cada nova audição? “Caramba, que som é esse?!”, você se diz. Pois bem: todas as décadas do rock – principalmente a partir dos anos 60, quando as variações melódico-harmônicas se multiplicaram na reelaboração do rock seminal de Chuck Berry, Little Richard e contemporâneos – são repletas de músicas assim: clássicos imediatos. Mas por uma questão de autorreconhecimento, aquelas produzidas nos anos 80 me chamam bastante a atenção. É desta década que mais facilmente consigo enumerar obras desta característica, as que deixam o ouvinte boquiaberto ou, se não tanto, admirado.

Conseguiu entender de que tipo de música estou falando? Creio que talvez precise de maior elucidação. Bem, vamos pela didática das duas maiores bandas rock de todos os tempos: sabe “You Can´t Always Get What You Want”, dos Rolling Stones, ou “A Day in the Life”, dos Beatles? É esta espécie a que me refiro: podem não ser necessariamente as músicas mais consagradas de seus artistas, nem grandes hits, mas são, inegavelmente, temas grandiosos, emocionantes, que elevam. Você pode dizer: “mas têm outras músicas de Stones ou Beatles que também emocionam, também são grandes, também provocam elevação”. Sim, concordo. Porém, estas, além de terem essa característica, parecem conter em sua gênese a ideia de uma “grande obra”. Dá pra imaginar Jagger e Richards ou Lennon e McCartney – pra ficar no exemplo da tabelinha Beatles/Stones – dizendo-se um para o outro quando compunham igual Aldo, O Apache em "Bastardos Inglórios": “Olha, acho que fizemos nossa obra-prima!”

Quer mais exemplos? “Lola”, da The Kinks; “Heroin”, da Velvet Underground; “Marquee Moon”, da Television; "We Are Not Helpless", do Stephen Stills; "Kashmir", da Led Zeppelin. Sacou? Todas elas têm uma integridade especial, uma alma mágica, algo de circunspectas, quase que um selo de "clássica". 

Pois bem: para ficar claro de vez, selecionamos, mais ou menos em ordem de preferência/relevância, as 30 músicas do pop-rock internacional dos anos 80 as quais reconhecemos esse caráter. Para modo de poder abarcar o maior número de artistas, achamos por bem não os repeti, contemplando uma música de cada - embora alguns, evidentemente, merecessem mais do que apenas uma única indicada, como The Cure, U2 e The Smiths. Haverá as que são mais conhecidas ou mais obscuras; as que, justamente por conterem certo tom épico, se estendem mais que o normal e fogem do padrão de tempo de uma "música de trabalho"; artistas de maior sucesso e outros de menor alcance popular; músicas que inspiraram outros artistas e outras que, simplesmente, são belas. 

E desculpe aos fãs, mas, claro, muita gente ficou de fora, inclusive figurões que emplacaram superbem nos anos 80, como Michael Jackson, Elton John, Bruce Springsteen e Queen. Até coisas que adoraria incluir não couberam, como “Hollow Hills”, da Bauhaus, “Hymn (for America)”, da The Mission, "51st State", da New Model Army, "Time Ater Time", da Cyndi Lauper, "Byko", do Peter Gabriel, "Up the Beach", da Jane's Addiction, "Pandora", da Cocteau Twins, "I Wanna Be Adored", da Stone Roses... Mas não se ofendam: tendo em vista a despretensão dessa listagem, a ideia é mais propositiva do que definidora. Mas uma coisa une todos eles: criaram ao menos uma música diferenciada, daquelas que, quando se ouve, são admiradas de pronto. Aquelas músicas que se diz: “cara, que musicão! Respeitei”. 


1 – “Bad” - U2 ("The Unforgatable Fire", 1984) OUÇA
2 – “Alive and Kicking” - Simple Minds (Single "Alive and Kickin'", 1985) OUÇA
3 –
Capa do compacto de
"How...", dos Smiths
“How Soon is Now?”
- The Smiths 
("Hatful of Hollow", 1984) OUÇA








4 – “Nocturnal Me” - Echo & The Bunnymen ("Ocean Rain", 1984) OUÇA
5 – “A Forest” - The Cure ("Seventeen Seconds", 1980) OUÇA
6 – “World Leader Pretend” - R.E.M. ("Green", 1988) OUÇA
7 – “Ashes to Ashes” - David Bowie ("Scary Monsters (and Super Creeps)", 1980) OUÇA
8 – “Vienna” - Ultravox ("Vienna", 1980)

Videoclipe de "Vienna", da Ultarvox, tão 
clássico quanto a música


9 – “Road to Nowhere” - Talking Heads ("Little Creatures", 1985) OUÇA
10 – “All Day Long” - New Order ("Brotherhood", 1986) OUÇA
11  “Armageddon Days Are Here (Again)” - The The ("Mind Bomb", 1989) OUÇA
12 – “The Cross” - Prince ("Sign' O' the Times", 1986) OUÇA
13 – “Live to Tell” - Madonna ("True Blue", 1986) OUÇA

Madonna estilo diva, no clipe de "Live..."

14 – “Hunting High and Low” - A-Ha ("Hunting High and Low", 1985) OUÇA
15 – “Save a Prayer” - Duran Duran ("Rio", 1982) OUÇA
16 – “Hey!” - Pixies ("Doolitle", 1989) OUÇA
17 – “Libertango (I've Seen That Face Before) - Grace Jones ("Nightclubbing", 1981) OUÇA
18 – “Black Angel” - The Cult ("Love", 1985) OUÇA
19 – “Children of Revolution” - Violent Fammes ("The Blind Leading the Naked", 1986) OUÇA
Os pouco afamados
Alternative Radio
emplacam a fantástica
"Valley..."
20 – “Valley of Evergreen” - Alternative Radio 
("First Night", 1984) OUÇA









21  “USA” - The Pogues ("Peace and Love'", 1989) OUÇA
22  “Decades” - Joy Division ("Closer", 1980) OUÇA
23 – “Easy” - Public Image Ltd. ("Album", 1986) OUÇA
24  “Teen Age Riot” - Sonic Youth ("Daydream Nation", 1988) OUÇA
25 – “One” - Metallica ("...And Justice for All", 1988) OUÇA
26 – “Little 15” - Depeche Mode ("Music for the Masses", 1987) OUÇA
27 – "Never Tear Us Apart" - INXS ("Kick", 1987)

Hits também têm seu lugar: 
"Never Tear Us Apart", da INXS


28 – “Lands End” - Siouxsie & The Banshees ("Tinderbox", 1986) OUÇA
29 – “US 80's–90's” - The Fall ("Bend Sinister", 1986) OUÇA
30 – “Brothers in Arms” Dire Straits ("Brothers in Arms", 1985) OUÇA


Daniel Rodrigues

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Copa do Mundo The Smiths- definição das quartas-de-finais




Senhoras e senhores, que jogaços, hein! 
Só pedreira!
Não à toa convocamos uma equipe de especialistas para nos ajudar a descascar esse abacaxi.
O álbum "The Queen Is Dead" chega com três representantes  mas já sabe que não vai poder colocar todos nas semis pois dois deles se encontram e não é qualquer joguinho, não. São dois dos maiores clássicos da banda. Já 'Meat Is Murder" tem dois times nesta fase sendo uma delas a surpreendente "I Want The One I Can't Have" que veio comendo pelas beiradas e chegou entre as oito. Completam as quartas-de-finais a forte e competitiva "What Difference Does It Make?" representando o disco de estreia e o time entrosado e de futebol envolvente de "Girl Afraid" do álbum "Hatful of Hollow".
Pois então, amigos do ClyBlog, chegou a hora então de conhecermos os quatro semifinalistas e para isso, vamos então saber, um a um, como nossos técnicos encararam e definiram cada confronto das quartas-de-finais.
Vamos aos jogos:




*****



Chave 1
(jogos para José Júnior, Fernanda Calegaro e Cly Reis)


  • THE QUEEN IS DEAD x IWANT THE ONE I CAN'T HAVE


José JúniorI Want The One I Can't Have tem feito um ótimo jogo, mas The Queen Is Dead faz um gol de cabeça.
THE QUEEN IS DEAD classifica.

Fernanda Calegaro5x1 pra I Want The One I Can't Have.
I WANT THE ONE I CAN'T HAVE classifica

Cly ReisConvenhamos,... I Want Th One I Can't Have é legalzinha e tal mas já foi longe demais. Uma quarta-de-final e apossibilidade de chegar entre as QUATRO melhores dos Smiths tá muito pra bolinha dela. Ainda mais pegando The Queen Is Dead pela frente e aquele fúria avassaladora que invade o palácio e cospe na cara da monarquia. 3x0 molinho pra Rainha.
Pra mim, THE QUEEN IS DEAD classifica

Por maioria, THE QUEEN IS DEAD CLASSIFICADA


  • WHAT DIFFERENCE DOES IT MAKE? x MEAT IS MURDER

José Júnior:What Difference Does It Make? entra no campo com vontade. Uma música que tem minha torcida. Mas confrontou Meat Is Murder, com um ataque mais eficaz (ataque ao governo, violência infantil, matança de animais).
MEAT IS MURDER classifica.

Fernanda Calegaro6x0 pra What difference does it make
WHAT DIFFERENCE DOES T MAKE? classifica

Cly ReisEssa sim é páreo duro. Times com boas qualidades e alternativas. Jogo decidido lá pelos 35 do segundo tempo numa bola parada. WTDIM? 1x0.
Para mim, WHAT DIFFERENCE DOES IT MAKE? classifica

Por maioria, WHAT DIFFERENCE DOES IT MAKE? CLASSIFICADA


***

Chave 2
(jogos para Eduardo Almeida, Patrícia Ferreira e Daniel Rodrigues)

  • THE BOY WITH THE THORN IN HIS SIDE x GIRL AFRAID

Eduardo AlmeidaOutro jogo digno de uma final. Equipes bem estruturadas. Atacam bem. Defendem bem. O jogo é bem movimentado, de tirar o fôlego. The boy marca logo no início. É dado o reinício do jogo, e no primeiro ataque, Girl empata o jogo. No final do primeiro tempo, Girl vira o jogo com um jogo mais cadenciado. O segundo tempo continua movimentado, e Theboy marca logo dois gols, virando a partida a seu favor. Mas Girl não desiste, e empata o jogo. Decisão por pênaltis. Cada time converte seu gol, mas o goleiro de Girl consegue agarrar a última cobrança de The Boy. Jogo dificílimo. Resultado final: THE BOY WITH THE TORN IN HIS SIDE 3 (4) X 3 (5) GIRL AFRAID
GIRL AFRAID classifica

Patrícia FerreiraApesar da popularidade de The Boy... o placar fica empatado 3x3 The Boy and Girl. Como não pode haver empate, nos pênaltis The Boy faz 4 a 3 em Girl Afraid.
THE BOY WITH THE THORN IN HIS SIDE classifica

Daniel Rodrigues: Jogo aberto, cheio de chances e gols. “The Boy”, com a imponência de clássico, de hit, marca 2. “Girl”, confiante e atrevida, empata. E vira! E “The Boy” empata de novo. Tudo isso nos primeiros 45 minutos! Que jogo, meus senhores amantes do esporte bretão, pois smithiano! Ambos mexem nos times no segundo tempo tentando conter o adversário. O jogo se transforma numa partida de respeito dos dois lados. Mesmo assim, cada time marca mais um gol. 4 x 4. Muito equilíbrio. Como ficará essa partida? Resultado: prorrogação com direito a gol de ouro. Tensão! Primeiros 15 minutos, nada. Até que, quase encerrando, numa bola lançada pro ataque, “Girl” entra pelo flanco e faz um cruzamento despretensioso da linha de fundo que bate no zagueiro adversário e engana o goleiro e vai parar mansa no fundo das redes. É aquele final surpreendente de “Girl”, que acaba acabando. Final: 5 x 4 para GIRL AFRAID, que classfica.

Por maioria, GIRL AFRAID CLASSIFICADA


  • BIGMOUTH STRIKES AGAIN x THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT

Eduardo Almeida: Bigmouth é daqueles times cheios de craques falastrões, tipo Túlio Maravilha, Romário, Dadá Maravilha. There´s a light é um time mais classudo, com jogares tipo Sócrates, Andrade e Falcão. Ótimos times, Cada um com seu ritmo de jogo. Bigmouth é mais acelerado, e de tanto atacar, marca um gol. O problema é que resolve segurar um pouco o jogo, e There’s a light, como quem não quer nada, numa ótima troca de passes de seus craques, empata a partida. Ambos os técnicos vão para o intervalo cheio de táticas para vencer o jogo. A correria de um, e a tranquilidade de outro. Tudo leva a crer em outra disputa de pênaltis, mas num descuido da defesa adversária, Bigmouth consegue um lançamento bem eficaz, e encontra um de seus artilheiros lvre para marcar o gol da classificação. Resultado Final: Bigmouth 2 x 1 There's a Light.
BIGMOUTH STRIKES AGAIN classifica

Patrícia Ferreira: There is a light...vs Bigmouth é um jogo MUITO difícil.
Mas There's a Light ganha.
THERE'S A LIGHT THT NEVER GOES OUT classifica

Daniel Rodrigues: Clássico do universo smithiano, é um jogo entre iguais: dois hits, duas faixas da mesma idade, do mesmo disco, com a mesma aura mítica. “Bighmouth”, mais atrevida, agitada, de toques rápidos. “There”, mais cadenciada, mas que sabe onde quer chegar. 1 x 1 até a segunda metade do segundo tempo, quando “There”, com seu estilo manso vai adensando seu jogo, principalmente quando entram aquelas cordas e aquele solo de teclado que mais parece uma flauta doce. Time que sabe as qualidades que tem. Com isso, “There” marca o segundo e fica em vantagem. Bigmouth”, como time grande que é, vai pra cima e cria diversas oportunidades. Bola na trave, defesaça do goleiro, gol perdido pelo centroavente que nunca erra. Não teve jeito. Não era dia de “Bigmouth” e “There” consegue uma vitória no sufoco no talvez mais difícil jogo até aqui da Copa Smiths. THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT classifica.

Por maioria, THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT CLASSIFICADA


***

Classificados para as semifinais:
THE QUEEN IS DEAD
WHAT DIFFERENCE DOES IT MAKE?
GIRL AFRAID
THERE'S  LIGHT THAT NEVER GOES OUT



terça-feira, 3 de abril de 2018

Copa do Mundo The Smiths

Pânico nas ruas de Londres! Pânico nas ruas de Manchester! Vai começar a Copa The Smiths! Sim, porque aqui no ClyBlog a Copa do Mundo não se decide dentro de campo mas sim dentro de um estúdio ou em cima de um palco. Assim como fizemos em 2014, na época do mundial disputado no Brasil, quando tivemos torneios musicais envolvendo The Cure, Legião Urbana e Beatles, teremos as emocionantes disputas de canção contra canção, em duelos de mata-mata, até descobrirmos qual a melhor musica de um artista. Reivindicado na nossa edição de 2014, The Smiths foi escolhido para dar início à nossa temporada de jogões musicais de 2018. A fórmula é simples: começamos com 64 músicas, ou seja, 32 confrontos; depois 16, oito nas oitavas de final, quatro jogos nas quartas, dois jogos na semi e, por fim, a grande decisão. Na primeira fase, os 20 singles somados a 12 das mais populares ficam de um lado do chaveamento e enfrentam as restantes, o que impede num primeiro momento confrontos como The Boy With The Thorn... contra This Charming Man, por exemplo, mas a partir da segunda fase não tem mais restrições aí é quem cair pela frente. Os jogos de cada fase serão distribuídos entre fãs da banda que analisarão cada confronto e, pensando futebolisticamente, darão um resultado à partida. "Girl Afraid atropela Golden Lights e faz 5x0", por exemplo, ou "Bighmouth Strikes Again empata com How Soon is Now? e teremos decisão nos pênaltis...", e assim por diante.
Estão escalados para decidir os jogos a amiga e fãzaça dos Smiths, Patrícia Ferreira; o já tradicional colaborador José Júnior; além de nós os titulares da casa, Daniel Rodrigues e, eu, Cly Reis, que não poderíamos ficar fora dessa de jeito nenhum.
Vai ter Copa! E aqui no ClyBlog ela vai ter muita música. A bola vai começar rolar, ou melhor, o som vai rolar e não tem pra Bob Charlton, George Best ou David Beckham, porque quem manda em Manchester mesmo é Morrissey, Marr, Andy e Joyce.
Doces e meigos hooligans, preparem-se: Manchester vai tremer.


C.R.

segunda-feira, 30 de abril de 2018

Copa do Mundo The Smiths - Final


Chegou o grande momento!
Chegou a hora da tão  esperada final.
"Girl Afraid", canção  que oficialmente  não  saiu em álbum, mas aparece na compilação Hatful of  Hollow mas que aparece em outras coletâneas da banda de Manchester, com bravura, derrubando adversários difíceis, chega à final para encarar "There's A Light That Never GosOut", canção do clássico disco "The Queen Is Dead", considerado por muitos o melhor do grupo, e por outros tantos até mesmo, o melhor álbum de rock de todos os tempos. Será?
Mas aqui não importa fama, cartaz, favoritismo. Tudo se decide dento de campo e, como diria aquele antigo narrador, "Você quer bola rolando? Ta aí o que você queria!". 

***

GIRL AFRAID
x
THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT


Fernanda Calegaro: No início, pensei que a competição acabaria em uma final sarcástica entre Heaven Knows I’m Miserable Now e This Charming Man, por exemplo. Mas nossa final transporta ao parque de diversões, sendo assim, There’s a Light That Never Goes Out desempata no início do segundo tempo e avança com dois golaços pra montanha-russa alguma ficar entediante. 5X3.
THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT vence!

Eduardo Almeida: E chegamos a final. Grandes equipes ficaram pelo caminho. Confesso ter ficado surpreso com essa final. Mas como já diziam: futebol é uma caixinha de surpresas. Duas equipes fortes com táticas distintas. Ritmos de jogo diferentes. E com calma, There's a Light marca seu gol e termina o primeiro tempo na frente. Pra quem achava que com seu ritmo mais acelerado, Girl Afraid não iria manter a velocidade do seu jogo, se enganou. Voltou pro segundo tempo com um ritmo mais cadenciado, e empata o jogo logo no início. Ambas as equipes tem boas oportunidades de marcar, mas suas defesas estão atentas. Até que dá um apagão na defesa de There's A Light, e Girl aproveita e vira o jogo. TIALTNGO parte pra cima, aperta GIRL, coloca duas bolas na trave, mas não tem sorte. O goleiro chega ir para a área adversária para tentar um gol que levaria a um empate e a decisão por penaltis. Mas não conseguem..... Final: Girl Afraid 2 X 1 There's A Light That Never Goes Out.
GIRL AFRAID vence!

José Júnior: Estádio lotado, garotas e garotos medrosos... chegou a grande final. Girl Afraid começa o jogo com um ataque melódico. There's A Light That Never Goes Out toma a posse da bola e começa o jogo marcando um gol de letra. GA reage empatando o placar. Dois timaços, duas músicas emblemáticas dividem a atenção da platéia, onde não há vaia, somente gritos de torcidas unidas. E a bola corre como se um caminhão de dez toneladas a mantivesse no chão. There's A Light dribla, num estilo Garrincha, e manda o gol da vitória!
THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT vence!

Patrícia Ferreira: O jogo que tem There Is A Light That Never Goes Out com a força da torcida. Encara Girl Afraid que vai pra cima atacando com veemência. Quase há um empate ... Ops!!! Mas o tira-teima mostrou a real vencedora: There is light 😍
THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT vence!

Daniel Rodrigues: O placar pode até dar a entender que foi um jogo de igual pra igual. De dois adversários de qualidade, foi com certeza. “Girl”, mais que o azarão que chegou até a final depois de passar por clássicos como “The Queen is Dead” e “The Boy With The Thorn In His Side”, é, sem dúvida nenhuma, uma grande música dos Smiths. Guarda vários dos elementos essenciais da banda: guitarra original de Marr, bateria possante de Joyce, baixo surf music de Rourke e, claro, a performance e letra irrepreensíveis de Morrissey. No outro lado do campo, no entanto, tem “There’s”, das mais célebres canções da banda, um de seus hinos. Balada sensível daquelas que tocam sempre que se escuta. Como disse no início, parecia um jogo equilibrado. Foi assim que o primeiro tempo transcorreu: “There’s” larga na frente ali pelos 25 min e 10 min depois “Girl” empata. Tudo igual. Só que no segundo tempo, pesou a camiseta. Para bem e para mal. “Girl”, atrevida e de jogo contagiante, mostrou que tinha dado tudo que podia na Copa, e não conseguiu resistir ao volume de jogo coeso e bem estruturado de There’s”. O hit de “The Queen is Dead” impôs seu estilo cadenciado e marcante e guardou, aos 32 min, o gol da vitória. O gol do título. 2 x 1 para “There’s”, que se consagra a campeã da Copa Smiths!
THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT vence!

Cly Reis: Duas grandes equipes chegam à final. Girl Afraid menos badalada quando se fala em paradas de sucesso ou predileção dos fãs, e There's A Light That Never Goes Out gozando do status de megahit e semi-hino smithiano. Nessa avaliação, vemos TIALTNGO com um leve favoritismo, mas o rock'n roll é uma caixinha de surpresas e, como já diria aquele folclórico cartola, o jogo só acaba quando termina. 
Pois bem, e não é que Girl Afraid já sai surpreendendo com um gol na primeira jogada? Aquele riffzinho inicial de Johnny Marr garante 1x0 no placar antes do primeiro minuto de jogo. Mas There's A Light não deixa por menos e também em sua primeira incursão ao ataque, aquela introdução que precede o primeiro verso de Morrissey, e que sempre me faz amolecer as pernas, garante o empate. 1x1 em menos de três minutos. Que jogo, senhoras e senhores!!!
O jogo continua com as equipes trocando ataques nas suas caraterísticas, Girl Afraid um pouco mais impetuosa, TIALTNGO mais cadenciada, mas ambas levando perigo ao gol adversário. Até que o refrão de There's A Light That Never Goes Out desequilibra: "And if a double-decker bus/ Crashes into us/ To die by your side/ Is such a heavenly way to die". Aquele desprendimento da vida em noe de ficar ao lado da pessoa amada é um golaço indefensável. Girl Afraid sente o gol, fica meio perdida em campo e na seuqência, na segunda parte do refrão, "And if a ten-ton truck/ Kills the both of us/ To die by your side/ Well, the pleasure - the privilege is mine", leva outro. É a pá de cal. There's A Light dá números finais ao jogo. 3x1. Soa o apito final e THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT vence!



THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT
CAMPEÃ DA 
COPA DO MUNDO 
THE SMITHS



Obrigado aos convidados Patrícia Ferreira, Fernanda Calegaro, Eduardo Almeida, José Júnior, Cláudia B. Melo e João Carneiro que participaram dessa nossa brincadeira. Vocês foram demais!

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Copa do Mundo The Smiths - Primeira Fase


Sorteados os jogos da primeira fase! E não é porque os singles e grandes hits não se enfrentam entre si agora que não teremos grandes confrontos, até porque, em se tratando de The Smiths, é só musicão e consequentemente, só jogaços. Já, de cara, teremos alguns enfrentamentos de abalar a monarquia inglesa: Barbarism Begins At Home, por exemplo, pega um osso duro de roer, a agressiva Miserable Lie; Bighmouth Strikes Again não terá tarefa fácil contra a intensa Death of a Disco Dancer; Rubber Ring contra A Rush and A Push... é pedreira; Last Night I Dreamt... contra The Headmaster Ritual também não é nenhuma moleza; e Sweet and Tender Hooligan contra The Queen is Dead, talvez o jogo mais difícil desta fase, promete muito tumulto e quebra-quebra pelas ruas de Londres.
Os jogos já foram distribuídos aos nossos colaboradores José Júnior Patrícia Ferreira, Eduardo Almeida e Fernanda Calegaro que irão ajudar a definir os classificados para a fase seguinte. Sei que não é tarefa fácil. Vai dar uma dor no coração de ter que excluir qualquer música que seja mas as coisas são assim e no final, apenas uma vencerá.
Então vamos lá. Encaremos os confrontos e que vença a melhor.


Confira abaixo todos os confrontos da primeira fase da Copa do Mundo The Smiths:



quarta-feira, 25 de abril de 2018

Copa do Mundo The Smiths - Finalistas


Chegou a hora da verdade!
Apenas dois chegarão à grande decisão.
Depois de uma longa caminhada eliminando terríveis oponentes, duas grandes canções de uma das maiores bandas de todos os tempos se enfrentarão na finalíssima a fim de definir qual delas é a maior de todas.
Para isso, nossos especialistas em The Smiths, José Júnior, Fernanda Calegaro, Eduardo Almeida e Patrícia Ferreira, junto a nós os editores do Clyblog, Cly Reis e Daniel Rodrigues, avaliaram os duelos de semifinais e definiram os dois classificados. Confira como cada um encarou cada jogo e decidiu os classificados:


  • GIRL AFRAID x THE QUEEN IS DEAD


Eduardo Almeida
Muitos dizem que essa seria a final, mas o chaveamento fez com que se encontrassem na semifinal. O jogo é equilibrado. Duas equipes com torcida grande, e muita qualidade das equipes. Muitas chances de lado a lado. Bolas na trave. Pênalti perdido por GIRL AFRAID. Gol anulado de THE QUEEN. Final de jogo: 0 X 0. Disputa de pênaltis. GIRL AFRAID é mais eficiente nas cobranças, e elimina a rainha. GIRL AFRAID 0 (5) x 0 (4) THE QUEEN IS DEAD
GIRL AFRAID classifica

Patrícia Ferreira
The Queen ganha. 4× 1.
THE QUEEN IS DEAD classifica

Daniel Rodrigues
Para aqueles que pensavam que seria um jogo aberto de dois times que vão pro ataque, o que se viu dentro das quatro linhas foi o contrário. Respeito. Muito respeito dos dois lados. Afinal, times bastante sólidos e bem estruturados que se equiparam. Qualidade não faltou, mas as defesas trabalharam tão bem que teve, bem dizer, uma chance clara pra cada lado. 0 x 0, prorrogação e pênaltis. Nas penalidades, “Girl” erra uma cobrança, até bem batida, mas o goleiro de “The Queen” acertou o canto e defendeu. Final: 5 x 4 nos pênaltis, e “The Queen” na final!
THE QUEEN IS DEAD classifica.

Fernanda Calegaro
Girl afraid 3x2
GIRL AFRAID classifica.

José Júnior
Girl Afraid e The Queen is Dead entram em campo em um jogo maduro, sem cartões, num duelo de vitoriosos. O placar marca 2x2, até quando Morrissey canta "And the church - all they want is your money", marcando o gol da vitória.
THE QUEEN IS DEAD classifica.

Cly Reis
É o encontro do jogo cadenciado, equilibrado, bonito de Girl Afraid contra o estilo agressivo, ofensivo de The Queen Is Dead. "A Rainha" já parte pra cima tentando sufocar o adversário no seu próprio campo, mas aquele conjunto, aquele entrosamento todo de Girl Afraid se sobressai e desafoga o jogo com muita categoria. Apesar de toda a pressão e do ímpeto de TQID, numa jogada individual de Johnny Marr com aquela guitarra serpenteante e sedutora "A Garota", sem medo algum, abre o marcador. O adversário que já não alivia em circunstância alguma parte mias ra cima ainda, põe mais um atacante, tira volantes e num contra-ataque, no último minuto (ou no ultimo verso) toma mais um naquele lindo "I'll never make that mistake again...". 2x0.
GIRL AFRAID classifica


EMPATE NA DECISÃO


João Carneiro * (convidado para voto de desempate)
Pra mim, Girl Afraid ganha.
GIRL AFRAID classifica


pelo voto de desempate, GIRL AFRAID está classificada para a final.


***


  • WHAT DIFFERENCE DOES IT MAKE? x THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT

Eduardo Almeida
Grande surpresa do campeonato, WHAT DIFFERENCE chega a essa semifinal cheia de moral. Começa a partida mostrando por que chegou até essa fase, colocando duas bolas na trave. Mas THERE’S A LIGHT marca no final do primeiro tempo, muito pelo conjunto da equipe. WHAT DIFFERENCE consegue marcar numa cobrança de falta aos 25 minutos, e se empolga, parte pra cima, e com um ritmo mais cadenciado, vira a partida aos 40 minutos. Cinco minutos não são suficientes para THERE’S A LIGHT empatar. WHAT DIFFERENCE DOES IT MAKE? 2 x 1 THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT.
WHAT DIFFERENCE DOES IT MAKE? classifica

Patrícia Ferreira
There is light that Never Goes Out ganha de goleada te What Difference Does It Make.
THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT

Daniel Rodrigues
Se a outra semifinal era entre adversários parecidos, que vão pro ataque, esta aqui é ainda mais equilibrada em estilos de jogo. Canções de amor sem serem baladas, são canções pop rascantes e sentimentais. No melhor estilo Smiths. A paridade se reflete dentro de campo, com cada um marcando uma vez no primeiro tempo. No segundo, a força de “What”, entretanto, se sobressai, principalmente quando entra naquela hora do falsete de Morrissey, jogada que já fez a música vencer partidas em rodadas anteriores. Aqui, o expediente é fundamental para superar a escalada emocional de “There’s”, mesmo com aquela seção de cordas e o tecladinho “flauta doce”. Resolvido nos 90 minutos, mas por um detalhes de diferença. 2 x 1 para “What”, a outra finalista!
WHAT DIFFERENCE DOES IT MAKE? classifica


Fernanda Calegaro
There's a light 5x4
THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT classifica

José Júnior
What Difference Does it Make? tem feito um excelente jogo, mostrando que sabe driblar e empolgar a torcida. Mas There is a Light That Never Goes Out mantém sua luz contínua e manda um gol de cabeça, garantindo sua presença na final!
THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT classifica.

Cly Reis
Jogo muito equilibrado! Outro daqueles que poderia tranquilamente ter sido a final. Dois times com muitas qualidades. Se WDDIM? mostra-se vulnerável em alguns momentos ("But now you make me feel so ashamed because I've only got two hands..."), é extremante agressiva em outros ("and you must be looking very old tonight") levando perigo ao gol de TIALTNGO que tem um estilo de jogo bem parecido mas chega mais vezes à área do adversário. A aparente fragilidade de There's A Light faz com que What Difference se jogue mais pra frente dando espaços e aí que "Os Iluminados" se aproveitam. Numa dessas, num contra-ataque, aos 32 do segundo tempo, There's a Light chega ao ataque e invade a área com perigo ao que o zagueiro de What Difference entra desgovernado como um ônibus de dois andares e comete o pênalti. O batedor de TIALTNGO bate com categoria e marca. 1x0. What Difference vai com tudo pra tentar o empate a começa a meter bola alta. Num desses levantamentos, um enrosco na área a bola sobra pro atacante de What Difference que chuta para o gol e o zagueiro de There's a Light se joga no frente da bola como se ela fosse uma bala de revólver e evita o gol. Os jogadores de What Difference reclamam que teria sido com o braço, o árbitro consulta o recurso de vídeo e confirma a decisão. Nada! Jogada legal. Placar final 1x0 para TIALTNGO.
THERE'S A LIGHT THST NEVER GOSES OUT classifica.

por maioria, "THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT classificada para final.


finalistas
GIRL AFRAID 
e
THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

U2 - "Zooropa" (1993)

 

Atento, bebê?

“Quando começamos ‘Zooropa’, sugeri à banda que ficassem improvisando no estúdio regularmente. Eles haviam perdido esse hábito de improvisar e, por vários motivos, não o faziam. Então eu disse: ‘devemos imaginar que estamos fazendo trilhas sonoras de filmes hipotéticos, não fazendo músicas.’”
Brian Eno

Nunca acreditei em “Achtung Baby”, o tão celebrado disco da U2 de 1991. É este mesmo o termo: "acredito". Não se trata de "gostar", mas sim de crer. Aliás, gostar, até gosto. "One", "Until the End of the World" e “Acrobat” estão aí para provar. Porém, estas e todas as demais nove faixas de “Achtung...” são, a rigor, de longe menos inspiradas do que diversas outras da banda e, principalmente, graus abaixo do que Bono Vox, The Edge, Larry Mullen Jr. e Adam Clayton têm condições de entregar. Por que, então, falo de credibilidade e não necessariamente de qualidade? E por que abro o texto indo na contramão da maioria falando de uma obra consagrada e não daquela que motiva este artigo, “Zooropa”? Afora a ordem sucessória entre um disco e outro, é necessário que se volte alguns anos antes ao grande sucesso comercial e de crítica da U2 nos anos 90 para entender aquela que considero a maior farsa planejada da música pop moderna.

O ano é 1988. A U2 ostentava a posição de grande banda do rock internacional. Com o término da The Smiths e os às vezes errante caminhos da The Cure, a U2 somava todos os elementos para ocupar tal posição, rompendo a linha que divide o underground do início da carreira para o status de lotadores de estádio. Musicalmente, um fenômeno gerador de hits, vendas de discos e canções clássicas. Tinha um vocalista de admiráveis qualidades vocais e letrísticas, um guitar hero sofisticado e criativo e a "cozinha" mais competente do rock 80. Politicamente, foi o grupo mais engajado da sua geração. A coroação veio com “The Joshua Tree”, de 1987, que deu aos irlandeses discos de ouro, platina e diamante em vários países e um Grammy de Álbum do Ano, consolidando-os no mercado mundial com sucessos como "With ir Without You" e "I Still Haven't Found What I'm Looking For".

Arte do famigerado "Achtung...", de 1991
Ocorre que “Joshua...” é daquelas obras tão divisórias na carreira de qualquer artista, que lhes surtiu o efeito contrário. Ao invés de orientar Bono & Cia., desnorteou-os. Que rumo tomar depois de tamanho êxito comercial e artístico? O longo e irregular “Rattle and Hum”, no qual voltam os olhares para a cultura folk norte-americana, simboliza este hiato conceitual. A imagem da capa de Bono apontando o holofote para The Edge, mais do que uma mostra da saudável parceria entre ambos, simboliza uma necessidade (talvez inconsciente) de valorização da forma sobre a aparência. A U2 queria dizer que não se resumia ao Bono front man e, sim, que formavam um coletivo do qual seu guitarrista era o melhor representante. Nem todos entendiam isso, entretanto; E pior: continuavam exigindo-lhes a divindade cega atribuída às celebridades. Então, para que lado ir se já afastados da forte pegada política de “Sunday Blood Sunday” e alçados a astros planetários? Foi então que, naquele mesmo ano de 1988, a resposta se insinuou como uma solução: a fraude da dupla alemã Milli Vanilli.

Surgidos como revelação da música pop, Fab Morvan e Rob Pilatus foram acusados de não interpretarem as próprias músicas. Desmascarados, foram demitidos da gravadora que os fez vender milhões e tiveram que devolver o Grammy que venceram. Morvan e Pilatus precisaram convocar uma vexatória coletiva para confessarem que, de fato, apenas faziam playback em cima do palco e que ghostsingers cantavam por eles em estúdio. Justificaram que haviam sido recrutados pelo visual, como uma estratégia de publicidade. Bono, então, ouviu e ligou os pontos: “Fraude, Grammy, publicidade, paradas de sucesso, personagens...”. Deu-lhe um estalo: ali estava a chave para os problemas da U2.

Não é possível medir o quanto Bono ficou impactado com tal ocorrido, embora a polêmica da Milli Vanilli tenha ganhado tamanha proporção que, provavelmente, deu um sinal de alerta para qualquer um que pertencesse à indústria cultural. Bono, ao que tudo indica, perspicaz como é, captou a essência da discussão, mas injetou-lhe doses de ironia. Numa fase de “crise de identidade”, o negócio era assumir uma “não identidade”. Genial! Já distante da figura politizada que os consagrou e diante da incerteza que o estrelato provocou, a escolha da U2 foi criar uma nova imagem pública: dar vida a personagens fictícios e produzir músicas de fácil assimilação. 

Os riffs de “Achtung...”, basta notar, são bastante simples, até simplórios em alguns casos em se tratado da alta técnica de The Edge. "Who's Gonna Ride Your Wild Horses", "The Fly", "Mysterious Ways", "Tryin' To Throw Your Arms Around The World" são assim: quase sem graça. O minimalismo característico de The Edge transformou-se em preguiça. Praticamente todas as faixas têm o mesmo embalo. Mas, claro, com a caprichada produção de Brian Eno, que mascarava tudo. Além disso, fotos e clipes de Anton Corbijn, mixagem de Daniel Lanois e Robbie Adams e engenharia de som de Flood. Invólucro perfeito, como todo produto premium de supermercado. Para arrematar a traquinagem, o disco é gravado na mesma Alemanha em que David Bowie e o mesmo Eno conceberam a nova música pop no final dos anos 70. Mas também a mesma Alemanha da Milli Vanilli... 


Agora, valendo!

Jamais a U2 tinha feito algo tão raso como “Achtung Baby”, e isso queria dizer alguma coisa. O circo foi tão bem montado que, com absoluta unanimidade, todos caíram na deles. Público e crítica elevaram o disco a obra-prima mesmo sem ter um riff à altura de “Bad”, “Red Hill Minning Town”, “God Part 2”, “Like a Song...” e por aí vai. Quando um artista chega a determinado estágio, o que se espera é que, no mínimo, supere o que já fez. Mas diante da incapacidade crítica da pós-modernidade, a U2 percebeu que isso não se aplicaria a ídolos acima de qualquer suspeita como eles. Na verdade, fizeram o contrário: ao invés de evoluir, deram passos para trás, mas com muita inteligência e marketing. E ego. Bono encarnava personagens como The Fly e The Macphisto com visível falta de habilidade cênica, mas suficiente para encantar os fãs. A piada foi tão bem contada que, somado ao respeito e a credibilidade de que jamais uma banda “séria” como a U2 faria algo assim, ninguém desconfiou de nada.

Por sorte, a enganação deliberada de “Achtung...” foi, em trocadilho com o próprio título, apenas para ver se a galera estava “atenta”. Como ninguém estava, no fundo o tiro saiu pela culatra. O negócio era desistir da palhaçada e fazer algo bom novamente. Fruto de canções surgidas durante a turnê e de suspeitas “sobras” do afamado disco anterior, “Zooropa” mostra porque a U2 chegava, enfim, à maturidade. Improvisos, experimentações, ousadias, ludicidade. É possível sentir um clima de liberdade criativa em suas faixas. Se a ida para Berlim anos antes foi, como fez Bowie, para se afastar do burburinho da mídia, enfim a intenção funcionava para a U2. 

Um rápido paralelo entre as faixas de um disco e outro provam que a turma estava mesmo interessada em fazer o que sempre soube: pop-rock forjado no pós-punk, somado aos elementos do tecno, como downtemto, synth pop e experimental. Na abertura, para uma pirotécnica ”Zoo Station”, mandam ver “Zooropa”, extensa, pouco vendável, sem pressa para começar e nem para terminar. Riff bem elaborado que, lá pelas tantas, ainda sofre uma virada que acelera seu compasso, gerando quase que uma outra música. Excelente cartão de visitas para deixar claro que a U2, definitivamente, havia deixado as máscaras de mosca em segundo plano.

A melódica “Babyface”, algo semelhante em atmosfera a “So Cruel”, de “Achtung...”, faz homenagem ao músico de R&B que influenciaria bastante o som da banda naquele momento. Esta antecipa a primeira obra-prima do álbum: “Numb”. Desviando os holofotes quase monopolizados por Bono, a banda realiza de vez o que prenunciavam na capa de “Rattle...” com The Edge fazendo as vezes de protagonista. E aqui Eno, novamente recrutado como um quinto integrante, faz valer sua arte de produção. E não para “salvar” a música, mas para potencializá-la. Construtiva, a partir de uma programação eletrônica e um riff estetizado, “Numb” vai agregando elementos como bateria, efeitos de teclados, frases de guitarras, sintetizadores e contracantos, como o belo falsete de Bono dizendo versos como: “I feel numb” e “Too much is not enough”. Tão original que é sem comparação com qualquer uma de “Achtung...”.

Outra pérola: “Lemon”. Mais uma cantada em falsete, agora com Bono retomando o centro do palco, lembra “Misterious Ways” por certa latinidade da percussão de Mullen Jr. Mas apenas de longe, pois é muito melhor e bem mais elaborada. A começar pelo riff, este sim minimalista como The Edge é craque, mas saborosamente criativo, forjado apenas no efeito de pedal, que se forma através de ressonâncias. O baixo de Clayton, idem: seguro como sempre, fazendo a base perfeita para esta world music moderna. Mas principalmente: o arranjo de Eno. Nesta faixa fica evidente o quanto o papel do eterno Roxy Music foi fundamental para a retomada da U2 à sua raiz de beleza estética com liberdade e ousadia. Os coros em tom menor, com contracantos acentuados, dão um exótico ar étnico à música. Impossível não lembrar das contribuições de arranjo e melodia de Eno para a Talking Heads em “Remai in Light” (“Born Under Punches”/“Crosseyed and Painless”/”The Great Curve”), de 1980, ou músicas de seus trabalhos solo como “No One Receiving” (de “Before and After Science”, 1977).

clipe de "Lemon", com direção de Mark Neale

Já “Stay (Faraway, So Close!)”, se não supera “One”, sua mais evidente correspondente em “Achtung...”, emparelha, ainda mais porque, balada sentimental tanto quanto, faz paralelo também com outra do álbum anterior, “Until...”, pois ambas são temas de trilhas sonoras de filmes do cineasta alemão Win Wenders – neste caso, a tocante continuação de “Asas do Desejo” homônima à canção. Virando a chave, “Daddy's Gonna Pay For Your Crashed Car” devolve energia a “Zooropa” – aliás, como até então não havia ocorrido. Tecno industrial com um riff bem sacado, bateria eletrizante e uma produção, meus amigos! Que habilidade numa mesa de som tem o sr. Brian Peter George St. John le Baptiste de la Salle Eno! Ele colore a música do início ao fim, ressaltando todas as texturas e detalhes que ela tem de melhor, mas sem tirar o brilho original, deixando os louros para a performance da U2. Distantes da espetacularização da turnê Zoo TV, a banda irlandesa realmente está espetacular.

Se “Daddy’s...” lembra em certa medida “The Fly” e “Zoo Station”, de “Achtung...”, “Some Days Are Better Than Others” equivale a "Tryin' To Throw Your Arms Around The World". Novamente, contudo, vencendo a disputa. E quão simbólica a letra para aquele momento de autorreconhecimento, quase um mea culpa: “Alguns dias você usa mais força do que o necessário/ Alguns dias simplesmente nos visitam/ Alguns dias são melhores do que outros”. Já a escondida “The First Time” é uma surpresa altamente positiva, que começa com uma leve base de baixo sob a linda voz de Bono para ir ganhando, aos poucos, outros instrumentos/elementos, que lhe aumentam a emotividade. Além disso, faz analogia com “Love Is Blindness”, última do trabalho antecessor. Mas como assim, se ela não encerra “Zooropa”? Aham! A estratégia narrativa usada para gerar estardalhaço anteriormente, agora era empregada a favor da feitura da obra. “The First...” prepara o terreno para a penúltima faixa, “Dirty Day”, outra que, assim como “Zooropa”, não se apressa em começar e a se desenrolar. Pop eficiente, tem o detalhe da voz de Bono sobre todos os outros sons, como que viva diante do microfone, expediente imortalizado por Eno e pelo produtor Tony Visconti em “Heroes”, de Bowie, em 1978, daquela mesma inspiradora fase alemã do Camaleão do Rock. 

Eno com Edge e Bono em estúdio
dando as coordenadas pra banda
Toda essa construção narrativa, quase como a de um filme ou de uma ópera-rock (seria a tragédia do famigerado personagem The Fly?), converge para um gran finale: “The Wanderer”. Pode ser que tenha sido coisa de Bono ou dos outros integrantes da U2, mas ninguém me tira da mente que a ideia de chamar o mitológico Johnny Cash para cantar triunfalmente a última faixa do disco foi de Eno. A base totalmente em teclados, contrastando com o estilo country-folk orgânico de Cash, dão uma clara pista de que a música surgiu desta ideia central pensada por ele. O estilo melódico, a reelaboração modernista do rock 50, os coros estilo Phil Spector, o refrão com melodia emotiva terminado em uma nota baixa e melancólica... Tal “The River”, de Eno e John Cale, tal “Golden Hours”, do seu solo “Another Green World”. Muita coincidência. Ou a U2 emulou Eno, ou essa música, meus amigos, é de Eno com participação da U2! O que, na verdade, é uma prova de grandiosidade da banda, que soube abrandar os egos e delegar a alguém um fator importante da obra, mas sem perder sua marca própria. Isso se chama maturidade.

E quanta beleza em “The Wanderer”! Escritos para o barítono embriagado Cash, os versos (de Bono, credite-se) largam dizendo: “I went out walking/ Through streets paved with gold/ Lifted some stones, saw the skin and bonés/ Of a city without a soul” (“Eu saí caminhando/ Pelas ruas pavimentadas com ouro/ Levantei algumas pedras, vi pele e ossos/ De uma cidade sem alma”). Uma clara referência ao clássico “Walked in Line”, imortalizada na voz do errante Homem de Preto, mas também à própria consciência da U2 pelas perigosas trilhas da fama. “The Wanderer” ainda serviu como uma homenagem em vida a Cash. Eterno outsider e já no ostracismo naqueles idos, ele viria a se revitalizar como artista e gravar seus últimos álbuns na série “American”, morrendo 10 anos depois daquela gravação (a versão definitiva de “One”, aliás, é de seu “American III”, de 2000). Um digno final de disco da U2, o mais tocante e melhor de sua discografia, mais bonito até do que “MLK” encerrando “The Unforgatable Fire” ou do que “All I Want Is You” fechando “Ratlle...”. Um final para desfazer mal-entendidos e enterrar qualquer piada de mal gosto que um dia tenham feito.

clipe de "The Wanderer", com participação de Johnny Cash

“Zooropa”, o melhor disco da banda em toda a década de 90 e seu último grande álbum, completa 30 anos de lançamento. Isso nos leva a deduzir que, há três décadas, a U2 desfazia um erro grotesco chamado “Achtung Baby” para, responsavelmente para com sua própria obra, dignidade e reputação, conceber “Zooropa”. O processo de concepção conduzido por Eno, livre das amarras do enterteinment e voltado às origens deles como músicos, foi tão rico, que rendeu, dois anos depois, o ótimo “Passengers: Original Soundtracks 1”, em que encarnam com humildade a inédita nomenclatura para compor trilhas sonoras para diversos filmes. Um pouco do que já era “Zooropa”: uma narrativa, uma história.

O certo seria Bono, Edge, Mullen Jr., Clayton e Eno, assim como fez a Milli Vanilli no passado, chamar a imprensa para uma coletiva e confessarem o engodo de "Achtung Baby" – de preferência, em Berlim, cidade acostumada a reconstruções e onde a farra foi cometida. Mas isso jamais acontecerá. Para mim, contento-me em ouvir “Zooropa” e saber que ele veio reestabelecer minha relação com a U2, o que vinha gradativamente perdendo força e sofrera considerável abalo quando do meu desmascaramento solitário. “Zooropa”, com sua força e identidade, zerou tudo. A U2 está para sempre desculpada.

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FAIXAS:
1. Zooropa - 6:30
2. Babyface - 4:00
3. Numb - 4:18
4. Lemon - 6:56
5. Stay (Faraway, So Close!) - 4:58
6. Daddy's Gonna Pay For Your Crashed Car - 5:19
7. Some Days Are Better Than Others - 4:15
8. The First Time - 3:45
9. Dirty Day - 5:24
10. The Wanderer - 5:42
Todas as composições de autoria de Bono Voz, The Edge, Larry Mullen Jr. e Adam Clayton

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OUÇA O DISCO


Daniel Rodrigues