Curta no Facebook

Mostrando postagens com marcador Arquivo de Viagem. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Arquivo de Viagem. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Armação dos Búzios - Rio de Janeiro / RJ



Brigitte Bardot,
eternizada em estátua.
A vila de pescadores que encantou Brigitte Bardot, a partir da publicidade espontânea da estrela francesa, lá nos anos 60, deixou de ser apenas um lugarejo de pouca atenção para tornar-se um dos points mais badalados das temporadas de verão na Região dos Lagos, do Rio de Janeiro. Charmosa, aprazível, Armação dos Búzios, tem os encantos de seu elegante "centrinho" com suas lojas que vão desde o mais simples quiosque de artesanato à mais chique grife internacional, sua fervilhante Rua das Pedras lotada de argentinos, os agitos da noite, os saborosos restaurantes com gastronomia variada, a agradabilíssima Orla Bardot, batizada assim em homenagem à sua ilustre patrona, sem falar, é claro, de suas belíssimas praias de enseada emolduradas por formações rochosas tão impressionantes que parecem ter sido artisticamente esculpidas.
Passei uma pequena temporada por lá, no início deste ano, e divido com vocês aqui, um pouquinho do que é Búzios.




A Rua das Pedras, no coração de Búzios.
Detalhe da pavimentação da famosa rua.

Mais  uma das muitas referências à atriz francesa na cidadezinha,
o Gran Cine Bardot
A noite é cheia de atrações musicais por todos o s lados.
Aqui a ótima banda da casa do The House of Rock'n Roll.

Outra opção legal, esta na Rua da Usina,
é o aconchegante Espaço Cadillac.
Aqui o veículo que dá nome ao lugar.

Na Orla Bardot, as estátuas dos três pescadores.

Entardecer na Orla Bardot.

Praia da Ferradura.

Praia do Forno.

Praia Brava.
Praia da Ferradurinha.



Mais um pouco das belas formações rochosas da Ferradurinha.

Praia Azedinha.

Vista do Mirante do Forno.

Ponta da Lagoinha.

Mais uma vista do alto.

Pôr do sol em Búzios.

Beijo na Brigitte.




Cly Reis



segunda-feira, 9 de setembro de 2019

4ª Feira de Vinil Gira Música - Casa da Polônia - Rio de Janeiro/RJ (1º/09/2019)



O dias em que passamos Leocádia e eu no Rio de Janeiro foram invariavelmente lotados. Só coisa boa, mas lotados. Mas sempre se tem espaço para encaixar mais uma programação, ainda mais quando esta trata de música. Ou melhor: quando esta trata de música E discos, o que para um colecionador é um prato cheio. Minha mãe, sabendo de nosso gosto, havia avisado dias antes que ocorreria, no domingo, a Feira de Vinil Gira Música, na Casa da Polônia, no próprio bairro e avenida onde estávamos instalados, Laranjeiras. Pois que, voltando de um passeio no bairro Jardim Botânico neste dia, eis que cruzamos em frente à feira. Obviamente que descemos e fomos dar uma conferida, o que não só valeu a pena a título de passeio como, claro, de compras.

A feira trazia food trucks, bancas com artesanato e bijuterias e uma exposição sobre o célebre músico, arranjador e produtor Lincoln Olivetti, morto há  4 anos, infelizmente muito primária e amadora e que não dimensionava nem de perto a relevância do homenageado. Mas isso não era o mais importante e, sim, aquilo que nos levou até lá: os discos. Com expositores cariocas mas também vindos de Minas Gerais e São Paulo, a feira estava muito boa em termos de quantidade e variedade. Todos os gêneros musicais contemplados, mas principalmente rock, MPB e jazz. O nível dos expositores chamou atenção, uma vez que todos sabem muito bem o acervo que oferecem. Ou seja: os discos raros tinham preços que justificavam suas particularidades. Títulos como "A Bad Donato", de João Donato, "Stand", da Sly & Family Stone, o primeiro disco de Arthur Verocai, "Spirit of the Times", de Dom Um Romão, "Blue Train", de John Coltrane, ou o disco do próprio Lincoln em parceria com Robson Jorge, clássico da AOR brasileira, não saíam por menos que 500, 400, 350, 200, 180 Reais ou valores parecidos.

Galera percorrendo as prateleiras em busca "daquele" vinil
Clima descontraído e musical da Feira de Vinil na Laranjeiras
Não só vinil tinha na feira
Eu vasculhando as preciosidades da banda do Sonzera, um dos expositores
Pedaço da miniexposição sobre Lincoln Olivetti: deixou a desejar

Em compensação, vários balaios. E bons! Com muita variedade e, às vezes, até discos raros, era possível encontrar unidades a 10, 20 ou 30 Reais. E foi aí que me esbaldei, passando algumas horas na feira percorrendo as caixas com promoções enquanto Leocádia aproveitava outras atividades ou simplesmente me aguardava. Uma das atrações da feira seria a presença do cantor e compositor Hyldon, lenda da soul brasileira, que estaria à tarde autografando seu disco relançado, mas não ficamos para isso. Afinal, já estávamos muito bem alimentados com o que encontramos de variedade e qualidade de bolachões, inclusive esses, os que levamos para casa:



“Limite das Águas” – Edu Lobo (1976)
Edu tem vários discos solo cultuados, como “Missa Breve”, “Camaleão” e “Jogos de Dança”, mas não raro este aparece como o preferido do autor de “Ponteio”. Afinal, não tem como não adorar as parcerias como Capinan, Cacaso e Guarnieri, além do primor dos arranjos do próprio Edu e as participações de músicos do calibre de Oberdan Magalhães, Cristóvão Bastos, Joyce, Toninho Horta, Danilo Caymmi e o grupo vocal Os 3 Morais. Coisa fina da MPB.


“Libertango” – Astor Piazzola (1974)
Um dos gênios da música do século XX em seu disco mais icônico. Gravado em Milão, é a representação máxima do tango argentino moderno, tanto que as próprias faixas, assim como a que o intitula, trazem o termo “tango” no nome: Meditango, Violentango, Undertango, entre outras. De ouvir ajoelhado - ou tangueando.



“Brazilian Romance – Sarah Vaughn with Milton Nascimento” ou “Love and Passion”  Sarah Vaughn (1987)
A grande cantora norte-americana Sarah Vaughn, amante da MPB, recorrentemente voltava ao gênero. Depois de gravar discos como “Exclusivamente Brasil” e “O Som Brasileiro de Sarah Vaughn”, nos ano 70, em 1987 ela torna à sonoridade do Brasil por meio de um de seus mais admirados compositores: Milton Nascimento. E o faz isso com alto grau de requinte, haja vista a produção de Sérgio Mendes, os arranjos de Dori Caymmi e participações de gente como George Duke e Hubert Laws. Ela quase levou um Grammy de melhor performance feminina por este álbum.

“Merry Christmas, Mr. Lawrence (Music From The Original Motion Picture Soundtrack)”  Ryuichi Sakamoto (1983)
Tenho adoração por este filme intitulado no Brasil como “Furyo - em Nome da Honra”, e tanto quanto pela trilha sonora, escrita pelo genial Ryuichi Sakamoto. Que, aliás, atua neste filme de Segunda Guerra do mestre Nagisa Oshima, o qual conta no elenco (e só no elenco, o que acho legal também em nível de desprendimento) e como ator principal David Bowie em espetacular atuação. A faixa-título é não só linda como um marco das trilhas sonoras feitas para cinema.


“Stories to Tell” – Flora Purim (1974)
Terceiro disco solo de Flora e segundo dela em terras norte-americanas. Ou seja, vindo um ano após o seu debut “Butterfly Dreams”, no mesmo ano de“Hot Sand”, do então marido Airto Moreira, e dois da estreia com Chick Corea na Return to Forever, “Stories...” a consolida como a musa do jazz brasileiro. Ainda por cima tem Carlos Santana, George Duke, Ron Carter e o próprio Airto compondo a “bandinha”. E que voz é essa a dela?! 




“Amor de Índio” – Beto Guedes (1978)
Dos discos mais célebres da chamada “segunda fase” do Clube da Esquina. A galera tá toda lá: Milton, Brant, Toninho, Tiso, Venturini, Tavinho, Caetano e, claro, Ronaldo Bastos, produtor, compositor com Beto da faixa-título e autor da icônica foto dele enrolado no cobertor usada por Cafi na arte da capa.



texto: Daniel Rodrigues
fotos: Leocádia Costa e fanpage Gira Brazil - Gira Música

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Matheus Aleluia - FestiPoa Literária - Agulha - Porto Alegre/RS



A palavra que reza

“Sapotizeiro
Que nos dá um doce fruto
Se sente altivo e impoluto
Pois a cor da pele
Do seu fruto é a cor da África”

O dia era abafado e morno. Havíamos caminhado pela cidade e o calor nos deixava na malemolência dos soteropolitanos. Ao entrar num dos acessos do Pelourinho já no final da tarde, onde estávamos hospedados, escutamos um som, vindo de longe. Era de uma das casas do largo Terreiro de Jesus ecoava uma música que não conhecíamos. Então Daniel e eu fomos levados para lá.

Chegando num lugar mais climatizado a música nos recebeu em meio a uma infinidade de CDs que vislumbramos em nossa frente. Era a loja de um apaixonado por música que tinha ali seu negócio e sua forma de viver em pleno centro histórico. Uma filial do Brasil e sua produção estava ali fixada no nascedouro do Pelourinho, local tão importante de resistência e arte. O dono do negócio chamado Ademar.

O que escutávamos naquele momento era morno, constante e suave, mas continha uma força que me arrebatou. Logo fui perguntando: quem é esse cantor? E logo soube o nome da voz que me encantava: Matheus, Matheus Aleluia. Pronto estava tudo resolvido.

Nos minutos seguintes soubemos que ele era um dos componentes do grupo Tincoãs que estava na cidade com seu trabalho solo no Teatro Castro Alves apresentando o CD "Cinco Sentidos". que logicamente levamos para casa. Infelizmente não conseguimos assistir. pois os ingressos estavam esgotados, com toda compreensão porque ele é um dos grandes talentos brasileiros.

Descobri dois músicos na loja de Ademar em pleno Terreiro de Jesus, o talentoso Tiganá Santana e o lendário Mateus Aleluia. A música de ambos arrepia e comove. Gosto muito de trazer das viagens sonoridades da região. Eles cantaram para mim, e eu os trouxe juntos. Falam com algo muito profundo da nossa essência negra. Falam com nossos mentores. Iluminam. Pretendo escrever sobre eles, aguardem.




**************

Aqui está o texto 4 anos depois dessa viagem de descobertas - antes tarde que nunca. Mas a emoção retornou motivada por saber que Matheus Aleluia estará em Porto Alegre, no Agulha cantando dentro de um Festival que cresce elogiosamente o “FestiPoa Literária”. Mais uma vez não irei vê-lo cantar ao vivo, quem sabe seja um convite a retornar a Salvador?

Matheus no grupo Tincoãs, anos 60/70
Matheus começou sua carreira ainda bem jovem, no grupo Tincoãs nos anos 60/70. Ele ingressou no trio após a saída de Erivaldo que fazia parte da formação original com Dadinho e Heraldo. Com a chegada dele o conjunto renovou seu repertório e revolucionou a música brasileira ao criar harmonias vocais para cantos de religiões afro e sambas de roda. Em 1986, Matheus se mudou para Angola para trabalhar com pesquisa e cultura. Em 2002, voltou ao Brasil já em carreira solo. Com apoio da Petrobras lançou, em 2010, o CD "Cinco Sentidos", produzido em altíssima qualidade pelo selo Garimpo.

"Cinco Sentidos" é para mim uma declaração de amor a espiritualidade que Matheus carrega e compartilha gentilmente conosco ouvintes. Já na primeira faixa escutamos, "Ogum Pa", numa forte referencia ao orixá Ogum e à mãe de todos os orixás, Yemonjá, conhecida como Iemanjá, muito cultuada em toda a Bahia.

Nas faixas que se seguem há composições suas, em duo com Dadinho, e três delas com a participação da voz encantadora de Fabiana Aleluia que dialoga com a força sonora de Matheus. Há espaço para uma poesia do político e escritor senegalês Léopold Sedar Senghor dedicado a Pablo Picasso, na versão musicada por Matheus. O poeta foi presidente do Senegal, de 1960 a 1980, e entre as duas Guerras Mundiais, juntamente ao poeta antilhano Aimé Césaire, foi um dos ideólogos do conceito de negritude. Além disso, podemos escutar a canção para mim clássica, "Cordeiro de Nanã". O CD traz a cada faixa uma nova sensação e conhecimento do homem, da natureza e dos preceitos de respeito, religiosidade e liberdade.

OUÇA
Matheus Aleluia - "Cinco Sentidos"
Leocádia Costa

sábado, 26 de janeiro de 2019

Bonito - Mato Grosso do Sul (10/01/2019 a 15/01/2019)




"Bonito é bonito?", é a pergunta clichê que qualquer um que tenha visitado o conhecido município sul-mato-grossense tem que se preparar para ouvir. E a respondendo: sim. Embora a cidade enquanto composição urbana, seja modesta, reduzida praticamente a uma avenida movimentada cuja principal atividade gira em torno de agências de turismo, lojas de artesanato e diversos restaurantes que servem pratos de jacaré e peixes da região, os passeios e belezas naturais confirmam plenamente a fama do local de um dos lugares mais bonitos do Brasil.
Cachoeiras, trilhas, mergulhos, expedições em cavernas são algumas das atrações imperdíveis numa visita à simpática cidade, tudo entre muito verde e animais característicos da fauna local. Dentre todas os programas possíveis, o mais imperdível e indispensável, é claro, é o da Gruta da Lagoa Azul, cartão-postal da cidade e um dos pontos turísticos mais conhecidos do Brasil.
Então, faça seu próprio juízo. Dê uma olhada em algumas imagens e confira se Bonito é bonito, mesmo:

A Piraputanga, um dos peixes característicos da região,
reverenciado em forma de escultura na Praça Pública

A avenida principal tem lojas, agências e muitos restaurantes.

Eu, aqui, em um dos restaurantes da cidade,
o ótimo Tapera, que tem uma árvore no seu salão principal.

Encontra-se muitos pratos de jacaré em Bonito.
Aqui o réptil é servido grelhado com pirão e purê de aipim.


Aqui o ainda recente Aquário Municipal.

Diversas espécies de peixes da região são encontrados lá.
Este é o Pacu.


Uma das opções de lazer é o Balneário do Sol,
uma espécie de praia de beira de rio com toda a infraestrutura
para atender os visitantes.


Este seu intrépido blogueiro aventurando-se na tirolesa

Segura peão!
Na fazendinha do Balneário do Sol.

No Parque das Cachoeiras, uma trilha passando por sete quedas d'água
comparadas para banho em todas elas.

O véu de água da Cachoeira do Sinhozinho, uma das sete da trilha.

E novamente a belíssima Cachoeira do Amor

Nada-se entre os peixes nas límpidas águas dos Rio Mimoso.

Olha a cobra!
Escultura em madeira na entrada da fazenda
onde se faz a flutuação no Rio Sucuri.

Pronto para um mergulho?


O visual subaquático é fascinante nas águas cristalinas de Bonito.

O que eu não faço por esse blog?...

Passeio na famosa Gruta da Lagoa Azul.
A "boca" de entrada.

As formações são impressionantes


Descendo, descendo.
Mais de 300 degraus até o fundo da caverna.

As estalactites formadas pacientemente pelo natureza ao longo de milhões de anos

Mais próximo à água as formações em forma de agulha
parecem ganhar uma coloração mais dourada.

E no final, a recompensa:
o impressionante visual da lagoa.

As águas são límpidas e transparentes.
O azul é causado pela ilusão óptica da refração da luz combinada aos componentes da água local.


E este seu blogueiro mais uma vez "aventurando-se"
em uma perigosa expedição para lhes trazer estas imagens.




Cly Reis