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quinta-feira, 14 de maio de 2020

Iron Maiden - "Piece of Mind" (1983)




"A luz do homem cego você verá
O veneno que rasga minha espinha 
Os Olhos do Nilo estão se abrindo, 
você verá"
trecho de "Revelations"



Se você gosta de rock, acredito que em alguma vez na sua vida ouviu a seguinte frase: "Isso é do capeta!", ou simplesmente te perguntaram se você tinha pacto com o diabo, entre outros questionamentos que beiram à infantilidade, tal a ignorância das "pessoas normais".Os anos 80 foram marcados por grandes lançamentos e formações de grandes bandas e junto com essas bandas vieram os estereótipos de que todas muitas delas eram satanistas.

Grupos de religiosos fanáticos se aglomeravam próximos aos locais de shows, e com o Iron Maiden não foi diferente. Após o lançamento de "The Number of The Beast", a banda foi diversas vezes acusadas de pacto com o diabo. "Piece of Mind" (1983), o quarto álbum da banda contém uma “mensagem secreta” entre as faixas “ The Trooper” e  Still Life” que servira para assustar ainda mais esses perseguidores religiosos, quando na verdade, o que se ouve é o baterista Nicko McBrain imitando o ditador Idi Amin de Uganda. A propósito, "Piece of Mind" é o disco de estréia do baterista na banda e o segundo de Bruce Dickinson à frente dos vocais.

Encorpada e original , "The Tropper" virou cerveja até artesanal
e foi lançada pela banda em parceria com
cervejeiros da família Cheshire Robinson, em 2013.
Entretanto todo fanatismo religioso é causado por mera ignorância, já que "Piece Of  Mind" explora, na verdade, letras sobre guerras, filmes e obras literárias, como é  caso de "The Tropper", por exemplo, que é inspirada no poema de Lord Alfred Tennyson, "A Carga da Brigada Ligeira", e que narra a Batalha de Balaclava , durante a Guerra da Crimeia, em 1854. Nos shows, a narrativa do ponto de vista do cavaleiro britânico que avança contra as linhas russas é interpretada por Dickinson que veste uma farda do exército e empunha a bandeira do Reino Unido.

Com o objetivo de alcançar fãs americanos, além de "The Tropper", a banda lançou outro single, “Flight of Icarus”, por sua vez inspirada na história de Ícaro, personagem da mitologia grega que ambicionava voar com suas asas feitas de cera.

E as inspirações e referências não param por aí: Em "Revelations" a banda faz referências às teorias de Aleister Crowley, escritor e ocultista inglês e estudioso também de elementos hindus; "Where Eagles Dare" , canção que abre o álbum, é inspirada no romance com mesmo titulo do escritor escocês Alistair MacLean; "Die With Your Boots On" fala sobre charlatões que induzem os fiéis acreditarem em suas auto realizações; "Still Life", fala sobre um cara que fica atraído por uma piscina, tem pesadelos, vê nela seu rosto e, num fim trágico, pula nela e morre, "Quest for Fire" conta a saga de três tribais que vão atrás do fogo que sua tribo perdera, como descrito no romance de J.H Rosny  Aîne; "Sun and Steel" narra a história do Samura Miyamoto Musashi (1584 – 1645) que, com apenas 13 anos já matara seu primeiro inimigo e veio a criar o Niten ichi-ryû, um estilo de luta que utiliza duas espadas;e por fim, "To Tame a Land", a faixa que encerra o álbum, foi inspirada em Dune, livro de ficção científica de Frank Herbert’s que veio também a ser adaptado para o cinema por David Lynch, em 1984.

Além do singles, o álbum possuem duas covers, “ I’ve Got the Fire”, da banda de hard-rock dos anos 70, Montrose, e “Cross-eyed Mary”, do Jethro Tull.

"Piece of Mind" foi gravado entre janeiro e março de 1983 no Compass Poin Studios, nas Bahamas, e lançado no dia 16 de maio de 83 em formatos LP, cassete e CD pela gravadora EMI, com produção de Martin Birch, tendo alcançado terceiro lugar da parada inglesa, além de ter sido o primeiro a alcançar o top 100 da Billboard 200(chegando à 70ª posição).
Uma obra verdadeiramente inspirada e inspiradora tanto para gerações dos anos 90 como também para as dos dias atuais.


por Diego Almeida

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FAIXAS:
1. Where Eagles Dare
2. Revelations
3. Flight of Icarus
4. Die With Your Boots On
5. The Trooper
6. Still Life
7. Quest For Fire
8. Sun And Steel
9. To Tame A Land


extras da reedição de 1995
10. "I've Got the Fire" (cover do Montrose)
11. "Cross-Eyed Mary" (cover do Jethro Tull)


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Ouça:
Iron Maiden - Piece of Mind








Diego Almeida
(também conhecido por alguns como Ramones) é formado como técnico administração e trabalha numa livraria no Rio de Janeiro.
Curte HQs, filmes e descobriu que escrever faz bem à mente.
É colaborador no blog Zine Musical (www.zinemusical.wordpress.com)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Música da Cabeça - Programa #87


Vocês gostam de Nirvana ou de Nirvana? De Iron Maiden ou Iron Maiden? Pensa que a gente enlouqueceu? Não! E o Música da Cabeça desta semana prova isso. No nosso quadro “Sete-List” traremos uma lista de 7 bandas com nomes iguais. Fora isso, muito mais coisas semelhantes ou não, como U2, Itamar Assumpção, P.I.L., Natiruts e The Kinks. Quer ficar com a nossa cara também? Então, pega teu espelho e ouve o programa de hoje, às 21h, pela Rádio Elétrica. Produção, apresentação e parecença: Daniel Rodrigues.



Rádio Elétrica:
http://www.radioeletrica.com/

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Iron Maiden - "Somewhere In Time" (1986)




"Up the Irons!"



O West Ham United embora não seja lá um clube de grande expressão no futebol inglês, é um dos mais tradicionais e um dos mais queridos da Inglaterra e mesmo não tendo uma torcida tão numerosa quanto a de outros londrinos como Arsenal, Chelsea e Tottenham pode se orgulhar pelo menos de ter um fiel e autêntico torcedor ilustre que leva seu nome aos quatro cantos do mundo. Steve Harris, baixista e fundador do Iron Maiden não só é torcedor fanático como já quis ser jogador do clube, tendo tentado a sorte nas categorias de base dos Hammers, como é conhecido o time, em sua adolescência. Dividido entre o futebol e sua outra paixão, a música, Harris, percebendo que sua aptidão não seria suficiente para encarar uma carreira profissional, optou pelo mundo da música e nós e que agradecemos. Harris ainda bate uma bolinha com seu time de pelada, o Maidonians, mas onde ele bate um bolão, de verdade, é à frente de sua banda, o Iron Maiden, uma das mais influentes e respeitadas de todos os tempos, não somente no universo metal, como em todo o mundo do rock.
Steve Harris não abandona o time nem no palco.
A munhequeira é das cores do clube e pode-se notar
um escudo do West Ham grudado no instrumento.
Com essa coisa toda de Dia do Rock e a boa campanha do English Team na Copa, aproveitamos para falar dos caras por aqui, mais especificamente do disco "Somewhere in Time", de 1986, trabalho de inspirações futurísticas que sofreu uma certa resistência inicial por parte dos fãs, por conta do uso de sintetizadores, mas que com o tempo teve uma justa reavaliação e hoje é visto como um dos melhores trabalhos do grupo britânico, sendo frequentemente reconhecido, em boas colocações, em listas de fãs.
Destaques para a faixa que abre o disco, "Caught Somewhere in Time", com sua levada arrebatadora e empolgante; para "Wasted Years", que a segue, um dos singles do álbum e uma das melhores músicas da discografia da banda; para a boa "Déjà Vu"; e para "Stranger in a Strange Land", preciosa, com um dos melhores solos de Adrian Smith no álbum.
Talvez o último grande disco do Iron Maiden, ainda que mais adiante tenham vindo bons trabalhos como "Brave New World", já deste século (2000) e o cultuado "Fear of The Dark", de 1992 mas que soam em muitos momentos como uma busca por auto-referência. "Somewhere in Time" por sua vez, consegue unir a tradição do melhor do Iron Maiden com o atrevimento de uma nova proposta, e o resultado é um trabalho equilibrado e original.
Como se não bastasse ser um grande disco musicalmente, a capa é um das mais criativas e complexas da banda e, novamente aparece uma alusão a futebol e ao clube do coração de Harris. Num dos painéis luminosos da cidade futurista inspirada em Blade Runner que ilustra a capa, aparece o placar de uma partida entre West Ham e Arsenal com uma vitória bem pouco real de 7x3 dos Hammers sobre os Gunners. "Up the Hammers!", então, como conclama o slogan da torcida do time londrino. Ou melhor, como na adaptação do bordão feita pelo fanático torcedor ilustre, "Up the Irons".
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FAIXAS:
1. "Caught Somewhere in Time" 7:25
2. "Wasted Years" 5:07
3. "Sea Of Madness" 5:42
4. "Heaven Can Wait" 7:21
5. "The Loneliness of the Long Distance Runner" 6:31
6. "Stranger in a Strange Land" 5:44
7. "Déjà Vu" 4:56
8. " Alexander the Great" 8:37


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Ouça:

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Iron Maiden - "Piece of Mind" (1983)





“Voe, pelo seu caminho, como uma águia
Voe tão alto como o sol
No seu caminho, como uma águia
Voe, e toque o sol”
"Flight of Icarus"



"A Hard Day's Night" dos Beatles, "The Head on the Door" do The Cure, "Machine Head" do Deep Purple, Electric Café do Kraftwerk, "Violator" do Depeche Mode e outros discos possuem a mesma característica, quero ver se vocês adivinham... Mais um tempinho... Bom, vou dizer hein... Todos estes discos são discos de discografia normal de suas bandas mas de tantas músicas boas e icônicas para suas respectivas bandas parecem um "The Best Of...".

E este é o caso deste disco, "Piece of Mind"(1983), do Iron Maiden, banda que na época eu chamava assim e no final do texto explico como chamo agora. Estava eu na gloriosa Galeria Chaves, aqui em Porto Alegre, quando vi uma camiseta dos Replicantes na Discoteca e pedi dinheiro para minha mãe e ela me deu um pouco mais para comprar a camiseta e dava para mais um disco. Comprei este disco pela capa mesmo e pensei “o que esta múmia (mais tarde viria a saber que é o mascote da banda) com camisa-de-força está fazendo nesta capa ?”. Foi meu primeiro disco comprado com o livre arbítrio (Michael Jackson "Thriller", Ultraje a Rigor e As Aventuras da Blitz ganhei de presente).

Cheguei em casa, abri minha vitrola laranja portátil da Philips e coloquei o disco para tocar. E daí a coisa toda muda de figura. Conhecia através do metal e tinha agora meu primeiro disco de Rock. Li, reli, revirei o encarte e fiquei impressionado com a banda olhando o cérebro na mesa em uma foto. Comecei a comprar todos os discos do Iron Maiden desde então e tive todos os LP´s até o "Seventh Son". Depois veio a era do CD e os discos foram se perdendo.

Clássicos do metal como 'Where Eagles Dare", "Flight of Icarus", "Die With Your Boots On" (com uma risadinha bem sem vergonha do Dickinson pelo meio da música), e a inesquecível e gloriosa "The Trooper" que eles tocam em todo show (seria ela a "Satisfaction" do Iron Maiden ? Pode ser hein...). Foi neste disco que pela primeira vez ouvi uma frase gravada ao contrário em um disco. A bem da verdade o Lado B do disco prenuncia o que viria a ser seu próximo trabalho, o "Powerslave", com músicas não tão mais empurradas no triunvirato formado por 2 guitarras e pelo baixo do dono da banda Steve Harris. Exceção é a maravilhosa "Sun And Steel" que é uma daquelas pérolas que somente os fãs mesmo conhecem e dão o valor.

A propósito disso, cara que conhece as músicas do Iron Maiden aos poucos vai ficando íntimo da banda e vai deixando o “Maiden” de lado, chamado carinhosamente de Iron. E tu, vais te arriscar a escutar este disco? Olha que daqui a pouco tu podes estar chamando os guris de Iron.

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FAIXAS:
  1. Where the Eagles Dare
  2. Revelations
  3. Flight of Icarus
  4. Die With Your Boots On
  5. Ther Tropper
  6. Still Life
  7. Quest of Fire
  8. Sun and Steel
  9. To Tame a Land

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Ouça:






quinta-feira, 14 de abril de 2011

Pearl Jam, Clapton e Aerosmith no Brasil no segundo semestre



Pearl Jam de volta ao Brasil em setembro:
Garantia de showzaço!
O ano de eventos de rock está bombando mesmo. Além do retorno do Beatle Paul, do mega-festival Rock in Rio e mais alguns nomes interessantes que desembarcaram recentemente por aqui como Iron Maiden, U2 e Ozzy, o segundo semestre ainda nos trará as presenças de Pearl Jam, Eric Clapton e Aerosmith.
Datas, locais, valores ou tipo de apresentações (festival, shows solo, etc.), nada foi divulgado ainda mas ao que parece a informação é quente mesmo uma vez que o papo foi dado por um dos diretores da produtora que trará os artistas.
Bom, pra mim, particularmente, interessa mesmo o Pearl Jam, banda cujo show que fui em Porto Alegre foi simplesmente um dos melhores da minha vida; o Deus da Guitarra Eric Clapton por toda a lenda que representa também pode ser uma boa, dependendo muito do preço do ingresso; e o Aerosmith, sinceramente, não me interessa nem um pouco.
Agora é aguardar maiores informações e enquanto isso ir curtindo o que vem antes. Afinal, ainda tenho a noite do metal do rock in Rio para ir.


C.R.

domingo, 13 de março de 2011

Iron Maiden - "The Number of the Beast" (1982)



"Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é um número do homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis"
Apocalipse (12:12) e (13:18).



Particularmente, devo admitir, que não sou um grande fã do Iron Maiden. Prefiro antes os que foram fundamentais para que eles existissem, como Led, Purple e Sabbath, e os que não existiriam se não fossem eles, como Metallica, Sepultura, Anthrax, etc., mas não há como não reconhecer que trata-se de uma das bandas mais importantes da história do rock e decisiva na consolidação de um gênero do qual eles são praticamente sinônimo: o heavy-metal.
Às vésperas de um retorno ao Brasil para uma nova série de apresentações, agora em março, aproveito para incluir aqui nos A.F. um disco frequentemente apontado pelos fãs, senão efetivamente como o melhor, mas como um dos mais importantes e significativos na carreira da banda e na formação do metal: "The Number of the Beast" de 1982, além do grande sucesso comercial optido na época e de crítica desde lá, é o primeiro com Bruce Dickinson nos vocais e por isso, já, um marco. Cantor que enfrentou uma certa resistência logo de início ao substituir o carismático porém barra-pesada Paul Di'Anno, Dickinson não apenas consquistou o respeito dos fãs como acabou por tornar-se um ídolo e um símbolo da banda, imprimindo com personalidade sua característica vocal que se tornaria marcante e singular.
Mas voltando ao disco, destaques para a faixa-título, particularmente minha favorita e centro de polêmica em torno de um suposto satanismo, a ótima "The Number of the Beast"; e para a clássica "Run to the Hills" com sua levada galopante acelerada e incansável.
Clássico do metal! Clássico do rock!
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Se Dickinson se tornou um dos símbolos da banda e seu tipo de interpretação uma marca, outro dos elementos que se tornaria ao longo do tempo uma assinatura seria o mascote Eddie. É impossível falar de Iron Maiden sem mencionar Eddie The Head. O caveirão que aparece desde o início nas capas dos álbuns constitui uma espécie de identidade visual do grupo, basta ver aquela caveirinha e sabemos que ali tem Iron Maiden. No início era penas uma cabeça, ao longo do tempo ganhou corpo, assumiu várias formas e nos últimos tempos 'participa' inclusive dos shows na forma de bonecos gigantes.

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FAIXAS:
  1. "Invaders" (Harris) 3:22
  2. "Children of the Damned" (Harris) 4:33
  3. "The Prisoner" (Harris/Smith) 6:00
  4. "22 Acacia Avenue" (Harris/Smith) 6:34
  5. "The Number of the Beast" (Harris) 4:49
  6. "Run to the Hills" (Harris) 3:50
  7. "Gangland" (Smith/Burr) 3:47
  8. "Total Eclipse" (Harris/Murray/Burr) 4:28*
  9. "Hallowed Be Thy Name" (Harris) 7:10
* o disco saiu originalmente com 8 faixas e "Total Eclipse" só foi incluída em edições posteriores.

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 Integrantes em 1982
Bruce Dickinson - vocal
Steve Harris - baixo
Dave Murray - guitarra
Adrian Smith - guitarra
Clive Burr - bateria
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Ouça:
Iron Maiden The Number of The Beast



Cly Reis