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segunda-feira, 26 de junho de 2023

"Uma Estética do Recomeço", de César Bahia - Museu de Arte do Rio - MAR

 






Exposição de esculturas de inspiração africana mas com representações e interpretações muito mais amplas.

Assim como sugere nobreza, reverencia divindades, exalta nobreza, o artista César Bahia carrega seu cinzel de ironia, crítica social e do grito por respeito e igualdade. 

"Uma Estática do Recomeço", exposição em cartaz no MAR, Museu de Arte do Rio, é arte altamente expressiva e extremamente forte e potente.

Uma mistura cáustica de África com Brasil, de rústico com barroco, de tradição com ruptura, de doçura com veneno, de beleza com agressividade.

Vale a pena dar uma conferida. A exposição fica no MAR, Museu de Arte do Rio, até 30 de julho.

Fique com algumas imagens da exposição e confira o serviço completo para visitação:


Belíssima cabeça africana

Muitas simbologias na arte de César Bahia

Divindades e orixás
saudados na obra do artista

Exus e outras entidades também

Máscaras que unem reverência e provocação




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exposição "Uma Estética do Recomeço", de César Bahia
local: Museu de Arte do Rio - MAR
Praça Mauá, nª5 - Centro (Rio de Janeiro)
período: até 30 quinta a domingo, das 11h às 17h
ingressos: R$20,00 (inteira) / R$10,00 (meia-entrada)




por Cly Reis

Tour de France - L'Étape Rio (25/06/2023)

 






A França é aqui!

Não, é claro que não é! Mas neste último final de semana, a paisagem encantadora do Rio de Janeiro ganhou ares de Paris, de Riviera, de Côte d'Azour, com uma etapa exterior da principal volta ciclística do mundo, a Tour de France. A competição, fora do circuito oficial, mas avalizada pelo evento original francês, passou por algumas das principais vias, pontos e paisagens mais marcantes da Cidade Maravilhosa, como o Aterro do Flamengo, a Enseada de Botafogo, Copacabana, Ipanema, a Vista Chinesa e deu aos cariocas, pela terceira vez, um gostinho da tradicional prova disputada a mais de 100 anos na terra da Marselhesa.

Sinceramente, não me dei ao trabalho de acordar cedo para ver a largada, às 6h da manhã, nem fiquei acompanhando os principais pontos do percurso, mas tirei umas fotos pelos pontos por onde passei com a minha bike, e deixo o registro com vocês, aqui no Click do ClyBlog


Competidores no Aterro do Flamengo

Pelotão indo

A prova emoldurada pela bela paisagem do Rio de Janeiro

Detalhe dos ciclistas, na área portuária do Rio


fotos: Cly Reis

segunda-feira, 15 de maio de 2023

COTIDIANAS nº800 - Especial 15 anos do ClyBlog - Disco bom é igual livro!



 

Sou muito conhecido nas minhas redes sociais por ser um colecionador contumaz do (dizem...) ultrapassado compact disc. Já fui muito resistente às plataformas digitais por não entender como elas funcionavam, mas o tempo e a necessidade durante o isolamento pandêmico me fizeram entendê-las e constatar que são até práticas na utilização. Só que tem o porém: a música contida lá não é táctil. A gente a ouve bem e de forma fácil, mas não a toca, não a manuseia, não faz carinho, rs. O que está lá não nos pertence!

Há alguns anos, já no declínio do formato físico em prol do formato mp3 adquirido de graça (e de forma sempre escusa), ouvi de uma vendedora em uma loja em que eu estava a seguinte fala: "disco bom é igual livro". Sim! Um trabalho sonoro de qualidade ou para quem o vê assim tem que ser real e tem que estar na estante da sala ou do quarto para tirar onda com as visitas. E ainda me vem a seguinte percepção: a música na plataforma é uma paquera e pode até chegar a um namoro. Adquirir o CD ou o vinil contendo aquela gravação é o casamento, é o "e viveram felizes para sempre" do ouvinte com a canção querida. Sim, é uma relação romântica em ambos os sentidos do termo! E como é gostoso tirar o lacre de um disco novo, cheirar o encarte, colocar o bichinho pra rodar...  Inclusive, já me aconteceu de entender melhor as intenções de um álbum quando o ouvi nesse ritual tradicional. 

E a diversão que é o garimpo? As plataformas te indicam artistas similares ao que você estiver ouvindo, e isso é bom. Mas você meio que não se mexeu pra isso acontecer. Já encontrar em formato físico um álbum que você queria muito é de um prazer...  Eu, por exemplo, frequento sebos e lojas de discos usados que foram abandonados nesse tipo de comércio por seus antigos donos para nova adoção e eles se encontram disponíveis, muitas vezes, a preços baixíssimos! Muitos da minha geração, numa tentativa de acompanhar a "mudernidade", desfazem-se de seus discos porque, dizem eles, "tá tudo lá na nuvem". Daí, esses mesmos proporcionam a posse de um álbum que você ama a um preço módico, quase que de graça! 

O ritual de higienização do material adquirido é outra situação para mim deliciosa. Troco a caixinha antiga por uma comprada nova, lavo a mídia com detergente neutro, enxugo bem, passo um paninho com álcool 180 graus de leve no encarte para tirar manchas do tempo e impressões digitais antigas e, voilá! Temos um disco novinho como que recém saído da fábrica! E os amigos tão acumuladores quanto eu vão na minha casa, vêm o título exposto em minha coleção e salivam com conteúdos musicais bem acomodados em suportes charmosos e que permitem a posse. Agora me diz: não parece a relação com um livro?  


A N D R É   B U D A


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André Buda é carioca, produz e apresenta o programa "O Método Buda do Controle Mental", às quintas, às 19 horas, na Internova Radio Web, e ama a música como se ela fosse uma pessoa!

sexta-feira, 10 de março de 2023

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Exposição "Tomie Ohtake: seis décadas de pintura" - Instituto Ling - Porto Alegre/RS

 

Assim como filmes que merecem ser vistos no cinema enquanto estiverem em cartaz, há exposições que não podem ser perdidas, ainda mais quando passam pela tua cidade. Caso da exposição “Tomie Ohtake: seis décadas de pintura”, da artista visual nipo-brasileira Tomie Ohtake (1913-2015). Trata-se de panorama que percorre momentos bem pontuados da carreira de Tomie, que visitei com Leocádia e Carolina numa escaldante tarde porto-alegrense.

Fazendo um apanhado dos 60 anos de produção da artista, a mostra é enxuta em volume de obras, apenas 12 óleos e tinta acrílica sobre tela (todos sem título). Porém, a vontade de apreciar mais artes de Tomie é relativamente sanada com a excelente curadoria de Cézar Prestes, que conseguiu reunir quadros muito representativos das diferentes épocas de sua produção. Nas palavras de Prestes, a apreciação da exposição “leva o espectador a desfrutar de um mundo de imensa força pictórica e sensorial – mesmo que não tenha conhecido as fases anteriores da artista, atende ao chamado de sua arte”.

Já havia tido a oportunidade de ver obras de Tomie em outras exposições coletivas, tanto no Rio de Janeiro quanto em Curitiba mas, principalmente, no maravilhoso Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, onde estive em 2010 com minha mãe. Porém, uma seleção individual e focada em sua trajetória é, mais do que um presente à cidade em que moro, um sublinhado da excelência da arte brasileira moderna das últimas seis décadas.

Há quem valorize Tomie mais do que ao celebrado artista visual norte-americano Mark Rothko, a quem atribuem ser menos inovador (e nem pioneiro) no estilo de arte expressionista abstrata. A obra de 1967 da mostra de Tomie, a mais antiga entre todas expostas, talvez seja uma prova disso: a disposição cromática, que divide o quadro em blocos, como que fundando mundos distintos mas dialogáveis. Por falar em mundo, interessante perceber a noção espacial de Tomie - muito oriental, aliás - inclusive no que se refere a elementos pictóricos, seja das superfícies ou da natureza. O quadro de 1968, onde se percebe associada ao verde escuro a forma e a textura de uma lua, ou a impressionante tela de 2013, de cujo amarelo intenso se observa à distância genes encadeados, carregam esta ligação orgânica entre abstração e realidade.

Ideias estas que subentendem movimento, como o sutil deslocamento de luz por detrás de camadas escuras na obra de 1985, a qual se mostra mais evidente (como que ampliada) na de um ano antes. Impressiona igualmente a habilidade cromática de Tomie. Como se faz para extrair cores tão vívidas e pessoais? A junção destes elementos – cores próprias, imagem astral e organicidade – está evidente em duas das obras da exposição: o grande óleo sobre tela de 2002, que ocupa sozinho a parede ao fundo do espaço e o qual invoca um universo em ebulição, e, um pouco menor, a de 2013, das obras da última safra da artista antes de sua morte. Olhando-se de longe, parece até uma foto de uma floresta escura vista de cima tamanha a vivacidade da luz. Porém, quando se aproxima, nota-se um traço abstrato esvanecido em que a luz é trabalhada em núcleos distintos, que formam o todo.

Completam ainda a exposição telas dos anos 70 (1970, 1974 e 1976), que, embora também tenham deixado a sensação de que poderia haver mais, principalmente considerando o gigantesco acervo de Tomie Ohtake, foram suficientes para encantar nossa tarde. Confiram abaixo algumas fotos e vídeo daquilo que pode ser visitando até dia 25 deste mês de fevereiro:

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Obra dos anos 60. Melhor que Rothko?


Noção espacial e texturas de superfícies


O sutil movimento expresso em obras de anos sequentes, 83 e 84


A impressionante tela azul que remete a um universo em movimento


Carol e Léo atentas à exposição


Minha vez de apreciar a arte de Tomie



Trabalho de luz incrível de Tomie: visto de longe, uma selva. de perto, borrões esverdeados


O intenso amarelo que descortina um caráter genético


O minimalismo oriental de Tomie


Visão geral do salão


Uma panorâmica da exposição "Tomie Ohtake: seis décadas de pintura"

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Exposição Tomie Ohtake: seis décadas de pintura
localInstituto Ling
endereço: R. João Caetano, 440 - Três Figueiras, Porto Alegre - RS
quando: até 25 de fevereiro
horário: de segunda-feira a sábado, das 10h30 às 20h
ingresso; gratuito 
Mais informações:
 
institutoling.org.br


texto: Daniel Rodrigues
fotos: Daniel Rodrigues e Leocádia Costa


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

cotidianas #789 - Pílula Surrealista #53

 

Confraternizavam os amigos alegremente na mesa do bar regados a cerveja, a qual era substituída regularmente pelo atencioso garçom. Quase maquinalmente, ele trocava a garrafa vazia e servia os copos...

Confraternizavam os amigos alegremente na mesa do bar regados a cerveja, a qual era substituída regularmente pelo atencioso garçom. Quase maquinalmente, ele trocava a garrafa vazia e servia os copos...

Confraternizavam os amigos alegremente na mesa do bar regados a cerveja, a qual era substituída regularmente pelo atencioso garçom. Quase maquinalmente, ele trocava a garrafa vazia e servia os copos...

Confraternizavam os amigos alegremente na mesa do bar regados a cerveja, a qual era substituída regularmente pelo atencioso garçom. Quase maquinalmente, ele trocava a garrafa vazia e servia os copos...

... Até que um deles se deu conta de que a mesa onde estavam sentados ficava entre dois espelhos, um em cada parede, uma de frente para a outra, gerando, naturalmente, reflexos repetidos infinitamente de ambos os lados. Percebeu, então, que seria inevitável que se embriagassem até não aguentarem mais, e que suas sinas estavam fatalmente condicionadas a nunca mais levantarem-se dali e arriscarem outro movimento que não o de beberem e resistirem em cair. A luz um dia se apagaria para salvá-los do reflexo?

Confraternizavam os amigos alegremente...


Daniel Rodrigues


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

ClyBlog 15 Anos

 





Toquem a valsa!

Não se dança a valsa dos quinze anos? Pois é, o ClyBlog chega a seu décimo quinto aniversário e, se não comemoramos na tradição das debutantes, por aqui a celebração é com postagens muito legais, convidados e um monte de atrações interessantes nessa data especial.

Começamos, então, as nossas festividades e, a partir de agora, até agosto, quando assopraremos as quinze velinhas, tem muita coisa boa chegando por aí.


Você está convidado!



C.R.


quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Debate 17ª Mostra Unisinos de Cinema - Cinemateca Capitólio - Porto Alegre/RS (19/12/2022)

 

Nada como terminar o ano de diversas atividades de crítica cinematográficas junto àqueles que estão iniciando a caminhada no meio do cinema: os alunos. 2022 foi novamente de bastante envolvimento meu para com o cinema e a crítica, o que pude exercitar em diferentes frentes. Depois de largar com o lançamento do livro da Accirs, “50 Olhares da Crítica Sobre o Cinema Gaúcho”, em março; de integrar a comissão curatorial da Mostra gaúcha do CineSesc, de março a maio; de presenciar pela primeira vez o Festival de Cinema de Gramado na histórica edição de n° 50, em agosto; de mediar um bate-papo sobre Sirmar Antunes numa live para o Museu do Festival de Cinema de Gramado, em novembro; e de estrear com artigo na igualmente histórica edição de 20 anos da revista Teorema, no último mês do ano; participei como convidado pelo professor da Unisinos, o cineasta Milton do Prado, a debater criticamente a 17ª Mostra Unisinos de Cinema, que apresenta os trabalhos de alunos feitos durante o ano.

Esta aproximação, aliás, já vinha sendo alentada desde o ano passado, quando Milton havia me convidado para uma sessão comentada sobre o clássico filme gaúcho “Um É Pouco, Dois É Bom” (1970), primeiro longa-metragem dirigido por um cineasta negro no Rio Grande do Sul, Odilon Lopez. Na ocasião, um conflito de agendas me impossibilitou de participar, mas desta vez não titubeei. Numa Cinemateca Capitólio lotada e com mediação da professora Jessica do Vale Luz, assistimos a cinco curtas, todos produzidos por alunos de Milton e do também professor e cineasta Vicente Moreno, coordenadores do curso de Realização Audiovisual da universidade.

Impossível não notar algumas inconsistências nos filmes, compreensíveis a trabalhos acadêmicos, pois geralmente os primeiros exercícios no audiovisual de seus realizadores. Os filmes, no entanto, guardam todos qualidades em narrativa e nos aspectos técnicos, como edição de som, fotografia e edição. Os roteiros, alguns menos trabalhados do que outros, foram os grandes responsáveis por balizar o maior ou menos sucesso das obras. O simpático “Confluência”, que narra os encontros e desencontros de uma juventude porto-alegrense, é um exemplo disso. O frescor das histórias de amor juvenis, tão presentes no cinema da Nouvelle Vague ou mesmo no moderno cinema gaúcho dos anos 80, funciona até o momento em que, por escolha da diretora, Valentina Ritter Hickmann, recentemente premiada em Gramado com o emocionante "Somente para Registro", doc subjetivo e pessoal, não consegue repetir a mesma coesão nesta nova realização. Muito por delegar (palavras da própria autora) a fruição da história aos atores e menos ao roteiro, base de toda obra audiovisual. Enfim, erros e acertos inerentes ao caminho. 

Interessante filme, mas que também requer maior trato de roteirização, é “Sufoco”. Dirigido pelo jovem negro Maicon F. Silva, aborda aspectos sociais importantes como preconceito, bullying, ancestralidade e identidade. Porém, as amarrações narrativas parecem um tanto soltas, fazendo com que elementos interessantes – como o colar capaz de encorajar o aflito protagonista – ressinta-se de maior coerência.

“Sem Cabeça”, de Beatriz Potenza, é daqueles casos em que tudo funciona de forma bastante eficiente. Contando a história de um casal de jovens em que a moça experimenta pela primeira vez maconha na casa do namorado, a diretora extrai de uma história pequena nuances bastante profundas. Olhares, diálogos bem alocados, tempo de ações e uma eficiente fotografia revelam uma questão social nem tão abordada como deveria, que é a relação heteroafetiva abusiva.

Também feliz a realização de "Fim de Festa", inclusive por tratar de outro tema tabu, mas igualmente essencial de ser exposto assim como racismo e a violência doméstica, que é a questão LGBTQIA+. Afora alguma inconsistência cênica, o curta de Luísa Zarth Carvalho traça, num engenhoso diálogo entre duas jovens que vai se de desenrolando pouco a pouco, perfis bem estruturados das personagens, a quem se descobre ter havido num passado algo velado entre ambas.

Dessa leva, no entanto, “Enquanto Irmãos”, de Leonardo Kotz, se destaca pela inteireza da realização. Filme que funciona do início ao fim, traz a história de dois pequenos amigos que se encontram na casa de um deles no dia em que o irmão do outro está nascendo. As delicadas falas, as sutilezas da relação de irmandade entre os amigos, bem como as preocupações existenciais das crianças, são conduzidas com absoluta assertividade. Tecnicamente também. Para quem formou sua cinefilia assistindo filmes protagonizados por crianças como “Quando Papai Saiu em Viagem de Negócios”, “Minha Vida de Cachorro” e “Pelle, O Conquistador”, este curta foi uma grata surpresa.

Enfim, filmes que, mesmo desiguais, mostram que a difícil arte de se fazer cinema é objeto de paixão das novas gerações. Uma ótima maneira de terminar um 2022 repleto de cinema, mas desta vez, num encontro com a raiz. Como diz o policial Malone vivido por Sean Connery a Elliot Ness (Kevin Costner) em “Os Intocáveis”: “se você não quer pegar uma maçã podre, não vá ao cesto: tire-a da árvore”.

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Panorâmica do palco com os realizadores e a professora Jessica


Começando o bate-papo

Falando aos alunos e público

Jessica fazendo minha apresentação


Dando as minhas primeiras considerações na noite de debates



texto: Daniel Rodrigues
fotos: Leocádia Costa e Vicente Moreno

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

A Arte do MDC em 2022


A logo do programa refeita pelo designer André Michel
Já que estamos neste momento de trazer algumas retrospectivas do ano no Clyblog, como dos ÁLBUNS FUNDAMENTAIS e dos confrontos de filmes-times Clássico é Clássico (e vice-versa), me inspiro num outro tipo de balanço que é comum no blog todos os anos: o das artes, que são uma enormidade e inspiradíssimas. Porém, este aqui é um pouco diferente, mais singelo mas inédito, pois se trata das artes do Música da Cabeça, programa que comando na Rádio Elétrica. Sempre há, a cada semana, uma arte acompanhada de uma chamada para o episódio das quartas-feiras nas redes sociais e aqui pelo blog. Porém, as criações que eram de modo geral bem mais simples no início, foram ganhando de uns tempos para cá, à medida em que o próprio programa foi adquirindo envergadura e maturidade, também maior destaque. Ainda por cima, o ano de 2022 marcou os 5 anos do MDC, comemorados em abril, e que teve uma série de ações, de promoções junto a Regentag a posts e edições especiais.

Não se tratam de primores das artes gráficas, até porque muitas vezes realizadas com ferramentas básicas e sem grandes habilidades técnicas para um bom acabamento. Porém, isso sim posso afirmar, sempre buscando realizar algo criativo, interessante, instigante. Muitas vezes, sem falsa modéstia, com sucesso, haja vista que a vida política, pública, cultural, etc., propicia que sempre haja temas passíveis de serem aproveitados tanto textual quanto, neste caso, graficamente. Meu esforço é tanto que recentemente fui recompensado e ganhei de presente do meu amigo e colega André Michel, de formação e talento mil vezes mais hábil que eu nestes paranauê de design, a logo do programa "revitalizada", aquela com a imagem da figura humana com a cabeça de caixa de som. Ou seja, com um ou dois retoques, ele conseguiu alinhar formas e dar uma cara profissional para a logotipia. Valeu, André! 

De resto, podem ser peças, colagens, fotografias, vídeos, enfim, o que convier para aquela situação e tema/chamada. Tá valendo. O principal é chamar atenção para o programa e, de quebra, trazer criações novas a cada semana para o Clyblog. Fiquem aqui, então, com algumas das artes do MDC que rolaram em 2022:

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Abrimos o ano de 2022 parodiando o filme "Não Olhe para Cima"...


...mas logo a chapa esquentou e precisamos parar com a brincadeira pra falar
de coisa séria: o assassinato do imigrante congolês Moïse Kabagambe


Vídeo para chamada da excelente entrevista com a professora e etnomusicóloga Ana Paula Ratto de Lima Rodgers



Em fevereiro, no dia 22/2/22, aproveitamos pra intervir com o MDC 255


Ia chegar a hora que o famigerado ppt do Dalla'gnol pudesse
ser esculachado. Chegou, em março


Em abril, comemoramos os 5 anos do programa com logo especial


Na campanha dos 5 anos, tivemos superpromoção de camisetas da Regentag e quem foi o garoto-propaganda?



Dois dos gênios oitentões da MPB, Gilberto Gil e Caetano Veloso, ganharam artes, literalmente,
espelhadas, um em junho e o outro em agosto



O verão infernal na Europa, em julho, também nos motivou a fazer arte pro MDC


Elas, as mulheres pretas de ontem e de hoje, viraram arte quando
da semana Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, em julho


E a cratera que se abriu no Atacama em agosto? ´Culpa do MDC


Teve gente que pensou que havia aprendido a falar russo. Não: era só o anúncio da entrevista de André Abujamra, pra edição especial de nº 280


E chegaram as Eleições. Como não tirar uma com aquele debate?


Godard mereceu uma arte quando de sua morte. Essa ficou show, que até eu me abri


Outra arte que ficou legal, na ed. 289, de 19 de outubro


Mais um vídeo personalizado, este para a entrevista do músico e produtor Cid Campos, na ed. 290


Duas perdas irreparáveis e sequentes pra música brasileira: Gal Costa e Erasmo Carlos,
que motivaram as artes de dois programas em novembro


Dezembro teve Copa do Mundo! E o MDC tá sempre de olho no lance



E terminamos o ano anunciando o primeiro MDC de 2023, o de nº 300, que teve entrevista de Fred Zeroquatro!



Daniel Rodrigues