Formada em 1986, uma das mais influentes bandas do cenário alternativo estadunidense, a Pixies seguiu muito bem até 1992 quando se dissolveu deixando um belo legado em uma discografia irretocável.Os integrantes, com exceção de Kim Deal, fizeram poucas coisas notáveis nesse período de hiato. Deal esteve ocupada com a produção musical e turnês de sua banda, The Breeders, formada em conjunto com sua irmã gêmea Kelley Deal, e Josephine Wiggs. The Breeders carrega o mesmo teor alternativo de Pixies mas em uma versão mais feminina e experimental.Após doze anos, os membros originais Black Francis, Joey Santiago, Kim Deal e Dave Lovering se reuniram para uma turnê mundial que levou o nome de “Sell Out Tour” (Turnê dos Vendidos), sugerido pelo próprio líder Black Francis que sempre deixou bem claro em diversas entrevistas que a falta de dinheiro foi o real motivo desta reunião.
O DVD “Sell Out – Reunion Tour 2004”, lançado no ano seguinte, trouxe uma compilação de sucessos da banda em vídeos dos shows com algumas pequenas performances pelos EUA como um “esquenta” para o festival Coachella do mesmo ano, na Califórnia.
A maior parte do material é um show ao vivo e emocionante no Eurockéennes Festival, em Belfort, na França. Há alguns takes de outros festivais no menu Extras mas infelizmente nada do Curitiba Pop Festival onde a banda se apresentou em terras brasileiras pela primeira vez.
Os Pixies seguiram sem Kim, que retomou suas atividades com os Breeders para uma turnê de comemoração dos 20 anos do disco Last Splash (1993). Em março de 2017 lançaram o quinto disco de estúdio "All Nerve". Em 2013 este ciclo foi novamente fechado quando, por Twitter, a banda anunciou a saída da baixista Kim Deal.
Paz Lechantin assumiu o baixo no mesmo ano em que Kim saiu. A argentina-estadunidense, que passou por bandas como A Perfect Circle, Zwan e Queens of the Stone Age, entrou como apoio para a gravação de Indie Cindy (2014) – quinto álbum de estúdio dos Pixies e o menos comentado da carreira – e Head Carrier (2016), este marcado pelo resgate da sonoridade dos tempos áureos.
O sucessor, "Beaneath the Eyrie", já tem data prevista para setembro deste ano.
Helson Luiz Trindade, carioca, residente no Rio de Janeiro, é, como ele mesmo se define, um 'apaixonado por música'; e por isso mesmo seu envolvimento com esta paixão é enorme e constante. Além de estar sempre às voltas com seus álbuns preferidos ou com o fone de ouvidos, Helson administra o blog Acervo Básico (acervobasico.wordpress.com) e colabora com seu repertório, conhecimento e atualização no blog Zine Musical (zinemusical.wordpress.com).






Transição do punk original da banda pr'aquela fase mias sombria, dark que acabou meio que caracterizando e ficando como marca principalmente deles e do Cure. É o disco que tem os hits "Christine "e "Happy House", mas as minhas preferidas são "Trophy"e "Red Light", além da eletrizante "Paradise Place" com a guitarra magnética de John McGoech que não era um grande guitarrista mas tinha umas de vez em quando de se tirar o chapéu.
Ainda, aumentando o meu "prejuízo", saquei mais alguns trocados e levei o "Dusk" do The The, que, por sua vez nunca foi uma banda brilhante mas este disco em especial, talvez por uma participação mais substancial de Johnny Marr, tenha ganho uma sonoridade mais bem acabada com toques de country, blues, folk e uma melodiosidade que até então Matt Johnson não tinha encontrado. Coincidência ou não este crescimento de qualidade com a participação do ex-Smith? Acho que não, mas o fato é que nos créditos, efetivamente, o nome de Marr só consta em uma ou duas composições. Cá entre nós, provavelmente por questões de direitos de distribuição ou algo assim. Mas que tem a 'mão' do Marr, tem.
Acabando minha extravagância adquiri o "Surfer Rosa" com o EP "Come on Pilgrin" (juntos em um só CD) dos Pixies. Um certo impacto para os ouvidos para quem ouviu "Doolitle" antes, o que foi o meu caso. "Surfer Rosa"/"Come on Pilgrin" mantém aquela tônica de Pixies mas são mais sujos, mais gritados, não chegam a ser agressivos mas são discos mais fortes. É até estranho se falar no plural de dois discos que juntos ganham uma unidade tão grande que parecem ser o mesmo desde a origem e se entrosam tão bem. Destaque para a porrada cantada em espanhol "Isla de Encanta", a divertida "Broken Face" e a já clássica "Where is my mind" que foi imortalizada ou imortalizou a cena final do "Clube da Luta".










