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sexta-feira, 7 de junho de 2024

"Chapa Quente", de Daniel Rodrigues - ed. Caravana (2023)

 



Daniel Rodrigues, meu irmão e parceiro de blog, acaba de publicar seu primeiro livro solo de contos. Uma grande conquista pessoal, sem dúvida que merece ser remontada desde sua origem, daquele guri que desde pequeno já inventava histórias, criando pequenos "filmes" com seus bonequinhos de forte-apache. Soldadinhos e índios de plástico, playmobil, super-heróis, podiam assumir qualquer identidade, personalidade, personagem, conforme sua imaginação ditasse. Carrinhos podiam ser naves espaciais, eletrodomésticos podiam ser monstros, o sofá um castelo. Essa criatividade, manifesta desde a infância, aliada a um posterior gosto por cinema, pelas diferentes possibilidades de formas de se contar uma história, um senso de observação aguçado, um gosto pela língua, pela palavra escrita, eram a pólvora para que em algum momento essas criações saíssem da cabeça e tomassem forma. Acredito que o blog tenha sido o fogo que acendera o rastilho. Aquele espaço que eu criara e que abrira para que expuséssemos o que tivéssemos de mais criativo, era o canal no qual ambos depositávamos uma vasta produção, não somente de contos, como também de resenhas, crônicas e poesias.

A experiência com o Clyblog, a quantidade produzida e a notada qualidade que daquele despretensioso material, o encorajara a que se aventurasse em seletivas de contos, nas quais textos de escritores de todo o país eram selecionados para integrar coletâneas temáticas promovidas por editoras independentes. A qualidade dos contos era, de fato, inequívoca, de modo que seus trabalhos literários passaram a ser escolhidos com frequência para integrar diversas coletâneas às quais se candidatava. Algumas vezes somente ele se inscreveu, em algumas apenas eu, em algumas eu entrei, em outras somente ele, mas em duas ocasiões tivemos a felicidade de integrarmos a mesma antologia, "Conte Uma Canção vol.2""Meia-Noite: Contos da Escuridão". Se já era algo muito legal os irmãos colocarem suas criações literárias em publicações conjuntas, eis que um deles, agora, publica seu livro solo.

Daniel que, a bem da verdade, já lançara, um livro de sua autoria exclusiva, o premiado "Anarquia na Passarela", sobre moda e comportamento, tem desta vez a possibilidade de mostrar todo seu talento criativo e narrativo com o eclético "Chapa Quente", reunião de cinco contos que confirmam toda sua  facilidade de transitar entre formatos, temas e estilos.

Entre criminosos de um morro no Rio, vizinhos que mal se conhecem, internos em um conservatório, Daniel nos entrega histórias de grande sensibilidade humana, cada uma a seu modo, fruto de um atento e constante exame do que o rodeia.

"Chapa Quente" é bem construído, é  versátil, faz com que o leitor queira descobrir o que virá depois, e, para sua surpresa, ele encontrará algo totalmente diferente.

Elemento fundamental na formação de Daniel, inclusive como escritor, a música está sempre presente em "Chapa Quente", seja na camiseta de uma banda pela qual desconhecidos se identificam, seja numa cantoria indígena no fundo de um estábulo, seja no toque de um celular na barriga de um sequestrado. O livro até  mesmo se aproxima da estrutura de um álbum musical, pensado faixa a faixa. Embora conheça bem sua musicalidade e conheça  bem suas referências, não  tenho certeza se Daniel pensou o livro nessa concepção, mas se o fez, nada mais apropriado para abrir a obra do que um conto que chama-se "Abrindo-se", belíssimo conto que retrata um pouco dessa loucura que é viver nas cidades, nesses "caixotes" coletivos, estar cercado de tanta gente e não conhecer quase ninguém, sendo que às vezes pessoas que valem a pena conhecer estão tão perto. "Abrindo-se" é sobre afinidades, sensibilidade, fragilidade e força. A menção ao músico, maestro e arranjador, Philip Glass, na história que aproxima um aspirante a músico e uma jovem que tenta reencontrar seu rumo, sugere que esse início de álbum, ou melhor de livro, seja um daqueles art-rock com o perfeito equilíbrio entre o pop e o erudito.

Como em muitos grandes discos que começam com uma abertura grandiosa, a faixa que dá nome à obra vem logo em seguida. "Chapa Quente", conto que alterna a narração formal à linguagem coloquial e vulgar, no qual bandidos se refugiam num morro com um refém logo após uma fuga, é tenso e muito bem conduzido pelo autor que desenha o perfil dos integrantes da gangue enquanto o rumo que o líder pretende dar à situação depois daquela breve parada em segurança vai sendo traçado. Se a primeira é um pop-rock sofisticado, "Chapa Quente" é "batidão" do morro,   "...sub-uzi equipadinha com cartucho musical de contrabando militar da novidade cultural da garotada favelada carregando sub-uzi equipadinha com cartucho musical de batucada digital", como diria Fausto Fawcett.

Os sentidos aguçados de um fazendeiro no interior do Wyoming, no pequeno faroeste "Tocaia", intrigado com uma suposta m0ovimentação vinda de seu estábulo, tem tons de mistério, delírio e fantasia. Um folk psicodélico ao estilo Neil Young cheio de paisagens campeiras, sonhos malucos, reflexos distorcidos, danças rituais, espíritos indígenas e cavalos ao luar. 

"Os Amantes do Tempo" traz uma situação que quem é do rock convive muitas vezes que é ver alguém com uma camiseta de determinada banda, e ter vontade de falar com aquela pessoa, especialmente grupos alternativos, bem desconhecidos, que fazem com que a gente pense "não sou a única pessoa no mundo a gostar disso!". Aqui, Daniel, habilidosamente desenvolve a história para além do óbvio da mera identificação com o usuário da camiseta, fazendo com que ela transcenda o material, o palpável, presenteando o leitor (e o protagonista) com um final delicioso. Dentro do meu imaginado conceito "livro-álbum", "Os Amantes do Tempo" seria um noise-rock indie daqueles cheio de nuances e camadas, mas pela doçura, pela perspectiva romântica, não seria nada tão hermético e experimental quanto o som do Hash Jar Tempo, banda de papel central no conto.

Se fosse um LP, o conto "O orfão do orfeão e uma noite transfigurada" seria aquela faixa que ocupa um lado inteiro do disco. Conto em cinco partes que gira em torno de compositores de épocas diferentes e um suposto acorde "maldito" que, criado por um aluno de um antigo conservatório na Alemanha, no século XVIII, sobrevive através dos tempos e será finalmente executado num concerto em Viena, dois séculos depois. Devo admitir que, embora muito bem fundamentado, estudado, trabalhado, considero o conto um tanto desgastante e arrastado em determinados momentos, com excessiva atenção e detalhamento da tal nota "Diabólica". Mas como muitas canções longas que finalizam grandes álbuns e tem suas variações, "O orfão..." recupera o fôlego para explodir um desfecho anárquico de catarse, ódio, vaias, aplausos, confusão, num teatro lotado, e logo serenar, reduzindo numa espécie de fade-out em loop, que sugere que aquilo tudo aquilo, o acorde, a herança, a música, a arte, nada acaba ali. 

E assim esperamos! que não fique por aí. Que "Chapa Quente" seja só o começo desse brilhante voo de Daniel Rodrigues e que venham por aí mais e mais dessas excitantes experiências literário-musicais. Pouse a agulha sobre o papel e ouça o livro.



Cly Reis


segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Th’ Faith Healers - "Lido" (1992)

 

"Eu estava dirigindo para o meu trabalho estúpido e me vi preso em um engarrafamento gigantesco na estrada. De repente, algo novo flutuou sobre as ondas do rádio... um vocal feminino rosnado e sensual serpenteando em uma batida thumpa-thumpa... furtivo, legal... De repente a coisa toda se tornou selvagem. A cantora sibilou entre os dentes, as guitarras (soavam como 50 delas) gaguejavam e cuspiam, e a maldita coisa toda entrou em hiperdrive. A tempestade se estabeleceu em um ritmo pesado, hipnótico e caótico ao mesmo tempo, a música se agitou e se agitou e só terminou quando caiu no chão com um estrondo. Meu trabalho (e o resto do dia), desnecessário dizer, empalideceu em comparação com esse ataque auditivo. Totalmente perfeito... Eu estava apaixonado."
Dave Ehrlich, músico e produtor


A música é das poucas coisas nesse mundo capazes de me provocar paixões arrebatadoras. E que podem acontecer a qualquer momento. Se ainda é assim comigo hoje com todos os recursos e facilidades que a internet traz, imagine-se antigamente, antes da era digital, quando muita coisa era de difícil acesso, se não, impossível. Tudo era mais complicado e mágico. Podia estar a qualquer lance no rádio, na tevê, nas revistas, nos sebos, na discoteca de amigos e familiares. Pois houve um tempo, nos anos 90, em que um desses locais de pesquisa e reconhecimento eram as locadoras de CD’s. A pouca grana que dispunha de mesada ou estágios mal remunerados era boa parte reservada a gravar em K7 as coisas que vasculhava nas prateleiras das locadoras reforçando antigas paixões e descobrindo novas. Numa dessas ocasiões, lá pelos idos de 1994, uma se revelou para mim. 

Logo que entrei na loja, num início de tarde de um sábado, notei que estava rodando, como sempre faziam, algo interessante, mas que não conhecia. Aliás, não conhecia, mas reconhecia ali elementos que me agradavam muito. Rock alternativo forjado nas guitarras distorcidas, base de baixo bem pronunciada, vozes masculina e feminina se intercalando, bateria forte marcando um ritmo pulsante. Algo entre o indie, o shoegaze, o dream pop, o college, o experimental e o noise rock. Era atmosférico, ruidoso, visceral, melodioso... Lembrava muito Sonic Youth, mas não era, isso eu tinha certeza. Havia algo de Lush, de My Bloody Valentine, de Pixies, mas também dava para ver que não era nenhum deles. De boas, o rapaz da loja me sanou a dúvida: “é este CD aqui”. A capa em si me chamou atenção: uma foto vintage de um camping e as letras em fonte de máquina de escrever, tipo Courier New, escrito apenas o nome do disco e da banda cujo artigo “Os” (“The”), vinha sem a letra “e”: apenas “Th". Era um detalhe, mas muito esquisito e interessante. Tudo aquilo, som, estilo, atmosfera, me cativaram imediatamente. Pronto: paixão. Deu tempo de escolher algum outro disco para levar, mas, claro, não poderia deixar de adicionar à minha sacola também “Lido”, aquele álbum do grupo de rock alternativo londrino ao qual acabava de conhecer Th’ Faith Healers, formado por Roxanne Stephen e Tom Cullinan, nos vocais e guitarras; Ben Hopkin, baixo, e Joe Dilworth, bateria.

Como grandes bandas do underground dos anos 90, a Th’ Faith Healers, tal a Whale, a The La’s e a brasileira 3 Hombres, tem uma carreira curtíssima, mas totalmente assertiva. Tanto que talvez goste até mais do segundo e último disco de estúdio deles, “Imaginary Friend”, de 1994, o qual me motivou, inclusive, a concepção de um conto literário, “Heart Fog”, baseada na música homônima, presente na antologia “Conte uma Canção – Vol. 2”, publicada em 2016 pela Multifoco. Mas “Lido”, além de estar completando 30 anos de seu obscuro lançamento, lá nos idos de 1992, guarda consigo a primazia de ser o trabalho inaugural da banda e o que me fez descobri-la. Além de, claro, merecer estar nesta lista de fundamentais, inclusive já tendo sido responsável pelo primeiro nome do Clyblog, que se chamou por um breve espaço de tempo, em 2008, pelo nome da sua última faixa, a apoteótica “Spin ½”, uma minissinfonia de guitarras altamente distorcidas de quase 10 minutos com samples que sobrevoam, batida cadenciada e loopada a e voz de Roxanne cantarolando um único verso: “Into the sea you must be in the water”. Hipnótica, sensual, inebriante, caótica, tempestuosa, onírica, algo hinduísta. Uma oração ruidosa e barulhenta de um dos melhores finais de discos do rock de todos os tempos, sem exagero.

Mas voltemos ao começo com a música que me fez vidrar na Faith Healers logo que os escutei: “This Time”. Exemplar no que se refere ao estilo da banda, tem letra curta, geralmente repetida várias vezes (“Let's do it, whereby/ this time, you die/ if not, quite soon/ maybe by this afternoon”), como um mantra nas vozes em uníssono de Roxanne e Cullinan, sobre uma massa de ruídos eletrificados. O minimalismo abre espaço para o experimentalismo e, principalmente, as melodias muito bem criadas pela banda. Pode ser um riff simples, repetido, dissonante, mas invariavelmente muito inspirado, de quem sabe o que está fazendo e explora suas bagagens musicais.

Bem produzidos por eles próprios, os Faith Healers exploram ao máximo na faixa "A Word of Advice" os detalhes do som metalizado das guitarras, enquanto as vozes, despretensiosas, cantam sem muito alarde. Isso, até a música explodir no refrão em barulho. A mixagem orgânica da gravação, sensível a qualquer ruído, dá a sensação de uma banda tocando ao vivo, inclusive na captação dos "defeitos", como o do som de um nariz aspirando o ar, o que lembra o conceito de produção de Flood para PJ Harvey em “To Bring you my Love”, de três anos mais tarde. Parecido com este trabalho de PJ também é “Hippie Hole”. Pós-punk com umas quebradas funkeadas, traz essa fórmula sintética infalível da Faith encapsulada por uma timbrística cirurgicamente suja. Nela, aliás, Roxanne canta com fúria, com o microfone rascante, longe da sutileza desafetada do começo.

Com subidas e descidas (ao paraíso da melodia e ao inferno do barulho), “Don’t Jones Me” retraz a letra sucinta que mais serve de cama para o rock livre da Faith, espécie de Can dos anos 80. Aliás, o clima é bastante parecido com esta e outras bandas da kratrock alemã, como a Neu! e a Harmonia. Não à toa eles versam a clássica alternativa “Mother Sky” da Can, a qual ouvi com os ingleses primeiro. Embora a original seja incomparável, até pela ousadia visionária dos alemães, a leitura da Faith Healers é daquelas que não deixam a desejar. Coisa de banda realmente identificada com seus ídolos, como a Living Colour fez para com “Memories Can’t Wait”, da Talking Heads, ou a Nirvana com “The Man Who Sold the World”, de David Bowie.

“Repetile Smile” e “Moona-Ina-Joona”, na sequência uma da outra, têm riffs tão consistentes quanto improváveis. Ninguém, não fosse uma banda forjada na sonoridade atípica do shoegaze e com referências muito próprias, ousaria criar. Que sonzeira! Se em “Moona...” valem-se do uníssono infalível de “This Time” e "A Word...”, em “Repetile...” é a voz sensual e cativante de Roxanne que prevalece. Ela sabe que não é uma grande cantora. Mas quem disse que é esta a intenção? Aliás, é justamente esta postura insolente roqueira que faz com que ela passeie naturalmente por diferentes formas de cantar com um lirismo espontâneo e encantador. É isso que se vê na balada "It's Easy Being You", a mais “calma” do disco (embora também não se contenham em adicionar guitarras pesadas bem ao final): um timbre jovem e solar. Porém, já na rascante “Love Song”, que de balada romântica só tem o nome, ela vai do doce à sujidade. Principalmente no refrão, quando sua garganta faz soltar gritos carregados de tesão e lamento.

Quando conheci a Th’ Faith Healers, Sonic Youth, Pixies, My Bloody Valentine, Lush, The Breeders e muitas outras bandas já eram realidade para os meus ouvidos. Tanto que ouvi-los não foi uma novidade e, sim, um reconhecimento. Neles eu ouvia todas essas bandas e conseguia entender com mais acuidade aquilo que a Velvet Underground propunha 30 anos antes – inclusive, nas dobradinhas das vozes de Cale e Reed com a de Moe Tucker. Com a Th’ Faith Healers eu descortinaria a Can, tão fundamental para o rock moderno. E descobri depois, que não fui apenas eu que me surpreendi com a Th’ Faith Healers na primeira vez que os escutei, bem como que havia uma legião de fãs escondida nos subterrâneos da internet com relatos muito parecidos com o meu. Mas o mais importante foi a descoberta de que, para mim, a Th’ Faith Healers era a banda que eu sempre gostei, mas não sabia ainda. Era como se eles já estivessem na minha vida desde sempre: bastava apenas que eu me deparasse com aquele CD rodando na locadora para que este laço nunca mais se desfizesse.

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FAIXAS:
1. "This Time" (Tom Cullinan/ Th' Faith Healers) - 05:09
2. "A Word of Advice" - 06:22
3. "Hippy Hole" - 03:20
4. "Don't Jones Me" - 06:18
5. "Reptile Smile" (Th' Faith Healers) - 04:57
6. "Moona-Ina-Joona" (Cullinan/ Th' Faith Healers) - 03:14
7. "Love Song" (Cullinan/ Th' Faith Healers) - 05:38
8. "Mother Sky" (Holger Czukay/ Michael Karoli/ Jaki Liebezeit/ Irmin Schmidt/ Damo Suzuki) - 04:17
9. "It's Easy Being You" - 02:12
10. "Spin 1/2" - 09:34
Todas as composições de autoria de Tom Cullinan, exceto indicadas


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Daniel Rodrigues

sábado, 7 de setembro de 2019

Lançamento e sessão de autógrafos das antologias "Meia-Noite: Contos da Escuridão", "Psicopatas" e "Reino Fantástico" - Ed. Autografia/Selo Fantastic - XIX Bienal do Livro - Riocentro - Rio de Janeiro/RJ (04/09/2019)



Cly e eu com as três obras em que
participamos
O Rio de Janeiro me proporciona dias felizes a cada vez que o revisito. Mas desta vez a costumeira alegria de rever a família e os amigos, visitar lugares novos e voltar aos conhecidos, percorrer as ruas, enfim, foram adicionadas de uma nova, inédita e memorável ocasião, que foi a XIX Bienal do Livro. E não apenas a satisfação de conhecer o espaço do Riocentro e a própria feira – o que já valeria o passeio –, mas porque, ao lado de Leocádia Costa e de meu irmão, o motivo que nos levou até lá foi o lançamento da antologia de contos “Meia-Noite: Contos da Escuridão”, da editora Autografia através do selo Fantastic, a qual eu e Clayton participamos cada um com uma história: “Clichês”, dele, e “O Monstro do Armário”, o meu. Além desta, Clayton teve a façanha de entrar em outras duas coletâneas da editora: “Psicopatas”, lançada no mesmo dia e que tem o seu conto “O Livro da Fascinação”, e “Reino Fantástico”, lançada dia 2/9 e que contém “Churrasco”.

O feito não planejado por nós de estar no mesmo livro, aliás, repete o que já nos ocorreu em 2016 na também antologia em forma de seletiva contos "Conte uma Canção – vol. 2" (ed. Multifoco), em que histórias nossas foram selecionadas juntas em uma mesma publicação pela primeira vez ("Música do Diabo", de Clayton, e "Heart Fog", a minha).

O dia chuvoso carioca talvez tenha atraído até mais gente para a Bienal, que estava bastante lotada. No bonito estande da Autografia, fomos recebidos o simpático Frodo Oliveira, organizador não apenas dessa obra como das outras quatro antologias lançadas na feira pela editora, série que inclui, afora os citados, a coletânea “Evolução”, de ficção científica, Conforme conversou conosco, os quatro títulos, feitos muito bem e em tempo recorde, mobilizaram cerca de uma centena de autores entre os que aparecem em apenas uma obra e outros que, como Clayton, emplacaram em mais de um volume.

Além de Frodo, também tivemos a oportunidade de conhecer e trocar um papo com alguns dos outros autores presentes em algumas das antologias, como Marcelo Sant'Ana, Anderson Elias (pseudônimo Sombra Posthuman), Simone Bica, Rodrigo Roddick, entre outros. O dia foi de autógrafos, mas quem quiser conferir a Bienal, bem como dar uma passada no estande da Autografia para conhecer nossas obras (ou até, quem sabe, adquiri-las), o evento vai até este domingo, dia 8/9.

Confiram, então, alguns momentos da agradável tarde na Bienal do Livro nas fotos registradas como sempre com muita competência e carinho por Leocádia:

Entrando na feira: pra que lado é mesmo?

Já no estande, nós e o organizador das antologias Frodo Oliveira
Cly ostentando com direito as três antologias em que emplacou contos seus
Eu feliz da vida com a coletânea "Meia-Noite" nas mãos
Autógrafo garantido para Leocádia (foto: Clayton Reis)
Bate-papo literário com Anderson "Sombra Posthuman" Elias
Agora a conversa é também com Rodrigo Roddick, autor de conto de "Psicopatas"
Um pequeno leitor interessado e que veio conversar conosco sobre o livro
Roda de autores "psicopatas" e "soturnos" na Bienal do Rio
Foto de alguns dos autores com o editor no estande da Autografia


texto: Daniel Rodrigues
fotos: Leocádia Costa

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

ClyBlog 11 anos. Parabéns para nós!

O tempo passa... É, parece que foi ontem que começamos um blog meio sem saber o que queríamos, como fazer, o que colocaríamos nele e, hoje o nosso ClyBlog chega a seu décimo primeiro ano. Uma trajetória muito positiva que nos fez crescer junto com o blog. Crescer em conteúdo, conhecimento, ousadia, ambição, em criatividade, em qualidade. A plataforma que meramente nos propiciava a exposição de nossas produções criativas, escritas, visuais, gráficas ou quaisquer outras que pudessem se manifestar, nos possibilitou o reconhecimento destas manifestações artísticas em publicações literárias e gráficas, valorizando, sobremaneira, o conteúdo publicado no blog. Se antes utilizávamos nosso espaço para, humildemente, expormos nossas impressões pessoais sobre música, cinema e outros assuntos de nosso interesse, hoje, parceiros, amigos e convidados altamente qualificados se juntam a nós, alguns de forma constante e outros eventualmente, em ocasiões especias, dando suas colaborações nas mais diversas seções do nosso veículo, sempre demonstrando imensa satisfação em fazer parte do nosso projeto.  Além disso, as vivências e experiências de eventos, espetáculos, viagens, passeios, foram ampliadas trazendo mais variedade, informação e imagens em canais específicos para cada segmento. Ou seja, de 2008 para cá, o ClyBlog está cada vez melhor e mais interessante.
E tudo isso só se deve ao fato de que nós, as cabeças do ClyBlog, Daniel Rodrigues e eu, Cly Reis, continuamos pilhados, sempre estimulados, sempre a fim de fazer algo legal, algo diferente, acrescer qualidade, novidades, conteúdo instigante, coisas que sejam legais para o leitor, visitante ou seguidor porque seriam legais para nós. É isso que  fez com que o ClyBlog chegasse até aqui,aos 11 anos, e fará com que siga em frente, se depender de nós, ainda por muito tempo.
Nesses 11 anos tivemos um monte de coisas bacanas no ClyBlog: fomos a shows e contamos como foi, viajamos por diversos lugares e relatamos as experiências, fomos selecionados para publicações, , participamos de outros espaços em outras plataformas, tivemos convidados importantes escrevendo no ClyBlog... Enfim, foram muitos bons momentos. Não dá pra colocar todos aqui, afinal são 11 anos, mas dá pra destacar alguns. Assim, lembramos aqui um momento para cada ano desde o início do ClyBlog.



2008
Madonna no Maracanã - No ano da criação do ClyBlog, um dos momentos marcantes foi a volta da Rainha do Pop a terras brasileiras. A expectativa era grande mas o show não foi lá essas coisas. Mesmo assim, relatamos tudo, num dos primeiros ClyLive, a seção de shows do ClyBlog.

Madonna, show de constrangimentos
Vi no filme "Na Cama com Madonna" o trechos da turnê Blonde Ambition e fiquei fascinado. Quis ver aquilo! No entanto a turnê seguinte, que acabou passando pelo Brasil, foi a Girlie Show, que apesar de não ser tão boa quanto a anterior, de não ter os figurinos do Gaultier nem a performance libidinosa de "Like a Virgin" foi um belo espetáculo e me proporcionou boas surpresas.
Anos depois resolvi ir ver novamente a Madonna ao vivo pelo mero fato de ser a Madonna. Sabia já que o álbum "Hard Candy" era um horror porém guardava a expectativa de que o show, o espetáculo, o tudo, valesse a pena.
Olha, foi um circo do lamentável (...) Leia mais...




2009
Viagem ao Velho Continente: Em 2009, tive a oportunidade de ir à Europa e visitar algumas das cidades mais famosas do mundo e alguns dos destinos turísticos mais procurados. Estive em Paris, Londres, Roma, Florença e Veneza e, é claro, tudo foi para no ClyBlog, na nossa seção Arquivo de Viagem.

ARQUIVO DE VIAGEM: Europa
Aeroporto, mala, poltrona desconfortável, sono ruim, hotel, informações e é em inglês, em italiano e é em francês, e dá-lhe fotografia, fotografia, fotografia, e de novo hotel, e outro dia mais fotografia, e tome outro aeroporto, ou estação de trem, ou táxi, e outro hotel, e mais foto, foto, foto... É, isso é viajar! Mas é bom! E principalmente para a Europa que era uma antiga aspiração. O roteiro? Londres, Paris, Roma, Florença e Veneza.
A primeira parada, a terra da Rainha, que mais do que todas as outras eu tinha uma enorme vontade de conhecer por causa principalmente de toda a atmosfera rock do lugar, por causa das bandas que admiro ou mesmo por toda a influência musical e comportamental que exerce sobre grande parte do mundo, não me decepcionou (...) Leia mais...
LONDRES: Passeio por LondresFabric,  The Telegraph Pub
PARIS: Paris
ROMA: Roma
FLORENÇA: Florença
VENEZA: VenezaJazz em Veneza - Bàccaro Jazz



2010
Internacional Bicampeão da Libertadores - Neste ano, tive a felicidade de presenciar o segundo título de Libertadores da América do meu time do coração, o Sport Club Internacional, in loco, no Beira-Rio. E, como não podia deixar de ser, documentei a noite mágica do Bi da América para o ClyBlog.

Era uma vez na América (ou melhor, DUAS vezes)

Eu tinha assistido à semifinal contra o Olímpia em 89. Eu estava lá no Gigante. Não, não podia acontecer de novo.
Quando os mexicanos do Chivas fizeram o primeiro gol do jogo aquele filme de terror me veio à cabeça. E eu lá de novo. Seria EU o culpado? Teria, EU, me desbarrancado do Rio de Janeiro a Porto Alegre, sem ingresso na mão, desembarcando 4 horas antes do jogo, conseguido incrivelmente a tal entrada, tudo isso para EU dar azar pro eu time? (Torcedor pensa cada coisa, não?) Mas por certo não fui só eu. Outros devem ter pensado que aquilo estava acontecendo porque não usaram a mesma cueca, não conseguiram sentar no mesmo lugar no estádio, porque não seguiram determinados rituais, ou sabe-se lá mais o que; mas de todos estes não sei quantos ali haviam presenciado a maior "tragédia" do Beira-Rio. E eu estava lá (...) Leia mais...
Inter x Chivas
Museu do Inter




2011
"Screamadelica", do Primal Scream, ao vivo na íntegra - Enquanto na Cidade do Rock, rolava o Rock in Rio, com todas suas estrelas e nomes badalados, no Circo Voador, na Lapa, bem menos incensado, um dos discos mais importantes dos anos 90 e da história do rock era tocado na íntegra por uma das bandas mais influentes do pop rock britânico. O Primal Scream, liderado pelo dissidente do Jesus and Mary Chain, Bob Gillespie, celebrava o vigésimo aniversário de lançamento do álbum "Screamadelica" com um show sensacional que foi ainda mais especial uma vez que assisti na companhia de meu irmão, Daniel Rodrigues, que andava pelas bandas do Rio de Janeiro naquele momento. A cúpula do ClyBlog, curtindo junto um show tão especial como esse, só podia ser um dos grandes momentos de 2011.


Primal Scream - "Screamadelica 20th Anniversary Tour" - Circo Voador - Rio de Janeiro (23/09/2011)


Nesta última sexta-feira aconteceu a primeira noite de apresentações do Rock in Rio... Bom, e dai?
Azar de quem foi à tal Cidade do Rock e não estava na Lapa, como eu, delirando com o show da turnê de aniversário de 20 anos do álbum "Screamadelica" do Primal Scream.
Que Rock in Rio que nada! O verdadeiro rock no Rio de Janeiro estava acontecendo lá no Circo Voador. E se toda a cidade estava mobilizada para assistir às rihanas cláudiasleittes da vida, ali na Lapa, um pequeno grupo de fieis assistia a um show histórico, que diga-se de passagem, foi, com louvor, proporcionado por eles mesmos, que num esforço incomum fizeram trazer ao Rio uma atração que estava praticamente descartada para cá (...) 
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2012
O punk e a moda - 2012 marca o lançamento do livro "Anarquia na Passarela - A Influência do Movimento Punk nas Coleções de Moda", do irmão e parceiro de blog Daniel Rodrigues, como um dos fatos mais importantes daquele ano no ClyBlog. Um estudo profundo e criterioso sobre a música e a moda caminhando juntas, sem cair na chatice ou na mesmice com uma linguagem fácil e dinâmica. Eu posso até ser suspeito para elogiar por ser irmão, mas acho que o júri do Prêmio Açorianos, que consagrou o livro como melhor ensaio de literatura e humanidades tem isenção o suficiente.

"Anarquia na Passarela - A Influência do Movimento Punk nas Coleções de Moda", de Daniel Rodrigues (Ed. Dublinense, 2012)

(...) O livro é uma caixa de som! Sai música dele. Mas não só isso: dá vontade de usar aquela calça rasgada no joelho, de usar aquele bracelete de couro, uma camisa com dizeres desaforados...
Ele é extremamente bem fundamentado, estudado, repleto de referências, citações, com alto grau e profundidade de pesquisa mas passa longe de ser pedante e cansativo. Ele flui. Flui muitíssimo bem. 
Consegue conjugar um gosto pessoal musical, inequívoco e indesmentível, com muita informação, embasamento teórico e análise detalhada e  numa proporção perfeita e exata de modo a tornar a leitura absolutamente agradável e sempre interessante (...) Leia mais...

Anarquia em Porto Alegre - Noite de autógrafos de Daniel Rodrigues - Pinacoteca Café



2013
Álbuns Fundamentais Especial de 5 anos do ClyBlog - O quinto ano do ClyBlog foi marcado por uma série de comemorações e publicações especiais. Uma delas foi a participação especialíssima do ex-Replicante, Carlos Gerbase, na seção ÁLBUNS FUNDAMENTAIS, falando sobre o cultuado disco de estreia da banda "O Futuro é Vortex". Tinha alguém mais autorizado a falar sobre o assunto?

Os Replicantes - "O Futuro é Vortex" (1986)

A palavra “Vortex” já significou muitas coisas na minha vida. Meu primeiro encontro com ela foi em meados dos anos 70, numa máquina de fliperama, aquelas antigas, de bolinha, imortalizadas no musical “Tommy”.  Os desenhos da máquina eram futuristas, misturando sexo e violência em doses perfeitas para a adolescência.  Na minha interpretação, esses desenhos representavam um planeta distante, cheio de monstros e mulheres maravilhosas. Eu jogava e, mesmo perdendo as cinco bolas rapidamente, curtia o visual (...) Leia mais...






2014
Copa do Mundo Rock - Era ano de Copa e o ClyBlog resolveu fazer a sua Copa do Mundo também. Só que a nossa foi uma Copa do Mundo Rock. Isso mesmo! Música contra música para descobrirmos qual a melhor obra de determinado artista. Em 2014 três bandas tiveram suas competições, The Cure, uma das favoritas dos donos do blog, Legião Urbana, também uma das nossas queridinhas, e, nada mais nada menos que os maiores de todos, os Beatles. "Comentaristas", jurados convidados decidiam os confrontos que eram sorteados e avançavam de fase, afunilando até a grande final. Foram copas com definições diferentes: resultado incontestável, favorito ganhando, decisão apertada... Enfim, um grande barato essa experiência músico-futebolística na qual quem ganhou, mesmo, foi quem acompanhou.

Copa do Mundo Rock

Qual a melhor maneira de escolher a melhor música de uma banda?
No clyblog a gente escolhe no mata-mata.
Vai começar a Copa do Mundo Rock (...)







2015
Tributo a Bukowski - Uma das coisas legais de 2015 foi outro acontecimento literário. Fui selecionado, com um conto, para integrar a coletânea "Big Buka", homenagem a Charles Bukoswki, escritor pelo qual tenho grande admiração, o que tornou ainda mais especial minha inclusão na publicação.

“Big Buka: para Charles Bukowski”, organização: Afobório (Vários Autores) - ed. Os Dez Melhores (2015)

A proposta nasceu ousada: homenagear o norte-americano Charles Bukowski , escritor de forte influência a vários outros, de grande apelo com o público e dono de um estilo muito peculiar, que vai da crueza de mau gosto e a putaria à mais doce beleza sentimental. Um homem que, por detrás da obscenidade e da contundência, era extremamente profundo, poético e comprometido com suas verdades. Assim, a coletânea "Big Buka: para Charles Bukowski" (ed. Os Dez Melhores, 2015), da qual soube do projeto ano passado, encarou o desafio de reunir dez textos que remetessem ao universo de Bukowski tanto em temática quanto em estilo. Para que tal funcionasse, contudo, os contos deveriam ser muito bem selecionados, uma vez que o risco de não corresponder à altura do mestre tornava-se um erro fácil de cometer (...)




2016
Juntos no mesmo livro - Eu já havia sido selecionado para algumas coletâneas de contos, Daniel já tinha seu próprio livro solo, mas em 2016, pela primeira vez integraríamos uma mesma publicação. Por meio de uma seletiva da editora Multifoco, contos nossos vieram a ser escolhidos para a antologia "Conte Uma Canção, vol. 2", que tinha como proposta a ligação do conto com determinada música. Posteriormente, naquele mesmo ano, promovemos um pequeno sarau, na sede da editora, no Rio de Janeiro, onde lemos nossos contos para convidados.

“Conte uma Canção – vol. 2”, organização Frodo Oliveira e Marla Figueiredo (Vários autores) – Ed. Multifoco (2016)

O Clyblog tem o orgulho de anunciar que mais uma vez nós, os editores-chefes deste espaço, Daniel Rodrigues e eu, Cly Reis, temos contos selecionados para publicações coletivas (...) Leia mais...

Já está nos pontos de venda a antologia “Conte uma Canção – vol. 2”, pela editora Multifoco, da qual meu irmão e editor deste blog, Cly Reis, e eu, subedidor, fazemos parte com um conto cada um. O livro teve lançamento no último dia 30, durante a 24ª Bienal do Livro de São Paulo, no Anhembi (...) Leia mais...

A ocasião era oportuna: meses após o lançamento da antologia "Conte Uma Canção - vol.2", da editora Multifoco, na qual participamos meu irmão Cly Reis e eu cada um com um conto, estaríamos juntos no Rio de Janeiro, sede da editora. Então, por que não fazermos um encontro que abordasse isso? Foi o que aconteceu no dia 16 de dezembro. A partir de uma ideia de Leocádia Costa, que nos deu o privilégio de fazer as honras, realizamos um sarau de leitura de ambos os contos no bistrô da própria Multifoco, na Lapa (...) Leia mais...





2017
Museu Nacional -O destaque de 2017 fica por conta da nostalgia, da lástima, da saudade, da falta que faz... Naquele ano eu visitava mais uma vez o Museu Nacional, recentemente devorado pelas chamas do descaso em um trágico incêndio, e o fazia, na ocasião, para o ClyBlog trazia, na ocasião o registro de seu acervo, sua beleza e importância. 

Museu Nacional / UFRJ - Rio de Janeiro / RJ

(...) Desta vez visitamos o Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, prédio histórico que serviu à Família Imperial brasileira no séc. XIX, que esteve meio abandonado, meio largado mas que agora, embora não na plenitude de suas condições, apresenta boas condições de visitação e um acervo muito significativo e em bom estado. O Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, é voltado à pesquisa científica, histórica e antropológica possuindo um acervo valiosíssimo em todos os seus segmentos. Possui, por exemplo, significativos fósseis de procedências diversas; registros materiais humanos de datas remotas; artefatos e relíquias de civilizações de diversos sítios; múmias de altíssimo valor histórico em ótimo estado de conservação; grande variedade de amostras animais e geológicos; e itens impressionantes como é o caso do meteorito encontrado na Bahia em 1784 exposto orgulhosamente logo na entrada do circuito (...) Leia mais...



2018
ClyBlog 10 anos - O décimo ano do ClyBlog foi comemorado com entusiasmo e durante os 12 meses do ano tivemos atrações em todos nosso segmentos, com diversos e qualificadíssimos convidados especiais em todas as áreas, como, entre outros, o diretor de teatro Cleiton Echeveste falando sobre Andrei Tarkovski, o fotógrafo Wladimyr Ungaretti apresentando-nos suas imagens que estimulam a imaginação, o ex-DeFalla Castor Daudt relatando um fato curioso com um ex-integrante do Joy Division e o músico Lucio Brancatto, inovando e destacando cinco discos de uma vez só num Super-Álbuns Fundamentais. Isso é que é aniversário. Assim vale a pena ficar mais velho.

Especiais de 10 anos no ClyBlog

Não é toda hora que se comemora dez anos, não é? E tratando-se de uma marca tão especial,conforme já adiantamos, 2018 terá uma série de atrações e participações especiais em várias seções do nosso blog. Convidados contarão histórias e desfilarão poesia nas nossas COTIDIANAS; falarão sobre seus discos preferidos e marcantes nos ÁLBUNS FUNDAMENTAIS; sobre grandes obras da literatura no LIDO; clássicos da sétima arte no CLAQUETE; mostrarão sua visão do mundo pelas lentes de suas câmeras na seção CLICK; e suas criações no CLYART; enfim, todos os nossos espaços estarão abertos às valiosas contribuições de nossos talentosos amigos. Então, fiquem ligados porque a partir de fevereiro, a qualquer momento poderá pintar uma das publicações especiais de 10 anos do ClyBlog. Posso garantir que vem coisa muito legal por aí.



2019
"Meia-Noite: Contos da Escuridão" -E 2019 ainda está na metade e já temos coisa boa: assim como em 2016, a pareceria se repete e Daniel e eu integraremos juntos novamente uma antologia de contos. Fomos recentemente selecionados para a coletânea "Meia-Noite: Contos da Escuridão", do selo Fantastic da editora Autografia, e teremos uma história arrepiante de cada um na publicação que será lançada daqui a alguns dias, na Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Além do aniversário, mais um motivo para comemorar.
Abaixo, matéria publicada no site Literatura RS sobre nossa participação na publicação.


Irmãos integram coletânea de contos de editora carioca
Dois autores gaúchos, os irmãos Daniel Rodrigues e Clayton Reis, foram selecionados para integrar a coletânea de contos de terror Meia-Noite: Contos da Escuridão, publicada pelo selo Fantastic da editora carioca Autografia. Organizada pelo editor Frodo Oliveira, a obra contou com processo seletivo no qual concorreram autores de todo o Brasil. Dentre os contos selecionados, estão Clichês, de Reis, e O Monstro do Armário, de Rodrigues. O livro será lançado em sessão de autógrafos no dia 4 de setembro, às 13h30min, durante a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, no estande da editora (Pavilhão Verde, R32). Na ocasião, ambos os autores estarão presentes. (...) Leia mais...



ClyBlog 11 anos
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Cly Reis

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Seletivas para antologias da editora Fantastic - "Meia-Noite: Contos da Escuridão", "Psicopatas" e "Reino Fantástico"



Foi na semana passada mas, envolvido com outras coisas, nem tive tempo de comentar aqui no blog, uma notícia que nos traz enorme satisfação. Saiu o resultado da seletiva que a editora Autografia, através do seu selo Fantastic, promoveu para escolher contos de novos autores para antologias temáticas que irá lançar, e nós, os editores do ClyBlog, Cly Reis e Daniel Rodrigues fomos selecionados. Como já acontecera na coletânea "Conte uma Canção - vol.2", da editora Multifoco em 2016, histórias de nossa autoria estarão juntas em uma mesma publicação só que desta vez será em uma publicação que reúne contos de terror. Daniel com o conto "O Monstro do Armário", e eu com "Clichês" integraremos o time de 25 autores que farão parte do livro "Meia-Noite: Contos da Escuridão". Além desta de histórias macabras, fui selecionado também para outras duas antologias para as quais a Fantastic também abriu seleções, para o estilo policial na coletânea "Psicopatas", com o conto "Churrasco", e para o gênero fantástico com "O Livro da Fascinação", na publicação "Reino Fantástico".
Particularmente, fico bastante feliz por mais estas escolhas pois, de certa forma, reconhecem alguma qualidade de escrita que provavelmente venhamos a ter visto as constantes inclusões em publicações desta natureza, valorizam o material publicado aqui no blog, uma vez que grande parte dos contos que vão para seletivas são publicados na nossa seção Cotidianas e dão oportunidade e a nós, novos autores, de saírmos da gaveta ou dos nossos blogs e sermos verdadeiramente publicados em papel, que é o formato que gostamos e ler e, agora, de sermos lidos.
Obrigado, Autografia, à Fantastic e ao organizador Frodo Oliveira pela oportunidade e agora é só esperar o lançamento que ocorrerá na Bienal do Livro do Rio, em setembro. Até lá, deveremos ter novidades a respeito.



C. R.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Sarau de leitura “Conte uma Canção – vol. 2” – Multifoco Bistrô – Rio de Janeiro/RJ


Os autores pousando para as lentes na fachada do Bistrô Multifoco.
A ocasião era oportuna: meses após o lançamento da antologia "Conte Uma Canção - vol.2", da editora Multifoco, na qual participamos meu irmão Cly Reis e eu cada um com um conto, estaríamos juntos no Rio de Janeiro, sede da editora. Então, por que não fazermos um encontro que abordasse isso? Foi o que aconteceu no dia 16 de dezembro. A partir de uma ideia de Leocádia Costa, que nos deu o privilégio de fazer as honras, realizamos um sarau de leitura de ambos os contos no bistrô da própria Multifoco, na Lapa.

Lemos na íntegra, alternando as vozes de personagens e narrador, tanto "Heart Fog", de minha autoria e baseado numa canção da banda de rock alternativo Th’ Faith Healers, quanto "O Filho do Diabo", do Cly, este, criado sobre um antigo blues de Robert Johnson: “Me and my Devil Blues”.

Para isso, contamos com a ilustre participação da atriz e amiga Luciana Zule, que muito gentilmente aceitou nosso convite de dividir conosco a leitura dos textos. Num clima bastante intimista, reunimos familiares e amigos num momento muito agradável, que contou com um bate-papo descontraído ao final. Abaixo, um pouco do que aconteceu nos registros feitos por Leocádia.




Os irmãos ensaiando antes do sarau.

Repassando o texto agora com nossa convidada Luciana Zule.

Leocádia fez as honras da abertura do sarau.

A leitura começou.

"Heart Fog" sendo lido aos convidados.

Ouvintes atentos.

Carolina e Luna, ilustres convidadas.

Agora é Luciana quem assume o papel de narrador
para a leitura de "O Filho do Diabo".

Cly acompanha a leitura de seu conto.

Plateia segue atenta.

O ator Eduardo Almeida nos deu a felicidade da sua presença também.

Luninha abrilhantando a tarde do sarau.

Luciana usando seu dom cênico para a leitura.

Segue a leitura...

Chegou mais gente para ouvir.

A foto coletiva, repleta de literatura e amor.





por Daniel Rodrigues