sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Elton John - “Captain Fantastic and The Brown Dirt Cowboy" (1975)
quarta-feira, 6 de julho de 2022
Música da Cabeça - Programa #274
Sabe a CPI do MEC? Vai ficar pra depois das eleições. O que não fica para depois das eleições é o MDC, que hoje tem The Sugarcubes, Emílio Santiago, Sepultura, The Beach Boys, Eumir Deodato e mais. Ainda tem um Cabeção sobre o pianista e compositor de jazz Ahmad Jamal. Sem procrastinação, o programa vai ao ar às 21h na investigativa Rádio Elétrica. Produção, apresentação e comissão instalada: Daniel Rodrigues.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
Música da Cabeça - Programa #195
Se a pandemia cortou o barato até de se ouvir os fogos de fim de ano, não tem outra: o negócio é ouvir o MDC desta semana. No último programa de 2020, vai ter som muito melhor do que estouro de bomba. Saca só: tem Deee-Lite, Criolo, Tonho Crocco, Beach Boys, Philip Glass, Velha Guarda Da Portela e mais. No "Palavra, Lê" a gente ainda relembra Aldir Blanc, que partiu neste ano sem fogos. Mas também de muito MDC, como o de hoje, às 21h, na espoucante Rádio Elétrica. Produção e apresentação: Daniel Rodrigues. #Feliz2021 e, antes que me esqueça: #ForaBolsonaro
Rádio Elétrica:
http://www.radioeletrica.com/
quinta-feira, 21 de janeiro de 2021
Parede sonora
Spector produzindo Lennon nos anos 70 |
Como disse meu amigo e jornalista Paulo Moreira, com Phil Spector morre uma era do rock 'n' roll. Como algo que se rompe. Como uma grande parede sonora, que rui para sempre na música pop.
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de Martin Scorsese, com "Be my Baby",
da The Ronettes, autoria de Phil Spector
Daniel Rodrigues
quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
Art Garfunkel – “Breakaway” (1975)
quarta-feira, 16 de junho de 2021
Música da Cabeça - Programa #219
Se você é dos que não acreditou no sucesso da "motocada" e nem que o G7 resolveu salvar o mundo, parabéns: você está no time do MDC! Vestem a nossa camiseta hoje gente tão esperta quanto, como Trio Mocotó, The Beach Boys, Xênia França, Suzanne Vega, Thundercat e mais. Também, os quadros "Música de Fato", "Palavra, Lê" e um "Sete-List" lembrando os 90 anos de nascimento de João Gilberto. Não se deixe enganar: o programa vai ao ar às 21h, na totalmente crível Rádio Elétrica. Produção, apresentação e braçadeira: Daniel Rodrigues.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
The Jesus and Mary Chain - "Psycho Candy" (1985)
O (meu) Maior Disco de Todos os Tempos
Quando começou o disco eu não acreditava no que estava ouvindo...
Tinha apenas lido a respeito. Melhor disco do ano em diversos meios de mída, melhor da revista Bizz na época. Definiam como ácido, uma avalanche sonora. Nem tentei ouvir antes pra ver se ia gostar, tratei logo de comprar. Comprei ainda o vinil. Eu mal sabia que aquela capa meio tosca era quase um aviso. Tudo faria sentido quando eu pousasse a agulha sobre o vinil.Levei pra casa e quase ritualísticamente como costumava fazer quando tinha alguma expectativa para ouvir os discos que comprava, parei, sentei, me acomodei e botei a bolacha pra rodar.Quando começou o disco eu não acreditava no que estava ouvindo. Aquela batida surda, alta, estourando mas levemente cadenciada sobre uma suave melodia que iniciava por uma longa paletada de guitarra era verdadeiramente doce mas completamente ÁCIDA. Sim, esta era a palavra pra definir "Just Like Honey" que abre o disco. Ácida.
Encantado com a primeira, sou surpreendido por uma torrente de som, quase ensurdecedora, vibrante, vigorosa, ousada, arrebatadora que é "The Living End". Aí, sim, eu já não entendia mais nada. O que era aquilo que eu estava ouvindo? "The Living End" era algo entre o experimentalismo de "European Song" do Velvet Undergriound", o embalo das surf music dos anos 50, vocais arrastados tipicamente ingleses, e uma sonoridade que lembrava "Anarchy in the UK" dos Pistols, tudo isso com microfonias, ruídos e distorções que faziam daquilo algo único.
A partir daí o cartão de visitas foi posto na mesa: a tônica do álbum estava colocada. A proposta ficava conhecida. Os ruídos e as microfonias não eram meros recusrsos para reforçar o barulho. Eles fazem parte de uma concepção de música, de rock e dos tempos. Por mais que já se tivesse visto isso com Stooges, com MC5 com o Velvet, nunca isso tinha sido colocado como identidade sonora em um álbum e de uma maneira tão bem construída, compondo e decompondo as canções, integrando-as sem esconder a sonoridade pretendida dentro delas.
O início do lado B mantém o impacto deixado pela letal "Taste of Cindy" que fecha a primeira parte. "Never Understand" é outra das provas de que a sonoridade pretendida é fica evidente com sua aura meio rackabilly, meio surf, mas com aquela atmosfera cheia de barulhos.
O disco dá uma pausa pra respirar com "Sowing Seeds" que baixa a rotação novamente, mas é só o tempo pra se recuperar e partir pro ataque com "My Little Underground", outra das melhores.
Fecha com "It's so Hard", com todas as características do disco mas um pouco mais soturna, enquadrando-se no contexto no qual afinal de contas faziam parte naquele momento, cheio de darks, góticos e afins. Chegava ao final meio que sem fôlego. Entreo extasiado e anestesiado.
Nunca tinha ouvido um disco igual.
"Psychocandy" evidentemente foi muito influenciado - punk, rockabilly, blues, surf music, Velvet, 13th. Floor Elevators, Beach Boys...- mas por ter conseguido ser um álbum coeso, único e original a partir de toda essa bagagem agragada e por seu caráter "barulhento" singular, também acabou por ser, desde seu nascimento, um disco extremamente influente e as microfonias e distorções desmedidas acabaram por se tornar assinatura dos irmãos Reid.
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FAIXAS:
- "Just Like Honey" – 3:03
- "The Living End" – 2:16
- "Taste the Floor" – 2:56
- "The Hardest Walk" – 2:40
- "Cut Dead" – 2:47
- "In a Hole" – 3:02
- "Taste of Cindy" – 1:42
- "Never Understand" – 2:57
- "Inside Me" – 3:09
- "Sowing Seeds" – 2:50
- "My Little Underground" – 2:31
- "You Trip Me Up" – 2:26
- "Something's Wrong" – 4:01
- "It's So Hard" – 2:37
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Ouça:
The Jesus and Mary Chain Psycho Candy
sexta-feira, 5 de julho de 2019
Nick Drake - "Five Leaves Left" (1969)
São deste ano, só para se ter ideia, o Festival de Woodstock, a pintura musical-impressionista “Astral Weeks”, de Van Morrison, os dois primeiros da Led Zeppelin, começo do metal/hard rock, o grito da denúncia Black Power “Stand!”, da Sly & Family Stone, a paulada inicial do punk da MC5 e da The Stooges e a perfeição do “canto do cisne” beatle, “Abbey Road”. Mais do que os dois anos anteriores, também fartos, a sensação que se tinha em 1969 era a de que se findava um ciclo sem acabá-lo. Talvez por isso a angústia gerada em artistas e músicos em simbolizá-lo, em registrá-lo, em guardá-lo para a posteridade. Uma dessas mentes impactadas pelo contexto sociocultural da época é o cantor e compositor britânico-birmanês Nick Drake. É dele um dos históricos trabalhos cunhados naquele fatídico 1969 e que está completando 50 anos de lançamento: “Five Leaves Left”.
Capaz de unir a postura transgressora do rock com a tradição dos trovadores medievais, Drake traz em seu folk uma poesia ora arcadista ora romântica. Isso aliado a uma sonoridade altamente expressiva e penetrante, reforçado por um canto sóbrio, na medida exata. Tudo numa atmosfera cult que nem Dylan e nem Donovan conseguiram atingir. Ainda, bom gosto absoluto nos arranjos de Harry Robinson e Robert Kirby, os quais, sintonizados com os gostos de Drake, traziam como referência a atmosfera vanguardista da Velvet Underground, o barroco da Beach Boys de “Pet Sounds” e o primor melódico dos mestres do folk e do blues.
Clássica sessão de fotos de Keith Morris em 1969 mostra o alto e elegante Drake |
Outra de “beleza sombria e arrepiante”, como classificou o crítico musical Richie Unterberger, vem na sequência. É “Three Hours”, um country de ares dark cujo baixo acústico mantém um tom grave enquanto o violão dedilha um riff variante, quase improvisado. As cordas orquestradas por Kirby carregam na intensidade para fazer cama à voz seca e contida de Drake, lembrando temas como “She’s Leaving Home”, dos Beatles, e aquilo que Morrissey repetiria quase duas décadas mais tarde com a igualmente arrebatada “Angel, Angel, Down We Go Together” – inclusive no final repentino.
A habilidade de criar afinações diferenciadas para o violão aparecem muito claramente em “Way To Blue”, outra cortante, e o country-rock “'Cello Song”, que tem um acompanhamento interessantíssimo de congas e, como o título indica, de um violoncelo. “The Thoughts Of Mary Jane” é, assim como “River...”, mais uma canção introspectiva que versa sobre um alter ego feminino: “Quem pode saber/ Os pensamentos de Mary Jane/ Porque ela voa/ Ou vai lá pra chuva/ Onde ela esteve/ E quem ela viu/ Na sua jornada para as estrelas”.
“Man In A Shed”, um blues “piano bar”, é cantado tão delicadamente que a voz quase se dissolve em meio ao som dos instrumentos, cujo arranjo privilegia, com muito bom gosto e economia, apenas o piano, um baixo acústico e o violão de Drake. Não dá pra dizer que seja alegre, mas é com certeza a mais animada do disco, com o arejamento jazzístico que outro contemporâneo de Drake, Tim Buckey, também apresentaria naquele mesmo ano em “Happy Sad”.
A fossa retorna, no entanto, com mais uma balada sangrenta: “Fruit Tree”. Novamente autobiográfica, como o tema de abertura, de certa forma prevê a trajetória curta que o homem/artista Nick Drake teria: “Fama é uma árvore frutífera/ Tão estática/ Que pode nunca florescer/ Até que os ramos encontrem o chão/ Alguns homens de renome/ Podem nunca encontrar um caminho/ Até que o tempo voe/ Além do dia de sua morte”. Mais uma vez o arranjo de Kirby dá cores especiais à composição sem competir com o violão cristalino de Drake, intenção esta obtida pelo produtor Joe Boyd: “Quando você ouve os álbuns dele uma das coisas que são extraordinárias é o violão, porque soa tão limpo e forte, e todas as notas são equilibradas. É muito raro isso, pois é muito complicado".
Um final digno para um disco sem ressalvas, “Saturday Sun”, a única do disco com bateria – cuja leves batidas ainda têm o acompanhamento de um elegante vibrafone –, traz em sua poesia novamente a questão do tempo emocional e a relação de seu autor com o mundo externo, revelando os elementos naturais quase como personagens: “O sol de sábado/ veio cedo em uma manhã/ Em um céu tão limpo e azul/ O sol de sábado/ veio sem aviso/ Então ninguém soube o que fazer “. E, pessimista, conclui, sua única maneira possível: “E o sol de sábado/ Se tornou a chuva de domingo/ Então o domingo cobriu o sol de sábado/ No sol de sábado/ E entristeceu-se por um dia que se foi”. De arrepiar.
Depois dessas dez obras-primas escritas para “Five...”, Drake se reclusaria cada vez mais e registaria apenas outras 21 canções, as quais compõem os discos “Bryter Layter”, de um ano depois, e "Pink Moon", de 1971. Apenas três álbuns, que, com o tempo, entraram para a história, visto que todos figuram entre os 500 Discos de Todos os Tempos da Rolling Stone, mesma consideração dada pelo livro “1001 Albums You Must Hear Before You Die”, do jornalista Robert Dimery. Que o digam Robert Smith, Paul Weller, Peter Buck, David Silvian e Renato Russo, fãs que o reverenciam e justificam a essencialidade de 100% de sua obra. A morte prematura, em 1974, aos 26 anos, por overdose, não impediu que, ao contrário dos próprios versos pessimistas, Drake se transformasse em um “homem de renome”. Desconfia-se, contudo, que tenha, na verdade, cometido suicídio - ou, talvez ainda pior, não tenha se importado em perder a vida. Como um tardio poeta romântico, o sensível e deslocado Drake morria antes do tempo para que sua obra fosse reconhecida. Fatídico, mas tragicamente procedente. Como o próprio ano de 1969: uma incompletude que não tem o que tirar nem por.
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
ClyBlog 5+ Discos
Esse assunto é tão importante aqui no blog que até mesmo temos uma seção dedicada exclusivamente a grandes representantes neste campo, os ÁLBUNS FUNDAMENTAIS. Assim, nesta série especial dos 5 anos do clyblog, não podíamos deixar de perguntar para nossos convidados quais os 5 grandes discos que fazem suas cabeças. Os indispensáveis, os clássicos, os xodózinhos, os indiscutíveis, os do coração, os que você levaria para uma ilha deserta, enfim, aqueles discos que para estas 5 pessoas são os top 5.
Então, sem mais, com vocês, clyblog 5+ discos.
músico
(Balneário Camboriú /SC)
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funcionário público e músico
(Viamão/RS)
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radialista
(Porto Alegre/RS)
e este é o verdadeiro caso em que esta mitologia está a serviço de um disco impecável;
Jeff Beck, numa era de jazz-rock e fusion, gravou O disco do gênero. Genial!!;
em "The Mad Hatter", Corea mistura Lewis Carroll com metais e cordas;
Belchior se superou com "Alucinação", falando das agruras de ser artista em plena ditadura militar;
e o "Abbey Road" é uma enciclopédia da pop music. Tudo o que veio depois já estava ali. "