quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Seleção Brasileira 3 x Seleção Gaúcha 3 - Beira-Rio (17/06/1972)
O jogo aconteceu em 17 de junho de 1972 e marcou o recorde de público no estádio Beira-Rio do Sport Club Internacional, 106.554 pessoas. O jogo acabou 3x3 (não nos venceram!!!) mas o fato curioso que conta-se é que, lá pelas tantas, no segundo tempo, o Brasil faz um gol e um torcedor apenas, solitário, comemora, então se ouve lá do meio da multidão o grito de alguém: "MATA QUE É BRASILEIRO!"
Pra vcs verem como é que é.
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Como curiosidade, a Seleção Gaúcha formou com:
Schneider, Espinosa, Figueroa, Ancheta, Everaldo - Carbone, Tovar, Torino - Valdomiro, Claudiomiro, Oberti (Mazinho)
Técnico: Carlos Froner (corrigido: Aparício Vianna e Silva)
e a Seleção Brasileira com:
Leão (Palmeiras), Sérgio (São Paulo), Zé Maria (Corinthians), Brito (Botafogo), Vantuir (Atlético-MG), Marco Antônio (Fluminense), Piazza (Cruzeiro), Clodoaldo (Santos), Jairzinho (Botafogo), Leivinha (Palmeiras), Rivellino (Corinthians) e Paulo César Caju (Flamengo)
Técnico: Zagallo
e os gols foram de Jairzinho, Paulo César Caju e Rivellino para a Seleção Brasileira, e Tovar, Carbone e Claudiomiro para a Seleção Gaúcha.
sexta-feira, 29 de junho de 2012
"Histórias Coloradas - Os mais interessantes relatos da alma colorada" por Aleco Mendes e Flávio Schlottfeldt, Ed.: Nova Prova
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Coletânea "Colorados - Nada Vai nos Separar"
A editora carioca Multifoco , por iniciativa de uma de suas editoras, a escritora Jana Lauxen , estará lançando ainda este mês o livro “Colorados - Nada Vai nos Separar” , uma coletânea de textos de apaixonados pelo Sport Club Internacional com episódios, histórias, curiosidades, memórias, emoções, declarações de amor, etc., relatadas pelos próprios torcedores. Os textos, enviados pelos autores à editora, foram escolhidos por seleção e os melhores, ou os que mais se adequavam à proposta, aparecem nesta publicação na qual tenho o prazer de estar incluído com uma crônica anteriormente publicada aqui no blog por ocasião do aniversário de 103 anos do clube.
O livro que está em fase de impressão e acabamento, deve ser pré-lançado no dia 17 de novembro para os autores e creio que esteja, dali em diante, em breve, disponível para aquisição pública.
Então, amigos colorados, é aguardar que logo logo estará nas livrarias mais uma daquelas publicações que nos enchem de orgulho e emoção a cada linha, a cada relato e nos fazem ter certeza do quanto é bom ser colorado.
Aguardem, aguardem!
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Capa da Coletânea "Colorados - Nada Vai nos Separar"
Ó, saiu a capa do nosso livro!
Em meio a crise, demissão de técnico, eleições presidencias, renovação do Conselho, e um momento delicado do Sport Club Internacional o livro no qual eu e mais alguns torcedores participam com textos selecionados, tá na boca do forno. Mas o espírito é exatamente esse: independente de como estiver, do que estiver acontecendo, até debaixo d'água, NADA VAI NOS SEPARAR.
Tá atrasando um pouquinho o lançamento que era previsto para a metade deste mês de novembro, mas daqui a pouco tá saindo. Enquanto isso vai aí um 'gostinho' da publicação.
Ficou bem bacana a capa. Dá todo aquele clima de torcida, de estádio, da nossa vibração.
Muito bonita.
terça-feira, 23 de agosto de 2016
Agosto, Mês do Aniversário do ClyBlog
As pessoas, de um modo geral, costumam demonizar o mês de agosto, em muitos casos gratuitamente, sem que ele tenha lhes feito mal algum, sem que nele tenha ocorrido qualquer fato relevantemente negativo que não tivesse acontecido em qualquer outro dos onze meses do ano. Atribui-se ao oitavo mês do ano uma série de títulos pouco elogiosos, responsabilidades injustas e predicados nada agradáveis repetindo chavões batidos como "mês do desgosto", "mês do cachorro louco" como se seus trinta e um dias guardassem por alguma maldição todas as desgraças do mundo. Não raro ouve-se até que agosto seria um mês ruim por ser o que gente importante morreu, sendo Getúlio Vargas o mais comum de associar-se a este período que, aí, para justificar a má fama do mês até por uma aura quase beatificada parece ficar coberto. Mas não é só ele, vão na carona Elvis, Raul Seixas, John Lennon e outros só pra reforçar a tal reputação maldita do agosto.
De minha parte, pra começar, nunca tive nada contra agosto na minha vida desde sempre, mas com o passar dos tempos o mês oito acabou me reservando algumas grandes alegrias que, contrariando a maioria, acabaram fazendo com que se tornasse um mês especial. Lá pelos idos dos anos 90, minha banda amadora, a HímenElástico fazia seu primeiro e marcante show no município de Alvorada, vizinho a Porto Alegre, numa sexta-feira 13 de agosto, abrindo a apresentação com uma marcha fúnebre, celebrando a data também tida como sinistra, e aos poucos vencendo a desconfiança do público fazendo um show matador até conquistar definitivamente a audiência no final. Um dos grandes momentos da minha vida e tenho certeza que do meu irmão Daniel Rodrigues e do meu primo Lucio Agacê, ex-integrantes da banda, hoje parceiros de ClyBlog. Mais adiante, superando um período acadêmico um tanto conturbado, depois de ter concluído meu trabalho de diplomação entre as madrugadas frias de julho assistindo aos jogos da Copa do Mundo de 2002 da Coreia/Japão, foi marcada para agosto minha cerimônia de formatura, momento marcante não só pelo passo pessoal e profissional em minha vida naquele momento mas também pelo momento emocionante da homenagem à minha mãe guerreira que fez de tudo para que eu conseguisse chegar àquele momento vitorioso.
Outros agostos vieram com novas vitórias, derrotas, fatos bons, ruins, alegrias, tristezas e a vida, que tem dessas coisas quis que no início de 2006 eu acabasse no Rio de Janeiro. Naquele ano, meu time do coração o Sport Club Internacional, no dia 16 de agosto conquistaria pela primeira vez o tão sonhado título sul-americano em seu estádio em Porto Alegre. Ironia do destino: exatamente no ano em que saía da minha cidade o clube era campeão lá, no estádio onde nunca deixara de ir e assistira a inúmeras decisões, muitas delas, nas décadas que precederam aquele momento, marcadas pelo fracasso. Naquela ocasião acompanhei à distância. Estava em um emprego novo, não podia faltar ao trabalho para viajar e de qualquer forma ainda estava tentando me estabilizar na nova cidade, mas em 18 de agosto de 2010, já um pouco mais estruturado no Rio e diante de uma nova decisão de Libertadores, numa jornada apaixonada e quase inconsequente me toquei para Porto Alegre para ver no estádio, no Beira-Rio, com meus próprios olhos e exorcizar meus fantasmas de derrotas do passado, o Bi da América. Era agosto me trazendo mais uma alegria.
Mas a maior delas ainda estaria por vir. Em 11 de agosto do ano seguinte viria ao mundo meu maior tesouro, minha filha, uma leonina, saudável, linda e inteligente que tornou-se a razão superior da minha vida. Tem como eu não gostar de agosto?
E por essas cargas d'água, sem ter premeditado nada, uma das coisas mais legais que fiz e que tenho feito na vida, um dos projetos criativos mais amplos e abrangentes que tive a oportunidade de criar teve seu início num agosto. Em 26 de agosto de 2008 estava em ação na internet o ClyBlog, no início sem saber muito bem o que pretendia, sem um formato, sem uma ideia definida mas com a intenção de ser o meio onde eu pudesse expôr meu material criativo em todos os segmentos nos quais eu tivesse qualquer coisa para apresentar. Para quem? Para quem quisesse ver, para quem por acaso topasse com aquilo na internet, para minha família, para amigos... O ClyBlog tornou-se um projeto apaixonante. Não é um blog gigante com milhares de visualizações por dia, mas pelo que acompanho, nos gerenciamentos de página, atinge o público certo: quem QUER ler uma crônica, quem QUER ler um conto, um poema, quem tem interesse por música, por arte, por cinema. A sensação que eu tenho é que quem entra na página do blog, LÊ o blog, VÊ o conteúdo e não apenas passa por acaso e segue em frente. Por isso, mais do que em qualquer outra situação, é mais importante é a qualidade do leitor do que a quantidade.
Pois esta ideia individual ganhou corpo, ganhou um parceiro valiosíssimo, ganhou colaboradores, foi se desenvolvendo, ganhou seções, participações especiais importantes, teve seus textos valorizados ganhando espaço em publicações e coletâneas e chega agora, neste agosto de 2016, aos 8 anos. A partir de hoje, desta semana até o final de agosto, o ClyBlog estará comemorando seu aniversário e por esses dias teremos além das publicações habituais, algumas publicações especiais e algumas surpresas.
Temos prazer em fazer o blog e esperamos que quem o visite, leia, veja também o tenha pois a nossa intenção é fazer um blog com coisas que gostaríamos de encontrar quando 'navegamos' por aí ou buscamos alguma informação e por isso procuramos fazer um espaço virtual ágil e diversificado, conseguindo com isso colocar, expôr e expressar todas as nossas paixões, preferências e manifestações sem direcioná-lo especificamente em um só assunto ou modelo.
São oito anos de prazer em criar e sempre estar apresentando algo novo. Sempre manter nossas páginas com alguma coisa no mínimo interessante, instigante, inventiva. Quem vai ler? Quem vai ver? Os amigos, os parentes, quem topar com a gente na internet... Ou seja, continuamos do mesmo jeito que há oito anos atrás. Este momento é apenas mais um novo começo.
terça-feira, 22 de dezembro de 2020
Dale, D'Ale!
Um destes personagens essenciais é Andrés D’Alessandro.
É estranho o sentimento de quando um mito sai de cena. É quase uma sensação de morte. Na verdade, é um pouco isso. Quando Fernandão morreu, naquele trágico acidente em 2014, o primeiro sentimento a que meu coração sofrido recorreu foi o de dizer a mim mesmo: “Pelo menos, ainda temos o D’Ale”. Sei que muito colorado pensou o mesmo. Àquelas alturas, o gringo já era um ídolo bicampeão da América, mas o que talvez a minha dor não tenha conseguido captar com a devida quietação daquela hora de perda foi que, justamente, esse é o ciclo da vida. Que abarca também a morte, e que o caminho só existe porque há os atores desta transformação, que seguem-lhe dando continuidade. Presente e passado.
A história escrita jamais se apaga. O que quer dizer, infelizmente, que apenas uma parte disso temos oportunidade de presenciar. Não vi, por óbvio, Larry fazer quatro gols num Gre-Nal de inauguração do Estádio Olímpico, em 1954, nem mesmo meu tio Adãozinho no Rolinho dos anos 50. Não vi a construção do Beira-Rio, edificado tijolo a tijolo pelos próprios torcedores como meu pai nos anos 60. Não vi o octa gaúcho, não vi o supertime de 1979, que ganhava aquele Brasileirão invicto um ano depois de meu nascimento. Não vi o Inter anular Maradona na Juan Gamper de 1982, não vi Geraldão meter três no arquirrival naquele mesmo ano após prometê-los e cumpri-los um a um.
D’Alessandro, porém, eu vi. Desde a sua primeira partida no Inter, num Gre-Nal de empate com sabor de vitória, em 13 de agosto de 2008, até a última vez que pisou no gramado sagrado do Beira-Rio, a 19 de dezembro deste 2020, mesmo com as atribulações do dia a dia, praticamente não perdi essa trajetória de 12 anos, 13 títulos, 93 gols e mais de 500 jogos pelo Inter, seja assistindo, seja apenas ouvindo. E o fiz tanto no conforto do lar quanto em situações não tão convidativas, como empolados congressos médicos ou cerimônias de formatura. Todos atent os ao evento e eu com meu fonezinho no ouvido quase tendo um treco.
E D’Ale, imprescindível, estava lá quase invariavelmente. Posso dizer que ele é um dos grandes responsáveis por algumas das maiores alegrias e tristezas da minha vida – e não me refiro somente a títulos ou decisões, mas a qualquer simples rodada de meio ou de fim de semana.
Vão-se, contudo, os gols de encher os olhos. Vão-se as jogadas de habilidade. Vão-se as faltas precisas. Vão-se as aporrinhações no ouvido do juiz. Vão-se as cobranças de escanteio decisivas. Vão-se as arrumações na braçadeira de capitão durante o jogo. Vão-se as previsíveis mas infalíveis "la bobas". Vão-se as assistências geniais. Vão-se as resenhas que irritam os adversários. Vai-se a liderança, o boleiro, o cidadão, o peladeiro, a referência. Presente que se confunde com passado.
A palavra "dale", que a torcida largamente usa ao reverenciá-lo, traduzida quer dizer "continue". E não é bem isso que D'Ale fez com nosso "passado alvirrubro"? O nosso presente diz tudo. Prefiro, no entanto, esquecer a tradução e dizer mesmo em castelhano. Fora a combinação linguística, soa mais como exaltação e menos como um pedido. Disfarça melhor.
A gratidão a D'Ale é igual a agradecer aos ídolos do passado pela história deste Inter que construíram desde os primeiros treinos na Ilhota, passando pela Chácara dos Eucaliptos e chegando ao templo antigo e do novo do Gigante. Eles, como os torcedores, são a mesma coisa. São o Inter. Corre-lhes às veias o mesmo sangue, vermelho como a cor da nossa camisa. Vermelho como o sangue que faz pulsar nosso coração, aquele que bate bem onde está nosso emblema.
Gratidão, D’Ale. Continuarás para sempre. Se hoje teu presente já é passado, teu passado sempre será presente. E diz tudo.
Teaser do documentário "D'Ale para Sempre"
Daniel Rodrigues
segunda-feira, 26 de agosto de 2019
ClyBlog 11 anos. Parabéns para nós!
E tudo isso só se deve ao fato de que nós, as cabeças do ClyBlog, Daniel Rodrigues e eu, Cly Reis, continuamos pilhados, sempre estimulados, sempre a fim de fazer algo legal, algo diferente, acrescer qualidade, novidades, conteúdo instigante, coisas que sejam legais para o leitor, visitante ou seguidor porque seriam legais para nós. É isso que fez com que o ClyBlog chegasse até aqui,aos 11 anos, e fará com que siga em frente, se depender de nós, ainda por muito tempo.
Nesses 11 anos tivemos um monte de coisas bacanas no ClyBlog: fomos a shows e contamos como foi, viajamos por diversos lugares e relatamos as experiências, fomos selecionados para publicações, , participamos de outros espaços em outras plataformas, tivemos convidados importantes escrevendo no ClyBlog... Enfim, foram muitos bons momentos. Não dá pra colocar todos aqui, afinal são 11 anos, mas dá pra destacar alguns. Assim, lembramos aqui um momento para cada ano desde o início do ClyBlog.
2008
Madonna no Maracanã - No ano da criação do ClyBlog, um dos momentos marcantes foi a volta da Rainha do Pop a terras brasileiras. A expectativa era grande mas o show não foi lá essas coisas. Mesmo assim, relatamos tudo, num dos primeiros ClyLive, a seção de shows do ClyBlog.
Madonna, show de constrangimentos
Vi no filme "Na Cama com Madonna" o trechos da turnê Blonde Ambition e fiquei fascinado. Quis ver aquilo! No entanto a turnê seguinte, que acabou passando pelo Brasil, foi a Girlie Show, que apesar de não ser tão boa quanto a anterior, de não ter os figurinos do Gaultier nem a performance libidinosa de "Like a Virgin" foi um belo espetáculo e me proporcionou boas surpresas.
Anos depois resolvi ir ver novamente a Madonna ao vivo pelo mero fato de ser a Madonna. Sabia já que o álbum "Hard Candy" era um horror porém guardava a expectativa de que o show, o espetáculo, o tudo, valesse a pena.
Olha, foi um circo do lamentável (...) Leia mais...
2009
Viagem ao Velho Continente: Em 2009, tive a oportunidade de ir à Europa e visitar algumas das cidades mais famosas do mundo e alguns dos destinos turísticos mais procurados. Estive em Paris, Londres, Roma, Florença e Veneza e, é claro, tudo foi para no ClyBlog, na nossa seção Arquivo de Viagem.
ARQUIVO DE VIAGEM: Europa
Aeroporto, mala, poltrona desconfortável, sono ruim, hotel, informações e é em inglês, em italiano e é em francês, e dá-lhe fotografia, fotografia, fotografia, e de novo hotel, e outro dia mais fotografia, e tome outro aeroporto, ou estação de trem, ou táxi, e outro hotel, e mais foto, foto, foto... É, isso é viajar! Mas é bom! E principalmente para a Europa que era uma antiga aspiração. O roteiro? Londres, Paris, Roma, Florença e Veneza.
A primeira parada, a terra da Rainha, que mais do que todas as outras eu tinha uma enorme vontade de conhecer por causa principalmente de toda a atmosfera rock do lugar, por causa das bandas que admiro ou mesmo por toda a influência musical e comportamental que exerce sobre grande parte do mundo, não me decepcionou (...) Leia mais...
LONDRES: Passeio por Londres, Fabric, The Telegraph Pub
PARIS: Paris
ROMA: Roma
FLORENÇA: Florença
VENEZA: Veneza, Jazz em Veneza - Bàccaro Jazz
2010
Internacional Bicampeão da Libertadores - Neste ano, tive a felicidade de presenciar o segundo título de Libertadores da América do meu time do coração, o Sport Club Internacional, in loco, no Beira-Rio. E, como não podia deixar de ser, documentei a noite mágica do Bi da América para o ClyBlog.
Era uma vez na América (ou melhor, DUAS vezes)
Eu tinha assistido à semifinal contra o Olímpia em 89. Eu estava lá no Gigante. Não, não podia acontecer de novo.Quando os mexicanos do Chivas fizeram o primeiro gol do jogo aquele filme de terror me veio à cabeça. E eu lá de novo. Seria EU o culpado? Teria, EU, me desbarrancado do Rio de Janeiro a Porto Alegre, sem ingresso na mão, desembarcando 4 horas antes do jogo, conseguido incrivelmente a tal entrada, tudo isso para EU dar azar pro eu time? (Torcedor pensa cada coisa, não?) Mas por certo não fui só eu. Outros devem ter pensado que aquilo estava acontecendo porque não usaram a mesma cueca, não conseguiram sentar no mesmo lugar no estádio, porque não seguiram determinados rituais, ou sabe-se lá mais o que; mas de todos estes não sei quantos ali haviam presenciado a maior "tragédia" do Beira-Rio. E eu estava lá (...) Leia mais...
Inter x Chivas
Museu do Inter
2011
"Screamadelica", do Primal Scream, ao vivo na íntegra - Enquanto na Cidade do Rock, rolava o Rock in Rio, com todas suas estrelas e nomes badalados, no Circo Voador, na Lapa, bem menos incensado, um dos discos mais importantes dos anos 90 e da história do rock era tocado na íntegra por uma das bandas mais influentes do pop rock britânico. O Primal Scream, liderado pelo dissidente do Jesus and Mary Chain, Bob Gillespie, celebrava o vigésimo aniversário de lançamento do álbum "Screamadelica" com um show sensacional que foi ainda mais especial uma vez que assisti na companhia de meu irmão, Daniel Rodrigues, que andava pelas bandas do Rio de Janeiro naquele momento. A cúpula do ClyBlog, curtindo junto um show tão especial como esse, só podia ser um dos grandes momentos de 2011.
Primal Scream - "Screamadelica 20th Anniversary Tour" - Circo Voador - Rio de Janeiro (23/09/2011)
Nesta última sexta-feira aconteceu a primeira noite de apresentações do Rock in Rio... Bom, e dai?
Azar de quem foi à tal Cidade do Rock e não estava na Lapa, como eu, delirando com o show da turnê de aniversário de 20 anos do álbum "Screamadelica" do Primal Scream.
Que Rock in Rio que nada! O verdadeiro rock no Rio de Janeiro estava acontecendo lá no Circo Voador. E se toda a cidade estava mobilizada para assistir às rihanas e cláudiasleittes da vida, ali na Lapa, um pequeno grupo de fieis assistia a um show histórico, que diga-se de passagem, foi, com louvor, proporcionado por eles mesmos, que num esforço incomum fizeram trazer ao Rio uma atração que estava praticamente descartada para cá (...) Leia mais...
2012
O punk e a moda - 2012 marca o lançamento do livro "Anarquia na Passarela - A Influência do Movimento Punk nas Coleções de Moda", do irmão e parceiro de blog Daniel Rodrigues, como um dos fatos mais importantes daquele ano no ClyBlog. Um estudo profundo e criterioso sobre a música e a moda caminhando juntas, sem cair na chatice ou na mesmice com uma linguagem fácil e dinâmica. Eu posso até ser suspeito para elogiar por ser irmão, mas acho que o júri do Prêmio Açorianos, que consagrou o livro como melhor ensaio de literatura e humanidades tem isenção o suficiente.
"Anarquia na Passarela - A Influência do Movimento Punk nas Coleções de Moda", de Daniel Rodrigues (Ed. Dublinense, 2012)
(...) O livro é uma caixa de som! Sai música dele. Mas não só isso: dá vontade de usar aquela calça rasgada no joelho, de usar aquele bracelete de couro, uma camisa com dizeres desaforados...Ele é extremamente bem fundamentado, estudado, repleto de referências, citações, com alto grau e profundidade de pesquisa mas passa longe de ser pedante e cansativo. Ele flui. Flui muitíssimo bem.
Consegue conjugar um gosto pessoal musical, inequívoco e indesmentível, com muita informação, embasamento teórico e análise detalhada e numa proporção perfeita e exata de modo a tornar a leitura absolutamente agradável e sempre interessante (...) Leia mais...
Anarquia em Porto Alegre - Noite de autógrafos de Daniel Rodrigues - Pinacoteca Café
2013
Álbuns Fundamentais Especial de 5 anos do ClyBlog - O quinto ano do ClyBlog foi marcado por uma série de comemorações e publicações especiais. Uma delas foi a participação especialíssima do ex-Replicante, Carlos Gerbase, na seção ÁLBUNS FUNDAMENTAIS, falando sobre o cultuado disco de estreia da banda "O Futuro é Vortex". Tinha alguém mais autorizado a falar sobre o assunto?
No clyblog a gente escolhe no mata-mata.
Vai começar a Copa do Mundo Rock (...)
“Big Buka: para Charles Bukowski”, organização: Afobório (Vários Autores) - ed. Os Dez Melhores (2015)
“Conte uma Canção – vol. 2”, organização Frodo Oliveira e Marla Figueiredo (Vários autores) – Ed. Multifoco (2016)
2018
sexta-feira, 14 de agosto de 2020
ÁLBUNS FUNDAMENTAIS ESPECIAL 12 ANOS DO CLYBLOG - Pink Floyd - "The Wall" (1979)
"The Wall" definitivamente não é melhor trabalho do Pink Floyd, não é melhor que "Wish You Were Here" ou "The Dark Side of the Moon", mas é tão icônico quanto. É um álbum fundamental pela qualidade musical aliada a temática existencialista e, também, pela enorme capacidade de adaptação as novas mídias, adaptação para cinema, shows e novas versões, que cativam o público fiel da banda e atraem novos admiradores para Pink Floyd.
Pink Floyd foi uma banda inglesa formada em Londres no ano de 1965, liderada por Syd Barret (1946-2006), cujo período marcado pelo psicodelismo durou até o ano de 1968, quando foi substituído por David Gilmour (1946) nos vocais e guitarra. Roger Waters (1943) nos vocais e guitarra baixo, Richard Wright (1943-2008) nos vocais e teclados e Nick Mason (1944) na bateria completam a formação clássica que imprimiu uma linha de som progressiva, período que lançou o álbum The Wall.
"The Wall", álbum duplo produzido e lançado em 1979, é uma “ópera rock” que rivaliza com outros sucessos do gênero, como "Tommy" (1969) do The Who e "...Ziggy Stardust" (1972) de David Bowie. São exatamente 26 músicas compostas na sua maioria por Roger Waters, que apresentou a proposta temática a banda, assumiu as letras, a maioria das músicas, a coprodução, e o design do álbum. A personalidade de Waters se agigantou ao longo da produção de "The Wall", tomando o controle da banda para si, quando os componentes do Pink Floyd já demonstravam a incapacidade de administrar seu egos e anseios artísticos.
O tema elaborado por Waters de The Wall, em tom autobiográfico, trata da perda do pai (Eric Fletcher Walter morto na Batalha de Anzio na Itália durante a 2ª Guerra Mundial), a imagem da mãe protetora, a repressão do sistema educacional inglês, a sexualidade reprimida na adolescência e a traição, que vão compondo partes de um muro protetor ao redor do solitário personagem do trama, que em meio ao medo e ao ódio, renasce na pele de um líder fascista.
Musicalmente, "The Wall" segue a linha criativa dos trabalhos anteriores do Pink Floyd, com uma base instrumental irrepreensível, marcada pela pegada firme do baixo de Waters em sintonia com o peso da bateria de Mason, os voos solos da guitarra de Gilmour, mas pouca coisa de Wright (em processo de saída da banda). Mixagens e efeitos sonoros estabelecem um diálogo que alterna velocidade e ritmo, com Waters em uma vocalização esquizofrênica contrapondo o tom vocal mais contido de Gilmour.
No meio de tantas faixas, destacam-se "Another Brick in the Wall", música em três partes, a conhecida música do helicóptero foi faixa de trabalho nas rádios por ocasião do lançamento do álbum, sendo considerada um hino contra a repressão escolar. "Mother", trata da superproteção e castração materna, e "Hey You" um pedido desesperado de ajuda. Mas é "Comfortably Numb", considerada por muitos como a melhor composição do grupo, criação original de Gilmour para seu trabalho solo, mas que apresentado a Walters, este deu letra à música, e incorporou ao álbum, com o destaque do virtuoso solo da guitarra de Gilmour.
"The Wall", o filme, foi adaptado para o cinema em 1982, conduzido pelo ótimo diretor Alan Parker (cuja filmografia também é fundamental), cineasta recentemente falecido, com Roger Walters de roteirista. O filme narra a vida de Pink, astro de rock interpretado por Bob Geldof, cuja estória é ancorada pelas músicas do álbum. O filme obteve boas críticas em geral, considerado por alguns como uma das melhores obras do gênero musical e do rock. "The Wall" custou US$12 milhões e arrecadou $22 milhões só nos Estados Unidos. Em Porto Alegre as exibições ocorreram no antigo e saudoso cinema Baltimore, onde a sala de exibição tinha uma atmosfera própria, um névoa londrina tomava conta do local, provocada pelo consumo cigarros proibidos e embalada pela poderosa trilha sonora. Terminado a exibição os expectadores se misturavam com a horda que habitava o bairro Bonfim, reduto boêmio da cidade da época.
"The Wall", o show, originalmente apresentado entre 1981 e 1982 na Europa e EUA, passou pelo Brasil em turnê de Roger Waters, por três cidades brasileiras (Porto Alegre, São Paulo e Rio) em março de 2012, sendo um dos maiores espetáculos musicais apresentados no país. O palco era constituído de um muro de 137 metros de largura, onde eram projetadas imagens originais de Gerald Scarfe do álbum, e incluía o famoso avião cruzando o estádio do Beira-Rio (estádio do Sport Club Internacional, que estava em obras na época) e explodindo junto ao muro. Segundo a revista Billboard, a turnê arrecadou mais de 450 milhões de dólares, o que faz dela a terceira de maior sucesso na história.
Passados 40 anos do lançamento de "The Wall", e 75 anos do fim da 2ª guerra mundial, com o fim da vida daqueles que testemunharam e lutaram contra a escalada do fascismo na Europa, assistimos o renascimento da cultura do ódio e do medo em vários cantos do mundo. Sim, "The Wall" continua atual, o que o eleva a categoria de Álbum Fundamental.
por Á L V A R O S T E I W
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FAIXAS:
- Lado 1 (primeiro vinil)
1. "In the Flesh?"
2. "The Thin Ice"
3. "Another Brick in the Wall (Part I)"
4. "The Happiest Days of Our Lives"
5. "Another Brick in the Wall (Part II)"
6. "Mother"
- Lado 2 (primeiro vinil)
1. "Goodbye Blue Sky"
2. "Empty Spaces"
3. "Young Lust"
4. "One of My Turns"
5. "Don't Leave Me Now"
6. "Another Brick in the Wall (Part III)"
7. "Goodbye Cruel World"
- Lado 3 (segundo vinil)
1. "Hey You"
2. "Is There Anybody Out There?"
3. "Nobody Home"
4. "Vera"
5. "Bring the Boys Back Home"
6. "Comfortably Numb"
- Lado 4 (segundo vinil)
1. "The Show Must Go On"
2. "In the Flesh"
3. "Run Like Hell"
4. "Waiting for the Worms"
5. "Stop"
6. "The Trial"
7. "Outside the Wall"
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OUÇA O DISCO:
Pink Floyd - The Wall
Álvaro Steiw é arquiteto e mestre em Sensoriamento Remoto, trabalha na área ambiental.
Gosta de filmes, fotos e músicas antigas.
Seu álbum preferido do Pink Floyd é "Ummagumma".
quinta-feira, 15 de maio de 2014
O Jogo da Sua Vida #4 - Grêmio 0 x Flamengo 0 (1989)
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Jorge Ben - "Camisa 10 da Gávea"