sexta-feira, 3 de abril de 2009
O melhor Inter de todos os tempos
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Luto Vermelho
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
De Frente com Davi
Bom, não sou jornalista e não teria a obrigação de, como se costuma dizer 'embarrigar' a notícia. Poderia muito bem dar aqui alguns furos de reportagem e causar um certo estardalhaço e alvoroço com algumas coisas que o vice de futebol do Inter me falou, mas, não só por ter-lhe dado minha palavra de que aquelas informações não se espalhariam mas também para não deixar o clube excessivamente vulnerável, só vou citar aqui alguns pontos do que falamos que não sejam assim tão comprometedores nem possam causar algum transtorno à atual gestão e ao Internacional como instituição.
Acredito que não esteja traindo sua confiança quando revelo que Luciano Davi me disse que parte técnica do trabalho de Dorival Júnior deixava a desejar e o mesmo fora demitido porque havia perdido completamente o controle do vestiário; que tentaram nomes de peso como Muricy, Tite e Abel para sua vaga e que sendo impossível qualquer um deles optaram por Fernandão por este conhecer bem todo o plantel, estrutura do clube e ter o grupo na mão; que aprovou a atitude de Fernandão no episódio do esporro geral mas que não avalizava o modo como foi feito, na imprensa, em coletiva depois de um jogo; disse ainda que este incidente demorou uma semana para ser absorvido, atenuado e resolvido mas que no fim das contas, numa confraternização interna descontraída onde todos puderam colocar o que estava incomodando ou o que achavam de errado, tudo ficou resolvido e o grupo ficou fortalecido; e ainda a propósito disso, disse-me que não há problemas internos e que Fernandão tem sim o grupo de atletas sob seu comando. Revelou-me ainda que num vestiário difícil por ter jogadores de seleção, de salários altos, etc., faz cobranças constantes pessoalmente, principalmente às 'estrelas', para que dêem retorno a seus investimentos e altos rendimentos; que neste vestiário tem que ser pai, amigo, irmão, psicólogo e sobretudo chefe, dando fortes duras em jogadores que as vezes nós torcedores julgamos que sejam bajulados e mimados. Por fim, enalteceu o trabalho da base elogiando muito o zagueiro Jackson e mostrando grande expectativa para o crescimento do volante Josimar, saudou as já realidades Fred e Cassiano e nessa linha, disse que é necessário e inevitável uma reformulação do plantel para o ano que vem uma vez que a média de idade do grupo está muito alta (Forlán 33 anos; Guiñazu, 34; Kleber, 32; Índio, 37; e por aí vai).
Enfim..., teve mais coisas mas algumas é melhor deixar que o tempo revele ou que algum jornalista de verdade o faça. Sei que algumas coisas que coloquei aqui já eram de se supor, outras são meio que um chover no molhado mas o que restou da minha pequena entrevista com Luciano Davi foi que vi uma pessoa séria, com muita personalidade e muito mais firmeza do que eu imaginava. Sei que muitas das coisas que me falou são um pouco tendenciosas puxando a brasa pro assado da administração atual de modo a convencer mais um sócio. Sei, sei. Mas o que percebi é que independente da panfletagem que possa ter havido por trás desse papo, a impressão que ficou foi a de um dirigente sério e uma diretoria que pensa grande e não está indiferente aos problemas e questões cruciais do clube. Se sua chapa, a de situação, do atual presidente e candidato Giovanni Luigi, terá meu voto na eleição do final do ano, não sei ainda. A conversa serviu para que eu tivesse subsídios para avaliar melhor e desfazer algumas más impressões do departamento de futebol atual. Mas ainda vou pensar. Vou pensar.
terça-feira, 22 de dezembro de 2020
Dale, D'Ale!
Um destes personagens essenciais é Andrés D’Alessandro.
É estranho o sentimento de quando um mito sai de cena. É quase uma sensação de morte. Na verdade, é um pouco isso. Quando Fernandão morreu, naquele trágico acidente em 2014, o primeiro sentimento a que meu coração sofrido recorreu foi o de dizer a mim mesmo: “Pelo menos, ainda temos o D’Ale”. Sei que muito colorado pensou o mesmo. Àquelas alturas, o gringo já era um ídolo bicampeão da América, mas o que talvez a minha dor não tenha conseguido captar com a devida quietação daquela hora de perda foi que, justamente, esse é o ciclo da vida. Que abarca também a morte, e que o caminho só existe porque há os atores desta transformação, que seguem-lhe dando continuidade. Presente e passado.
A história escrita jamais se apaga. O que quer dizer, infelizmente, que apenas uma parte disso temos oportunidade de presenciar. Não vi, por óbvio, Larry fazer quatro gols num Gre-Nal de inauguração do Estádio Olímpico, em 1954, nem mesmo meu tio Adãozinho no Rolinho dos anos 50. Não vi a construção do Beira-Rio, edificado tijolo a tijolo pelos próprios torcedores como meu pai nos anos 60. Não vi o octa gaúcho, não vi o supertime de 1979, que ganhava aquele Brasileirão invicto um ano depois de meu nascimento. Não vi o Inter anular Maradona na Juan Gamper de 1982, não vi Geraldão meter três no arquirrival naquele mesmo ano após prometê-los e cumpri-los um a um.
D’Alessandro, porém, eu vi. Desde a sua primeira partida no Inter, num Gre-Nal de empate com sabor de vitória, em 13 de agosto de 2008, até a última vez que pisou no gramado sagrado do Beira-Rio, a 19 de dezembro deste 2020, mesmo com as atribulações do dia a dia, praticamente não perdi essa trajetória de 12 anos, 13 títulos, 93 gols e mais de 500 jogos pelo Inter, seja assistindo, seja apenas ouvindo. E o fiz tanto no conforto do lar quanto em situações não tão convidativas, como empolados congressos médicos ou cerimônias de formatura. Todos atent os ao evento e eu com meu fonezinho no ouvido quase tendo um treco.
E D’Ale, imprescindível, estava lá quase invariavelmente. Posso dizer que ele é um dos grandes responsáveis por algumas das maiores alegrias e tristezas da minha vida – e não me refiro somente a títulos ou decisões, mas a qualquer simples rodada de meio ou de fim de semana.
Vão-se, contudo, os gols de encher os olhos. Vão-se as jogadas de habilidade. Vão-se as faltas precisas. Vão-se as aporrinhações no ouvido do juiz. Vão-se as cobranças de escanteio decisivas. Vão-se as arrumações na braçadeira de capitão durante o jogo. Vão-se as previsíveis mas infalíveis "la bobas". Vão-se as assistências geniais. Vão-se as resenhas que irritam os adversários. Vai-se a liderança, o boleiro, o cidadão, o peladeiro, a referência. Presente que se confunde com passado.
A palavra "dale", que a torcida largamente usa ao reverenciá-lo, traduzida quer dizer "continue". E não é bem isso que D'Ale fez com nosso "passado alvirrubro"? O nosso presente diz tudo. Prefiro, no entanto, esquecer a tradução e dizer mesmo em castelhano. Fora a combinação linguística, soa mais como exaltação e menos como um pedido. Disfarça melhor.
A gratidão a D'Ale é igual a agradecer aos ídolos do passado pela história deste Inter que construíram desde os primeiros treinos na Ilhota, passando pela Chácara dos Eucaliptos e chegando ao templo antigo e do novo do Gigante. Eles, como os torcedores, são a mesma coisa. São o Inter. Corre-lhes às veias o mesmo sangue, vermelho como a cor da nossa camisa. Vermelho como o sangue que faz pulsar nosso coração, aquele que bate bem onde está nosso emblema.
Gratidão, D’Ale. Continuarás para sempre. Se hoje teu presente já é passado, teu passado sempre será presente. E diz tudo.
Teaser do documentário "D'Ale para Sempre"
Daniel Rodrigues
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Internacional - 104 Anos
Internacional Campeão Metropolitano de 1913.
Primeiro de muitos títulos ao longo de seus 104 anos
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Lembro da minha primeira camisa
Lembro do vermelho
Lembro das bandeiras, da torcida
Mas guardo os triunfos em um lugar especial
no coração
Lembro de ter visto jogar Gamarra, Rubem Paz, Geraldão, Celso e Gabiru
E de ver no estádio o gol do Simão
E lembro de ver, às gargalhadas, o 5x2 na casa deles
Lembro que me disseram que Deus criou o Mundo
Mas o que eu sei mesmo é que foi Fernandão que o trouxe para nós
Porque eu sempre estive contigo, Inter
Mesmo antes de nascer
De tudo o que virá
quarta-feira, 1 de abril de 2009
100 anos do Sport Club Internacional
Ficou tudo escuro nos Eucaliptos no último ato da velha cancha naquele entrevado ano brasileiro de 1969. Em 14 de dezembro de 1975, a tarde de Porto Alegre estava cinza. Até um raio de sol iluminar a grande área onde o ainda maior Figueroa subiu para anotar o gol do primeiro dos três Brasileiros da glória do desporto nacional naqueles anos 70. O maior time do país em uma das nossas melhores décadas. O melhor campeão brasileiro por aproveitamento, no bicampeonato, em 1976. O único campeão invicto nacional, em 1979.
0 Internacional centenário. O clube da família italiana Poppe que deixou São Paulo para fazer a vida em Porto Alegre, em 1909. Tentaram jogar bola no clube alemão – não deixaram. Tentaram jogar tênis, remar, dar tiro – não deixaram. Então, juntaram um time de estudantes e comerciários para fazer um clube que deixasse entrar gente de todas as cores e credos. Dois negros assinaram a ata. O primeiro “colored” da Liga da Canela Preta (Dirceu Alves) atuou pelo clube em 1925, enquanto o rival só foi aceitar um negro em 1952 – justamente o Tesourinha, glória gaudéria nos anos 40, na década do Rolo Compressor que durou 11 anos, e dez títulos estaduais.
Inter que ergueu estádios com o torcedor que vestiu a camisa, arregaçou as mangas, e construiu arquibancadas de cimento armado e amado. Inter que apagou as luzes dos Eucaliptos para acender um gigante no Beira-Rio e ascender aos maiores lugares de pódios brasileiros, sul-americanos e mundiais. Superando potências e preconceitos, fincando a bandeira colorada da terra gaúcha no gramado do outro lado da Terra, vencendo um gaúcho genial como Ronaldinho e um Barcelona invencível aos olhos da bola.
Mas quem ousa duvidar da pelota que peleia? Dizem que o futebol gaúcho só é duro, só é viril. Diz quem não viu o Inter de Minelli, fortaleza técnica, tática e física. O Rolo inovador no preparo atlético e no apetite por gols. O futebol que ganhou o mundo em 2006 marcando como gaúcho, e contra-atacando como o alagoano Gabiru. Campeão com gringos como Figueroa, Villalba, Benítez, Ruben Páz, Gamarra, Guiñazú e D’Alessandro, com forasteiros como Fernandão, Valdomiro, Manga, Falcão, Bodinho, Dario, Larry, Lúcio, Nilmar, Mário Sérgio, gaúchos como Tesourinha, Carlitos, Oreco, Nena, Taffarel, Carpegiani, Chinesinho, Batista, Mauro Galvão, Dunga, Flávio, Paulinho, Claudiomiro, Jair.
Tantos de todos. Nada mais internacional. Poucos como o Internacional centenário. Aquele time de excluídos que, em 100 anos, hoje tem o sétimo maior número de sócios do planeta. São mais de 83 mil que têm mais que uma carteirinha. Eles têm um clube para amar que não depende de documento. Números e nomes não sabem contar o que uma bandeira vermelha pode fazer à sombra de um eucalipto. Uma bandeira vermelha pode ensolarar um estádio apagado, uma tarde cinzenta, e o mundo na terra do Sol Nascente. Aquele que iluminou Figueroa, aquele que inspirou Gabiru, aquele que neste 4 de abril vai nascer mais vermelho.
sábado, 14 de setembro de 2013
ClyBlog 5+ Craques
É, nós do clyblog também gostamos de futebol!
Siiiim!!! Tanto que volta e meia fazemos alguma referência a algum evento importante do esporte (Copa do mundo, Libertadores, finais de torneios, etc.) ; habitualmente registramos presença nos estádios por onde passamos; muitos dos Causo de Dois Morro são sobre futebol, tirinhas do blog também fazem referência ao mundo da bola como as do Peymar ou a caríssima contração do time da horta; isso sem falar que, não raro, nas COTIDIANAS costuma aparecer algum conto ou crônica sobre futebol, tanto que uma delas até foi selecionada e publicada numa coletânea homenageando meu time do coração, o Internacional.
E dessa vez o clyblog 5+ é mais ou menos sobre isso: os 5 maiores que já vestiram a camisa do time do coração de 5 convidados. Sei que no Brasil teríamos pelo menos 12 ou 15 times que valeriam a pena serem destacados, outra dezena que valeriam pela curiosidade, outros tantos pelo inusitado, mas dentro da nossa geografia de amigos, procuramos fazer o mais variado possível, sem sermos óbvios demais, mas de modo que ficasse minimamente interessante. Meus amigos flamenguistas,vascaínos, corintianos, botafoguenses, santistas, atleticanos, e tantos outros vão me perdoar, mas só tinha lugar pra 5 neste especial de 5 anos.
Assim, com vocês, clyblog 5+ craques do seu time do coração:
1 Samir Al Jaber
funcionário público
torcedor do São Paulo Futebol Clube
(São Paulo /SP)
"Fala aí, brother! É bem diferente de fazer lista de discos, né?
Rogério Ceni |
1. Rogério Ceni
ator
(São Paulo/SP)
1. Marcos
jornalista
(Porto Alegre /RS)
Renato |
(Sapucaia do Sul /RS)
1. Falcão
comprador da construção civil
torcedor do Fluminense Football Clube
(Rio de Janeiro /RJ)
"Dos que eu vi jogar, os maiores seriam Assis e Thiago Silva,
1. Castilho