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segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Talking Heads - "77" (1977)

Um disco simples, mas com a marca Talking Heads
por Michel Pozzebon*




"Há algo essencial sobre
perder o controle sobre o que você faz"
Tina Weymouth




Há 40 anos, o Talking Heads uma das bandas mais emblemáticas de todos os tempos, apresentava seu disco de estreia, "Talking Heads: 77". O álbum trouxe as músicas idiossincráticas da banda nova-iorquina para um público mais amplo.  
"Há algo essencial sobre perder o controle sobre o que você faz", comentou a baixista Tina Weymouth sobre o disco de estreia para a revista norte-americana Rolling Stone em 1977. E, enquanto o Talking Heads certamente levaria essas palavras ao coração de sua carreira eclética e visionária, seu debut álbum é, em retrospecto, um tanto manso e direto em comparação com os "experimentos" que viriam na sequência da sua valorosa discografia.
Do ponto de vista musical, "Talking Heads: 77" é o esforço mais conciso e linear da banda, estabelecendo a interação das guitarras de Jerry Harrison e David Byrne, os blocky rhythms de Tina Weymouth com a bateria de Chris Frantz, e a presença marcante de Byrne como frontman, aparecendo com sua "soluçante voz de robô" e as palavras de um "impressionista paranoico" e de "olhos arregalados".
"Talking Heads: 77" é um álbum básico, simples. Um dos exemplos é "Tentative Decisions", faixa número 3 do lado A. A canção representa um dos momentos mais simplórios da banda. Nesta fase inicial, o quarteto nova-iorquino ainda não havia descoberto o funk, as tape loops e os colaboradores "aventureiros" como Brian Eno, que traria posteriormente toda a sua energia para o grupo.
Apesar de simples, o debut álbum do Talking Heads traz uma intensidade bruta e manchada. O trabalho é um registro distinto no catálogo dos nova-iorquinos e nele estão pérolas negligenciadas como "Who Is It?" e "New Feeling".
O poderoso grito de David Byrne ainda era um ponto difícil para os puristas do pop. Porém, é um ingrediente essencial para a magia de seu único "surto de surpresa" no disco de estreia, a clássica "Psycho Killer". Um hit "ameaçador", ainda que despreocupado.
O primeiro álbum, de certa forma, começava a "apimentar" o som do Talking Heads. Seja o piano gospel em "Happy Day" ou a guitarra vertiginosa e florescente em "Pullep Up".
Mesmo que o Talking Heads se movesse para coisas maiores e melhores após esse álbum, "77" segue sendo um ponto de entrada essencial e absolutamente fascinante para uma das bandas mais destemidas do rock em todos os tempos.

**************

FAIXAS:
1. "Uh-Oh, Love Comes to Town" – 2:48
2. "New Feeling" – 3:09
3. "Tentative Decisions" – 3:04
4. "Happy Day" – 3:55
5. "Who Is It?" – 1:41
6. "No Compassion" – 4:47
7. "The Book I Read" – 4:06
8. "Don't Worry About the Government" – 3:00
9. "First Week/Last Week ... Carefree" – 3:19
10. "Psycho Killer" (Byrne, Chris Frantz, Tina Weymouth) – 4:19
11. "Pulled Up" – 4:29
todas as faixas, David Byrne, exceto a indicada.

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OUÇA O DISCO





Michel Pozzebon jornalista gaúcho, é atualmente editor-executivo do blog Zine Musical (www.zinemusical.wordpress.com) e repórter do Jornal Exclusivo, publicação do Grupo Editorial Sinos especializada no setor calçadista. Foi blogueiro da Rádio Globo FM e atuou como editor e repórter do site da Rádio União FM e portal especializado em música eletrônica Fly By Night. Tem passagens por assessorias de imprensa do poder público (Prefeitura de Novo Hamburgo/RS) e de instituições de ensino (Universidade Feevale e Instituto de Educação Ivoti).

quarta-feira, 13 de julho de 2022

Rock HQ

 




Ramones - arte inspirada na canção "Pet Sematary"

Nirvana - arte inspirada na canção
"Francis Farmer Will Take Her Revenge on Seattle"

Guns 'n Roses - arte inspirada na canção
"Welcome to the Jungle", com menção 
à canção "Paradise City"


Queen - arte inspirada na canção 
"Who Wants to Live Forever" com
menção à canção "Killer Queen"

U2 - arte inspirada na canção "The Fly"

Jimi Hendrix - arte inspirada na canção "Fire".
com menção à canção "Foxy Lady"

David Bowie - arte inspirada nas canções
"Starman", "Blackstar" e "The Man Who Fell on Earth",
com menção à canção "Five Years"




Rock HQ
ilustrações digitais de Cly Reis


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

John Cale - "Fear" (1974)



"O Medo é o melhor amigo do homem"




Quando aquela suíte para piano começa, com semelhanças de concerto clássico, nunca poderia se imaginara anarquia sonora ruidosa em que ela acaba por se transformar. Assim com a impressionante "Fear is a Man's Best Friend"", John Cale, maestro e multi-instrumentista, ex-Velvet Underground, abre o disco cujo nome remete à própria faixa de abertura: "Fear".
Assim é John Cale, capaz de na mesma obra, na mesma música visitar diversas possibilidades. Em "Fear" de 1974, ele mais uma vez desfilava toda sua capacidade compositiva indo desde peças sofisticadas a proto-punks básicos, explorando todas as possibilidades que podia vislumbrar em seu vasto horizonte musical.
Baladas belíssimas e celestiais como "Buffalo Ballet" e "Emily"; linhas requintadas como em "The Man Who Couldn't Afford to Orgy"; punks crus mas altamente trabalhados como em "Momamma Scuba", este é o mundo musical de John Cale. O da experimentação sem receio. De tudo um pouco no mesmo disco, mas com equilíbrio e sempre com muita competência.
Não dá pra deixar de destacar a beleza mágica de "Ship of Fools"; a interpretação marcante e belíssima de Cale na inspirada "You More Than I Know"; para o pop colorido, meio reggae, de Barracuda"; e para a ótima "Gun", um pré-punk atrevido com destaque para o solo de guitarra "à quatro mãos", cheio de efeitos, de Phil Manzarena e Brian Eno.
Medo? Essa é uma palavra que por certo não consta no vocabulário musical de John  Cale. Sempre pronto a arriscar. Sempre pronto a mudar de direção. Pronto a mudar de um projeto para o outro, de um disco para o outro, de um estilo para outro no mesmo disco.
Se não conhece, tente ouvir.
Pode ir sem medo.

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FAIXAS:
  1. "Fear is a Man's Best Friend" (3:53)
  2. "Buffalo Ballet" (3:29)
  3. "Barracuda" (3:48)
  4. "Emily" (4:23)
  5. "Ship of Fools" (4:38)
  6. "Gun" (8:05)
  7. "The Man Who Couldn't Afford to Orgy" (4:35)
  8. "You Know More Than I Know" (3:35)
  9. "Momamma Scuba" (4:24)

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Ouça:
John Cale Fear




Cly Reis

terça-feira, 29 de maio de 2012

Bo Diddley - "Bo Diddley" (1958)




“Bo Diddley é Jesus”
título de música da banda
The Jesus and Mary Chain 



Aquela guitarra era solo, base e percussão ao mesmo tempo!
Bo Diddley, ex-fabricante do instrumento, depois de ter produzido algumas tantas pela vida, reinventava o instrumento com uma batida única que revolucionaria o blues, o rock, a música de um modo geral. (Depois ainda reinventaria o instrumento, literalmente, produzindo a sua famosa guitarra quadrada, cujo formato não tinha muito a ver diretamente com a sonoridade e mais com o conforto de Bo na hora de tocar).
Destaco aqui seu primeiro álbum “Bo Diddley” de 1958, disco que traz algumas de suas mais marcantes canções como a 'pausada' “I’m a Man”; o gostosíssimo blues “Before you Acuse Me”; a ‘percussionada’ “Hush Your Mouth”; a excelente “Who Do You Love?”, regravada depois numa versão bem bacana pelo duo escocês The Jesus and Mary Chain, que o tem praticamente como um deus; além, é claro, das auto-homenagens megalomanas “Hey, Bo Diddley” e a outra que simplesmente leva o seu nome assim como o disco.
É outro dos poucos que eu listei aqui nos FUNDAMENTAIS que eu não tenho. Tenho, sim a coletânea da Chess Records que tem tudo de melhor da carreira do artista, inclusive todas deste álbum. Boa alternativa pra quem, como eu, não tem este primeiro disco deste bluesman pra lá de original. Mas, se encontarem, comprem. Eu, certamente farei o mesmo se topar com ele.

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FAIXAS:
1. "Bo Diddley" (2:30) 
2. "I'm a Man" (2:41)
3. "Bring It to Jerome" (Jerome Green) (2:37)
4. "Before You Accuse Me" (2:40)
5. "Hey! Bo Diddley" (2:17)
6. "Dearest Darling" (2:32)
7. "Hush Your Mouth" (2:36)
8. "Say, Boss Man" (2:18)
9. "Diddley Daddy" (McDaniel, Harvey Fuqua) (2:11)
10. "Diddy Wah Diddy" (Willie Dixon) (2:51)
11. "Who Do You Love?" (2:18)
12. "Pretty Thing" (Dixon) (2:48) 


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Ouça:
Bo Diddley 1958


Cly Reis











segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Marcelo Gross - Oktoberfest Praia de Belas Shopping - Praça Itália - Porto Alegre/RS (1º/10/2023)

 

Depois de dias intensos de chuva, temporais, ciclones, enchentes, alagamentos, enfim, o sol raiou em Porto Alegre. E um clima solar como este é, claro, um pedido parasse aproveitar o domingo. Após algumas voltas, fomos parar no agradável Esquenta da Oktoberfest, que o Praia de Belas Shopping, empreendimento vizinho nosso, promoveu durante a tarde. O mais legal foi que, diferentemente de outros anos, quando o shopping montava estruturas assim com food trucks, atrações e tudo mais, na área interna, desta vez o evento foi levado para a Praça Itália, ao lado do shopping, e a céu aberto e em espaço público. E que céu!

A Praça Itália, que passou por uma revitalização no início deste ano sob a gestão do Praia de Belas Shopping, sediar este preparativo para a famosa Oktoberfest, tradicional evento germânico que a cidade de Santa Cruz do Sul sedia durante o mês de outubro. Com uma programação diversificada, que reuniu jogos germânicos, personagens típicos e as soberanas do Oktoberfest, o principal, entretanto, foram as atrações musicais. 

Não ficamos a tarde inteira, em que estiveram artistas como Fabrício Beck e Bando Alabama, a OktoberBand by Boris Cunha e o DJ Fábio Lopez, mas tivemos a felicidade de assistir boa parte do show do “Cachorro Grande” Marcelo Gross. Com uma formação clássica de rock, baixo, guitarra e bateria, Gross, muito à vontade e simpático, trouxe um punhado de canções que unia o seu repertório solo (“Que loucura!”, “Carnaval”), clássicos da Cachorro (“Bom Brasileiro”, “Dia Perfeito”) e outras agradáveis surpresas, como “O Novo Namorado”, do ex-parceiro Júpiter Maçã, e uma versão de “Taxman”, dos Beatles. 

Aliás, Gross e sua banda fizeram jus às próprias referências no rock e na psicodelia dos anos 60, juntando The Who, Rolling Stones e Beatles e colocando todo mundo no palco. É ou não é briga de cachorro grande? Embora não seja um fã da banda, tenho o maior respeito pela honestidade de Gross e seus companheiros de estrada, bem como pela relevância deles para a cena rock gaúcha. A Cachorro abriu pros Stones em Porto Alegre em 2016, ora essa! No show, embora intimista, era visível o som profissional dos caras, e o quanto este universo do rock faz sentido para eles.

Confiram, então, algumas imagens do belo dia de sol e que a Praça Itália foi agradavelmente aquecida pelo Esquenta da Oktober.  

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Show rolando no palco montado na Praça Itália


Marcelo Gross mandando ver no bom e velho rock 'n roll


Um pouco do show de Marcelo Gross no 
Oktoberfest Praia de Belas Shopping


Beatles, Sontes, Who: briga de cachorro grande, literalmente

A movimentação da galera no evento a céu aberto


Leocádia e eu curtindo a tarde de sol na praça



Daniel Rodrigues

domingo, 13 de janeiro de 2019

Dossiê ÁLBUNS FUNDAMENTAIS 2018




Abre o olho, Babulina, porque Caê tá chegando
e o Síndico tá chamando pra briga.
O ano de 2018 foi especial por ter sido o que marcou os 10 anos do ClyBlog e para comemorar isso tivemos uma série de convidados escrevendo sobre seus discos favoritos nos nossos ÁLBUNS FUNDAMENTAIS. Já abrimos o ano com o especial de número 400 da seção, com o convidado Michel Pozzebon, e ao longo do ano tivemos as mais ricas e valorosas participações de convidados que deram suas brilhantes contribuições para o nosso blog, como foi o caso de Ticiano Paludo, Samir Alhazred, Arthur de Faria, Helson Trindade, Rodrigo Lemos e Lucio Brancato. A todos eles, nossos sinceros agradecimentos.
Além disso, foi ano de Copa do Mundo e, como temos feito, unimos música e futebol em publicações espaciais onde o artista ou sua obra tivesse alguma relação com o esporte mais amado do mundo, como foi o caso do apaixonado por futebol Bob Marley, dO Rappa cujas letrar volta e meia remetem a futebol e do Iron Maiden, cujo baixista é quase um hooligan e que já tentou inclusive jogar no seu time de coração.
Isto colocado, como sempre fazemos, todo ano, vamos àquela repassada na nossa seção de grandes discos atualizando os números e verificando aqueles que têm mais discos indicados, países com maior número de representantes, os anos e as décadas que mais se destacam em número de grandes obras citadas e o que mais mereça destaque neste ano que passou nos nossos ÁLBUNS FUNDAMENTAIS, como, por exemplo, o fato de 2018 ter sido um ano de muitas estreias nos AF's. Muitos artistas que, por sua biografia, importância em sua época, seu segmento ou no cenário musical geral, já deviam ter dado as caras por aqui há muito tempo, apareceram pela primeira vez neste ano, como é o caso de nomes como Bob Marley, que foi um dos nossos AF ClyBola, da diva Aretha Franklin, do Kiss, T-Rex e do lendário Queen que fez seu debut por aqui. Por outro lado, poucos se repetiram e, assim, especialmente nos internacionais, as posições de cima não se alteraram muito, apenas com o Iron Maiden e os Kinks entrando para o time dos que têm três álbuns fundamentais e aproximando-se do pessoal com quatro álbuns (Who, Floyd, Kraftwerk...) e um pouco mais dos líderes Beatles, Stones e Bowie que seguem na ponta com cinco discos cada.
Nos nacionais a movimentação também não foi grande mas dois artistas deram uma emoção à "disputa pela liderança": com um disco de Caetano Veloso e um de Tim Maia, poderíamos tê-los empatados na ponta com Gilberto Gil e Jorge Ben. Mas isso se, lá no início do ano, o Babulina não tivesse colocado mais um entre os fundamentais e garantido sua posição no topo entre os brasucas.
Na disputa por países, ainda que os norte-americanos ainda mantenham um boa vantagem na liderança, em 2018 os ingleses fizeram quase o dobro de indicações que os yankees e diminuíram um pouco a desvantagem para os brasileiros que haviam se distanciado no ano anterior
No que diz respeito a épocas, a marcante década de 70 continua liderando, acompanhada, com uma distância bem confortável, pela década de 80. Só que quando falamos em anos, é o de 1986 que manda, com nada menos que 20 discos, seguido pelo seu ano anterior, o de 1985 e o ano de 1976, cada um com 16 álbuns na nossa lista.
O ano que entra promete movimentação nos placares, especialmente de artistas, tanto nacionais quanto internacionais, uma vez que a vantagem dos líderes é pequena e quem vem logo atrás não tá pra brincadeira. 
As comemorações dos dez anos acabaram mas não é por isso que não continuaremos tendo participações especias nos AF. Além das habituais colaborações de Paulo Moreira, Leocádia Costa, Lucio Agacê, com certeza teremos durante ao ano a contribuição de amigos tão apaixonados por música quanto nós e que sabem que os álbuns de suas coleções e de seus corações são simplesmente fundamentais.

Vamos conferir então como ficaram as coisas por aqui depois deste último ano:


PLACAR POR ARTISTA INTERNACIONAL (GERAL)

  • The Beatles, David Bowie  e The Rolling Stones: 5 álbuns cada
  • Kraftwerk, Miles Davis, Talking Heads, The Who e Pink Floyd: 4 álbuns cada
  • Stevie Wonder, Cure, Smiths, Led Zeppelin, John Coltrane, Van Morrison, Sonic Youth, Kinks, Iron Maiden, John Cale* e Bob Dylan: 3 álbuns cada
  • Björk, The Beach Boys, Brian Eno*, Cocteau Twins, Cream, Deep Purple, The Doors, Echo and The Bunnymen, Elvis Presley, Herbie Hancock, Janis Joplin, Johnny Cash, Joy Division, Lee Morgan, Lou Reed, Madonna, Massive Attack, Morrissey, Muddy Waters, Neil Young and The Crazy Horse, New Order, Nivana, Nine Inch Nails, PIL, Prince, Prodigy, Public Enemy, R.E.M., Ramones, Siouxsie and The Banshees, The Stooges, U2, Velvet Underground e Wayne Shorter: todos com 2 álbuns
*contando com o álbum de Brian Eno com JohnCale ¨Wrong Way Out"


PLACAR POR ARTISTA (NACIONAL)

  • Jorge Ben: 5 álbuns*
  • Gilberto Gil*, Tim Maia e Caetano Veloso: 4 álbuns*
  • Chico Buarque, Legião Urbana, Titãs e Engenheiros do Hawaii: 3 álbuns cada
  • Baden Powell**, Gal Costa, João Bosco, João Gilberto***, Lobão, Novos Baianos, Paralamas do Sucesso, Paulinho da Viola, Ratos de Porão e Sepultura: todos com 2 álbuns 
*contando o álbum Gilberto Gil e Jorge Ben, "Gil e Jorge"
** contando o álbum Baden Powell e Vinícius de Moraes, "Afro-sambas" 
*** Contando o álbum Stan Getz e João Gilberto, "Getz/Gilberto"


PLACAR POR DÉCADA

  • anos 20: 2
  • anos 30: 2
  • anos 40: -
  • anos 50: 15
  • anos 60: 79
  • anos 70: 117
  • anos 80: 100
  • anos 90: 75
  • anos 2000: 11
  • anos 2010: 11

*séc. XIX: 2
*séc. XVIII: 1


PLACAR POR ANO

  • 1986: 21 álbuns
  • 1976 e 1985: 16 álbuns cada
  • 1968 e 1977: 15 álbuns cada
  • 1967: 14 álbuns
  • 1971, 1972, 1973 e 1991: 13 álbuns
  • 1965, 1969, 1975, 1979 e 1992: 12 álbuns cada
  • 1970, 1987 e 1989: 11 álbuns cada
  • 1966 e 1980: 10 álbuns cada


PLACAR POR NACIONALIDADE*

  • Estados Unidos: 146 obras de artistas*
  • Brasil: 116 obras
  • Inglaterra: 102 obras
  • Alemanha: 8 obras
  • Irlanda: 6 obras
  • Canadá: 4 obras
  • Escócia: 4 obras
  • México, Austrália, Jamaica e Islândia: 2 cada
  • País de Gales, Itália, Hungria, Suíça e França: 1 cada

*artista oriundo daquele país




C.R.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Nirvana - "MTV Unplugged in New York" (1994)




"É melhor queimar do que desaparecer aos poucos"
trecho da carta de suicídio
deixada por Kurt Cobain,
citando trecho da música
“Hey, Hey, My, My” de Neil Young


Um verdadeiro réquiem montado por aquele próprio que viria a morrer. Um funeral em vida cuidadosamente preparado com castiçais, velas, flores, lustres e palavras finais. Assim foi o acústico do Nirvana para a MTV americana, o melhor dos especiais neste formato realizado pela emissora.
Os acústicos como ficaram conhecidas estas apresentações exclusivas para o canal Music Television, começaram num formato bem intimista, meio luau, com as bandas ou artistas num banquinho, com instrumentos simples, de uso corriqueiro, algum complemento percussivo mais original ou elaborado, mas na maioria das vezes, num clima bem aconchegante e descontraído. Com o sucesso dos eventos, que passaram a render discos e DVD’s das apresentações, a coisa foi mudando e ficando mais chata e pomposa: artistas levavam orquestras inteiras, criavam versões com instrumentos rebuscadíssimos, levavam os shows para teatros grandes, deturpavam as próprias canções, contavam com a participação de inúmeros convidados e o acústico, aquela coisa, voz, violão, viola, chocalhos, baterias discretas e tudo mais que fizesse soar simpático, foi ficando pra trás.
O Nirvana, convidado a fazer o seu especial, além da ‘decoração’ já mencionada, que se por um lado poderia parecer mórbida, inegavelmente era aconchegante e convidativa, recuperava também essa idéia de tocar com os amigos e sentados em almofadas no chão, em banquinhos baixos, empunhando nada mais que violões, com o baterista David Grohl na retaguarda, trazendo uma bateria tradicional, mas sem abusar da intensidade; fazia o acústico definitivo e o imortalizava transformando-o no álbum “MTV Unplugged in New York”, que viria a ser o último registro oficial da banda, numa espécie de testamento musical de Kurt Cobain, que viria a suicidar-se dali há alguns meses.
Provavelmente já de caso pensado sobre o que faria, Kurt Cobain, tratou de dar seus últimos recados e desfilar toda a angústia que perturbava seu coração em interpretações sentidas como em “About a Girl”, “Pennyroyal Tea” e “Dumb”.
Canções como “Polly”, “Something in the Way” e “All Apologies” que por sua característica original, mostravam-se propícias para uma versão acústica, ficaram perfeitas, tendo estas duas última recebido acréscimo de violoncelo como nas versões originais. A simpática "Jesus Doesn't Want Me for a Sunbeam", dos Vaselines por sua vez tem um adorável acordeão e na cover de David Bowie, “The Man Who Sold the World”, Kurt dribla o formato acústico e põe um pequeno amplificador para reinterpretar o clássico, numa versão talvez melhor que a original.
A propósito de covers, o trio de Seattle mandou ver em três versões de canções dos Meat Puppets em sequência, acompanhados pelos próprios intergrantes da banda que serviram de apoio para o Nirvana no acústico: a ótima “Plateau” de acorde minimalista; a boa “Oh Me”; e a forte “Lake of Fire” com grande interpretação de Kurt Cobain.
Encerrariam então com outra cover e outra grande performance de seu vocalista, “Where Did You Sleep Last Night”, blues tradicional de autoria de Leadbelly, que exprimia muito do que Kurt provavelmente sentia a respeito de sua relação com Courtney Love naquele momento e por isso mesmo, a cantaria de uma maneira absolutamente intensa, envolvida, sentida, num momento tão emocionante que não podia deixar de ser o final do especial acústico. Um final monumental.
A canção final.
O final de tudo...
Infelizmente poucos meses depois da gravação do especial Kurt Cobain se suicidaria e deixaria esta lacuna no cenário do rock, tendo sido dele seu último grande nome.
Mas se neste acústico sua intenção havia sido mostrar o quanto seu coração e sua alma estavam consumidos com seu repertório cuidadosamente escolhido e suas interpretações sofridas, ele pode ter certeza que os fãs perceberam isso em cada verso, em cada expressão, em cada grito de dor; e se mais do que isso, foi sua idéia planejar as próprias exéquias públicas, ficaremos para sempre com a imagem do acústico como sua despedida.
Assim sendo, tudo o que resta a dizer é descanse em paz, Kurt. Descanse em paz.

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FAIXAS:
  1. "About a Girl" - 3:37 
  2. "Come As You Are" - 4:13 
  3. "Jesus Doesn't Want Me for a Sunbeam" (Kelly/McKee; cover dos Vaselines) - 4:37 
  4. "The Man Who Sold The World" (cover de David Bowie) - 4:20 
  5. "Pennyroyal Tea" - 3:40 
  6. "Dumb" - 2:52 
  7. "Polly" - 3:16 
  8. "On a Plain" - 3:44 
  9. "Something In The Way" - 4:01 
  10. "Plateau" (Kirkwood; cover dos Meat Puppets) - 3:38 
  11. "Oh, Me" (Kirkwood; cover dos Meat Puppets) - 3:26 
  12. "Lake of Fire" (Kirkwood; cover dos Meat Puppets) - 2:55 
  13. "All Apologies" - 4:23 
  14. "Where Did You Sleep Last Night" (cover de Leadbelly) - 5:08
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Ouça:

Cly Reis

terça-feira, 26 de abril de 2011

Bauhaus - "Burning From the Inside" (1983)


“...nós nunca fomos góticos, fizemos uma música de brincadeira ["Bela Lugosi is Dead"], uma ironia e um monte de idiotas no mundo começou a nos chamar de góticos."
Peter Murphy


Bauhaus é uma banda frequentemente substimada pelo seu aspecto dark, excessivamente teatral, mas atrás do que se escondiam, contudo, boas qualidades, boas referências musicais e literárias, um vocalista com bons recursos, instrumentistas criativos e nada desprezíveis. A verdade é que ao entrar na década de 80, o punk do final da década passada, ganhava outras características e com bandas como Sisters of Mercy, The Cure, Siouxsie and the Banshees, desacelerava aquele som, preenchia mais o ambiente com bases de teclados e sintetizadores, abordava temáticas mais pessimistas e soturnas e dava uma estética a este estado de espírito, tão densa e angustiante quanto suas letras e atmosferas. É verdade que o visual somado à proposta meio expressionista, tirava um pouco da credibilidade sonora do novo movimento que se ensaiava, ainda mais sucedendo exatamente ao punk que era extremamente ativo, engajado, revoltado, o que fazia aquele pessoal de preto parecer meramente um bando de fantasiados pro dia das bruxas sem nenhum valor musical. Mas isso não era verdade. O chamado rock gótico produziu muitos bons discos e alguns, diria, muito bons, como é o caso de “Burning From the Inside” do Bauhaus, de 1983, que se destaca na curta e interessante discografia da banda pela ousadia e experimentação, se afastando um pouco das próprias características. Diferencia-se também por prescindir em alguns momentos de gravação e produção, da presença do vocalista Peter Murphy, doente naquele período, fato que, por um lado dava mais liberdade e autonomia aos outros integrantes, mas por outro, prenunciava o possível fim da banda, que se confirmou logo em seguida.
Mas “Burning From the Inside” mostra uma banda mais madura em relação à própria obra e por isso mesmo arriscando mais. É um disco daqueles com ‘cara’ de grande álbum, sabem? Estrutura de grande disco: grande abertura, faixas de ligação, vinhetas importantes, faixa monumental e um final depois do final.
A abertura na qual se destaca uma envolvente linha de baixo e uma guitarra corrosiva traz a excelente “She’s in Parties” interpretada de forma magistral por Murphy; canção que depois de ‘terminar’, praticamente recomeça só instrumental com o baixo de David J. ainda mais marcante e mais recheada de efeitos, ecos e sintetizadores. Traz na seqüência um punk com roupagem preta na anárquica, “Antonin Artaud”, que por sua vez já emenda na vinheta”‘Wasp”, uma curta introdução de rabeca que leva à mística “King Volcano”, uma espécie festa cigana com inserção gradual de instrumentos acústicos cantada num coro ritualístico assustador.
Depois daí, aparecem dois momentos curiosos no disco pela ausência de Peter Murphy, e é onde os outros integrantes, Ash, Hawkins e David, tomam conta e já dão um ar meio Love & Rockets, futura banda dos três, para o som do disco. “Who Killed Mr. Moonlight” é uma balada soturna pontuada por um piano e cantada por Daniel Ash,; e “Slice of Life”, cantada por ele com o baixista David J., aparece com uma abertura de guitarras ‘luminosas’ que parecem nos permitir uma breve saída do claustro. Na seqüência vem “Honeymoon Croon” que também tem um som mais aberto e apresenta um teclado que remete a The Doors; seguida de “Kingdom Coming” que mostra uma beleza sombria que alterna luz e trevas quase ao mesmo tempo. Mas é a faixa que dá nome ao disco que faz arrepiar todos os pelos do braço: “Burning From the Inside”, uma longa viagem tormentosa com uma guitarra pesada, alta e quase monocórdia servindo de base para a voz de Peter Murphy soar mais horripilante do que nunca, durante mais de nove minutos, ao longo dos quais a música é entremeada por uma espécie de funk das trevas com uma linha de baixo pesada e agressiva. Simplesmente destruidora. Depois de algo assim não precisava vir mais nada, mas até para nos permitir dar uma respirada, ainda vem ‘Hope” que é como se fosse a luz do dia depois de tanta escuridão, numa canção entoada em coro lembrando cânticos camponeses, mas aí já é apenas uma despedida. E a propósito de adeus, o disco, por conta da excessiva participação de Ash e David J., na ausência de Murphy, que não aprovou tamanha autonomia, acabou sendo o estopim da separação da banda que até voltou em 2008 porém já sem o mesmo ímpeto criativo nem anímico. Mas já não valia a pena. Sua contribuição já tinha sido dada e era hora de assumir que, assim como Bela Lugosi, no nome de sua mais famosa canção, o Bauhaus também estava morto.
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FAIXAS:
1. "She's in Parties" – 5:43
2. "Antonin Artaud" – 4:04
3. "Wasp" – 0:20
4. "King Volcano" – 3:29
5. "Who Killed Mr Moonlight?" – 4:54
6. "Slice of Life" – 3:43
7. "Honeymoon Croon" – 2:52
8. "Kingdom's Coming" – 2:25
9. "Burning from the Inside" – 9:19
10. "Hope" – 3:16

******************
Ouça:
Bauhaus Burning From The Inside


Cly Reis

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Creedence Clearwater Revival - "Cosmo's Factory" (1970)


ANDRÉ : É...é uma pesquisa sobre o tipo de música
que as pessoas preferem.
Será que o senhor podia me responder algumas perguntas?

GORDO: Tu quer saber o tipo de música que eu prefiro? Rock.

ANDRÉ: Rock. Tem alguma banda preferida?

GORDO: Creedence.
diálogo do filme 
"O Homem que Copiava"



Não sei se alguém lembra, mas nos anos 90 o Guarani de Campinas tinha um jogador chamado Creedence Clearwater. Não jogava nada. Centroavante daqueles grandalhões, plantados, estáticos. Me chamava a atenção um pai chegar ao ponto de batizar o filho com o nome de uma banda de rock. Tem que gostar muito. Tem que ser muito boa a banda.

Na época eu não conhecia o grupo, mas sempre tive curiosidade de ouvi-los. Conheci, efetivamente, tarde, apenas quando vi o filme “O Homem que Copiava”, no qual em uma cena, ao som de um rock'n roll empolgante, o protagonista André, numa locadora de vídeo, pergunta para um cliente de fones de ouvido, um gordo que via com frequência por ali, qual seria sua banda favorita, ao que o homem desconfiado pela abordagem estranha, responde “Creedence”, quando então revela-se para o espectador que a música de fundo da cena era na verdade a que o cliente ouvia nos seus headfones, seguindo-se a partir dali  uma emocionante cena de assalto e perseguição.

Acho que ali foi definitivo para eu curtir Creedence. Nesse meio tempo, entre o filme e os dias atuais, conheci mais algumas coisas, descobri que já tinha ouvido em outros comerciais de TV, que algumas coisas que eu conhecia eram deles e eu sequer sabia, e assim fui gostando cada vez mais. Passei a querer muito ter algum disco dos caras mas encontrava coisas caras, passava alguma prioridade na frente, ou mesmo, não sabia exatamente o que adquirir. Foi por intermédio do meu Sagrado Livro "1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer" que eu tive a dica do álbum “Cosmo's Factory”, que entre algumas outras da banda ali destacados, me pareceu o mais interessante pela descrição da resenha e pelo fato de ter a tal música do filme. O curioso é que nunca o encontrava. Me deparava com outros da banda mas nunca com este que estava decidido a comprar. Mas eis que há pouco tempo topei com ele por aí e não hesitei. Finalmente tinha o meu Creedence!

“Cosmo's Factory” abre com a interessantíssima “Ramble Tamble”, uma canção que começa enérgica, num ritmo alucinante, para depois mergulhar numa viagem psicodélica, algo meio progressivo, com um belíssimo, longo e arrastado solo de guitarra de interlúdio, para no final ganhar ritmo novamente e encerrar em grande estilo. “Before You Accuse Me”, que a segue, é uma versão mais encorpada do clássico de Bo Diddley, embora não consiga por essa consistência superar a original. A dobradinha na sequência é pra quebrar tudo: “Travelin' Band”, a tal música do filme, e “Ooby Dooby”, que a segue, são duas pedradas enlouquecidas, bombásticas! Rock'n roll de primeira! Dois petardos frenéticos de fazer o cidadão sair dançando esteja onde estiver.

“Lookin' Out My Backdoor” e “Up Around the Bend” salientam mais o sotaque caipira característico da banda e presente na maioria das músicas; “Run Though the Jungle” é forte e intensa com destaque para o baixão poderoso e imponente; e “Who'll Stop the Rain”, um dos maiores sucessos da banda é uma canção folk-rock com um certo apelo pacifista, muito comum àquele início dos anos 70.

Imortalizada na voz de Marvin Gaye, “I Heard It Through the Grapevine” ganha uma versão extensa com ares grandiosos, numa execução impetuosa, cheia de energia, com bateria alta e vocal rasgado em determinados momentos, nesta que é uma das grandes músicas do álbum que poderia tranquilamente encerrá-lo tal a sua monumentalidade, mas que ainda tem adiante “Long As I Can See the Light”, uma soul-music chorosa e melancólica que, aí sim, o encerra, diga-se de passagem muito dignamente, cumprindo perfeitamente o papel de faixa final de um grande disco.

Agora entendo porque Creedence é a banda preferida do carinha do filme, na locadora. Agora entendo porque é a banda preferida de tanta gente e é essa verdadeira lenda do rock. Agora entendo porque um pai chega a ponto de pôr num filho o nome de uma banda... Não...Não. Na verdade, aí eu já acho um pouquinho demais. É muito bom, mas não é pra tanto. Menos, menos...

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FAIXAS:
  1. Ramble Tamble
  2. Before You Accuse Me
  3. Travelin' Band
  4. Ooby Dooby
  5. Lookin' Out My Back Door
  6. Run Through the Jungle
  7. Up Around the Bend
  8. My Baby Left Me
  9. Who'll Stop the Rain
  10. I Heard It Through the Grapevine
  11. Long as I Can See the Light
A edição de aniversário de 40 anos do álbum, em CD, traz ainda três faixas extra:
12. Travelin' Band (demo tape)
13. Up Aropund the Bend (ao vivo)
14. Born on the Bayou

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cena do assalto - "O Homem que Copiava"

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Ouvir:


sexta-feira, 28 de junho de 2013

100 Melhores Discos de Estreia de Todos os Tempos

Ôpa, fazia tempo que não aparecíamos com listas por aqui! Em parte por desatualização deste blogueiro mesmo, mas por outro lado também por não aparecem muitas listagens dignas de destaque.
Esta, em questão, por sua vez, é bem curiosa e sempre me fez pensar no assunto: quais aquelas bandas/artistas que já 'chegaram-chegando', destruindo, metendo o pé na porta, ditando as tendências, mudando a história? Ah, tem muitos e alguns admiráveis, e a maior parte dos que eu consideraria estão contemplados nessa lista promovida pela revista Rolling Stone, embora o meu favorito no quesito "1º Álbum", o primeiro do The Smiths ('The Smiths", 1984), esteja muito mal colocado e alguns bem fraquinhos estejam lá nas cabeças. Mas....
Segue abaixo a lista da Rolling Stone, veja se os seus favoritos estão aí:

Os 5 primeiros da
lista da RS
01 Beastie Boys - Licensed to Ill (1986)
02 The Ramones - The Ramones (1976)
03 The Jimi Hendrix Experience - Are You Experienced (1967)
04 Guns N’ Roses - Appetite for Destruction (1987)
05 The Velvet Underground - The Velvet Underground and Nico (1967)
06 N.W.A. - Straight Outta Compton (1988)
07 Sex Pistols - Never Mind the Bollocks (1977)
08 The Strokes - Is This It (2001)
09 The Band - Music From Big Pink (1968)
10 Patti Smith - Horses (1975)

11 Nas - Illmatic (1994)
12 The Clash - The Clash (1979)
13 The Pretenders - Pretenders (1980)
14 Jay-Z - Roc-A-Fella (1996)
15 Arcade Fire - Funeral (2004)
16 The Cars - The Cars (1978)
17 The Beatles - Please Please Me (1963)
18 R.E.M. - Murmur (1983)
19 Kanye West - The College Dropout (2004)
20 Joy Division - Unknown Pleasures (1979)
21 Elvis Costello - My Aim is True (1977)
22 Violent Femmes - Violent Femmes (1983)
23 The Notorious B.I.G. - Ready to Die (1994)
24 Vampire Weekend - Vampire Weekend (2008)
25 Pavement - Slanted and Enchanted (1992)
26 Run-D.M.C. - Run-D.M.C. (1984)
27 Van Halen - Van Halen (1978)
28 The B-52’s - The B-52’s (1979)
29 Wu-Tang Clan - Enter the Wu-Tang (36 Chambers) (1993)
30 Arctic Monkeys - Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not (2006)
31 Portishead - Dummy (1994)
32 De La Soul - Three Feet High and Rising (1989)
33 The Killers - Hot Fuss (2004)
34 The Doors - The Doors (1967)
35 Weezer - Weezer (1994)
36 The Postal Service - Give Up (2003)
37 Bruce Springsteen - Greetings From Asbury, Park N.J. (1973)
38 The Police - Outlandos d’Amour (1978)
39 Lynyrd Skynyrd - (Pronounced ‘Leh-‘nérd ‘Skin-‘nérd) (1973)
40 Television - Marquee Moon (1977)
41 Boston - Boston (1976)
42 Oasis - Definitely Maybe (1994)
43 Jeff Buckley - Grace (1994)
44 Black Sabbath - Black Sabbath (1970)
45 The Jesus & Mary Chain - Psychocandy (1985)
46 Pearl Jam - Ten (1991)
47 Pink Floyd - Piper At the Gates of Dawn (1967)
48 Modern Lovers - Modern Lovers (1976)
49 Franz Ferdinand - Franz Ferdinand (2004)
50 X - Los Angeles (1980)
51 The Smiths - The Smiths (1984)
52 U2 - Boy (1980)
53 New York Dolls - New York Dolls (1973)
54 Metallica - Kill ‘Em All (1983)
55 Missy Elliott - Supa Dupa Fly (1997)
56 Bon Iver - For Emma, Forever Ago (2008)
57 MGMT - Oracular Spectacular (2008)
58 Nine Inch Nails - Pretty Hate Machine (1989)
59 Yeah Yeah Yeahs - Fever to Tell (2003)
60 Fiona Apple - Tidal (1996)
61 The Libertines - Up the Bracket (2002)
62 Roxy Music - Roxy Music (1972)
63 Cyndi Lauper - She’s So Unusual (1983)
64 The English Beat - I Just Can’t Stop It (1980)
65 Liz Phair - Exile in Guyville (1993)
66 The Stooges - The Stooges (1969)
67 50 Cent - Get Rich or Die Tryin’ (2003)
68 Talking Heads - Talking Heads: 77’ (1977)
69 Wire - Pink Flag (1977)
70 PJ Harvey - Dry (1992)
71 Mary J. Blige - What’s the 411 (1992)
72 Led Zeppelin - Led Zeppelin (1969)
73 Norah Jones - Come Away with Me (2002)
74 The xx - xx (2009)
75 The Go-Go’s - Beauty and the Beat (1981)
76 Devo - Are We Not Men? We Are Devo! (1978)
77 Drake - Thank Me Later (2010)
78 The Stone Roses - The Stone Roses (1989)
79 Elvis Presley - Elvis Presley (1956)
80 The Byrds - Mr Tambourine Man (1965)
81 Gang of Four - Entertainment! (1979)
82 The Congos - Heart of the Congos (1977)
83 Erik B. and Rakim - Paid in Full (1987)
84 Whitney Houston - Whitney Houston (1985)
85 Rage Against the Machine - Rage Against the Machine (1992)
86 Kendrick Lamar - good kid, m.A.A.d city (2012)
87 The New Pornographers - Mass Romantic (2000)
88 Daft Punk - Homework (1997)
89 Yaz - Upstairs at Eric’s (1982)
90 Big Star - #1 Record (1972)
91 M.I.A. - Arular (2005)
92 Moby Grape - Moby Grape (1967)
93 The Hold Steady - Almost Killed Me (2004)
94 The Who - The Who Sings My Generation (1965)
95 Little Richard - Here’s Little Richard (1957)
96 Madonna - Madonna (1983)
97 DJ Shadow - Endtroducing ... (1996)
98 Joe Jackson - Look Sharp! (1979)
99 The Flying Burrito Brothers - The Gilded Palace of Sin (1969)
100 Lady Gaga - The Ame (2009)